Deputada é apalpada por colega na Alesp e denuncia assédio; deputado pede desculpas

JOELMIR TAVARES E DANIELA ARCANJO – SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A deputada estadual Isa Penna (PSOL) foi à tribuna da Assembleia Legislativa de São Paulo na quinta-feira (17) dizer que foi assediada pelo deputado estadual Fernando Cury (Cidadania) no plenário da Casa. Um vídeo mostra o parlamentar se aproximando da colega por trás e apalpando-a.

Cury pediu a palavra após a exibição da gravação, negou ter cometido assédio e pediu desculpas por ter, segundo ele, abraçado a colega. Isa afirmou que registrará um boletim de ocorrência contra o deputado e também levará uma representação contra ele ao Conselho de Ética da Assembleia.

“Eu fui apalpada na lateral do meu corpo”, relatou a deputada do PSOL, que defende bandeiras feministas, é bissexual e milita por causas ligadas aos direitos humanos e à igualdade de gênero. “O que dá o direito a alguém de encostar em uma parte do meu corpo, íntima. O meu peito é íntimo. É o meu corpo.”

A situação ocorreu durante a sessão desta quarta-feira (16) na qual os deputados votavam o orçamento do estado para 2021. Isa estava de pé, diante da mesa da presidência da Casa, conversando com o presidente Cauê Macris (PSDB), quando o colega chegou por trás sem que ela percebesse.

No vídeo do momento, divulgado por assessores e deputados do PSOL, é possível ver que Isa tirou a mão de Cury e se desvencilhou dele.

Nas redes sociais, a deputada relatou que o deputado chegou perto dela e de Macris, que conversavam, após um outro parlamentar tentar demovê-lo da aproximação. “O deputado Cury, no entanto, ignora o gesto e se posiciona atras de mim e apalpa meus seios, no que e imediatamente repelido por mim! E assim ocorre o assedio!”

Outras parlamentares foram ao microfone nesta quinta se solidarizar com Isa, defenderam que o caso seja investigado e criticaram atitudes machistas.

Cury se disse triste e constrangido em ter que se pronunciar. “Gostaria de frisar a todos, principalmente as mulheres que estão aqui, que não houve, de forma alguma, da minha parte, tentativa de assédio, de importunação sexual ou qualquer outra coisa com algum outro nome semelhante a esse”, afirmou.

“Eu nunca fiz isso na minha vida toda. […] Mas, se a deputada Isa Penna se sentiu ofendida com o abraço que eu lhe dei, eu peço, de início, desculpa por isso. Desculpa se eu a constrangi. Desculpa se eu tentei, como faço com diversas colegas aqui, de abraçar e estar próximo”, disse ele.

Cury afirmou que a deputada a procurou após o fato e que ele tentou se desculpar, mas não foi ouvido. “Tentei argumentar com ela, pedi desculpas. Entendo, estava nervosa, ficou brava. Cheguei hoje aqui no plenário […], fui conversar com ela, começou a gritar, a me xingar.”

“Não fiz por mal, nada de errado. O meu comportamento é o que tenho com as colegas e os colegas aqui”, completou. “O que tem ali? Um abraço? O que eu fiz de errado? [Jamais faria algo] na frente do presidente [da Assembleia], meu Deus do céu”, afirmou ele.

Isa chorou na tribuna, minutos antes, ao apelar ao presidente da Assembleia para que o vídeo da cena fosse mostrado no telão do plenário. Macris disse que o regimento interno não permitia a exibição, mas, diante das pressões, atendeu ao pedido.

Depois das falas de Isa e Cury, outros parlamentares discursaram sobre o assunto. Gil Diniz (sem partido) disse que não se podia “generalizar uma conduta individual, seja lá de quem for”.

“Não podemos aceitar, no Poder Legislativo, que homens honrados sejam acusados de assediadores. Da maneira que estão colocando aqui, usando isso como escada… Respeito todas as mulheres aqui, mas generalizar, chamar todos de assediadores, usar essa situação como palanque político, nós temos que condenar”, discursou Gil.

Mônica da Mandata Ativista (PSOL) rebateu a fala do parlamentar bolsonarista, o que levou a um bate-boca entre os dois no plenário. A sessão chegou a ser suspensa para que os ânimos se acalmassem.

Cury afirmou que não se opõe a que o caso seja examinado pelo Conselho de Ética da Casa e que se defenderá. Ele repetiu que não fez “nada de errado” e pediu aos colegas imparcialidade na análise do caso.

