Disney é pressionada a adiar reabertura de parques na Flórida

Agência Brasil

Grupos de pessoas estão pressionando a Disney a adiar a reabertura do parque Disney World, na Flórida, que estava prevista para 11 de julho, citando recentes picos dos casos de covid-19 no estado.

Nessa quarta-feira (24), mais de 7 mil pessoas assinaram uma petição, criada por Katie Belisle, uma anfitriã da Disney World Atrações, que foi enviada aos prefeitos de Orlando, Buddy Dyer, e de Orange County, Jerry Demings.

“Esse vírus não sumiu e infelizmente só piorou no estado”, diz a petição. “Manter nossos parques temáticos fechados até que os casos diminuam de forma sustentada manteria nossos convidados, funcionários e suas famílias em segurança”.

Não foi possível localizar Belisle para comentar o assunto.

Os parques da Walt Disney estão fechados desde janeiro para ajudar a conter a disseminação do novo coronavírus. A empresa estimou que perdeu US$ 1 bilhão em sua divisão de parques temáticos entre janeiro e março.

“A segurança e o bem-estar de nossos membros do elenco e convidados estão na vanguarda do nosso planejamento, e mantemos um diálogo ativo com nossos sindicatos sobre os extensos protocolos de saúde e segurança, seguindo orientações de especialistas em saúde pública, que planejamos implementar à medida que avançamos em direção à nossa proposta de reabertura em fases”, disse uma porta-voz da Disney em comunicado.

A petição na Flórida vem depois de uma reação semelhante dos sindicatos que representam trabalhadores da Disneylândia em Anaheim, na Califórnia, que planeja reabrir em 17 de julho.

Saque imediato do FGTS deve ser declarado no Imposto de Renda

Agência Brasil

Parte dos 60,4 milhões de trabalhadores que retiraram até R$ 998 do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) no ano passado terá de acertar as contas com o Leão. O saque imediato deve ser informado na Declaração do Imposto de Renda Pessoa Física 2020.

A obrigação vale apenas para quem recebeu mais de R$ 28.559,70 em rendimentos tributáveis em 2019 ou se enquadra em qualquer outro critério para enviar a declaração. Caso o contribuinte esteja isento de Imposto de Renda, não precisará enviar o documento apenas por causa da ajuda do FGTS.

O saque imediato deve ser declarado no formulário de rendimentos isentos e não tributáveis, no item 4, que engloba indenizações por rescisão de contrato de trabalho, por planos de demissão voluntária, por acidente de trabalho e saques do FGTS. Ao abrir o campo, o contribuinte deve informar o valor sacado, escrevendo “Caixa Econômica Federal” e o número do Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ) da instituição (003603050001-04).

Caso não tenha o comprovante de saque, o contribuinte pode pedir um extrato na página do FGTS na internet, na página da Caixa ou no aplicativo FGTS para dispositivos móveis.

As regras para o saque imediato são semelhantes às dos saques regulares, em que o trabalhador também precisa declarar o valor retirado do FGTS. Além de demissões sem justa causa, o FGTS pode ser sacado em caso de término de contrato temporário, aposentadoria, rescisão por falência, doenças graves e mais dez situações. As regras do saque regular podem ser consultadas na página da Caixa na internet.

Como fazer a declaração

O prazo para entregar a declaração acaba no próximo dia 30, às 23h59min59s. Neste ano, a Receita espera receber 32 milhões de documentos. O prazo inicialmente se encerraria em 30 de abril, mas foi adiado em dois meses por causa da pandemia do novo coronavírus.

Com os comprovantes de rendimentos e os documentos de despesas dedutíveis em mãos, o contribuinte deverá iniciar o preenchimento da declaração. Segundo a especialista, caso a pessoa já tenha feito e apresentado a declaração em 2019, esse será o ponto de partida. “Basta eu ter a cópia eletrônica dessa declaração e restaurá-la no programa do IRPF”.

Já para quem, em 2020, fará a declaração pela primeira vez, é necessário criá-la no programa disponibilizado pela Receita Federal. Inicialmente, devem ser preenchidos os dados cadastrais, como CPF, nome, endereço, e profissão. Em seguida, deve ser declarada a renda auferida, ou seja, a renda do trabalho, renda de aluguel, ou qualquer outra forma que a pessoa tenha recebido rendimentos.

