Uma família de Rio Claro afirma estar tendo problemas com relação a saúde pública no município. Anay Talarico de Oliveira, preocupada com o estado de seu marido, Márcio Cesar de Oliveira, que há um mês começou a passar mal, o levou até a UPA da 29, onde começaram os problemas com o atendimento. Márcio é caminhoneiro e aos 46 anos de idade teve dificuldades para descobrir o que tinha de errado com sua saúde.

“Há exatamente um mês ele começou a passar mal, com diarreia e vômito. Passamos pela UPA da 29, ele foi diagnosticado com pneumonia e começou um tratamento. Em casa, um dia após ele ter passado na UPA da 29, sendo medicado, ele teve desmaios em casa. O SAMU o levou para a UPA do Cervezão, onde ele ficou três dias internado. Os médicos faziam exames de sangue e urina, até que deram diagnóstico como insuficiência renal e bactéria no intestino. Cada hora passava um médico e falava uma coisa diferente. Após a alta, ele quase todos os dias ia para a UPA da 29 e sempre os médicos pedindo os mesmos exames. Um falava que era próstata, outro infecção de urina, e assim ele foi indo e voltando, até que na quinta passada foi diagnosticado com cirrose”, afirma Anay.

Cansados dos problemas com a rede municipal de saúde, Anay e Márcio procuraram um médico particular, que questionou os diagnósticos fornecidos nas UPAs. “Paguei uma consulta com um médico particular, que escreveu até uma carta para enviar ao SUS dizendo que eles estavam com todos os diagnósticos errados, que não tinha nada a ver, que era algo neurológico”, relata a esposa do paciente.

Com a carta do médico em mãos, Márcio voltou à UPA para um novo atendimento: “Ontem estive de novo na UPA com ele muito ruim, já não está andando e o médico que atendeu pediu internação e uma tomografia, pois viu que não estava bem. O médico ligou na minha frente não sei para quem, mas ouvi ele insistir sobre internar e fazer a tomografia, mas isso foi negado. Ele fez uma carta relatando a negação dos pedidos e ela está aqui comigo. O que está acontecendo é um descaso”.

Procurada pelo JC, a Prefeitura se pronunciou sobre o caso: “A Secretaria Municipal de Saúde esclarece que o paciente foi diagnosticado com doença crônica e encaminhado para tratamento na rede ambulatorial, com agendamento através da unidade de saúde que atende o bairro onde mora. O paciente deve procurar a unidade de saúde”.

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