Contraída por Camila Pitanga em SP, malária é confundida com dengue e Covid-19

 (FOLHAPRESS) – Após dez dias de febre e dores no corpo, a atriz Camila Pitanga, 43, temeu o esperado em uma pandemia: uma infecção pelo novo coronavírus.
Mas o exame para Covid-19 veio negativo e, seguindo orientações médicas, ela fez um teste diagnóstico, bem menos comum. A confirmação veio dias depois: ela e a filha, Antônia, 12, estavam com malária, doença contraída na Barra do Una, no litoral norte de São Paulo.
A atriz anunciou o resultado e disse que estava em tratamento com cloroquina, remédio que muito antes de entrar no debate da Covid-19 já era indicado para malária, lúpus e artrose, entre outras doenças.
Rapidamente Camila Pitanga tornou-se alvo de mensagens falsas nas redes sociais que diziam que o diagnóstico de malária era falso e escondia o uso do medicamento para tratamento da infecção por coronavírus. Ela refutou as acusações e divulgou exame negativo para Covid-19.
Segundo dados do Ministério da Saúde, em 2018 foram notificados 193.838 casos de malária na região amazônica (99,7% do total do Brasil) e 735 no restante do país, dos quais pouco mais de um terço (34%) foram endêmicos, ou seja, contraídos localmente. Em 2019 foram 156.917 casos na região amazônica e 540 fora dela.
A região Sudeste concentrou quase metade das notificações fora da Amazônia. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo, em 2020 foram notificados, até junho, apenas dois casos de malária no estado. Em todo o ano de 2019, foram 12 casos.
Diferentemente do mosquito Aedes, que transmite a dengue e é comum em centros urbanos, a espécie Anopheles, responsável pelo contágio da malária, é silvestre e muito mais comum em áreas próximas a vegetações naturais. O condomínio onde Camila Pitanga e sua filha pegaram a doença fica em uma área preservada de mata atlântica.
Algumas espécies não têm por hábito entrar nas casas, por isso o contato é feito quando a pessoa entra na mata. A transmissão pode ser direta (humano para humano) ou com um macaco como hospedeiro intermediário.Existem muitos estudos comprovando a participação de primatas na cadeia de transmissão na mata atlântica, embora eventualmente possa ter contágio de humano para humano.
A bióloga Silvia Maria di Santi, chefe do Laboratório de Malária da Sucen (Superintendência de Controle de Endemias) do Hospital das Clínicas da USP (a unidade de atendimento fica no quarto andar da av. Dr. Enéas de Carvalho Aguiar, 155), ressalta, porém, que não são todas as espécies de primatas envolvidas e que esses animais também sofrem com doenças parasitárias e não devem ser vistos como os vilões.
A malária é uma doença causada por um parasito do sangue, um protozoário do gênero Plasmodium. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), em 2018 foram registrados 228 milhões de casos de malária no mundo, com mais de 400 mil óbitos. A África subsaariana concentra 93% dos casos e 94% das mortes mundiais.
Existem cinco espécies causadoras de malária em seres humanos: Plasmodium falciparum, P. vivax, P. malariae, P. ovale e P. knowlesi –esta última “pulou” recentemente de macacos para humanos e é restrita ao Sudeste asiático.
A forma mais frequente no Brasil é a P. vivax (89%), mas a maioria dos casos graves da malária são causados por P. falciparum. Esta representa 10% dos casos no Brasil. A terceira e última espécie presente no país é P. malariae (1% dos casos).
Para Santi, que trabalha há mais de 20 anos com a doença, o atraso no diagnóstico pode ser o diferencial entre um quadro grave ou não. Ela explica que muitos dos casos de malária não são identificados rapidamente devido ao padrão nas unidades de pronto-atendimento de testar pacientes com febre alta e dores no corpo para dengue, mais comum em áreas urbanas. Há ainda uma ideia engessada da malária com picos de febre a cada 48 horas, embora o ciclo da doença varie para cada espécie.
Com a Covid-19 e sintomas similares como febre e dores de corpo, a confusão aumenta e pode atrasar ainda mais o diagnóstico certeiro.
O tratamento é feito com antimaláricos e depende da espécie do parasito. Para P. falciparum, é mais comum usar artemisenina, remédio feito a partir de uma planta chinesa, associado a um ou mais medicamentos, porque há resistência à cloroquina.
Já o P. vivax possui uma resposta melhor à cloroquina. São três dias de medicação mais um segundo ciclo de 7 ou 14 dias de primaquina, explica Santi, para matar qualquer parasito latente no fígado.
“O plasmódio no organismo tem primeiro um ciclo no fígado, que não causa sintomas, e um segundo no sangue, onde se alimenta das hemácias. A cloroquina mata rapidamente o parasito no sangue, mas ele pode permanecer no fígado.”
A utilização de compostos derivados de quinino para tratar a malária é muito antiga, explica Erney Camargo, médico pesquisador, atualmente professor aposentado do Instituto de Ciências Biomédicas da USP que descobriu a malária assintomática.
Segundo Camargo, o embate que envolve defensores e críticos da quina (planta a partir da qual se produz a cloroquina) não começou agora na pandemia de Covid-19, mas vem da Idade Média, quando os jesuítas levaram a planta para a Europa. Embora a sua eficácia no combate à malária fosse indiscutível, seu uso não foi aceito nos países protestantes, que rejeitavam qualquer estudo de origem católica. A disputa, novamente, era ideológica, e não científica.
À época, a crença de que as doenças eram resultado do organismo fora de equilíbrio levava a diversos procedimentos não científicos para expulsar o “mal” como sangrias. Por outro lado, a comunidade científica, se valendo de estudos empíricos, constatou que as doenças tinham causas e, portanto, tratamentos específicos. O uso da quina como tratamento de malária foi, assim, revolucionário.
Embora a polêmica da cloroquina seja o uso no combate à Covid-19 sem eficácia comprovada, o uso da quina como medicamento é reconhecido para outras causas. Seu efeito no coração, porém, pede cautela na dosagem.
As doses utilizadas para o tratamento da malária não possuem efeitos colaterais graves, afirma Santi. “É uma dose bem tolerada, mas altas doses podem causar zumbido no ouvido e taquicardia. O tratamento sempre deve ser acompanhado por um médico, de preferência em uma unidade de referência, e nunca, em hipótese alguma, com automedicação.”