“Vamos dizer que esse é o primeiro bloco de informações da declaração. É o valor dos rendimentos, sejam eles tributáveis, sejam eles isentos de tributação, ou aqueles classificados como tributação exclusiva na fonte. E o valor do imposto pago sobre o valor desses rendimentos auferidos durante o ano de 2019”.

Segundo as normas da Receita Federal, deve entregar a declaração 2020 (ano-base 2019) o contribuinte que recebeu rendimentos tributáveis superiores a R$ 28.559,70 no ano passado, o equivalente a R$ 2.196,90 por mês, incluído o décimo terceiro. Também deve apresentar o documento quem teve receita bruta de atividade rural superior a R$ 142.798,50; contribuintes com rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte de mais de R$ 40 mil, e contribuintes com patrimônio de mais de R$ 300 mil em 31 de dezembro de 2019.

Também deve entregar a declaração quem obteve, em qualquer mês, ganho de capital na alienação de bens ou direitos ou fez operações na bolsa de valores; quem passou à condição de residente no Brasil em qualquer mês no ano passado e quem optou pela isenção de Imposto de Renda incidente sobre o ganho de capital na venda de imóveis residenciais e comprou outro imóvel até 180 dias depois da venda.

Pagamentos, despesas e bens

Em um segundo bloco da declaração, é necessário o preenchimento dos pagamentos realizados. A declaração de pagamentos pode trazer benefícios ao contribuinte na medida em que eles são classificados como dedutíveis, como despesas médicas, despesas educacionais e a previdência privada. No terceiro bloco de informações requeridas, é necessário declarar bens, direitos e dívidas.

As orientações detalhadas sobre a declaração do IRPF 2020 estão disponíveis no site da Receita Federal. A multa por atraso de entrega é estipulada em 1% ao mês-calendário até 20%. O valor mínimo é R$ 165,74.

Nuvem de gafanhotos: governo declara emergência fitossanitária

Agência Brasil

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento declarou estado de emergência fitossanitária no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina devido ao risco de surto da praga Schistocerca cancellata nas áreas produtoras dos dois estados. A portaria com a medida está publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (25).

O estado de emergência tem por objetivo permitir a implementação de plano de supressão da praga e adoção de medidas emergenciais. De acordo com o ministério, a emergência fitossanitária é por um prazo de 1 ano.

A nuvem de gafanhotos está a cerca de 250 quilômetros da fronteira do Rio Grande do Sul com a Argentina. A preocupação das autoridades do setor agropecuário e de produtores rurais é o dano que os insetos possam causar às lavouras e pastagens, se houver infestação.

A dieta do inseto varia, conforme a espécie, entre folhas, cereais, capins e outras gramíneas. Segundo informações repassadas à Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul, a nuvem é originária do Paraguai, das províncias de Formosa e Chaco, onde há culturas de cana-de-açúcar, mandioca e milho.

Em nota, o minstério informou que está acompanhando o fenômeno em tempo real e que “emitiu alerta para as superintendências federais de Agricultura e aos órgãos estaduais de Defesa Agropecuária para que sejam tomadas medidas cabíveis de monitoramento e orientação aos agricultores da região.

De acordo com a pasta, especialistas argentinos estimam que os insetos sigam em direção ao Uruguai. A ocorrência e o deslocamento da nuvem de gafanhotos são influenciados pela temperatura e circulação dos ventos.

O fenômeno é mais comum com temperatura elevada. Segundo o setor de Meteorologia da secretaria gaúcha, há expectativa de aproximação de uma frente fria pelo sul do estado, que deve intensificar os ventos de norte e noroeste, “potencializando o deslocamento do massivo para a Fronteira Oeste, Missões e Médio e Alto Vale do Rio Uruguai”.

A nota diz ainda que o gafanhoto está presente no Brasil desde o século 19 e que causou grandes perdas às lavouras de arroz na Região Sul no período de 1930 a 1940. “No entanto, desde então, tem permanecido na sua fase ‘isolada’, que não causa danos às lavouras.”

