Previsão do tempo para esta terça-feira (13)
VÍDEO: Famílias protestam após mortes na UPA e Saúde se posiciona
A palavra de ordem no final da manhã desta segunda-feira (12) em frente a Prefeitura de Rio Claro era “justiça”. Familiares e amigos de duas crianças que morrerem após passarem por atendimento na UPA da 29 fizeram uma manifestação para cobrar da administração municipal respostas sobre os casos que foram muito semelhantes.
Saúde nega negligência
No período da tarde, a Fundação Municipal de Saúde se posicionou sobre a morte da pequena Rebeca Luiza Ribeiro dos Santos, de um ano e 10 meses, que morreu na noite da última quarta-feira (7).
“Nos trouxe muita tristeza e lamentamos profundamente. Ninguém faz gestão de saúde com a ideia de ter crianças morrendo. Um relatório foi colhido a partir da ficha de atendimento e do prontuário da criança. Os médicos trabalharam nos dois atendimentos dentro dos rigores e protocolos que a medicina exige, inclusive, fazendo Raio-X que apresentou uma má formação cardíaca. Após a morte da criança viemos a saber pela própria família que a criança realmente tinha um problema que estava sendo tratado em diagnóstico não conhecido na Unicamp. No dia 7, a médica prescreveu um medicamento por volta das 10h da manhã. Quando retornou no início da noite, a médica perguntou se a mãe deu o medicamento e a mesma afirmou que não havia dado, inclusive alegando que o medicamento não era compatível com a idade da criança, o que foi absolutamente demonstrado que era e que bebês também fazem seu uso. A mãe levou a criança para inalação, fez a primeira e foi orientada a não sair da unidade, pois era uma noite chuvosa e frio no lado de fora. Ela saiu com a criança para fora e quando retornou a criança já estava em parada respiratória”, afirmou o secretário municipal de saúde, Dr. Djair Francisco.
Confira a reportagem completa na edição desta terça-feira (13), nas bancas.
Qual a diferença entre uma máquina de uso hobby para uma de uso profissional?
Esta é uma pergunta interessante que muitas vezes é feita a nós no balcão das nossas lojas VIPAR. A ferramenta profissional, seja ela elétrica ou não, geralmente é feita para suportar mais horas ininterruptas de trabalho, ao passo que a hobby ou doméstica é projetada para usos esporádicos e por menores períodos de tempo. Não é só a potência que conta. É toda estrutura interna que é configurada para cada tipo de uso. Os fabricantes costumam indicar isto no manual de instrução como “fator de trabalho” e em porcentagem. Por exemplo: um esmeril que tem fator de trabalho de 50%, significa que a cada 20 minutos de uso, ele tem que ficar outros 20 esfriando. Muitas vezes, isto é impossível para um profissional ou em uma indústria. Por isso, que as máquinas de uso industrial têm que ter uma estrutura muito mais reforçada com 100% de fator de trabalho, ou seja, trabalhar por 3 turnos sem precisar desligar para esfriar. Mas isto encarece a ferramenta. Por este motivo que em casa ou numa pequena oficina, uma ferramenta mais barata que tenha boa qualidade pode ser o suficiente. É muito importante que os ‘apaixonados por ferramentas’ como nós, sempre consultem um vendedor experiente, que pode indicar a máquina ou ferramenta correta sem exageros, conforme o caso e o perfil de cada um.
PARAFUSO É TUDO IGUAL?
O parafuso quase não aparece. Mas é um dos itens mais importantes na vida útil de um produto, seja qual for sua utilidade. É ele que suporta a maioria dos impactos, peso e tração no uso normal da peça. Fixa a roda do carro e do caminhão, a hélice do avião, mantém fechado o celular, prende as partes internas do motor, segura o amortecedor, fixa e veda o telhado do barracão. Então, um item tão importante, tem que ter qualidade assegurada. São muitos e muitos tipos diferentes de parafuso, cada um com uma aplicação. Mas sempre a qualidade é fundamental para assegurar que ele cumpra todas as funções para as quais foi projetado. Neste quesito, o Brasil possui ótimas indústrias que suprem tanto o mercado nacional quanto internacional. Por exemplo: o fabricante Metalac SPS produz os parafusos TELLEP utilizado por muitas montadoras e que são exportados até para os EUA. Temos também no quesito qualidade a TECNART, outra grande fabricante nacional. Também nisto, o vendedor se torna fundamental para avaliar as necessidades e propor a melhor solução ao cliente.