Cordeirópolis registra a 14ª morte por coronavírus

A Vigilância Epidemiológica de Cordeirópolis informou na noite deste domingo (16) a 14ª morte em decorrência da covid-19 no município. Trata-se de um homem de 65 anos de idade.

Ao todo o município já registrou 1.083 casos positivos de Covid-19, sendo 862 curados e 202 pessoas monitoradas. O total de internado são 5 e óbitos são 14

Foram realizados até o momento um total de 5.120 testes.

A Prefeitura Municipal presta sua solidariedade a toda família, amigos e pessoas próximas.

Como determina as orientações da Organização Mundial de Saúde, não haverá velório e enterro liberado ao público.

SP registra 26,8 mil óbitos e 699,4 mil casos de coronavírus

GOVERNO DO ESTADO DE SP

O Estado de São Paulo registra neste domingo (16) 26.852 óbitos e 699.643 casos confirmados do novo coronavírus.

Entre o total de casos diagnosticados de COVID-19, 487.345 pessoas estão recuperadas, sendo que 81.073 foram internadas e tiveram alta hospitalar.

As taxas de ocupação dos leitos de UTI são de 55,5% na Grande São Paulo e 57,4% no Estado. O número de pacientes internados é de 12.577, sendo 7.206 em enfermaria e 5.371 em unidades de terapia intensiva, conforme dados das 10h30 de hoje.

Hoje, dos 645 municípios, houve pelo menos uma pessoa infectada em 643 cidades, sendo 504 com um ou mais óbitos.

Perfil da mortalidade
Entre as vítimas fatais estão 15.506 homens e 11.346 mulheres. Os óbitos continuam concentrados em pacientes com 60 anos ou mais, totalizando 75,6% das mortes.

Observando faixas etárias, nota-se que a mortalidade é maior entre 70 e 79 anos (6.733), seguida pelas faixas de 60 a 69 anos (6.604) e 80 e 89 anos (5.438). Entre as demais faixas estão os: menores de 10 anos (37), 10 a 19 anos (48), 20 a 29 anos (219), 30 a 39 anos (808), 40 a 49 anos (1.809), 50 a 59 anos (3.655) e maiores de 90 anos (1.801).

Os principais fatores de risco associados à mortalidade são cardiopatia (59% dos óbitos), diabetes mellitus (43,3%), doenças neurológicas (10,8%) e renal (9,5%), pneumopatia (8,1%). Outros fatores identificados são obesidade (7,3%), imunodepressão (5,7%), asma (3,1%), doenças hepáticas (2,1%) e hematológica (1,9%), Síndrome de Down (0,5%), puerpério (0,1%) e gestação (0,1%). Esses fatores de risco foram identificados em 21.469 pessoas que faleceram por COVID-19 (80%).