Nas redes sociais, Isa disse que casos semelhantes já ocorreram com colegas. “A violência politica de gênero que sofri publicamente na Alesp, infelizmente, não e um caso excepcional”, escreveu.

Segundo ela, as deputadas do PSOL Mônica da Mandata Ativista e Erica Malunguinho “já foram assediadas em ocasiões anteriores”.

Em nota, a Assembleia paulista afirmou que, “com a denúncia da deputada, o Conselho de Ética fará avaliação do caso”.

Homem é encontrado morto no interior de sua residência no Jd. Guanabara II

A Polícia Militar registrou na noite de quinta-feira (17) mais um homicídio em Rio Claro. O fato ocorreu em uma residência na avenida 5 do bairro Jardim Guanabara II.

Segundo informações do boletim de ocorrência, a vítima identificada como Luciano das Virgens Conceição de 36 anos, foi encontrado sem vida deitado de bruço em sua cama com um tiro nas costas, saindo pela face. Quem o encontrou sem vida foi o seu ex-sogro.

Foi constatado que uma das portas de acesso à residência estava arrombada e que a moto da vítima, uma CG Titan de cor preta havia sido furtada.

O corpo foi encaminhado ao IML. Não há informações sobre velório e sepultamento.

Tela de Tarsila do Amaral bate recorde e é vendida por R$ 57,5 milhões em leilão

CLARA BALBI – SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Tarsila do Amaral quebrou mais um recorde na noite de quinta (17). Sua tela “A Caipirinha”, de 1923, foi arrematada por R$ 57,5 milhões num leilão na Bolsa de Arte, em São Paulo, se tornando assim a obra mais cara de um artista brasileiro numa venda pública. Os lances, que começaram em R$ 47.613.848,66, foram disputados por três colecionadores e duraram cerca de 15 minutos.

O último detentor do título era Alberto da Veiga Guignard, cuja pintura “Vaso de Flores” foi vendida por R$ 5,7 milhões em 2015. Mas a própria Tarsila já tinha quebrado o recorde pelo menos duas vezes antes – em 1995, quando o “Abaporu” alcançou US$ 1,3 milhão na Christie’s em Nova York, e em 1986, quando a gravura “Cidade” foi adquirida por US$ 370 mil.

Mesmo assim, o montante alcançado com “A Caipirinha” ainda é menor do que aquele que o MoMA, o Museu de Arte Moderna de Nova York, pagou por outra tela de Tarsila, “A Lua”. A cifra que circula no mercado é de US$ 20 milhões, ou quase R$ 75 milhões na época – os valores são estimados, já que a venda não foi divulgada oficialmente.

Ainda existe a possibilidade de que o comprador, que é brasileiro, mas não teve o nome revelado, tenha que devolver o quadro. Isso porque ela é alvo de uma disputa judicial entre Carlos Eduardo Schahin, filho do empresário Salim Taufic Schahin, envolvido no escândalo da Lava Jato, e os 12 bancos credores a quem seu pai deve mais de R$ 2 bilhões.

A venda do quadro é uma forma de ajudar a sanar essa dívida. Mas Carlos Eduardo afirma que a obra foi vendida a ele pelo pai em 2012, por R$ 240 mil. Enquanto isso, os credores questionam a legitimidade da operação, dizendo que a obra nunca chegou a sair das mãos do Schahin pai.

Esse também foi o entendimento do Tribunal de Justiça de São Paulo, o TJSP, ao julgar o caso em segunda instância. Advogado de Carlos Eduardo, Márcio Casado aguarda o julgamento de um recurso no STJ. Enquanto isso, os R$ 57,5 milhões obtidos com a venda do quadro no leilão serão mantidos numa conta específica até que o fim da disputa judicial envolvendo a obra.

Casado, aliás, disse que entrou com uma petição para invalidar o leilão de agora. Ele diz que os bancos não seguiram a recomendação da Justiça da última quinta (10), ao negar um pedido de suspensão do leilão, de notificar eventuais compradores de que o julgamento de um recurso pode fazer com que “A Caipirinha” volte a ser propriedade do seu cliente.

Em nota, o escritório que representa os credores, Gustavo Tepedino Advogados, afirma que o leilão respeitou “todas as condições exigidas pela lei e pelo Poder Judiciário, que reconheceu a validade do certame”
Pintado em 1923, quando Tarsila vivia com Oswald de Andrade em Paris, “A Caipirinha” é considerada “a primeira obra realmente moderna” do país, segundo o diretor da casa de leilões Bolsa de Arte, Jones Bergamin.

Numa ocasião anterior, ele afirmou à reportagem que é raro aparecer uma obra dessas no mercado. “Seria a cereja no bolo de uma coleção”, disse o marchand.