Caso queira saber mais, estamos à disposição.
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Sacos de lixo não devem ser colocados em canteiros centrais, orienta prefeitura
Uma atitude equivocada de pequena parcela da comunidade está gerando transtornos ao setor de limpeza pública em Rio Claro. Vem crescendo a quantidade de sacos de lixo deixados em canteiros centrais para a coleta, o que é proibido e pode render multa ao infrator flagrado pela fiscalização municipal. Para reforçar as orientações a moradores, a prefeitura realiza nesta terça-feira (13) ação na Avenida 32, entre a Avenida Visconde e a Avenida Brasil. Agentes de educação ambiental percorrerão as residências do trecho esclarecendo a importância de se colocar o lixo no local e hora corretos para ser recolhido.
A Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Silvicultura e Manutenção, responsável pela limpeza pública, e a Secretaria de Meio Ambiente, que gerencia a destinação de resíduos na cidade, trabalham em conjunto nessa operação. “Aquele trecho da Avenida 32 é exemplo de como o uso incorreto do espaço público contribui para deixar a cidade suja e feia”, comenta o secretário de Agricultura, Emílio Cerri. “A prefeitura limpa e, logo em seguida, outros sacos de lixo estão espalhados no canteiro central”, acrescenta, informando que esse problema também se verifica em outras regiões da cidade.
De acordo com o gerente de Operações da Secretaria de Meio Ambiente, Willian de Oliveira, o lixo em canteiros centrais, além de errado, traz vários problemas. “Um deles é que atrapalha o trânsito de pedestres”, explica.
A prefeitura reforça que os moradores devem deixar os sacos de lixo na calçada em frente a suas casas, no dia e horário da coleta. Não se deve deixar o lixo em canteiros centrais e rotatórias. Outra prática errada e, infelizmente, comum, é deixar o lixo no meio de ruas e avenidas, geralmente em cruzamentos, o que aumenta riscos no trânsito. Muros de escolas e de outros prédios públicos, assim como praças e terrenos baldios, não são lugares para se deixar os sacos de lixo, que devem estar sempre muito bem fechados.
A prefeitura de Rio Claro oferece opções para o descarte correto de lixo e entulho. Além da coleta de lixo domiciliar realizada em todos os bairros três vezes por semana, o município conta com seis ecopontos, que recebem vários tipos de descarte. Na operação cata bagulho, caminhão da prefeitura percorre mensalmente os bairros recolhendo móveis velhos e materiais inservíveis porta a porta. O município também conta com coleta seletiva. Os endereços dos ecopontos e calendários de coleta seletiva e catabagulho estão disponíveis no endereço www.rioclaro.sp.gov.br.
Tiro de Guerra de RC inicia trabalhos de 2018
O Tiro de Guerra 02-032 de Rio Claro realizou no sábado (10) a solenidade de matrícula dos novos atiradores. Ao todo 100 jovens que residem no município foram selecionados.
O prefeito João Teixeira Junior, o Juninho da Padaria, acompanhou o evento e parabenizou os novos ingressantes do TG. “Vocês são referência e exemplo para toda população, que muitas vezes se espelham nas condutas que aprendem”, falou o prefeito, ao dar início a aula inaugural. Juninho também ressaltou a presença dos familiares que terão enorme importância neste momento de cada um de seus filhos.
“Durante todo ano esses cidadãos terão a oportunidade de vivenciar a rotina de uma das Instituições Nacionais de maior prestígio e confiança dentre a população e também irão saber o valor da camaradagem, junto com seus companheiros de farda, pares e superiores hierárquicos” destaca o chefe de instrução, o 1º Sargento Robinson Alexandre Boecke.