O ministério informa que especialistas estão avaliando “os fatores que levaram ao ressurgimento desta praga em sua fase mais agressiva” e que o fenômeno pode estar relacionado a uma conjunção de fatores climáticos.

A Secretaria de Agricultura do Rio Grande do Sul orienta os produtores rurais gaúchos a informar a Inspetoria de Defesa Agropecuária da sua localidade se identificar a presença de tais insetos em grande quantidade.

Com Minas, sobe para 9 estados com mais de 80% das UTIs ocupadas

(FOLHAPRESS) –

A escalada dos casos graves do novo coronavírus fez crescer a ocupação dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) em 16 estados brasileiros. Com isso, já chega a nove o número de estados com mais 80% dos leitos para o tratamento da Covid-19.
O estado de Minas Gerais assumiu a ponta entre as unidades da federação com maior taxa de ocupação dos leitos. Roraima, Mato Grosso e Rio Grande do Norte aparecem na sequência, também em rota de crescimento do número de casos graves da doença.
Em Minas, com avanço dos casos confirmados no interior e na capital, a taxa de ocupação total de UTIs em Minas Gerais atingiu 90,6% na segunda-feira (22) e deixou o estado próximo ao colapso. Sem separar leitos para Covid-19, a Secretaria Estadual de Saúde informa que 16% das internações de pacientes graves são relacionadas à doença.
Há um mês, a ocupação total de leitos de UTI no estado era de 69%. Com a flexibilização da economia em várias regiões, incluindo Belo Horizonte, os números saltaram e tiraram o estado da zona de tranquilidade que tinha, em comparação ao cenário nacional.
Uma previsão do Ministério Público de Minas Gerais, com base em análises e estudos, incluindo uma nota técnica elaborada pela UFMG, estimava na semana passada que o estado chegaria ao esgotamento dos leitos nesta quinta. A data foi adiada graças à expansão na rede estadual, segundo o secretário adjunto de saúde, Marcelo Cabral.
“Apesar de todos os problemas, conseguimos jogar mais para frente a data estimada para o esgotamento de leitos. Esses dados são dinâmicos, já que o trabalho de ampliação das vagas é feito diariamente”, afirmou o secretário em entrevista à imprensa nesta quarta (24).
Das 14 macrorregiões de saúde do estado, seis têm percentual de ocupação de UTIs acima de 90%. As regiões de Belo Horizonte, Uberlândia e Juiz de Fora estão entre elas.
Nesta quarta, Minas chegou a 31.343 casos de Covid-19 confirmados e 771 mortes. As internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave tiveram aumento de 718% em comparação ao mesmo período do ano passado.
Um dos primeiros estados a autorizar a reabertura de comércio e de parques públicos, Mato Grosso continua com uma escalada no número de pacientes graves. A ocupação dos leitos de UTI, que há duas semanas era de 13%, subiu para 76% na semana passada e 87% nesta semana.
A situação é mais grave no interior: nas cidades de Rondonópolis, Cáceres e Sorriso, a ocupação dos leitos era de 100% nesta terça-feira (22). Em Várzea Grande, cidade da Grande Cuiabá, apenas um dos 40 leitos de UTI para pacientes com Covid-19 estava disponível.
Estados como Pernambuco, Maranhão e Ceará também registraram ocupação acima de 80%, mas vivem uma desaceleração no número de casos graves.
No Maranhão, onde o sistema de saúde atingiu o colapso há cerca de dois meses, o governo começou a redirecionar UTIs que estavam reservadas para pacientes com o novo coronavírus para pessoas com outras doenças. Em uma semana, o número de leitos para Covid-19 foi reduzido de 474 para 416.
