Registro da PM diz que policial foi abordado pela ex-mulher, que teria iniciado a agressão.
Ex-mulher de um cabo da Polícia Militar, a vítima C.P.M., que prefere não se identificar, acusa o ex-marido PM F.L.T. de tê-la agredido na terça-feira (10) em Rio Claro, na Rua 14 com a Avenida 6.
“Estou com medo. Temo pela minha segurança e dos meus filhos. No dia em que me agrediu ele arrancou muito cabelo da minha cabeça, me arrastou pela rua e ainda tive uma luxação no dedo, motivo pelo qual tive que imobilizar a mão. Ele me deu socos e me deu uma coronhada por trás, os policias que foram até o local não fizeram nada, evidentemente porque ele é policial. Fui obrigada a ouvir ainda de uma pessoa a quem fui pedir ajuda que estava desacatando uma autoridade”, contou a mulher.
O comando da Polícia Militar de Rio Claro informou que será instaurada uma investigação preliminar para apurar o caso no âmbito administrativo. Do registro da PM, consta que o policial foi abordado pela ex-mulher no ponto de ônibus com agressões e que, em defesa, fez o uso de força física.
Versão da PM
Registro da PM diz que policial foi abordado pela ex-mulher, que teria iniciado a agressão.
O afastamento provisório da presidente Dilma Rousseff (PT) por 180 dias, enquanto é processada pelo Senado Federal, repercutiu em Rio Claro.
Em nota enviada no começo da noite de quinta-feira, 12, o prefeito Du Altimari (PMDB), aliado do vice-presidente Michel Temer (PMDB), que assumiu o cargo provisoriamente, voltou a repetir o enredo defendido pelos partidos alinhados à petista: “o Brasil passa por um momento político que traz desconforto para a população. Nós, que lutamos pela redemocratização do País, sempre afirmamos que o resultado das urnas deve prevalecer, e vamos continuar defendendo políticas públicas que atendam aos interesses da população”.
A novidade no discurso do prefeito é a torcida ao presidente interino. “(…) nesta etapa do processo de impeachment, em que o vice-presidente Michel Temer assume a Presidência da República, nossa expectativa é de que ele possa confirmar sua condição de grande articulador político de maneira que as dificuldades econômicas sejam superadas e o País volte a crescer. Nossa torcida é pelo bem do Brasil, sempre”, conclui.
Temer ao lado de Aécio Neves durante cerimônia de posse dos novos ministros de seu governo (foto: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil)
Durante a manhã, no programa Jornal da Manhã, da Excelsior Jovem Pan News, o deputado Aldo Demarchi (DEM) admitiu que o partido estará alinhado ao PMDB nacional e participará do governo provisório.
No entanto, “acredito que não virá nenhum determinação de cima para baixo”, comentou ao responder a pergunta sobre a mudança no cenário eleitoral já para este ano. Para o deputado, o “momento não é de comemoração”, ponderou.
O vice-presidente do Partido dos Trabalhadores, Marcos Prado, argumentou os motivos pelo qual desqualifica o impeachment da presidente. Sobre o novo cenário eleitoral, se limitou a dizer que “não tenho condição de garantir que não haverá uma ordem da Executiva Nacional”, lembrou ao comentar que, por enquanto, o PT permanece alinhado ao PMDB para a sucessão do prefeito municipal em outubro.
JORNAL DA MANHÃ
Também estiveram no Jornal da Manhã para comentar o afastamento da presidente: Luiz Jardim – um dos organizadores dos movimentos realizados na cidade pedindo a saída da petista do cargo, e o ex-prefeito Lincoln Magalhães, que teceu comentários sobre este novo momento político. “Ninguém aguenta mais”, disse sobre a alta carga de impostos que cai no colo dos brasileiros todos os dias.
Para ouvir o debate na íntegra basta clicar no player abaixo.
Mal começou o comércio de roupas no Sobradão Eventos e já está causando polêmicas. De um lado, o responsável pela venda de malhas afirma que o Shopping das Fábricas Rio Claro – como ele denomina – é um outlet. Do outro, a Acirc (Associação Comercial e Industrial de Rio Claro) argumentando que o que está ocorrendo no Sobradão é uma feira.
Os comerciantes estão se posicionando contra a venda de malhas no Sobradão, e os principais pontos em comum entre os lojistas em defesa de suas posições é o pagamento de impostos e a geração de empregos. “Enquanto esta feira continuar no Sobradão ou em qualquer outro lugar da cidade, não pagarei o IPTU. Em 2013 conseguimos tirar a feira da cidade e mandar pra Ipeúna. Pagamos tributo o ano inteiro para ter esse tipo de prejuízo? Isto está correto? Não vou aceitar isso e deixarei de pagar o imposto para ver se tem algum efeito nessa administração”, se queixa a comerciante Tereza Cordeiro, proprietária da Rio Modas, na Estrada de Jacutinga.