Perfil dos casos
Entre as pessoas que já tiveram confirmação para o novo coronavírus estão 325.537 homens e 367.809 mulheres. Não consta informação de sexo para 6.297 casos.

A faixa etária que mais concentra casos é a de 30 a 39 anos (167.122), seguida pela faixa de 40 a 49 (148.143). As demais faixas são: menores de 10 anos (15.512), 10 a 19 (30.088), 20 a 29 (114.723), 50 a 59 (106.257), 60 a 69 (64.037), 70 a 79 (32.848), 80 a 89 (16.078) e maiores de 90 (4.284). Não consta faixa etária para outros 401 casos. A relação de casos e óbitos confirmados por cidade pode ser consultada em: www.saopaulo.sp.gov.br/coronavirus.

Argentino Cano marca dois, e Vasco derrota São Paulo no Brasileiro

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

Pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro, o Vasco venceu o São Paulo por 2 a 1, neste domingo (16), no estádio São Januário, no Rio de Janeiro.

O argentino Cano marcou duas vezes na segunda etapa, chegou a seu 11º gol na temporada (mais de 2/3 de todos os 16 gols do time no ano) e deu a vitória à equipe da casa.

Nos acréscimos, o árbitro ainda marcou um pênalti para o São Paulo após consultar o VAR. Reinaldo cobrou, mas Fernando Miguel defendeu.

Novamente o árbitro de vídeo entrou em ação, viu que o arqueiro vascaíno se adiantou e a cobrança foi refeita. O lateral são-paulino acertou na segunda chance e diminuiu.

Com o resultado, o Vasco mantém 100% de aproveitamento em duas partidas disputadas até aqui -na estreia, venceu o Sport por 2 a 0.

O São Paulo tropeça após ter vencido o Fortaleza por 1 a 0 na estreia, e estaciona nos três pontos conquistados.

Desde o retorno do futebol -sem torcida em razão da pandemia de coronavírus-, a equipe de Fernando Diniz alternou entre vitórias e derrotas. Perdeu para o Bragantino, bateu o Guarani, foi eliminado pelo Mirassol e depois estreou no Brasileiro contra o Fortaleza.

No primeiro tempo, as duas equipes tiveram boas chances. Daniel Alves completou um cruzamento para fora, ainda no início do jogo. Do outro lado, Thales cabeceou na linha da pequena área, mas Tiago Volpi defendeu.

No segundo tempo, o atacante Paulinho Boia chegou a acertar a forquilha do gol vascaíno, mas não marcou. Gonzalo Carneiro, atacante tricolor que ficou cerca de um ano suspenso por doping, retornou ao time, entrando na etapa final.

Na próxima rodada, o São Paulo encara o Bahia, em casa. A partida está marcada para às 20h da quinta-feira (19). Ao mesmo tempo, o Vasco visita o Ceará.

VASCO
Fernando Miguel; Cayo Tenório (Miranda), Ricardo Graça, Leandro Castán, Henrique; Andrey, Fellipe Bastos (Neto Borges), Martín Benitez (Guilherme Parede), Gabriel Pec (Bruno Gomes); Talles Magno, Germán Cano. T.: Ramon Menezes

SÃO PAULO
Tiago Volpi; Juanfran (Igor Vinícius), Arboleda, Bruno Alves, Reinaldo; Tchê Tchê (Gonzalo Carneiro), Liziero (Gabriel Sara), Daniel Alves, Igor Gomes (Helinho); Paulinho Boia, Pablo. T.: Fernando Diniz

Estádio: São Januário, Rio de Janeiro (RJ)
Juiz: Wilton Pereira Sampaio (GO)
Cartões amarelos: Bruno Gomes, Cayo Tenório (Vasco); Igor Gomes, Liziero, Pablo, Reinaldo, Arboleda, Fernando Diniz [técnico] (São Paulo)
Gols: Germán Cano, aos 16min e aos 29min do segundo tempo (Vasco); Reinaldo, aos 51min do segundo tempo (São Paulo)

Tempestade em Santa Catarina afeta 26 cidades e deixa 830 desabrigados

AGÊNCIA BRASIL

Os tornados e as tempestades que atingiram o Meio Oeste de Santa Catarina deixaram ao menos 830 pessoas desabrigadas, 197 desalojadas e 16 feridas, segundo informações do governo estadual. Os temporais com granizo e rajadas de vento começaram na sexta-feira (14) e atingiram a região até a madrugada deste domingo (16). Os estragos atingiram 26 municípios.

