Covid-19 mata 4 prefeitos em uma semana no país; total chega a ao menos 22

MARCELO TOLEDO – RIBEIRÃO PRETO, SP (FOLHAPRESS) – Num intervalo inferior a uma semana, quatro prefeitos de três estados morreram vítimas do novo coronavírus. Desde o início da pandemia, já são ao menos 22 pessoas no exercício do principal cargo nas cidades brasileiras que perderam a vida devido a complicações da Covid-19.

O óbito mais recente foi o de Humberto Pessatti, o Betão, 56 (MDB), prefeito de Rio do Oeste (SC), que morreu na terça-feira (15) faltando 16 dias para o término de seus oito anos de mandato à frente da administração.

As mortes dos titulares provocaram substituição às pressas do candidato às eleições, a posse de uma viúva –que era vice-prefeita– para completar o mandato e até mesmo um prefeito que tentou a reeleição enquanto estava internado para se tratar da doença, entre outras particularidades dos municípios.

A primeira morte de um prefeito brasileiro ocorreu em 27 de março, em São José do Divino (PI), envolvendo Antônio Nonato Lima Gomes, o Antônio Felicia (PT), 57. Foi, também, o primeiro óbito no estado.

A partir dela, óbitos de prefeitos em outros 14 estados em todas as regiões do país engrossaram a lista das vítimas da Covid-19 no país, cujo total já passou de 183 mil mortes.

Na cidade catarinense, que teve três mortes na pandemia, o vice-prefeito, Luis Carlos Muller, decretou luto oficial de oito dias devido ao óbito de Pessatti e houve velório aberto à população.

Segundo a prefeitura, a medida seguiu nota técnica sobre funerais para mortes ocorridas após 21 dias ou mais do início dos sintomas. A aglomeração de pessoas foi proibida e a permanência no local foi restrita à família.

“A população poderá neste horário se despedir respeitando o cordão de isolamento, sendo permitido somente passar perante o caixão”, informou a administração no comunicado aos moradores.

Entre domingo (13) e segunda-feira (14), dois prefeitos paulistas morreram. No domingo, foi Wair Jacinto Zapelão (PSDB), 56, prefeito de Santa Clara D’Oeste, enquanto Benedito da Rocha Camargo Júnior, 79, o Dito Rocha, governante de Pardinho, morreu no dia seguinte.

Zapelão estava internado em observação na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) de Santa Fé do Sul desde o dia 7, mas foi transferido no dia seguinte para o Hospital de Base de São José do Rio Preto, onde morreu cinco dias depois.

Já Dito, que foi prefeito de Pardinho em seis mandatos, estava internado em São Paulo.

Com quatro mortes, São Paulo é o estado com mais óbitos de governantes no cargo. As outras duas foram as de Antônio Carlos Vaca (PSDB), de Borebi, e Rodrigo Aparecido Santana Rodrigues (DEM), de Santo Antônio do Aracanguá.

Na última sexta-feira (11), morreu Farid Abrão David (PTB), 76, que governou Nilópolis (RJ), na Baixada Fluminense, por três mandatos (2001-2008 e desde 2017).

Ex-diretor do Fluminense e ex-presidente da escola de samba Beija-Flor por 18 anos, ele foi sucedido nos últimos dias do mandato por sua mulher, Jane Louise Martins David, 74, que era vice-prefeita.

A cidade, que acumula 246 mortes e 1.995 casos confirmados da doença, terá como prefeito a partir de 2021 Abraão David Neto (PL), 40, sobrinho do prefeito morto.

Ainda em dezembro, no dia 6, morreu José Reinoldo Oliveira (MDB), 61, que governava Santa Maria do Oeste (PR). Ele, que foi internado em Ivaiporã e, depois, numa UTI em Curitiba, é um dos três óbitos confirmados no município.

Além das cinco mortes de dezembro, em novembro houve outras três. Em São Braz do Piauí (PI), o prefeito Nilton Pereira Cardoso (MDB), 53, morreu em 5 de novembro. Ele, que era candidato à reeleição, foi substituído por sua filha, Deborah Cardoso (MDB), que venceu a disputa dez dias depois.