E os consumidores?
Atraídos pelo produto mais em conta, os consumidores visitaram o Shopping das Fábricas Rio Claro em sua inauguração, no último dia 5. “Existem outras opções para beneficiar os consumidores. Pode ser pensado em uma feira com os comerciantes da cidade, por exemplo”, sugeriu o empresário Antônio Bandiera.
Emprego
Para a empresária Rosana Catuzzo Pereira, o comércio de roupas no Sobradão não gera empregos para a cidade. “Ele não paga os direitos trabalhistas que pagamos aos funcionários e não gera empregos. A palavra que define meu sentimento para isso é indignação”, pontuou.
Contrato de 30 meses
Ao JC, o responsável pelo Shopping das Fábricas Rio Claro afirmou que fechou contrato de 30 meses com o Sobradão para o outlet acontecer em período quinzenal.
Ao assumir como presidente interino, Michel Temer (PMDB) mudou o comando de todos os ministérios e extinguiu alguns. Veja abaixo a lista dos prováveis novos ministros.
Advocacia Geral da União – Sai José Eduardo Cardozo, entra Fabio Medina
Agricultura – Sai Kátia Abreu, entra Blairo Maggi (PP)
Casa Civil – Sai Eva Maria Cella Dal Chiavon, entra Eliseu Padilha (PMDB)
Cidades – Sai Inês da Silva Magalhães, entra Bruno Araújo (PSDB)
Ciência e Tecnologia e Comunicações (fusão) – Entra Gilberto Kassab (PSD)
Fiscalização, Transparência e Controle (novo) – Entra Fabiano Augusto Martins Silveira
Educação e Cultura (fusão) – Entra Mendonça Filho (DEM)
Defesa – Sai Aldo Rebelo, entra Raul Jungmann (PPS)
Desenvolvimento Social e Agrário (fusão) – Entra Osmar Terra (PMDB)
Desenvolvimento, Indústria e Comércio – Sai Armando Monteiro Neto, entra Marcos Pereira (PRB)
Esporte – Sai Ricardo Leyser, entra Leonardo Picciani (PMDB)
Fazenda – Sai Nelson Barbosa, entra Henrique Meirelles
Integração Nacional – Sai Josélio de Andrade Moura, ainda não há definição de quem assume
Justiça e Cidadania (fusão) – Entra Alexandre de Moraes (PSDB)
Meio Ambiente – Sai Izabella Teixeira, entra Sarney Filho (PV)
Minas e Energia – Sai Marco Antonio Martins Almeida, ainda não há definição de quem assume
Planejamento – Sair Valdir Simão, entra Romero Jucá (PMDB)
Relações Exteriores – Sai Mauro Vieira, entra José Serra (PSDB)
Saúde – Sai José Agenor Álvares, entra Ricardo Barros (PP)
Secretaria de Governo – Sai Ricardo Berzoini, entra Geddel Vieira Lima (PMDB)
Secretaria de Segurança Institucional (novo) – Entra Sérgio Etchegoyen
Trabalho e Previdência Social – Sai Miguel Rossetto, entra Ronaldo Nogueira (PTB)
Transportes – Sai Antonio Carlos Rodrigues, entra Maurício Quintella (PR)
O Batuque de Umbigada é tradicional na cidade e Rio Claro ainda mantém essa atividade cultural
Acontece nesta sexta-feira (13), a partir das 20 horas, um encontro de Batuque de Umbigada, também conhecido como Tambu, na praça localizada entre as ruas 16-A e 17-A e avenidas 22-A e 24-A, no bairro Bela Vista, em Rio Claro.
A atividade cultural é a mais antiga de que se tem registro na cidade e permaneceu silenciada por 50 anos. Até o final da década de 60, o dia 13 de maio era tradicionalmente comemorado com um batuque no município. Por meio da construção dos tambores e da busca pelos batuqueiros remanescentes, desde 2011 as atividades vêm sendo retomadas.
HISTÓRIA
Os batuques paulistas se caracterizaram pela forte presença do Tambu, ou Batuque de Umbigada, na capital e interior. Mesmo em pequenas cidades, a existência dos tambores desde o tempo da escravidão é descrita pelos guardiães das histórias, chamados griôs.
