Vereadores discutiram projetos de lei na noite de ontem. Vereadores da oposição articulavam pressão, mas não adiantou

Vereadores discutiram projetos de lei na noite de ontem. Vereadores da oposição articulavam pressão, mas não adiantou

A Câmara Municipal aprovou o pacotão de projetos de lei enviados pelo prefeito Gustavo Perissinotto que promovem uma série de mudanças nas contas públicas e demais áreas. Apesar da pressão de quatro vereadores, demais também oposicionistas e a base governista aprovaram com folga as propostas.

Orçamento de R$ 1,8 bilhão

A Lei Orçamentária Anual que prevê receita/despesa de R$ 1,8 bilhão para 2026 recebeu votos favoráveis da maioria, porém, os vereadores Tiemi Nevoeiro (Republicanos), Rodrigo Guedes (União Brasil), Val Demarchi (PL) e Rafael Andreeta (Republicanos) encaminharam votos contrários à proposta alegando problemas nas contas públicas e nas estimativas do Governo Gustavo para o ano que vem. Mas, os demais votaram a favor.

Venda de terrenos

Os projetos que promovem autorização para a venda de áreas públicas também foram aprovados. Entre os terrenos a serem alienados: área verde de 162m² no Recanto Verde II (região do Jardim Boa Vista II) que vale R$ 110 mil; área de 164m² no Jardim São Caetano (R$ 108 mil); terreno de 394 m² no Jardim Ipê que vale R$ 310 mil. O projeto que trata da área de 8 mil m² no Residencial Campestre Vila Rica (região do Clube de Campo), orçada em R$ 2,8 milhões, teve uma polêmica: o mesmo terreno tramita em outro projeto de lei de março/2025, onde ele era orçado em quase R$ 5 milhões. Apesar do alerta, o projeto mais recente foi aprovado. Nos quatro projetos, apenas votaram contra Rafael, Rodrigo, Tiemi e Val. No projeto da Vila Rica, Elias Custódio também votou contra.

Empréstimo de R$ 60 milhões

O projeto que autoriza o prefeito a contratar um empréstimo de R$ 60 milhões para implantar iluminação de led nos bairros também foi aprovado pela maioria. O vereador Elias Custódio (líder do PSD) foi o único a falar favoravelmente à proposta, mas teve contraponto com Val, Rodrigo e Tiemi, que lembraram que empréstimos que totalizam R$ 125 milhões foram autorizados anteriormente. Votaram contra: Rafael, Rodrigo, Tiemi e Val, além de Néia Garcia (PL).

Dívidas com IPRC

Também foi aprovada proposta que parcela em até 300 vezes uma dívida de R$ 331 milhões dos prefeitos Du Altimari, Juninho da Padaria e Gustavo Perissinotto (PSD) com o IPRC (Instituto de Previdência de Rio Claro). Um segundo projeto parcela mais R$ 11 milhões de dívidas de Gustavo com a autarquia responsável pela aposentadoria dos servidores municipais em 60 vezes. Neste, até mesmo os vereadores da oposição votaram a favor alegando o futuro dos servidores públicos.

Aumento do ISSQN

A proposta do prefeito que aumenta o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN), reajustando os valores que serão pagos pelos empreendedores, também foi aprovado pela maioria. Val Demarchi alertou que a Reforma Tributária nacional não obriga aumento deste imposto, sendo apoiado por Rafael, Rodrigo e Tiemi, mas foram ignorados.

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