No dia 20, foi o prefeito de Santa Terezinha, Geovane Martins, o Vanin de Danda (Avante), 51, quem morreu. Ele estava internado desde o início do mês no Recife e seu nome foi às urnas com ele no hospital. Teve 38,93% dos votos e ficou em segundo lugar na eleição do dia 15.

No dia 24, Wilson da Silva Santos (PSDB), 73, de Jussara (GO), morreu de complicações da doença, após cerca de dois meses de internação.

A Covid-19 gerou um imbróglio sem precedentes na história política de Araguanã (TO), onde o prefeito Hernandes da Areia (DEM), 54, morreu ainda no começo da pandemia.

Ele era vice-prefeito, mas assumiu o governo após o titular renunciar, em 2017. O presidente da Câmara, seu substituto imediato, morreu enquanto Hernandes estava internado.

Sobrou à vice-presidente do Legislativo, Irene Duarte (PSD), assumir o cargo, primeiro interinamente, depois por meio de uma eleição indireta. Ela não tentou a reeleição no último mês.

No Sudeste, também morreram os prefeitos de Duas Barras (RJ), Luiz Carlos Botelho Lutterbach (PP), e Água Doce do Norte (ES), Paulo Márcio Leite Ribeiro (PSB) e, no Sul, Valdir Jorge Elias (MDB), que governava Viamão (RS).

No Nordeste, as vítimas foram os governantes de Paraibano (MA), José Hélio (PT), Santa Quitéria do Maranhão (MA), Alberto Moreira da Rocha (PDT), Ingá (PB), Manoel Batista Chaves Filho (PSD), e Santana do Ipanema (AL), Isnaldo Bulhões (MDB).

Já na região Norte do país, os prefeitos de Redenção (PA), Carlo Iavé Araújo (MDB), e Igarapé-Açu (PA), Nivaldo Costa (SD). No Centro-Oeste, morreu Fabio Mauri Garbugio (PDT), que governava Alta Taquari (MT).

Corinthians vence de novo a Ferroviária e conquista o bicampeonato feminino

O Corinthians é o campeão do Campeonato Paulista Feminino 2020. A equipe alvinegra fez 5 a 0 na Ferroviária, neste domingo (20), no estádio da Fonte Luminosa, em Araraquara, pela grande decisão estadual.

O time alvinegro já estava em vantagem depois de ter vencido a Ferroviária no jogo de ida, por 3 a 1, em São Paulo. O Corinthians poderia perder por até um gol de diferença.

O confronto até começou equilibrado e a Ferroviária se lançava mais ao ataque, já que precisava reverter a vantagem do Corinthians. No entanto, acabou deixando espaços na defesa e, a partir do primeiro gol, o time da capital paulista não deu qualquer chance à equipe do interior.

Giovanna Crivelari recebeu bola enfiada e, cara a cara com a goleira, tocou no canto para abrir o placar aos 19 minutos. Erika recebeu cruzamento e ampliou aos 21 minutos. Em novo cruzamento, Tamires fez o terceiro do Corinthians aos 37 minutos.

Em saída errada da goleira da Ferroviária, a equipe alvinegra roubou a bola no campo ofensivo, Diany foi lançada e, sozinha, só tocou para o fundo do gol, no quarto gol corinthiano, aos 40 minutos.

Já no segundo tempo, Grazi recebeu na frente e fez, aos 32 minutos, o quinto gol do Corinthians, selando a goleada e confirmando o bicampeonato.

FICHA TÉCNICA

Ferroviária 0 x 5 Corinthians
(Jogo de ida: Corinthians 3 x 1 Ferroviária)

Data:
20/12/2020
Horário: 11h
Local: Arena da Fonte Luminosa, em Araraquara (SP)
Árbitro: Adeli Mara Monteiro
Assistentes: Ricardo Pavanelli Lanutto e Marcela de Almeida Silva

Ferroviária: Luciana; Carol Tavares (Monalisa), Luana (Andreia), Gessica e Barrinha; Daiane, Amanda (Thaynara), Rafa Mineira (Elisa) e Aline Milene; Sochor (Ludmila) e Chu (Nenê).
Técnica: Tatiele Silveira.