Participaram ainda da solenidade o vice-prefeito e secretário de Segurança, Defesa Civil e Mobilidade Urbana Marco Antonio Bellagamba, vereador Geraldo Voluntário, o chefe de gabinete Ricardo Naitzke, o ex-chefe da instrução do TG 1º tenente Leonildo Schiavon, o Delegado do Serviço Militar de Rio Claro 1º tenente Dennis de Sousa Ferreira, representando o 37º Batalhão da PM o 1º tenente Bruno Sotopietra Tertuliano, o comandante da GCM Luis Fernando de Godoy, o administrador da Guarda Mirim Pedro Afonso Inforsato e a vice-presidente da UDAM Regiane Cassab. Também participaram da solenidade familiares, amigos e convidados dos novos atiradores.
O Tiro de Guerra tem como Chefe da Instrução o 1º Sargento Robinson Alexandre Boecke Instrutor, o 1º Sargento Jussiê de Souza Dantas.
Marinha abre concurso para Colégio Naval com 190 vagas
Se você tem Ensino Fundamental ou está cursando o 9º ano, não deixe de se inscrever para o Concurso Público do Colégio Naval. São 190 vagas e a inscrição pode ser feita de hoje (12/03) até 20 de abril de 2018. Para se candidatar é necessário ser brasileiro nato e do sexo masculino, ter 15 anos completos e menos de 18 (em 1º de janeiro de 2019), dentre outros requisitos previstos em Edital.
Os interessados devem acessar o site www.ingressonamarinha.mar.mil.br, baixar o edital e fazer sua inscrição no próprio site, ou em um dos Postos de Inscrição da Marinha.
Das provas
Os candidatos realizarão prova objetiva de Matemática, Estudos Sociais, Ciências, Português, Inglês e Redação em dois dias subsequentes, com caráter eliminatório e classificatório.
Curso de Formação
O Colégio Naval é um estabelecimento de ensino da Marinha, localizado em Angra dos Reis, Rio de Janeiro, onde são ministrados o ensino básico em nível médio e a formação militar-naval. Os alunos estudam em regime de internato pelo período de três anos letivos. O curso é gratuito e os alunos têm direito a alimentação, uniforme, assistências médico-odontológica, psicológica, social, religiosa e bolsa-auxílio de cerca de R$1.060. O curso é denominado “Curso de Preparação de Aspirantes”, e destinado ao preparo intelectual e físico do aluno visando uma futura seleção para o ingresso na Escola Naval.
SERVIÇO:
Concurso Público para o Colégio Naval
Inscrição: 12/03/2018 a 20/04/2018
Valor: R$ 100,00
Informação ao candidato: [email protected]
Site: www.ingressonamarinha.mar.mil.br
#VÍDEO: Imagens mostram carro de quadrilha que explodiu banco
Uma agência bancária localizada na Rua 3 com a Avenida 3 no Centro de Rio Claro foi alvo de criminosos na madrugada desta segunda-feira (12).
A quadrilha usou uma residência que estava para alugar ao lado do banco para conseguir entrar no local. Pelo menos quatro explosões foram ouvidas. O alvo dos marginais era o cofre que não conseguiu ser aberto.
Imagens das câmeras de monitoramento da prefeitura filmaram a movimentação de um carro que estaria dando cobertura para os bandidos que estavam na agência.
Confira no vídeo
Funcionários dos Correios entram em greve nesta segunda-feira (12)
Servidores dos Correios entrarão em greve por tempo indeterminado nesta segunda-feira (12). De acordo com a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect), os trabalhadores são contra mudanças no plano de saúde da empresa, que preveem o pagamento das mensalidades pelos funcionários e a retirada de dependentes dos contratos.
“Além disso, o benefício poderá ser reajustado conforme a idade, chegando a mensalidades acima de R$ 900″,, informou a Fentect, em nota, ressaltando que o salário médio dos trabalhadores dos Correios é de R$ 1,6 mil, “o pior salário entre empresas públicas e estatais”.
O início da greve coincide com o julgamento sobre o plano de saúde dos trabalhadores no Tribunal Superior do Trabalho (TST), também marcado para amanhã, referente à última negociação salarial.
Segundo a Fentect, a mobilização nacional da categoria foi aprovada em assembleias dos sindicatos. Entre outras reivindicações, os trabalhadores são contra as alterações no Plano de Cargos, Carreiras e Salários; a terceirização na área de tratamento; a privatização da estatal; a suspensão das férias dos trabalhadores; a extinção do diferencial de mercado e a redução do salário da área administrativa.