Em Vargem Bonita, 42 famílias tiveram de ser abrigadas em um ginásio de esportes. As micro explosões e a chuva intensa de granizo causou danos a 80% dos telhados residenciais na cidade. O laboratório de Clima da Defesa Civil de Santa Catarina identificou ainda dois tornados, um que passou pelos de Água Doce, Ibicaré e Tangará, e outro que atingiu Irineópolis.

Em Tangará, município com aproximadamente 9 mil habitantes, a prefeitura estima que 80% das empresas foram afetadas pelo tornado. Vídeos divulgados nas redes sociais mostram caminhões tombados com a força do vento.

Rio Claro tem 3.424 casos de coronavírus

Rio Claro somou 44 casos positivos de coronavírus no domingo (16), conforme boletim divulgado pela Secretaria de Saúde. Agora o município contabiliza 3.424 casos da Covid-19. Dos novos casos, quatro estão hospitalizados e 40 em isolamento domiciliar.

O número total de internados, incluindo casos suspeitos, é 80, sendo que 39 pacientes estão em leitos públicos e 41 em leitos particulares. Há 30 pessoas em UTI, com 21 delas sendo atendidas no Sistema Único de Saúde (SUS) e nove na rede privada.

O município tem 96 óbitos confirmados por coronavírus. Até o momento, em Rio Claro, 2.866 já se recuperaram da doença.

Cauan, da dupla com Cleber, tem 70% do pulmão comprometido por Covid-19

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

Cauan Máximo, da dupla Cleber & Cauan, está internado na UTI de um hospital em Goiânia. O cantor teve diagnóstico positivo para a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, confirmado na terça-feira passada (11) e, desde então, seu estado de saúde se deteriorou. Neste domingo (16), a equipe dele divulgou que ele tem comprometimento de 70% a 75% dos pulmões.

De acordo com comunicado oficial, ele está “estável” e fazendo uso de medicamentos como antibióticos, e anticoagulante, além de plasma e oxigenioterapia contínua.

“Agradecemos a todos pelas orações, pela torcida, pelas mensagens positivas e pelo carinho e pedimos que continuem se lembrando dele nas suas preces”, pede o texto. “Acreditamos que Deus vai tirar nosso Cauan dessa.”

A mulher do artista, Mariana Moraes, também está com coronavírus e o acompanha no hospital.

Ainda segundo a equipe da dupla, Cauan começou a sentir febre e dores no corpo na sexta-feira (7). Ele realizou exame na segunda-feira (10) e teve o diagnóstico confirmado no dia seguinte.

Na quarta-feira (12), ele realizou raio-x do tórax e o resultado já apontou que o pulmão estava comprometido em mais de 50%. Ele foi internado imediatamente.

Amigos do universo sertanejo têm usado as redes sociais para desejar melhoras ao cantor.

“Vamos orar para o Cauan”, escreveu Gusttavo Lima. “Estamos torcendo, orando pela sua recuperação, guerreiro!”

“Melhoras, meu astro!”, desejaram Simone e Simaria. “Deus restituirá sua saúde e logo você estará com sua família novamente. Estamos juntos!!!”

Anac autoriza primeiro serviço experimental de entrega por drones

AGÊNCIA BRASIL

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) autorizou pela primeira vez o uso de drones para serviços de entrega. A licença foi dada à empresa Speedbird, que prestará serviços à startup de mobilidade e alimentação iFood.

A autorização foi dada em caráter experimental para o emprego de aeronaves não tripuladas. O certificado para os teste das operações de entrega foi fornecido com validade até agosto de 2021. A licença permite o controle dos drones em distâncias maiores, sem a necessidade de que o responsável esteja na linha visual do aparelho.

A permissão foi concedida para o modelo DLV-1, que pesa 9 quilos e pode transportar cargas de até 2 quilos com velocidade máxima de 32 km/h.

De acordo com a iFood, o aparelho não fará entregas diretas, mas facilitará o transporte de cargas entre locais com grande número de restaurantes e fornecedores de alimentação para espaços de onde entregadores levarão os produtos para as casas dos clientes.

Ele será utilizado no Shopping Iguatemi, em Campinas (SP), para percorrer distâncias da praça de alimentação até um ponto específico onde as refeições serão repassadas aos entregadores. Um segundo teste será o deslocamento até um outro ponto próximo a condomínios na região do shopping. Esta rota, de 2,5 quilômetros – que seria feita em 10 minutos normalmente – poderá ser realizada em 4 minutos pelo drone.