Corinthians: Lelê; Katiuscia, Erika, Poliana e Tamires (Yasmin); Andressinha (Ingryd), Diany (Grazi) e Gabi Zanotti; Giovanna Crivelari (Juliete), Adriana (Gabi Portilho) e Victoria Albuquerque (Gabi Nunes). Técnico: Arthur Elias.

Gols: Giovanna Crivelari (COR, 19’1ºT), Erika (COR, 21’1ºT), Tamires (COR, 37’1ºT), Diany (COR, 40’1ºT) e Grazi (32’2ºT)
Cartões Amarelos: Amanda (FER); Katiuscia  e Tamires (Corinthians)

Nicette Bruno morre aos 87 anos por complicações do coronavírus

GUSTAVO FIORATTI – SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Artista de pulso empreendedor e atriz dedicada à profissão, Nicette Bruno morreu neste domingo (20), por complicações da Covid-19. Ela estava internada na Casa de Saúde São José, no Rio de Janeiro, desde 29 de novembro, dia em que sua filha, a também atriz Beth Goulart, pediu orações para a mãe. A morte foi confirmada por sua neta, Vanessa Goulart.

Por trás de sua longeva história no teatro e na televisão e da extensa galeria de personagens femininos que formou em mais de 70 anos de carreira, reside a mulher determinada que tão cedo, antes da maioridade, produziu peças e administrou companhias.

Filha de artistas, Nicette Xavier Miessa nasceu em Niterói e estudou piano na infância. Com quatro anos, participou de um programa infantil de rádio, sua estreia. Entre seus primeiros papéis no teatro, ainda na fase amadora, está Julieta, protagonista da peça “Romeu e Julieta”, de William Shakespeare.

Nicette considerava que o ingresso na vida profissional ocorrera na peça “A Filha de Iório” (1947), de Gabriel D’Annunzio, em montagem criada pela companhia da atriz Dulcina de Moraes (1908-1996), ícone do teatro brasileiro na década de 1940, mestra do ofício em um momento pré-modernização das artes cênicas.

Aos 16 anos, Nicette tentou criar uma companhia de teatro no Rio de Janeiro. Em seu empenho –muitas vezes, em entrevistas, ela falou sobre o episódio–, Nicette procurou o presidente Getúlio Vargas para pedir dinheiro. Frustrada com uma promessa não cumprida do governante, no início dos anos 1950, aos 17 anos, veio a São Paulo com a tarefa de administrar uma sala, o Teatro de Alumínio.

Só então começou a formar a companhia Nicette Bruno e Seus Comediantes, que em 1953 migrou para sala vizinha com o nome Teatro Íntimo Nicette Bruno. Neste início de trajetória, a atriz entrou para a roda de profissionais traçando novos caminhos para o teatro nacional, com o diretor Antunes Filho e o ator Walmor Chagas entre eles.

A época foi marcada pelas novas propostas estéticas trazidas a São Paulo pelos diretores italianos, como Ruggero Jacobbi, com quem Nicette trabalhou em “Senhorita Minha Mãe”, de Louis Verneuil, e em outras peças.
O ator Paulo Goulart iniciou sua carreira também no Teatro Íntimo de Nicette, nesta mesma produção de 1952. Em 1954, os dois se casaram. A vida matrimonial durou até a morte de Goulart em 2014. Como ele, Nicette teve três filhos, Beth, Paulo Júnior e Bárbara, que também se tornaram artistas.

O casal ficou conhecido também por ter se dedicado ao Kardecismo.

Na televisão, Nicette estreou na TV Tupi nos anos 1960, fazendo participações em recitais e teleteatros. Atuou em “A Corda”, uma adaptação do filme “Festim Diabólico” (1948), de Alfred Hitchcock, dirigido por Jacobbi, com Cassiano Gabus Mendes no elenco.

Na TV Excelsior, interpretou a mocinha Clara na novela “Sangue do Meu Sangue” (1969). Ela era a mulher do protagonista do folhetim, Carlos, que perde a memória em uma acidente e deixa de reconhecê-la.

Sem nunca deixar de lado o teatro, Nicette passou ao primeiro time de atores da Globo, emissora que a contratou em 1980 para fazer o papel de uma freira em “Obrigado Doutor”, ao lado de Francisco Cuoco. Nicette passou a ser preferida em papéis bem comportados, mães zelosas, mulheres dedicadas.