Nos encontros que aconteciam travestidos em festejos, os toques e cânticos falavam sobre situações como as condições de trabalho e as possibilidades de fuga, assim como sobre as diversas maneiras de manter a tradição dentro de um sistema opressor.
Com o passar dos tempos, aconteceram mudanças tanto na intencionalidade da realização do Tambu, quanto em sua forma de execução. Mas a Associação Cultural Cruzeiro do Sul, de Rio Claro, se deteve em dois fatores fundamentais: a produção dos tambores e suas formas de execução.
CRUZEIRO DO SUL
Fundada no ano de 2010, a Associação Cultural foi criada para viabilizar atividades culturais de diversas linguagens artísticas.
A principal atuação da Cruzeiro do Sul é abordar culturas populares tradicionais, articulando o encontro de indivíduos e grupos detentores dos conhecimentos dessas manifestações.
APOIO
As atividades recebem o incentivo do Programa Caixa de Apoio ao Artesanato Brasileiro, sendo aberta ao público de todas as idades. Informações podem ser obtidas pelo telefone (19) 3024-0054 ou pelo site www.tambu.com.br.
Daniel Guedes (à esquerda) e Álvaro Pacheco durante o programa Jornal de Esportes, da Rádio Excelsior Jovem Pan News, 1.410 kHz
Na última sexta-feira (6), o diretor de esportes do Clube de Campo, Daniel Guedes, e o coordenador do projeto de basquete, o ex-jogador Álvaro Pacheco, participaram do Jornal de Esportes, da Rádio Excelsior JP News.
Falaram sobre a aprovação de dois projetos com a Lei de Incentivo Paulista ao Desporto a este projeto e da busca de captação de verbas para este trabalho, voltado para as categorias Sub-12, Sub-13 e Sub-14.
Segundo Guedes, as empresas que são recolhedoras do ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) podem participar com limite de até 3% do imposto devido. “Agora estamos em busca de conseguir captar os recursos. As empresas podem participar sem custo real para isso, ou seja, elas deixam de pagar o imposto e destinam uma parte ao projeto”, diz.
Álvaro acredita que seja possível fazer um trabalho mais direcionado aos fundamentos do basquete, visando criar jogadores capacitados para a cidade.
“Temos tudo para desenvolver e difundir o basquete, e da quantidade conseguir extrair a qualidade. Caso não se torne jogador, com certeza vai se tornar um cidadão, porque na nossa filosofia trabalhamos o respeito, educação, disciplina, notas na escola, desempenho pessoal e em equipe”, comenta.
Atualmente com as três categorias do Clube de Campo, com outro projeto social de Álvaro e sua escolinha são atendidas cerca de 500 crianças. “Mas a nossa ideia é ampliar o trabalho para atender, no futuro, cerca de duas mil crianças, aproveitando o projeto como um fator educacional, mas também dando sustentação às equipes de Rio Claro com futuros talentos”, finaliza Guedes.
Visitas
Os interessados em conhecer o projeto devem ligar para a secretaria do Clube de Campo, pelo telefone 3534-8700, para agendar uma visita.
Veículo estacionado irregularmente junto ao canteiro central na Avenida 2, próximo da Rua 14, no bairro Cidade Claret
O trânsito de Rio Claro é um setor que gera muitos questionamentos entre os moradores. A má condução dos motoristas está no topo das reclamações no município. No entanto, há também incômodo com os veículos estacionados de forma irregular pelas ruas e avenidas da cidade.
Uma leitora, que não quis se identificar, se queixou à reportagem do JC sobre condutores que utilizam canteiros centrais para estacionar seus carros.
De acordo com o artigo 181 do Código Brasileiro de Trânsito, no inciso VIII, é passível de multa por infração grave estacionar “(…) ao lado ou sobre canteiros centrais, divisores de pista de rolamento, marcas de canalização (…)”. A medida administrativa inclui remoção do veículo.
Fiscalização
O comandante da Guarda Civil Municipal de Rio Claro, Wladimir Walter, afirmou que a fiscalização acontece mediante patrulhamento de rotina ou também por solicitação do cidadão que sentir necessidade, via contato pelo 153.
Após a aprovação da admissibilidade do processo de impeachment nas primeiras horas desta quinta-feira (12), por volta das 11h30 o senador Vicentinho Alves (PMDB-TO) notificou o vice-presidente Michel Temer (PMDB) sobre o afastamento da presidenta Dilma Rousseff (PT) do cargo por até 180 dias.
Temer recebeu, então, o título de presidente interino e passa a ter poderes para nomear a equipe do governo e gerenciar o Orçamento da União.