Além disso, entre as demandas da categoria estão a contratação de novos funcionários por meio de concurso público, a segurança nos Correios e o fim dos planos de demissão.
A federação também é contra a extinção e terceirização do cargo de operador de triagem e transbordo, “importante para o movimento do fluxo postal interno”. “Para piorar a situação, a empresa também anunciou o fechamento de mais de 2.500 agências próprias, por todo o Brasil”, diz a nota da Fentect.
Para a categoria, o “desmonte” promovido pela gestão dos Correios tende a prejudicar ainda mais os serviços à população. “A Fentect esclarece que alguns argumentos repassados transmitem uma visão enganosa da realidade na estatal. Por exemplo, quanto ao monopólio dos Correios, que, hoje, corresponde apenas a cartas, malote e telegrama. O segmento de encomendas, como o Sedex, entretanto, sempre foi concorrencial”, informou.
Quanto ao reajuste dos preços dos serviços da estatal, a federação discorda de aumentos abusivos nos valores. “Já em relação ao argumento da ECT para esse reajuste, a respeito da segurança dos trabalhadores, a Fentect esclarece que não há nenhum benefício pago ao trabalhador por esse motivo, bem como nenhum adicional”.
No dia 6 deste mês, os Correios começaram a cobrar uma taxa extra de R$ 3 para encomendas com destino ao Rio de Janeiro. O motivo seria a elevação dos custos da entrega por causa da violência no município. No dia 9, entretanto, após decisão da Justiça Federal, a estatal suspendeu a cobrança.
Para a Fentect, a empresa não onera o governo federal ou o bolso do cidadão com arrecadação de impostos. “Ao contrário, é o governo quem tem retirado verbas da empresa, sem retorno, nos últimos anos, como da ordem de R$ 6 bilhões”, informou. “Com todos os erros e ingerências políticas na administração dos Correios, a direção da estatal promove essas e outras retiradas de direitos dos próprios trabalhadores, responsabilizando-os pelos danos da ECT.”
Oficialmente, a greve da categoria começou neste domingo (11) a partir das 22h, para que os funcionários que trabalham no turno da noite já possam aderir ao movimento.
A reportagem não conseguiu contato com a assessoria dos Correios.
Vídeo: Explosão é registrada em banco no centro de Rio Claro
Uma explosão foi registrada na madrugada desta segunda-feira (12), em um banco localizado na Avenida 3, no centro de Rio Claro.
A explosão que o ocorreu por volta das 4h00, foi ouvida em diversos bairros de Rio Claro.
Confira as infomrações direto do local com o repórter policial, Gilson Santullo.
Mais informações a qualquer momento em nosso portal.
Gripe ainda traz risco de surto global mortífero
Há cem anos, a Primeira Guerra Mundial devastava o planeta, mas um desastre muito pior estava prestes a começar. No dia 11 de março de 1918, nos Estados Unidos, era registrado o primeiro caso do que viria a ser a pandemia mais mortífera da história. Enquanto a guerra matou 20 milhões de pessoas em quatro anos, o vírus do que ficou conhecido como gripe espanhola mataria de 50 milhões a 100 milhões em apenas alguns meses, infectando um terço da população mundial. Um século depois, se a humanidade corre algum risco de enfrentar uma nova pandemia como aquela, vírus como o da influenza continuam sendo o principal candidato
É o que apontam especialistas ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo. “Os vírus respiratórios são nossa maior preocupação em relação ao aparecimento de uma nova pandemia. Hoje, temos muito mais recursos na medicina para lidar com uma situação dessas do que em 1918. Mas temos uma população muito maior, o mundo está muito mais conectado, viajamos mais e mais rápido e temos megacidades, onde um vírus desse tipo se transmite em velocidade alucinante”, afirma Sylvie Briand, diretora do Departamento de Ameaças Infecciosas da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Ela lembra que o causador da gripe espanhola foi o vírus da influenza A, ou H1N1, o mesmo que causou a pandemia de “gripe suína” de 2009, que matou mais de 18 mil pessoas. Na época, Sylvie era diretora do Programa Global de Influenza da OMS. Para ela, porém, a mortalidade sem precedentes da gripe espanhola dificilmente se repetirá, já que o contexto de 1918, com uma guerra mundial em curso, teve um papel crucial na gravidade da pandemia. Incessantes movimentações dos exércitos e as péssimas condições de higiene, nutrição e saúde – tanto nas trincheiras quanto nas cidades – aumentaram a abrangência do vírus.