Com esse perfil, fez parte do elenco de novelas como “Selva de Pedra” (1986) e “Rainha da Sucata” (1990), além de ter atuado em minisséries, como “Meu Destino É Pecar” (1984), adaptação para obra de Nelson Rodrigues. Houve ao menos uma vilã, embora pouco expressiva, em seu repertório: Úrsula, da novela das seis “O Amor Está no Ar” (1997), que rivalizava com a nora, interpretada pela atriz Betty Lago.

Entre 2001 a 2004, atuou em nova versão do programa infantil “Sítio do Picapau Amarelo”, no papel de Dona Benta.

Entre os espetáculos que Nicette estrelou paralelamente à carreira na TV, está “Somos Irmãs”, sucesso absoluto de público sobre a trajetória das irmãs Linda e Dircinha Batistas, ícones da música brasileira nos anos 1930 aos 1950. Dirigida por Cininha de Paula e Ney Matogrosso, a peça rendeu a Nicette um prêmio Shell.

Nos últimos quinze anos, ela continuava atuante no teatro, no cinema e na televisão. Seu último papel na telinha foi Madre Joana, no remake da novela “Éramos Seis” (2020). No ano passado, fez uma judia possessiva em “Órfãos da Terra”.

Trem turístico liga cidades do interior paulista

AGÊNCIA BRASIL

As cidades de Itu e Salto, no interior paulista, passaram a ser ligadas nesse sábado (19) por um trem turístico. O trajeto do Trem Republicano, em referência à Convenção Republicana, ocorrida em Itu em 1873, terá aproximadamente sete quilômetros e será feito em cerca de 40 minutos. A viagem inaugural foi feita ontem (19).

“O Trem Republicano será um marco na história do turismo das duas cidades e de toda a região. Com a sua chegada, acreditamos que Itu entre na prateleira de produtos das grandes operadoras nacionais. Isso deverá aumentar muito o fluxo de visitantes na cidade”, disse o secretário municipal de Turismo, Lazer e Eventos de Itu, Vinícius Salton.

O trem será puxado por uma locomotiva a diesel, a número três da Companhia Mogiana, de 1952, e terá três vagões: o convencional, o turístico (com acessibilidade) e uma boutique (onde pets poderão ser transportados). As primeiras viagens abertas ao público ocorrerão até o fim do ano, e as passagens poderão ser adquiridas nas estações.

A linha será operada pela concessionária Serra Verde Express, a mesma que opera o trem turístico que faz a ligação entre Curitiba e o litoral paranaense. Informações sobre passagens podem ser obtidas em https://www.tremrepublicano.com.br .

Justiça determina suspensão de projeto para nova ‘ETA 1’

A Justiça de Rio Claro determinou liminarmente a paralisação da tramitação do projeto de lei, de autoria do Poder Executivo e que está em análise na Câmara Municipal, que destina uma área do município ao Daae (Departamento Autônomo de Água e Esgoto) para a construção de uma nova Estação de Tratamento de Água (Nova ETA 1), já com sistema de tratamento de lodo gerado integrado, conforme anunciado pela administração.

A área de aproximadamente 11 mil metros quadrados está localizada na esquina da Avenida Nossa Senhora da Saúde com a Avenida 7-A, no Jardim Vila Bela, e fica próxima da captação de água bruta do Ribeirão Claro. No entanto, um abaixo-assinado protocolado por moradores da região apontou supostas várias irregularidades que estariam ocorrendo através do projeto de lei em questão.

Segundo petição, não se observaram, no material disponibilizado pela Prefeitura de Rio Claro, estudos e projetos capazes de embasar a delimitação de um perímetro de expansão urbana e que a expansão urbana se localiza em local onde se encontram 40% das nascentes que abastecem a cidade, e que a área também é protegida por lei específica que proíbe qualquer atividade de risco, como construções, no entorno da Floresta Estadual “Edmundo Navarro de Andrade”.

Já existe um TAC entre Prefeitura, Daae e Ministério Público para a construção da nova ETA, no entanto, é necessária a comprovação dos laudos do local escolhido para que o projeto de lei retorne à tramitação. “A Prefeitura terá que comprovar que há todas as exigências ambientais e que esse empreendimento tem todos os laudos e licenciamentos. Recebemos a informação de que não havia, por isso pedimos a suspensão do projeto até a regularização”, informa o promotor Gilberto Porto Camargo.