“Campinas tem uma característica positiva para esta decisão. Temos densidade de pedidos razoável e encontramos terreno que conseguimos colocar de pé com segurança, sem sobrevoar a cabeça das pessoas ou oferecer perigo para quem está no chão”, explicou à Agência Brasil o gerente de Inovação em Logística da iFood, Fernando Martins.

Ainda não há previsão para o início da operação em caráter experimental. Conforme o iFood, diante da pandemia a empresa ainda avalia o melhor momento de começar a utilizar o drone no modo de testes.

Fernando Martins relatou à Agência Brasil que após o teste, a empresa discutirá a expansão do recurso para outros locais. “Os próximos passos vão depender dessa fase de teste. estamos otimistas para aplicar para mais rotas e ir para mais cidades que a gente tem a possibilidade de mais de mil cidades no iFood e já mapeamos 200 cidades em que poderíamos colocar operação de drone”, afirmou.

Processo

O processo de solicitação e análise do pedido durou cerca de um ano. A empresa apresentou a proposta à Anac em maio de 2019, incluindo o modelo de drone e os objetivos da operação. Foram avaliadas exigências previstas no regulamento.

Segundo a agência, a Speedbird teve de mostrar o cumprimento dos requisitos de segurança. Foram realizados testes supervisionados, um em janeiro e outro em julho deste ano. A equipe da Anac solicitou ajustes, que foram promovidos pela empresa.

Na avaliação do superintendente de Aeronavegabilidade da ANAC, Roberto Honorato, a medida foi importante para iniciar as atividades em um setor promissor. “Dentre as atividades que a sociedade espera para os drones, o delivery é uma das mais promissoras. Essa é uma etapa importante no processo de desenvolvimento do negócio, principalmente por ser de uma empresa brasileira”, diz.

89% querem se vacinar contra Covid assim que houver opção

PAULO PASSOS – SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

Em meio a testes e a uma corrida para a produção de vacinas contra o novo coronavírus, 9 em 10 brasileiros dizem que pretendem ser imunizados assim que o produto estiver disponível.

Segundo pesquisa Datafolha, realizada entre os dias 11 e 12 de agosto, 9% dos entrevistados afirmaram que não tomariam uma vacina fabricada para deter a doença- 89% disseram que sim e 3% não souberam opinar. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

A pesquisa foi realizada em todas as regiões do país e ouviu 2.065 brasileiros adultos por meio de entrevistas por telefone (feitas dessa forma para evitar contato pessoal entre pesquisadores e entrevistados).

Hoje há mais de uma centena de projetos em andamento para produção de vacinas contra a Covid-19 no mundo. Pelo menos 29 desses estão na etapa de testes, sendo que 6 na chamada fase 3, último estágio antes da aprovação.

O percentual da população que diz ter intenção de tomar a vacina é estável entre grupos de diferentes idades, sexo, renda e escolaridade, segundo o Datafolha. A maior variação, com percentual menor que responde querer tomar a vacina, se dá nos estratos de pessoas que dizem não usar máscara, estar vivendo sem nenhum tipo de isolamento e não ter medo de ser infectado.

Segundo o Datafolha, a maior parte dos brasileiros, 46%, acredita que haverá uma vacina contra a Covid-19 no primeiro semestre de 2021. Outros 25% creem que o produto estará pronto ainda em 2020, 22% dizem que apenas no final de 2021, e 5% afirmam não saber.

No Brasil, há acordos com três frentes de pesquisa para produção da vacina. O governo federal, por meio da Fiocruz, fechou uma parceria com a Universidade de Oxford e a farmacêutica AstraZeneca. O estado de São Paulo, por meio do Butantan, assinou acordo com o laboratório chinês Sinovac para testar e produzir em larga escala a vacina.

Já o governo do Paraná anunciou na terça-feira (11) que tem acerto com a Rússia, que no mesmo dia se tornara o primeiro país a anunciar a aprovação de uma vacina contra a doença que já matou mais de 700 mil pessoas em todo o mundo. Contudo, o projeto do laboratório Gamaleya, de Moscou, é visto com receio pela comunidade científica internacional por não ter tido resultados de estudos com critérios científicos adeqados publicados.

De modo geral, vacinas usam vírus ou bactérias atenuadas ou partes deles para tentar “ensinar” o sistema imunológico a reconhecer o patógeno; assim, quando a pessoa tem contato com ele, não desenvolve a doença ou desenvolve uma forma mais branda.

Elas precisam passar por três fases de testes clínicos em humanos. A vacina russa, batizada de Sputnik V, está na fase 2, com testes clínicos em andamento. Mesmo assim, autoridades do país decidiram conceder registro ao medicamento para que ele pudesse ser usado para imunização em massa entre agosto e outubro.