De acordo com informações da Agência Brasil estavam ao lado de Temer durante a notificação os futuros ministros da Fazenda, Henrique Meireles, da Justiça, Alexandre de Moraes, da Casa Civil, Eliseu Padilha, e o ex-ministro Moreira Franco, entre outros.
No Palácio do Jaburu, Michel Temer é notificado e passa a ser presidente interinoFelipe Pontes/Agência Brasil
Dilma se pronuncia
Em frente ao Palácio do Planalto, Dilma Rousseff se pronunciou aos apoiadores do seu governo. Acompanhada do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seus então ministros, Dilma cumprimentou populares antes de discursar.
“Estou vivendo a dor da traição, a dor da injustiça”, disse aos manifestantes. “Ao longo da minha vida enfrentei muitos desafios, enfrentei o desafio terrível e sombrio da ditadura, da tortura, enfrentei como muitas mulheres desse país a dor indizível da doença, o que mais dói nessa situação que estou vivendo agora, a inominável dor da injustiça, a profunda dor da injustiça, a dor da traição”, disse a presidente afastada.
Minutos antes, em pronunciamento para a imprensa, Dilma Rousseff admitiu que pode ter cometido erros, mas enfatizou que não cometeu crimes e que está sofrendo injustiça, a “maior das brutalidades que pode ser cometida”.
Dr. Velasco em entrevista concedida ao Café JC, em 2015
Morreu nessa quarta-feira (11), aos 85 anos, em Rio Claro, o cardiologista e auditor médico interno da Santa Casa de Misericórdia de Rio Claro, Edmundo José Velasco Castro.
Natural da Venezuela, cidade Independência, veio para o Brasil no início da década de 50 para concluir o curso de medicina na Universidade de São Paulo (USP).
Em 8 de abril, completou 51 anos de serviços prestados à Santa Casa. Foi, também, o primeiro presidente da Unimed local e um dos seus fundadores. No histórico profissional, criou, ainda, o Centro de Estudos Médicos de Rio Claro em 1967.
Casado com Rosana Ap. Pereira, deixa os filhos César Antonio, Maria Nely, Edmundo José, noras, genro e cinco netos. O sepultamento ocorreu ontem, no Parque das Palmeiras.
A Polícia Civil de Rio Claro identificou a mulher que foi assassinada com 14 tiros. Seu corpo foi encontrado na zona rural de Rio Claro na manhã do dia 4 deste mês, na Estrada do Sobrado. Vítima foi identificada como Juliana Ferreira de Carvalho, de 23 anos.
“O motivo possivelmente seja dívida de drogas. Quanto aos suspeitos, estão sendo investigados”, informou o delegado Alexandre Della Coletta, que chefia a Delegacia de Investigações Gerais (DIG).
O crime
No lugar onde estava o corpo, em uma mata, havia 16 disparos deflagrados de uma arma de calibre 9 milímetros. A mulher estava com quatro perfurações na cabeça e dez nas costas. Segundo a PM informou na oportunidade, não havia com ela documentos de identificação ou objetos pessoais.
A Fundação Procon de Rio Claro divulgou o relatório de atendimentos realizados no mês de abril. Assim como no mês de março, o balanço aponta que os serviços de telefonia celular lideram o ranking de reclamações. No mês de abril foram 67 queixas, em março 77.
A telefonia fixa também prossegue em segundo lugar na lista. Em abril, 45 reclamações foram registradas, enquanto em março, 49. A TV por assinatura aparece novamente em terceiro lugar com 36 queixas, e em março foram 32.
Atendimentos
No total contabilizam-se 356 atendimentos registrados. Sendo 315 na sede e 41 no posto do Cervezão. O Centro continua sendo a localidade com mais registros de reclamações, seguido da Vila Alemã, Jardim Guanabara, Jardim Floridiana e Jardim Novo.
Autuação
Do relatório consta que cinco empresas foram autuadas pela fiscalização da equipe do Procon no mês de abril. Quatro audiências foram providenciadas.
Placar eletrônico do Senado mostra resultado da votação da admissibilidade do processo de impeachment no plenário do Senado (TV Senado)
O Senado aprovou hoje, por 55 votos a favor e 22 contra, a admissibilidade do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Com isso, o processo será aberto no Senado e Dilma será afastada do cargo por até 180 dias, a partir da notificação. Os senadores votaram no painel eletrônico. Não houve abstenções. Estavam presentes 78 parlamentares, mas 77 votaram.
Estiveram ausentes os senadores Jáder Barbalho (PMDB-PA), Eduardo Braga (PMDB-AM). Pedro Chaves dos Santos (PSC-MS), suplente do senador cassado Delcídio do Amaral, decidiu não assumir ainda o cargo.