O referido projeto de lei chegou à Câmara Municipal no início do mês de dezembro e causou polêmica entre os vereadores. Com a decisão liminar, a Casa de Leis será notificada para que a tramitação seja suspensa.

Rede do Câncer destaca trabalho feito em ano difícil

Em um ano com tantas dificuldades e que muitas vezes nos fez desacreditar da força da humanidade, algumas pessoas, entidades e ações mostraram que, mesmo nos momentos mais difíceis, a solidariedade pode fazer a diferença. Quando muitos encontraram obstáculos em fazer as coisas, outros buscaram uma nova maneira de ajudar.

Uma das entidades que tiveram dificuldades, mas não deixaram de buscar caminhos para fazer bem ao próximo, foi a Rede Rioclarense de Combate ao Câncer “Carmem Prudente”. Precisando alterar diversas atividades e se adaptar àquilo que o momento proporcionava, os trabalhos voluntários seguiram e puderam continuar ajudando aqueles que necessitavam das boas ações.

Com o fim do ano muito próximo, a Rede do Câncer já agradece a todos que ajudaram ao longo de 2020 e faz um balanço das atividades realizadas. Em comunicado feito pela Diretoria Executiva, a entidade expõe o sentimento: “Estamos chegando ao fim de mais um ano. É o momento de reflexão, de ponderação e, principalmente, de gratidão.
Este ano foi difícil para todos, mas, mesmo com as adversidades da quarentena, pedimos ajuda e prontamente recebemos apoio da comunidade”.

Dentre as ações destacadas no balanço anual das atividades da entidade estão: Doações recebidas; Venda de cupons da “união solidária, transformando vidas”, que terá o sorteio em fevereiro de 2021; Venda de peças confeccionadas pelas voluntárias na loja de artesanato da entidade; Venda da camiseta oficial; do Outubro Rosa 2020; Venda do bolo de Natal e o aluguel das já tradicionais árvores e guirlandas natalinas que, segundo o comunicado, tiveram uma procura muito grande.

Com todas conquistas, a Rede do Câncer pôde continuar lutando por aqueles que precisam de ajuda em momentos difíceis e, mesmo com tantas adaptações, atingiu o objetivo desejado.

“Este ano, tivemos de desacelerar, em todos os sentidos. Com mais atenção no outro e em nós mesmos, aprendemos a lidar com nossas próprias emoções. Sentimos gratidão por mais um ano vivido e, apesar de tudo que tenha acontecido, o importante é que chegamos até aqui. Superamos. Vamos iniciar 2021 com a esperança de que tudo vai passar e poderemos retomar, quando for possível, mais fortalecidos. Estamos vivendo tempos difíceis, mas juntos venceremos”, destacou a Diretoria Executiva da Rede do Câncer.

PRF apreende 17 fuzis falsificados no interior de São Paulo

Na noite de sábado (19), por volta das 20 horas, a PRF apreendeu 17 fuzis que estavam sendo transportados em um Fiat Siena, conduzido por um homem de 38 anos. A abordagem ocorreu no km 338 da BR 153, município de Ourinhos-SP.

Ao abordarem o veículo, os policiais perceberam certo nervosismo do condutor diante dos procedimentos de fiscalização, além de respostas desencontradas. Diante desses fatos, o que embasou a fundada suspeita, o motorista foi conduzido à Unidade Operacional PRF de Ourinhos/SP, para uma vistoria minuciosa do veículo.

As buscas resultaram na localização de 17 fuzis que simulavam um fabricante americano daquela plataforma, que estavam em um fundo falso, entre o porta malas e o encosto do banco traseiro.

O homem disse aos policiais que pegou o veículo em Londrina/PR e o levaria até a cidade de São Paulo/SP, mas que desconhecia que havia armas em seu interior.

A ocorrência foi apresentada na Delegacia de Polícia Civil de Ourinhos-SP.

Deputadas relatam episódios de assédio após caso na Assembleia Legislativa de SP

ANA LUIZA ALBUQUERQUE – RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Isa Penna não foi a primeira e não será a última. Assim como a deputada estadual, apalpada por um colega no plenário da Assembleia Legislativa de São Paulo, outras quatro deputadas federais relataram à Folha que já foram assediadas no exercício de suas funções.