No Brasil, estão sendo realizados testes para duas vacinas, a de Oxford e a do laboratório Sinovac, da China. Em parceria com o Butantan, o projeto chinês realiza ensaios clínicos em seis estados, com 9.000 voluntários em 12 centros de pesquisa. O governo do estado já contratou 15 milhões de doses e, segundo o diretor do Butantan, Dimas Tadeu Covas, planeja iniciar a vacinação em janeiro de 2021.

A vacina depende de resultados positivos de eficácia e segurança para obter registro na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Na China, ela está sendo produzida e aguarda autorização de uso emergencial.

Desde junho, voluntários no Brasil –2.000 em São Paulo, 2.000 no Rio e 1.000 em Salvador– estão testando a vacina de Oxford. Segundo a Organização Mundial da Saúde, o produto do Reino Unido é o mais avançado até agora na corrida pela imunização. O governo federal liberou para o projeto R$ 1,9 bilhão, o que garante 100 milhões de doses da vacina para o Brasil.

No mundo, há grupos que contestam o uso de vacinas. Eles descreditam o efeito delas e alegam haver efeitos colaterais em seu uso.

Pesquisa encomendada pela rede de televisão ABC e pelo jornal Washington Post, dos Estados Unidos, revelou que 27% dos cidadãos do país responderam que certamente ou provavelmente não tomariam uma vacina contra o novo coronavírus, se ela existisse e fosse oferecida de graça.

Os EUA são o país mais atingido pela pandemia, com mais de 5 milhões de infectados e cerca de 170 mil mortos.

Na Alemanha, por exemplo, 61% disseram que usariam o produto contra o novo coronavírus, segundo a Universidade de Hamburgo.

“O movimento antivacina no Brasil ainda é incipiente e não tem progredido”, afirmou à Folha de S.Paulo o diretor do Butantan, Dimas Tadeu Covas. “O que existe aqui é um movimento de desleixo em relação à vacina, que é um pouco diferente. Foi assim no caso do reaparecimento do sarampo.”

Nos últimos anos, o Ministério da Saúde não conseguiu atingir a meta de vacinação. A presença de locais com baixa cobertura vacinal é apontada como o principal fator para o retorno do sarampo no país, o que ocorreu em 2018.

As entrevistas foram feitas por telefone devido à pandemia. A pesquisa telefônica, utilizada neste estudo, representa o total da população adulta do país.

As entrevistas foram realizadas por profissionais treinados para abordagens telefônicas e as ligações feitas para aparelhos celulares, utilizados por cerca de 90% da população.

O método telefônico exige questionários rápidos, sem utilização de estímulos visuais, como cartão com nomes de candidatos, por exemplo.
Assim, mesmo com a distribuição da amostra seguindo cotas de sexo e idade dentro de cada macrorregião, e da posterior ponderação dos resultados segundo escolaridade, os dados devem ser analisados com alguma cautela por limitar o uso desses instrumentos.

Na pesquisa, feita assim para evitar o contato pessoal entre pesquisadores e respondentes, o Datafolha adotou as recomendações técnicas necessárias para que os resultados se aproximem ao máximo do universo que se pretende representar.

Todos os profissionais do Datafolha trabalharam em casa, incluídos os entrevistadores, que aplicaram os questionários através de central telefônica remota.

Exame de primeira-dama para covid-19 dá negativo

AGÊNCIA BRASIL

Diagnosticada com covid-19 desde o fim do mês passado, a primeira-dama Michelle Bolsonaro recuperou-se da doença. Ela postou o resultado do exame mais recente em sua rede social que comprova que o teste molecular para a detecção do novo coronavírus deu negativo.

Na postagem, Michelle agradeceu as orações e as manifestações de carinho. A doença da primeira-dama foi confirmada em 30 de julho. Na ocasião, o Palácio do Planalto informou que ela estava em bom estado de saúde e que seguiria os protocolos estabelecidos.

Durante o período de contaminação, a primeira-dama foi acompanhada pela equipe médica do Palácio do Planalto. O presidente Jair Bolsonaro também contraiu a doença. Ele anunciou o resultado positivo do teste em 7 de julho e permaneceu em isolamento no Palácio da Alvorada até 25 de julho, quando informou estar recuperado.