Elektro tem nova sede de atendimento em Rio Claro

A partir de segunda-feira (21), o Espaço de Atendimento ao Cliente da Elektro, em Rio Claro, estará localizado em um novo endereço: na Avenida 7, n° 190, entre Ruas 2 e 3, no Centro. O espaço é amplo, climatizado e oferecerá os seguintes serviços: ligação nova, alteração de data de vencimento da conta, troca de nome do titular, pedido de desligamento da unidade consumidora, e outros.

O atendimento no local será das 8h às 17h. Com a mudança, o atendimento na Avenida 16, no Jardim São Paulo, será encerrado nesta sexta-feira (18). “No espaço, a Elektro disponibilizará dois totens de autoatendimento que oferecerão ao cliente um serviço mais ágil. Priorizamos a escolha de um local de fácil acesso, na região central da cidade”, comenta Nilton Rio, gerente de atendimento ao cliente da Elektro.

A Elektro reforça os canais de atendimento virtual, como o WhatsApp. O aplicativo é simples, evita o contato presencial e, consequentemente, o risco de contágio pelo novo coronavírus.

Prazo para contestar auxílio emergencial negado acaba hoje

AGÊNCIA BRASIL

Trabalhadores informais e inscritos no Cadastro Único de Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) têm até hoje (18) para contestar o bloqueio, o cancelamento ou o indeferimento do auxílio emergencial extensão de R$ 300 (R$ 600 para mães solteiras). Os pedidos podem ser feitos desde o dia 9 no site da Dataprev, estatal que processa os requerimentos do auxílio emergencial.

O processo será inteiramente virtual, dispensando a necessidade de ir a uma agência da Caixa Econômica Federal ou a um posto de atendimento do CadÚnico.

Segundo o Ministério da Cidadania, a pasta promove mensalmente um pente-fino entre os beneficiários do auxílio emergencial para verificar se eles atendem a todos os requisitos definidos pela lei que criou o benefício. Quem não se enquadra em um dos critérios é excluído da lista de beneficiários, mesmo tendo recebido alguma parcela.

De acordo com a pasta, a verificação é necessária para garantir que o público-alvo do auxílio emergencial seja atendido e impedir que pessoas que não precisam do benefício recebam a ajuda. Entre as principais situações verificadas, estão morte, descoberta de irregularidades ou obtenção de emprego formal durante a concessão do auxílio

Contestações

Começou ontem (17) o prazo de contestação para trabalhadores informais que tiveram o auxílio emergencial extensão negado por não atenderem aos novos critérios de concessão. O prazo vai até o dia 26.

Ao editar a medida provisória que estendeu o auxílio emergencial por até três parcelas com metade do valor original, o governo endureceu os critérios. Um dos exemplos foi o uso de dados fiscais de 2019, em vez de 2018, para prorrogar o benefício. Quem não se enquadrou nos novos parâmetros teve a extensão negada.

O Ministério da Cidadania também reabriu o prazo para quem teve o auxílio cancelado por indícios de irregularidade verificados pelo Tribunal de Contas da União (TCU) ou pela Controladoria-Geral da União (CGU). Os requerimentos podem ser feitos até o dia 20.

A pasta também abriu prazo para que beneficiários do Bolsa Família que tiveram o auxílio emergencial extensão cancelado, bloqueado ou negado possam requerer o benefício. Os pedidos poderão ser feitos a partir de domingo (20) até o dia 29. Todos os processos são exclusivamente feitos na página da Dataprev na internet.

Rio Claro tem mais 59 casos de Covid e ultrapassa 6.000

Rio Claro tem 59 novos casos de coronavírus. A informação consta em boletim divulgado na quinta-feira (17) pela Secretaria Municipal de Saúde. O município tem 157 mortes provocadas pela Covid-19 e dois óbitos em investigação.

Com os casos registrados nas últimas 24 horas, o total de casos positivos é 6.048.

O número de pessoas internadas é 65, sendo 27 em leitos públicos e 38 em leitos particulares. Deste total, 18 pessoas estão em unidades de terapia intensiva. Até o momento, 5.540 pessoas se recuperaram da Covid-19 em Rio Claro.

STF permite que Estado imponha restrições a quem não tomar vacina contra Covid-19

MATHEUS TEIXEIRA – BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O STF (Supremo Tribunal Federal) formou maioria nesta quinta-feira (17) para determinar que a vacina contra a Covid-19 pode ser obrigatória desde que exista uma lei nesse sentido. A corte deixou claro que a imunização forçada é proibida, mas liberou a União, estados e municípios a aprovarem lei que restrinja direitos das pessoas que não quiserem se vacinar.