As mulheres representam 15% dos integrantes da Câmara dos Deputados, composta em sua maioria por homens brancos.

No Código Penal, os fatos narrados poderiam ser enquadrados como importunação sexual, crime que prevê de um a cinco anos de reclusão.

Isa Penna (PSOL) registrou um boletim de ocorrência contra o deputado Fernando Cury (Cidadania) e também levou ao Conselho de Ética da Assembleia uma representação pedindo que ele perca o mandato.

Frequentemente, no entanto, diante do constrangimento gerado pela situação, assim como da dificuldade de obter provas do assédio, os autores não são denunciados.

Foi o que vivenciou a deputada federal Tabata Amaral (PDT-SP), que falou à reportagem pela primeira vez sobre os assédios que sofreu.

Logo após ser eleita, a parlamentar conta que estava na Câmara quando um deputado que não conhecia a abordou. “Ele me abraçou forte e não me soltou. Fiquei super incomodada, meio que dei um empurrão nele, fiquei constrangida, e continuei”, ela diz.

Já no fim do ano passado, uma situação semelhante ocorreu. Tabata relata que estava numa confraternização entre deputados quando uma amiga precisou intervir para que um parlamentar a largasse.

“Um deputado veio, me puxou, abraçou, só que ele era bem mais alto do que eu, e eu não consegui sair. Veio uma amiga minha, começou a bater na mão dele, a gente ficou assustada e eu fui embora, chorei… Você se sente super mal, suja”, afirma.

Tabata diz que não denunciou o parlamentar porque não acreditava que ele seria responsabilizado no Conselho de Ética da Câmara. Temia, também, ser exposta e atacada caso levasse o ocorrido para a imprensa e para as redes sociais.

“É um pouco frustrante porque eu sou autora e relatora de vários projetos que falam sobre o combate ao assédio, e sobre a importância de a pessoa denunciar e criar essa cultura. Sendo sincera, [não denunciei] porque sei que não vai dar em absolutamente nada. Estou me matando há dois anos para aprovar o Fundeb. Será que vale a pena esse mal estar? Ser descredibilizada por um assédio que sofri? Toda a rede que vão mobilizar para me chamar de mentirosa, me xingar ainda mais? A gente quer passar por mais uma violência? Não.”

Tabata afirma que nem sequer questionou os deputados sobre os episódios. “Já estive com esses parlamentares outras vezes e é como se nada [tivesse acontecido]. Você sente raiva, nojo, não tem vontade de interagir, mas engole. Bom dia, boa tarde”, diz.

A parlamentar afirma que toma algumas precauções para evitar o assédio no exercício do mandato. Diz que não marca reuniões em casa, nem vai à casa dos colegas. Não usa roupas curtas, decotadas, ou apertadas. Mas relata que até o batom vermelho foi alvo de um deputado.

“Um deputado perguntou quem eu queria provocar com aquele batom vermelho. Você fica completamente constrangida, mas é importante continuar usando e mostrar que é sobre mim, sobre a minha luta”, diz.

Já a deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP), que foi candidata à Prefeitura de São Paulo nas últimas eleições, conta que um parlamentar da direita a assediou na última terça-feira (15), durante uma confraternização caseira entre deputados, após sessão do Congresso.

Ela diz que estava dançando com colegas quando o deputado a abordou. “Ele chegou por trás, segurou o meu braço, que ficou roxo, e encostou o corpo dele no meu. A famosa encoxada”, relata.

A deputada afirma que, como reação, se virou e bateu no rosto do parlamentar. “Eu não tive dúvida, nem sabia quem era. Virei e bati com o dorso da mão no rosto dele.”

Joice diz que usava um anel que cortou o rosto do deputado, que deixou o local envergonhado. Também afirma que recebeu apoio das mulheres e dos homens que estavam no evento.

“Eu sou uma mulher reativa, é o meu perfil. Agora você imagina quem se sente mais frágil. Bati nele, e faria de novo”, diz.