A Secretaria Estadual da Saúde apontou queda na ocupação de leitos, do número de novos casos e da taxa de contágio na Grande Ilha, formada pela capital São Luís e pelas cidades de São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa. O novo cenário fez o governo retomar na serviços ambulatoriais e procedimentos cirúrgicos na Grande São Luís.
No interior do estado, porém, houve um incremento no número de casos graves. Na segunda (22), 80% dos leitos fora da Grande Ilha estavam ocupados. Há duas semanas, eram 68%.
Pernambuco também tem registrado queda na demanda de pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave por leitos de UTI.
Na terça-feira (23), a taxa de ocupação das UTIs na rede pública estadual era de 83%. Desde o início da pandemia, 762 vagas foram abertas. Há uma semana, o índice registrado foi de 87%.
A fila para pacientes aguardando por um leito de UTI, que no início de maio chegava a 256 pacientes, foi zerada.
No Rio de Janeiro, a taxa de ocupação das UTIs vem caindo há algumas semanas. Nesta segunda, 57% dos leitos nas unidades estaduais de referência para a doença. Contribuiu para a melhora a inauguração de um hospital de campanha em São Gonçalo na última quinta (18), ainda com 20 das 80 UTIs previstas.
Outros cinco hospitais de campanha prometidos pelo governador Wilson Witzel (PSC) não foram abertos até hoje. Um estudo técnico da própria Secretaria de Saúde recomendou que eles não fossem mais construídos, já que a ocupação está baixa e os custos de manutenção seriam altos, como revelou a TV Globo.
A fila por vagas de enfermaria e terapia intensiva no estado subiu levemente na última semana -de 73 na última segunda (15) para 91. Epidemiologistas que acompanham os números da Covid-19 se preocupam com a abertura da economia em várias cidades e o aumento de casos no interior, que podem voltar a inundar o sistema de saúde da capital.
Em São Paulo, o governo do estado afirma que não houve tensionamento nos leitos de UTI a despeito do novo recorde de óbitos em 24 horas​ registrado nesta terça-feira (22). A taxa de ocupação dos leitos para pacientes graves é de 65,7%, chegando a 68% na Grande São Paulo.
Os números são menores do que os registrados na semana anterior, quando as taxas estavam em 70% no estado e em 77% na Grande São Paulo.
Bahia, Paraná e Distrito Federal continuam em rota de crescimento no número de pacientes graves. Ao todo, a Bahia tem 75% dos leitos de UTI para Covid-19 ocupados nesta terça, percentual que sobe para 82% em Salvador.
O estado tem cerca de 50 mil casos do novo coronavírus e 1.491 mortes. Cidades como Juazeiro, Santo Antônio de Jesus, Conceição do Coité e São Francisco do Conde registraram rápido crescimento no número de casos nos últimos dias.
O Distrito Federal também segue tendência de alta na ocupação dos leitos após medidas de reabertura. Com 33.282 novos casos e 433 mortes até segunda (22), a capital federal tinha de 67,2% dos leitos ocupados.
No Paraná, alguns hospitais públicos de Curitiba e na região oeste do estado estão sem leitos exclusivos para tratamento de pacientes com o novo coronavírus.
A taxa média de 59% só é empurrada para baixo graças às condições favoráveis das outras áreas do estado. Mesmo com novos 71 leitos, houve crescimento em relação à semana anterior, em que o porcentual era de 51%. Na capital, 78% das UTIs estão preenchidas.
Em meio a medidas de flexibilização do isolamento, Mato Grosso do Sul continua sendo o único estado com ocupação de leitos abaixo de 50%, mas com tendência de alta. O número de leitos ocupados subiu de 10% para 23% em uma semana.