Hamilton vence com sobra GP da Espanha e quebra mais um recorde na F1

AGÊNCIA BRASIL

Só não dá para dizer que Lewis Hamilton “passeou” pelo circuito de Barcelona porque, na verdade, ele pisou fundo no acelerador durante as 66 voltas do Grande Prêmio da Espanha. Além de vencer com facilidade a prova deste domingo (16), sexta etapa do Circuito Mundial de Fórmula 1, o inglês pôs uma volta de vantagem sobre quase todos os 19 pilotos que completaram a corrida. Só escapou a dupla que completou o pódio: o holandês Max Verstappen, da Red Bull, e o finlandês Valtteri Bottas, companheiro de Hamilton na Mercedes.

Na disputa particular que trava com Michael Schumacher, por recordes da categoria, Hamilton passou a frente no total de pódios (156, contra 155) e ficou mais perto de igualar o número de vitórias. Foi o 88º triunfo do inglês, que está a três do alemão, piloto que mais corridas ganhou na Fórmula 1.

A principal das marcas do heptacampeão mundial Schummi, porém, só poderá ser alcançada ao fim da temporada. Dono de seis títulos, Hamilton tenta ganhar a sétima temporada da carreira. O britânico soma 132 pontos, 37 a frente de Verstappen, que aparece em segundo. Já no campeonato de construtores, a Mercedes foi a 221 pontos, com 86 de vantagem para a Red Bull. Veja AQUI a classificação completa da edição 2020.

A corrida em si teve poucas emoções. As principais disputas por posição foram entre os corredores da Racing Point, Lance Stroll e Sergio Pérez. O mexicano cruzou a linha de chegada à frente do companheiro, mas, foi punido por ignorar a bandeira azul (que exige que pilotos retardatários abram passagem). No fim, o quarto lugar ficou com o canadense, com Pérez em quinto.

A zona de pontuação da corrida em Barcelona foi completada pelo espanhol Carlos Sainz (McLaren), pelo alemão Sebastian Vettel (Ferrari), pelo tailandês Alexander Albon (Red Bull), pelo francês Pierre Gasly (AlphaTauri) e pelo inglês Lando Norris (McLaren). Somente o monegasco Charles Leclerc (Ferrari) não concluiu a prova.

A Fórmula 1 volta em duas semanas, com o Grande Prêmio da Bélgica, no circuito de Spa-Francorchamps. O treino oficial será no próximo dia 29 de agosto, um sábado, com a corrida no dia 30, um domingo. Confira AQUI a classificação geral da temporada deste ano de F1.

Vitória brasileira

Sem representantes na principal categoria do automobilismo mundial, o Brasil teve um domingo vitorioso na Fórmula 2, campeonato que é porta de entrada de muitos pilotos à F1. O paranaense Felipe Drugovich venceu a 12ª etapa do Mundial, também em Barcelona. Foi a segunda vitória dele na atual temporada.

No sábado (15), Drugovich terminou a primeira das duas etapas em solo espanhol em sétimo, após a equipe dele, a MP Motorsport, demorar para chamá-lo aos boxes. A volta por cima veio neste domingo, com a vitória de ponta a ponta. O brasileiro assumiu a liderança logo após a largada, deixando o italiano Luca Ghiotto para trás, e não a perdeu mais.

Com o resultado, Drugovich pulou de décimo para oitavo na F2, com 67 pontos, sendo o melhor do país no campeonato – veja AQUI a classificação. O brasiliense Pedro Piquet, filho do tricampeão mundial de F1 Nelson Piquet, terminou em sétimo neste domingo e somou os primeiros dois pontos da temporada pela equipe Charouz. Já o paulista Guilherme Samaia, da equipe Campos, concluiu em 20º e ainda não pontuou em 2020.

Novo imposto de Guedes pode arrecadar mais que antiga CPMF

THIAGO RESENDE E BERNARDO CARAM – BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS)

O imposto sobre transações financeiras elaborado pelo ministro Paulo Guedes (Economia) pode ter arrecadação até mesmo superior à da extinta CPMF.

Como estratégia política, o governo tem propagado o discurso de que estuda a criação de um “microimposto digital”, mas os dados mostram que o novo tributo poderia arrecadar mais que o antigo.

Em 2007, ano em que foi extinta, a CPMF teve uma arrecadação de R$ 72 bilhões, em valores atualizados pela inflação, o que corresponde a 1,34% do PIB (Produto Interno Bruto), segundo informações da Receita Federal.

O time de Guedes prevê que a “nova CPMF”, como vem sendo chamada no Congresso, renderia R$ 120 bilhões por ano aos cofres públicos.

Para 2021, isso representaria 1,47% do PIB, considerando a estimativa do governo para o PIB nominal que está no projeto de LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias).