“Além disso, não havia a capacidade de diagnósticos que temos hoje, não havia antibióticos e antivirais. Hoje, em tese, temos armas para evitar uma situação como aquela. O que não sabemos é até que ponto essas armas serão suficientes para proteger a todos, já que a população mundial cresceu muito em um século”, diz.
A pandemia de 2009 mostrou à OMS que as ações contra uma pandemia atualmente precisam ser extremamente coordenadas, envolvendo todos os países. “Estamos todos ligados. Se um vírus novo aparecer em um determinado país, ele chegará a todos os continentes em menos de nove semanas.”
Durante o surto de 2009, uma vacina chegou a ser produzida quando o vírus foi identificado, mas levou alguns meses para começar a ser distribuída. Depois disso, a OMS criou um plano de ação global para vacinas de influenza, que estabelece procedimentos para que os produtores de vacina respondem mais rapidamente a um risco de pandemia. “Aprendemos muito, mas não sabemos até que ponto conseguiremos reagir de forma rápida o suficiente quando surgir uma nova pandemia”, disse Sylvie.
Mutações
A capacidade do vírus da influenza de modificar constantemente suas características genéticas também contribui para dar a ele o título de principal ameaça, de acordo com Alexander Precioso, diretor do Laboratório Especial de Ensaios Clínicos e Farmacovigilância do Instituto Butantã.
“Hoje, se pensarmos no risco de uma nova pandemia, certamente o vírus mais propenso para isso é o influenza, em especial o tipo A, que tem capacidade de sofrer mudanças estruturais no seu material genético, de se reorganizar e criar algo novo”, explica “Essa é uma possibilidade eterna que faz com que o vírus tenha capacidade de se modificar contínua e rapidamente. Só isso já pode fazer surgir um influenza A totalmente novo para qualquer um de seus hospedeiros – aves, suínos e o ser humano -, o que vai sempre conferir um risco de pandemia”, afirma Precioso.
Segundo ele, quando se fala no risco de pandemias, é preciso considerar dois aspectos: um agente infeccioso novo, para o qual a população não tenha imunidade, e condições globais que possam favorecer ou não a ocorrência da pandemia. Em 1918 havia as duas coisas. O vírus era novo, com uma capacidade de disseminação muito elevada, e que encontrou uma população suscetível.
O que muda hoje é justamente a condição global, com maior vigilância de novos vírus, capacidade de produzir vacinas com relativa agilidade e melhores condições de saneamento, habitação e alimentação. Ele não acredita, porém, que esteja descartado o risco de acontecer algo como em 1918. O surto de 2009, diz, foi um exemplo disso. “Existem instrumentos para agilizar o processo, mas a vacina não fica disponível de um dia para o outro”, pondera.
Busca por novos vírus. Os investimentos na descoberta de novos vírus são fundamentais para evitar que uma pandemia como a de 2018 se repita, defende o médico e biofísico Carlos Morel, pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e coordenador do Instituto Nacional de Inovação em Doenças Negligenciadas.
No fim de fevereiro, Morel e colegas anunciaram na revista Science a criação de uma força-tarefa mundial para identificar novos vírus que poderão ameaçar a humanidade no futuro. Batizada de Projeto Viroma Global, a iniciativa será lançada no fim do ano. Segundo Morel, um dos principais alvos para a busca de novos vírus são locais populosos onde há um contato muito estreito entre pessoas e aves ou mamíferos, como os mercados da China. “Podemos dizer que os vírus como os da gripe têm o genoma partido em pedacinhos. Se houver dois vírus diferentes circulando juntos, um deles em humanos e outro em suínos, por exemplo, é possível que esses pedacinhos se misturem, gerando um novo vírus”, explica Morel.