Prevaleceu o voto do relator, ministro Ricardo Lewandowski. Ele defendeu que a vacinação compulsória pode ser implementada por “medidas indiretas” e citou como exemplo a vedação a frequentar determinados lugares ou a exercer certas atividades.

Os ministros Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes, Edson Fachin, Rosa Weber e Dias Toffoli acompanharam o relator.

O ministro Kassio Nunes Marques foi o único a votar de maneira distinta até o momento. O magistrado afirmou que a vacinação obrigatória é constitucional, mas que depende de “prévia oitiva” do Ministério da Saúde e que só pode ser usada como “última medida”.

A maioria, porém, concedeu autonomia a governadores e prefeitos para impor a obrigatoriedade e manteve a linha adotada pelo Supremo desde o começo da pandemia do coronavírus no sentido de esvaziar os poderes do governo federal.

“Tais medidas, com as limitações acima expostas, podem ser implementadas tanto pela União como pelos estados, Distrito Federal e municípios, respeitadas as respectivas esferas de competência”, disse.

R$ 4 milhões: ex-diretor de Compras da Prefeitura é preso após se apresentar na delegacia

O ex-diretor da Central de Compras da Prefeitura de Rio Claro, Valdemar Naidhig Neto se apresentou às autoridades na tarde desta quinta-feira (17) e ficará preso temporariamente por cinco dias.

Exonerado pelo prefeito Marco Antonio Bellagamba há alguns dias, Neto foi alvo de uma operação para cumprimento de mandado de busca e apreensão e de prisão temporária em sua residência, na quarta (16), no bairro Jardim Mirassol. No momento da operação, no entanto, Neto estava fora de casa e não foi localizado.

Segundo a defesa do ex-diretor, hoje, ao saber do mandato de prisão temporária através do JC, ele decidiu se apresentar na delegacia para “provar sua inocência”. Neto é apontado como um dos principais responsáveis pela articulação da compra dos R$ 4 milhões em EPIs pela Prefeitura.

Assista na página do Facebook do JC entrevista ao vivo com o advogado Ariovaldo Vitzel, que faz a defesa do ex-servidor público: clique aqui para acessar. Mais informações você confere no JC impresso desta sexta-feira (18).

Jovem de RC é uma das participantes do evento virtual ‘A Economia de Francisco’

A rio-clarense Flávia Mengardo Gouvêa, 32 anos, formada em Relações Internacionais, com mestrado em História e MBA em Gestão de Negócios, participou recentemente do evento virtual global “A Economia de Francisco”. A jovem representou a Diocese de Piracicaba no evento que contou com mais de 2.000 empresários e estudantes com menos de 35 anos de todo o mundo. Jovens de mais de 40 países puderam acompanhar a transmissão ao vivo, de Assis, pela internet.

Flávia explica que foi uma grande oportunidade para trocar experiências e pretende partilhar as informações colhidas, durante o encontro, para sala de aula, visto que, atualmente, é docente na área de economia. “Fazer parte da Economia de Francisco me fez sentir uma grande alegria, pois entendo que mudanças no mundo sejam urgentes. Minha jornada começou em 2019, quando fiz minha inscrição para o Evento Internacional, atendendo ao chamado do Papa e inspirada na espiritualidade de São Francisco”, comentou.

A rio-clarense lembra que conseguiu a bolsa de viagem do evento e também apoio da própria Diocese de Piracicaba. Porém, devido à pandemia da Covid-19, o evento acabou não ocorrendo na Itália na data prevista, em março, acontecendo somente em novembro, de forma virtual. “A Economia de Francisco é um processo e está apenas começando. Pequenas ações que podem alterar o curso da economia e o andamento da sociedade ‘desenfreada em busca do lucro’ são urgentes. Tais mudanças dependem de nós, jovens, e de todos os que habitam a nossa Casa Comum, pois somos todos irmãos, como bem ressaltado pela Encíclica ‘Fratelli Tutti’, recém-lançada pelo Papa Francisco”, afirma. Com informações do “Em Foco”.

Papa Francisco

O papa Francisco enviou uma mensagem no encerramento do evento, encorajando a juventude a não ter medo de transformar a economia. O pontífice ressaltou, ainda, a importância de nos colocarmos a serviço do bem comum.

Para o Santo Padre é “tempo de ousar no risco de favorecer e estimular modelos de desenvolvimento”, disse no evento.

Jornal Cidade RC
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