Retorno de RC à fase vermelha de flexibilização começa nesta quinta (25)

Rio Claro retrocedeu na flexibilização das atividades comerciais e a partir de quinta-feira (25) podem funcionar apenas os estabelecimentos e serviços essenciais. A medida anunciada na segunda-feira (22) pelo prefeito João Teixeira Junior, foi baseada em critérios técnicos que apontaram agravamento na situação da pandemia no município.

“A nossa opção sempre será pela saúde e pela vida”, destaca o prefeito Juninho, acrescentando que não gostaria de ter que tomar essa decisão, mas neste momento ela se faz necessária. “Durante os dias em que foi permitido o funcionamento do comércio vimos uma busca desenfreada de parte da população aos estabelecimentos comerciais, inclusive sem adotar cuidados preventivos, como uso de máscaras”, observa o prefeito.

Em princípio, a suspensão no funcionamento do comércio será por 10 dias e após esse período a situação será reavaliada. “A doença tem avançado no município e alcançou um patamar bastante preocupante”, destaca Maurício Monteiro, secretário de Saúde, lembrando que o município está investindo na ampliação da estrutura de atendimentos, com contração de leitos e compra de equipamentos. “Critérios técnicos foram avaliados e nortearam a decisão de retroceder na flexibilização para evitar que a doença faça mais vítimas”, acrescenta Maurício.

A partir de autorização estadual, imobiliárias, concessionárias, escritórios, comércios e shopping puderam voltar a funcionar no dia primeiro de junho. De lá para cá a situação da Covid-19 em Rio Claro piorou. Até 31 de maio eram 107 casos positivos da doença, na segunda-feira (22) o município chegou a 593 casos, um aumento de 454%. Os óbitos saltaram de 13 para 25, um aumento de 92%. Um outro dado preocupante e determinante para a decisão tomada é o número de pessoas internadas, com aumento de 295% em comparação com o período anterior à flexibilização. Na segunda-feira o município alcançou 100% de ocupação dos leitos hospitalares.

Documento com informações sobre o retrocesso na flexibilização à fase vermelha em Rio Claro foi publicado na edição de terça-feira (23) do Diário Oficial. Com isso, voltam a vigorar as regras anteriores à flexibilização, em que estão autorizados a funcionar apenas os estabelecimentos comerciais considerados essenciais, como supermercados, padarias e farmácias. As concessionárias de veículos também poderão continuar funcionando.

Dólar salta 3,260% e volta aos R$ 5,32; Bolsa cai 1,66%

JÚLIA MOURA – SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

O dólar saltou 3,260%, a R$ 5,320 nesta quarta-feira (24), o maior valor desde quinta passada (R$ 5,37). O turismo está a R$ 5,43. Já o Ibovespa recuou 1,66%, a 94.377 pontos, em uma sessão de aversão a risco global.

Investidores repercutem o aumento de casos de coronavírus nos Estados Unidos, a piora na perspectiva do FMI (Fundo Monetário Internacional) para o crescimento econômico e a intenção americana de tarifar importações europeias. Além disso, o fim do semestre leva a realização de lucros e trocas de ativos nas carteiras.

“Há uma preocupação de fim de mês, com teorias de que vai haver uma venda relevante de ações nos EUA. Investidores tentam antecipar movimento de virada de semestre e a preocupação os fez colocarem os ganhos recentes no bolso”, afirma Jorge Junqueira, sócio da Gauss Capital.

Na terça (23), pela segunda semana consecutiva, os estados americanos do Texas, Arizona e Nevada estabeleceram recordes em suas epidemias de coronavírus, e dez outros estados, como Flórida e Califórnia, registraram altas nos números de infecções, com recordes diários de novos casos. Em Houston, no Texas, a ocupação das UTIs está em 97%.

Isso fez as autoridades enrijecerem as regras sobre aglomerações e insistir para que as pessoas fiquem em casa e sigam as diretrizes de distanciamento social.

“Mais que uma segunda onda, é uma continuidade da primeira onda em algumas regiões. É de se esperar alta nos casos em locais que reabriram, não tem nada surpreendente ainda. Nova York segue como um bom exemplo”, diz Junqueira.

O número de novos casos em Nova York segue em queda e o estado atingiu sua menor porcentagem de resultados positivos em testes de Covid-19 desde março, mas as autoridades de saúde estão monitorando de perto os pontos onde persistem os maiores índices de infecção, como alguns bairros de baixa renda na cidade de Nova York, que entrou nesta semana na fase 2 do plano de reabertura, com a volta de trabalhadores aos escritórios e serviços de restaurante em espaços externos.

O número total de casos confirmados de coronavírus em todo o mundo ultrapassou 9,1 milhões, com mais de 2,3 milhões deles nos Estados Unidos, enquanto o número de mortos no país superou 121 mil, de acordo com dados da Universidade Johns Hopkins.

Investidores temem que o crescimento nos casos interrompa a retomada das atividades, que se refletiu na melhora de dados econômicos preliminares de junho.