A sessão para a votação durou mais de 20 horas. Durante o dia, dos 81 senadores, 69 discursaram apresentando seus motivos para acatar ou não a abertura de processo contra Dilma.
Comissão Especial
Com a aprovação de hoje, o processo volta para a Comissão Especial do Impeachment. A comissão começará a fase de instrução, coletando provas e ouvindo testemunhas de defesa e acusação sobre o caso. O objetivo será apurar se a presidenta cometeu crime de responsabilidade ao editar decretos com créditos suplementares mesmo após enviar ao Congresso Nacional um projeto de lei para revisão da meta fiscal, alterando a previsão de superávit para déficit. A comissão também irá apurar se o fato de o governo não ter repassado aos bancos públicos, dentro do prazo previsto, os recursos referentes ao pagamento de programas sociais, com a cobrança de juros por parte das instituições financeiras, caracteriza uma operação de crédito. Em caso positivo, isso também é considerado crime de responsabilidade com punição de perda de mandato.
Um novo parecer, com base nos dados colhidos e na defesa, é elaborado em prazo de 10 dias pela comissão especial. O novo parecer é votado na comissão e, mais uma vez, independentemente do resultado, segue para plenário.
A comissão continuará sob comando do senador Raimundo Lira (PMDB-PB) e a relatoria com Antonio Anastasia (PSDB-MG)
Embora o Senado não tenha prazo para concluir a instrução processual e julgar em definitivo a presidenta, os membros da comissão pretendem retomar os trabalhos logo. A expectativa de Lira é que até sexta-feira (13) um rito da nova fase esteja definido, com um cronograma para os próximos passos.
Ele não sabe ainda se os senadores vão se reunir de segunda a sexta-feira, ou em dias específicos e nem se vão incluir na análise do processo outros fatos além dos que foram colocados na denúncia aceita pelo presidente da Câmara dos Deputados. A votação dos requerimentos para oitiva de testemunhas e juntada de documentos aos autos deve começar na próxima semana.
Presidente do STF
Na nova etapa, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, passa a ser o presidente do processo, sendo também a última instância de recursos na Comissão Processante. “O processo volta para a comissão, sendo que a instância máxima será o presidente do STF. Se houver alguma questão de ordem que eu indeferir, o recurso será apresentado a ele. Ele passa a ser o presidente do julgamento do impeachment”, explicou o presidente da comissão, senador Raimundo Lira (PMDB-PB).
Afastamento
Com a abertura do processo no Senado, Dilma Rousseff é afastada do exercício do cargo por até 180 dias. A presidenta poderá apresentar defesa em até 20 dias. O vice-presidente Michel Temer assume o comando do Executivo até o encerramento do processo. A comissão pode interrogar a presidenta, que pode não comparecer ou não responder às perguntas formuladas.
Intervenção
Há a possibilidade de intervenção processual dos denunciantes e do denunciado. Ao fim, defesa e acusação têm prazo de 15 dias para alegações finais escritas.
Segunda votação em plenário
Depois que a comissão votar o novo parecer, o documento é lido em plenário, publicado no Diário do Senado e, em 48 horas, incluído na ordem do dia e votado pelos senadores. Para iniciar a sessão são necessários mais da metade dos senadores (41 de 81). Para aprovação, o quórum mínimo é de mais da metade dos presentes.
Se o parecer é rejeitado, o processo é arquivado e a presidenta Dilma Rousseff reassume o cargo. Se o parecer é aprovado, o julgamento final é marcado.
Recursos
A presidente da República e os denunciantes são notificados da decisão (rejeição ou aprovação). Cabe recurso para o presidente do Supremo Tribunal Federal contra deliberações da Comissão Especial em qualquer fase do procedimento.
Decisão final
Na votação final no Senado, os parlamentares votam sim ou não ao questionamento do presidente do STF, que perguntará se Dilma Rousseff cometeu crime de responsabilidade no exercício do mandato.
As partes poderão comparecer pessoalmente ou por intermédio de seus procuradores à votação. Para iniciar a sessão é necessário quórum de 41 dos 81 senadores. Para aprovar oimpeachment é preciso maioria qualificada (dois terços dos senadores), o que equivale a 54 dos 81 possíveis votos.
Se for absolvida, Dilma Rousseff volta ao cargo e dá continuidade à sua gestão. Se for condenada, Dilma é destituída e fica inabilitada para exercer função pública por oito anos. Michel Temer, então, assume a presidência do país até o final do mandato.