Segundo ela, o colega se desculpou, e a parlamentar decidiu que não formalizaria uma denúncia. “Toda vez que ele se olhar no espelho vai ver a marca no rosto, porque vai ficar uma cicatriz. Esse é o maior castigo. Acho que vai pensar dez vezes antes de tomar uma atitude semelhante”, afirma.

Joice não quis identificar o deputado. Ela disse que o parlamentar passou por um processo de humilhação (“aqui em Brasília já virou um assunto, todo mundo falou nisso”), e que já teve sua punição.

A deputada federal Áurea Carolina (PSOL-MG), que concorreu à Prefeitura de Belo Horizonte, também conta um assédio que sofreu. Ela relata que estava na reunião de uma comissão quando um colega sentou-se ao seu lado e começou a conversar sobre o assunto que estava em pauta.

De repente, a deputada narra, ele colocou a mão na sua coxa. Ela então retirou sua mão e disse que o parlamentar “não poderia fazer isso”.

“Ele falou ‘mas isso o quê?’ Eu disse ‘colocar a mão no meu corpo desse jeito’. Ele falou ‘nossa, que isso, nem percebi que fiz isso'”, afirma.

A reação do deputado é o que o movimento feminista chama de “gaslighting” -um tipo de manipulação psicológica com o objetivo de distorcer a realidade a favor do abusador.

“A estratégia sempre vem assim: ‘que isso, eu não fiz isso, você não entendeu’. Mesmo com a filmagem do que aconteceu com a Isa Penna, o deputado teve o desplante de ir à tribuna dizer que estava só abraçando.

Tudo documentado e ele reverte a narrativa dessa forma. Imagina se não tivesse sido filmado”, diz a deputada.

Foi o caso da própria Áurea. Sem testemunhas e sem filmagens, a deputada avaliou que não valeria formalizar uma denúncia contra o colega. Segundo ela, seria o confronto da sua palavra contra a dele.

“O desgaste é tão grande… Isso não vem à tona porque é muito cansativo enfrentar as reações que vão tentar desqualificar, e nos colocar nessa posição de louca, ‘está querendo aparecer, fazer disso um fato político’. Já vi colegas do centrão serem assediadas, passando a mão na bunda. Não é uma coisa que façam questão de esconder.”

A parlamentar afirma que o assédio tem como autores deputados de todos os campos ideológicos, da direita à esquerda.

“É um assédio que, por acontecer num espaço político institucional, serve para nos intimidar, para nos fazer recuar, fazer nos sentirmos acuadas.

Tem um caráter político de interdição, de limitação da presença das mulheres nos espaços de poder”, diz.

A deputada federal Clarissa Garotinho (PROS-RJ), que foi candidata à Prefeitura do Rio de Janeiro, é outra parlamentar que adota algumas medidas para tentar fugir do assédio. Ela conta que, quando tem uma reunião a dois no gabinete, deixa as portas e as persianas abertas ou convida algum assessor para participar.

“Se a gente sabe que vive num meio que já tem esse comportamento completamente sem noção, além de extremamente agressivo, prefiro deixar sempre muito claro que não dou espaço para nenhum tipo de liberdade”, diz.

Com frequência, no entanto, as precauções tomadas pelas mulheres não dão conta de barrar o machismo. “É claro que nem sempre isso é suficiente, como a deputada de São Paulo. Ela não fez nada, não deu espaço, liberdade para nada, e mesmo assim o cara foi extremamente agressivo, assediou, inclusive na frente de todo o mundo”, diz.

Clarissa afirma que já passou por uma situação menos grave do que a enfrentada por Isa Penna, mas que a deixou constrangida e desconcertada.

Ela diz que, aos 25 anos, durante o seu primeiro mandato como vereadora no Rio, foi pedir o apoio de um colega para a aprovação de um projeto de lei.

“Estou explicando, explicando, e vendo que ele não está dando a mínima. Aí terminei e falei: ‘posso contar com o seu apoio?’. Ele virou e disse assim: ‘sabia que seus olhos são lindos?'”

Mega-Sena sai para apostadores de São Paulo e da Paraíba

AGÊNCIA BRASIL

Um apostador de São Paulo e outro de Campina Grande, na Paraíba, acertaram as seis dezenas do Concurso 2.329 da Mega-Sena, sorteadas nesse sábado (19) à noite no Espaço Loterias Caixa, no Terminal Rodoviário do Tietê, em São Paulo. Eles receberão, cada um, o prêmio de R$ R$ 26.798.752,27.