A equipe que elabora a reforma tem como objetivo modernizar o sistema sem alterar a carga tributária. Por isso, Guedes argumenta que, com o tributo, será possível, por exemplo, desonerar a folha de pagamentos, promessa da campanha eleitoral.

Dados mais recentes apontam que o emaranhado tributário do país, incluindo cobranças federais, estaduais e municipais, abocanha mais de 33% do PIB por ano.

Procurada, a Receita Federal não quis comentar.

Guedes afirmou no começo do mês que é “maldade ou ignorância” comparar os dois impostos, sem explicar qual seria a diferença entre eles.

Segundo especialistas, a proporção do PIB é a melhor forma de medir o peso de um tributo, porque permite avaliar seu impacto em relação ao tamanho da economia.

Quando vigorou no país, de 1997 a 2007, a CPMF incidiu sobre as movimentações financeiras, mas com exceções. Havia isenção para negociações de ações na Bolsa, transferências entre contas-correntes de mesma titularidade e saques de aposentadorias, seguro-desemprego e salários.

O Ministério da Economia discute com o Banco Central a possibilidade de não haver essas isenções, ou ao menos parte delas, no novo tributo.

O modelo do novo imposto está em fase final de formatação na pasta, que busca a maior base possível para garantir uma arrecadação robusta, segundo participantes da discussão. Embora o foco seja alcançar operações digitais, um interlocutor do ministro disse que os saques também serão taxados.

Em 2007, a CPMF tinha alíquota de 0,38% e incidia só de um lado da operação, como no débito na conta. Em cenário traçado pela Receita em 2019, um imposto idêntico à CPMF -com alíquota de 0,38%- arrecadaria em 2021 quase R$ 106 bilhões.

No último ano em que foi aplicada, a CPMF recolheu R$ 36,5 bilhões. Corrigido pela inflação de 2007 a 2020, esse valor sobe para quase R$ 72 bilhões. Portanto, tinha potencial de arrecadação abaixo do novo imposto de Guedes.

A alíquota do novo tributo deve ser de 0,2%, mas com cobrança nas duas pontas: em uma compra online, será cobrada do consumidor e da empresa vendedora. A incidência total daquela operação, portanto, será de 0,4%.

Apesar de o governo dizer que o novo tributo terá uma base diferente, técnicos ainda não apresentaram explicações ao Congresso, e especialistas veem a chance de o imposto digital ser uma “nova CPMF” disfarçada.

Para o economista e advogado Eduardo Fleury, do escritório FCR Law, o governo dificilmente alcançará a arrecadação de R$ 120 bilhões estimada pela equipe econômica.

A partir de análises das movimentações financeiras do país, ele estima que a receita poderia se aproximar desse valor só em cenário otimista e se fossem eliminadas todas as isenções da extinta CPMF.

Fleury ressalta que o baque econômico gerado pela pandemia do novo coronavírus vai derrubar o PIB e pode reduzir o volume de transações financeiras no país. Isso traria impacto negativo para a arrecadação do novo tributo.

“Paulo Guedes fala ‘vamos pegar o sonegador’. Tem estudos que dizem que temos cerca de 16% de economia não registrada. Mesmo que alcance essas pessoas e multiplique por várias transações, também não vai resolver.”

Na avaliação de Fleury, com a taxa básica de juros, a Selic, em patamar baixo, a alíquota de 0,2% cobrada nas duas pontas da operação é proporcionalmente alta. O resultado da instituição do tributo, diz, será uma elevação do custo do dinheiro.

Para ele, as pessoas tentarão achar meios para fugir da cobrança, possivelmente buscando mecanismos não alcançados pelo fisco, como moedas virtuais.

No caso das empresas, afirma que a tendência é de verticalização de processos. Um supermercado, por exemplo, buscaria ampliar o leque de produtos próprios para reduzir o volume de transações com outras companhias.

“Não vejo muito ponto positivo e acho uma regressão em termos de sistema tributário”, disse Fleury.

Sem nem sequer ser oficialmente entregue aos parlamentares, a proposta do novo imposto vem sendo criticada na Câmara e no Senado.

Apesar de se aliar a Guedes na agenda econômica, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), é um dos mais resistentes a um imposto semelhante à CPMF. Por isso, a estratégia do Ministério da Economia é convencer o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), sobre a importância da medida.

Para ter apoio no Congresso, o governo terá de derrubar a ideia de que o tributo cria travas na economia e incide da mesma forma em todas as classes sociais, pesando mais para os mais pobres.

O presidente Jair Bolsonaro deu, em julho, aval para Guedes retomar esse debate e negociações com o Congresso.

Jornal Cidade RC
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