De acordo com ele, os vírus da influenza não podem ser subestimados. Depois da epidemia de H1N1 em 2009, os cientistas voltaram a estudar a gripe espanhola, publicando grande número de estudos sobre o vírus. Em 2005, um grupo de pesquisadores já havia sequenciado o genoma do vírus de 1918, que fora extraído do cadáver de uma vítima da pandemia encontrado congelado no permafrost (solo congelado) do Alasca.
“Os vírus da gripe podem ser inofensivos ou mortais, porque seu genoma muda em velocidade alucinante – e os estudos sobre o vírus da gripe espanhola nos ensinaram que essa diferença na periculosidade dos vírus tem relação direta com a sua estrutura e com as mutações que ela sofre. Foi quando começamos a estudar a estrutura desses vírus que pudemos mapear o que lhe confere periculosidade. Isso é fundamental para desenvolvermos vacinas e terapias”, afirmou Morel.
Pandemia matou 5 mil em SP
Em outubro de 1918, a cidade de São Paulo se mobilizou para fazer o que fosse possível contra a pandemia, que chegou no Brasil no mês anterior. Ainda assim, o surto matou 1% da população – mais de 5 mil pessoas.
No dia 22 de outubro de 1918, as primeiras mortes causadas pela gripe espanhola – ou simplesmente “a hespanhola”, como se dizia na época – foram anunciadas pelos jornais, entre eles o Estado, e o desespero rondou os moradores de São Paulo, segundo a historiadora Liane Maria Bertucci, da Universidade Federal do Paraná.
Liane escreveu diversos artigos e também sua tese de doutorado na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) sobre a epidemia em São Paulo. Em sua pesquisa, acompanhou as discussões dos médicos sobre a pandemia a partir dos textos dos jornais de 1918 “A epidemia foi devastadora, mas a mobilização da sociedade, dos médicos, jornalistas e autoridades foi surpreendentemente bem organizada, levando-se em conta uma situação limite como aquela.”
De acordo com ela, a gripe espanhola chegou em setembro ao Rio de Janeiro, e a população paulistana já aguardava, apreensiva, sua chegada. Médicos, políticos, a igreja, a Cruz Vermelha e até os escoteiros participaram de uma força-tarefa contra a gripe. “O Estadão publicava diariamente os relatos da Inspetoria de Higiene. Ainda assim, 120 mil pessoas adoeceram e cerca de 5 mil morreram.”
No Rio de Janeiro, na época a capital federal, com 914 mil habitantes, quase 600 mil adoeceram. Em poucos meses, 12,6 mil morreram. A vítima mais conhecida foi o então presidente eleito do Brasil, o paulista Rodrigues Alves. Ele ficou doente no fim de 1918 e morreu em janeiro de 1919, antes de tomar posse.
Em São Paulo, segundo Liane, as primeiras estatísticas sobre mortes começaram a ser divulgadas em novembro. As cifras eram até então inimagináveis: já havia quase 8 mil doentes e, apenas no dia 4 daquele mês, 171 mortos. Entre os médicos, discutia-se se a causa da epidemia se era um bacilo ou um vírus. Eles receitavam repouso, pouca comida, purgantes – como sulfato de sódio ou magnésio – e sudoríficos, como tintura de acônito, acetato de amônio, infusão de jaborandi, xarope de conhaque e de tília.
“Havia também recomendação de chás de canela, injeções de óleo canforado, éter ou estricnina, as então conhecidas poções de Rivière e de Todd, utilizadas para combater problemas pulmonares”, lembra.
Origem
A pandemia ficou conhecida como gripe espanhola, mas não surgiu naquele país. Durante a Primeira Guerra Mundial, os jornais dos países envolvidos censuravam as notícias sobre a pandemia, como recurso para não baixar o moral das tropas. A Espanha, neutra no conflito, noticiava a devastação causada pela gripe. Assim, as populações de outros países acreditavam que o problema era exclusivamente espanhol. Quando as mortes começaram a se multiplicar aos milhares por todo o mundo, as pessoas começaram a se referir ao surto como “a gripe espanhola”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Previsão do tempo para esta segunda-feira (12)
Informações do site climatempo.com.br