Nesta quarta, o FMI afirmou que o coronavírus está provocando danos mais amplos e profundos à atividade econômica do que imaginado anteriormente, levando a instituição a reduzir mais sua estimativa para a produção global em 2020.

O FMI disse esperar agora que a produção global sofra contração de 4,9% este ano, ante recuo de 3% estimado em abril, quando usou dados disponíveis conforme as restrições aos negócios ainda não estavam com força total.

A recuperação em 2021 também será mais fraca, com crescimento global de 5,4% em 2021 ante 5,8% previsto em abril. O Fundo disse, entretanto, que um grande surto de novas infecções em 2021 pode diminuir a expansão no ano que vem para apenas 0,5%.

A expectativa agora é que o PIB (Produto Interno Bruto) dos Estados Unidos recue 8% e o da zona do euro 10,2% em 2020, mais de dois pontos percentuais a menos do que na previsão de abril para ambos. Para o Brasil, a previsão é de queda de 9,1%.

A China – país em que as empresas começaram a reabrir em abril e as novas infecções foram mínimas – é a única grande economia que deve apresentar resultado positivo em 2020, agora com expectativa de crescimento de 1%, ante ganho de 1,2% projetado na previsão de abril.

Outro ponto negativo para investidores é a proposta do governo de Donald Trump de tarifar mais US$ 3,1 bilhões em importações do Reino Unido, França, Alemanha e Espanha. Essa seria uma resposta americana na disputa em torno dos subsídios europeus à Airbus, considerados irregulares pela Organização Mundial do Comércio (OMC).

Além disso, os estoques de petróleo nos EUA subiram muito mais que o previsto, batendo recorde pela terceira semana seguida. O preço barril de Brent (referência internacional) despenca 5,3%, a US$ 40,38. O WTI (referência americana) tem queda de 5,6%, a US$ 38,11.

Em Nova York, S&P 500 e Dow Jones caíram 2,59% e 2,72%, respectivamente. Após oito sessões seguidas de altas e dois recordes seguidos, a Bolsa de tecnologia Nasdaq cedeu 2,2%

No Brasil, a maior queda da sessão foi da Cielo, que despencaram 12,96%, a R$ 4,70, após a Superintendência-Geral do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) suspender, na noite de terça, o acordo entre o WhatsApp, Cielo e instituições financeiras que permite pagamentos e transferências de valores diretamente entre usuários do aplicativo.

O Banco Central tomou decisão semelhante e divulgou comunicado ordenando as bandeiras de cartão de crédito Visa e Mastercard, usuárias do sistema, a suspenderem a operação de pagamentos dentro do novo sistema.

Anunciada em meados de junho, a parceria envolve o Facebook, controlador do WhatsApp, e a credenciadora Cielo, responsável pelo processamento financeiro das transferência.

Gol e Azul também registraram fortes quedas, com recuos de 8,34% e 6,22%, respectivamente.

Rio Claro chega a 661 casos de coronavírus

A Secretaria de Saúde de Rio Claro divulgou na quarta-feira (24) boletim que confirma 661 casos positivos de coronavírus na cidade. Os 23 novos casos são de 20 pessoas que estão em isolamento domiciliar e três que estão hospitalizadas. 

O número de pacientes internados por coronavírus é 69, incluindo casos suspeitos, sendo que 26 pessoas recebem cuidados em leitos do SUS e 43 na rede particular. Deste total, 26 pacientes estão em UTI, sendo 17 na rede pública e nove em hospitais particulares.

O município tem 25 óbitos confirmados por coronavírus. Cento e oitenta e sete pessoas se recuperaram da doença.

Incêndios na área da Feena e no Jardim Novo I são contidos

Dois casos de incêndio foram registrados em áreas verdes de Rio Claro nesta quarta-feira (24).

Um dos locais atingidos foi a FEENA (Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade), na área próxima ao bairro São Miguel. As chamas na área do antigo horto foram contidas por equipes da Defesa Civil e da brigada da Floresta Estadual.

Também na tarde de hoje, um terreno localizado no Jardim Novo I foi atingido por um incêndio e exigiu o trabalho da Defesa Civil para conter o fogo.

Jornal Cidade RC
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