Os números sorteados foram 12, 14, 28, 42, 45 e 55. 

A quina teve 93 ganhadores e pagará o prêmio individual de R$ 43.422,45. Acertaram a quadra 6.837 apostadores que receberão, cada um, R$ 843,78.

O próximo concurso (2.330) será o da Mega da Virada, no dia 31 de dezembro. O prêmio é estimado em R$ 300 milhões.

As apostas na Mega-Sena podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio em lotéricas ou pela internet. A aposta simples, com seis dezenas, custa R$ 4,50.

Natal traz otimismo para comerciantes em ano marcado por superações

O Natal e o Ano-Novo estão se aproximando. São datas importantes para o comércio em termos de vendas. Após um ano difícil devido à pandemia do novo coronavírus, foi preciso se readequar e criar novas soluções.

Para o comerciante Ferruccio Scotuzzi, da Casa Ferruccio, apesar do cenário incerto, a saída foi encarar a situação. Dentre as medidas adotadas, não reduziu estoques, pelo contrário, ousou em comprar mais para ter preços competitivos sem abrir mão da constante melhora na qualidade. “Trabalhei em empresas que davam mensagens de incentivo como: ‘quem tem medo de ir ao banheiro, não come’.
Se você tiver medo do trabalho, você recua. Trabalhe e confie no seu instinto e no seu país”, reforça.

Para manter as vendas e atender os clientes em geral, o comerciante fez uma busca constante por novos parceiros para sempre ter novidades e opções acessíveis financeiramente. Apesar das oportunidades comerciais com a proximidade das festas de fim de ano, revela que a expectativa é que todos possam celebrar o momento em segurança.

“O que não vendermos neste ano, teremos o próximo para fazê-lo. Que tenhamos mais um pouco de paciência, que Deus permita que encerremos este ano com saúde, com nossos queridos e com ânimo para 2021 que está chegando. O resto é lucro”, reforça.

De acordo com Márcio Tadeu Bonatti, da Loja do Márcio, o 2020 foi desafiador frente às medidas restritivas da quarentena que afetaram o comércio não essencial. Apesar das dificuldades, buscou manter todos os colaboradores na empresa sem que houvesse desligamentos. “Ouvi meu coração, pois era delicada a situação em que nos encontrávamos. Atrás de alguns funcionários, há outras famílias também”, avalia.

Ao longo dos últimos meses, conta que foi preciso renegociar com os fornecedores e trocar os produtos que estavam parados pelos que tinham mais saída. Além disso, a alta do dólar influenciou no valor das mercadorias. Para driblar o momento, investiu em publicidade e nas vendas on-line para alavancá-las.

Tudo isso não o desanimou, pelo contrário, deu mais força e ânimo para o trabalho. “A expectativa para o Natal é grande e já estamos vivendo ela. O comércio disparou após a Black Friday e estamos confiantes. O povo brasileiro é de muita garra. Os clientes estão vindo ao Centro com suas máscaras, respeitando os protocolos contra a Covid-19 e estão consumindo. O comércio está se superando”, conclui o comerciante Márcio Bonatti.

10º BAEP realiza operação em celebração ao 1 ano de atividade

No sábado (19) o Comandante do 10º BAEP, para celebrar o dia da inauguração do Batalhão de Ações Especiais, realizou Operação focada no município sede, Piracicaba/SP.

A operação consistiu em ações de presença, saturação por equipes policiais, bloqueios, abordagens e incursões visando a prevenção e repressão imediata de crimes na cidade e contou com mais de 40 policiais, 12 (doze) viaturas e 01 cão, obtendo o resultado de mais de 100 pessoas abordadas, 15 veículos fiscalizados com foco em ilícitos penais e 01 ocorrência de flagrante de tráfico de drogas com 01 preso, além de apoios diversos às viaturas do rádio patrulhamento nas ocorrências do dia a dia.

O 10º BAEP busca com essa Operação reforçar o compromisso com Piracicaba sobre a manutenção nos indicadores criminais e promoção da sensação de segurança entre os munícipes.

Jornal Cidade RC
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