Susana Naspolini, repórter da Globo, morre de câncer aos 49 anos

Folhapress

A repórter da Globo Susana Naspolini morreu nesta terça-feira (25) de câncer, aos 49 anos. A informação foi confirmada pela filha dela, Julia, de 16 anos.

“Oi, amigos, Julia aqui. É com o coração doendo que venho contar pra vocês que a mamãe não está mais com a gente. Ela lutou muito, nossa guerreira! Agradeço muito pelas orações, muito mesmo, muito obrigada, mas infelizmente não deu”, escreveu a jovem no perfil da mãe.

Susana estava internada havia mais de uma semana em São Paulo. A jornalista foi diagnosticada com um câncer em fase de metástase no osso da bacia. Em setembro, ela passou oito dias internada no Rio de Janeiro em virtude de uma infecção e imunidade baixa.

Semana passada, Julia postou um vídeo também no perfil da mãe explicando a situação, que era considerada gravíssima pelos médicos.

“Ela estava com metástase no osso da bacia, já tinha se espalhado pra medula óssea desde julho. Então, ela vinha com uma quimioterapia mais forte, que fez ela perder o cabelo. Mas a metástase se espalhou por vários outros órgãos, entre eles o fígado. O fígado tá muito comprometido. Ele [o médico] disse que não sabem mais o que fazer, não sabem se tem mais alguma coisa pra ser feita, e o estado dela é muito grave. Eu não sei o que fazer”, disse a adolescente, na ocasião.

INÍCIO NO JORNALISMO

Susana Naspolini nasceu no dia 20 de dezembro de 1972, em Criciúma, Santa Catarina. Em 1991, aos 18 anos, enfrentou o câncer pela primeira vez. Na época, cursava jornalismo na Universidade Federal de Santa Catarina e havia acabado de começar um curso de teatro no Tablado, no Rio de Janeiro, para seguir o sonho de trabalhar como atriz.

No entanto, precisou interromper os estudos após descobrir um linfoma. Fez 12 sessões de quimioterapia em São Paulo e perdeu os cabelos durante o tratamento.

Aos 19 anos, Susana foi contratada pelo SBT em Florianópolis e trabalhou na emissora até se formar.

Depois, foi para a RBS, afiliada da Globo no Sul do país, onde atuou por dois anos como editora-chefe e apresentadora do telejornal local. Teve também uma breve passagem pela TV Vanguarda, afiliada da TV Globo em São José dos Campos, interior de São Paulo.

Em 2001, conheceu o marido, Maurício Torres. Ele, que trabalhava no Esporte da Globo no Rio, indicou Susana para uma vaga de repórter temporária na GloboNews em 2002.

Após dois anos na função de repórter, foi para o Canal Futura. Passou ainda pela produção da Editoria Rio da TV Globo e pela equipe de reportagem dos telejornais “Bom Dia Rio” e “RJTV”. Em 2008, em sistema de rodízio com outros repórteres, começou a apresentar o “RJ Móvel”, parte do “RJ1”, o quadro que mudaria sua carreira. A partir de 2013, ela se tornou a principal apresentadora do quadro.

Na atração, moradores da capital fluminense denunciavam à emissora problemas como obras paradas, praças abandonadas ou ruas esburacadas. Era aí que Susana entrava em ação, convocando uma autoridade, do Executivo municipal ou estadual, para prestar esclarecimentos ao vivo e dar um prazo para a resolução da questão. A data era marcada pela repórter em um grande calendário. No dia designado, Susana voltava ao local para cobrar a solução prometida.

Tudo isso era feito com muito bom humor pela jornalista, que buscava sentir as mazelas da população na pele. Para tanto, escalava muros e árvores, entrava em buracos, andava de bicicleta em pistas acidentadas e brincava em brinquedos mal conservados.

Era comum vê-la usando fantasias e adereços para ilustrar o problema. Certa vez, se fantasiou de jacaré para cobrar a reforma de uma ponte no Recreio dos Bandeirantes. Em outra ocasião, fez uma “dança da chuva” para protestar contra falta de água em Nova Iguaçu. Para comemorar a recuperação de uma praça em Bangu, simulou uma cerimônia do Oscar, usou vestido longo, andou de skate e desceu no escorregador.

Os moradores me contam os dramas e criamos juntos as situações. É minha obrigação saber o que dá ou não para fazer ao vivo. Se não conseguem andar de bicicleta, eu preciso mostrar isso. Se o morador coloca saco plástico no pé para passar pelo esgoto, vou botar também. Susana Naspolini ao UOL, em 2019

“Não estou criando nem aumentando. O repórter é um ser humano como qualquer outro, que está ali cumprindo a obrigação de mostrar um problema. Essa é a minha luta”, disse, em entrevista ao UOL em 2019.

A resposta da população era de carinho: Susana costumava fazer entradas ao vivo tomando café, comendo churrasco e às vezes até ganhando presentes dos personagens de suas matérias.

O jeito descontraído levou a jornalista para as arquibancadas da Sapucaí no carnaval, cobrindo a reação popular aos desfiles. Em 2017, passou a apresentar também o “Globo Comunidade”, transmitido no domingo de manhã, que exibia matérias produzidas por editorias locais do Rio de Janeiro.

Depois de enfrentar o câncer pela primeira vez em 1991, Susana voltou a lutar contra a doença dezenove anos depois, em 2010, aos 37. Ela descobriu um micronódulo no seio, um câncer de mama, e após a radioterapia, fez mastectomia total no seio direito. Durante o tratamento, descobriu também um tumor na tireoide.

Em 2016, voltou a enfrentar o câncer de mama e passou cerca de seis meses longe da televisão. No final do ano, voltou a comandar o “RJ Móvel” com direito a festa com flores e bolo nas ruas de Campo Grande, zona oeste do Rio, além de homenagens de colegas e telespectadores.

Em 2020, Susana foi diagnosticada com câncer na bacia. A jornalista buscava manter os seguidores atualizados sobre o tratamento, sempre com um sorriso largo, e afirmou que era confortada pela respostas das pessoas que a acompanhavam.

“Acho que a vida ganha mais sentido quando a gente compartilha das histórias felizes às mais difíceis. Quando descobri o diagnóstico e fui para o Instagram contar, recebi tanto carinho que me deu uma injeção de ânimo. Isso faz muita diferença no meu estado de espírito. As histórias vão te estimulando a melhorar”, contou, em entrevista a Universa, em abril deste ano.

Em julho de 2022, a doença se espalhou para a medula óssea, exigindo uma quimioterapia mais forte, venosa. No mês seguinte, ela publicou um vídeo em que raspava os cabelos com a ajuda da filha.
Em setembro, Susana passou oito dias internada para tratar uma infecção e imunidade baixa. Ela comemorou a alta com uma publicação ao lado dos profissionais de saúde nas redes sociais.

Em outubro, Julia, filha da jornalista, informou que a metástase se espalhou por vários outros órgãos, comprometendo o fígado e deixando a jornalista em estado gravíssimo.

Susana ficou viúva em 2014, após a morte precoce do marido, Maurício Torres. O jornalista esportivo morreu em 2014, aos 43 anos, em decorrência de uma infecção pulmonar. O apresentador do “Esporte Fantástico (RecordTV) ficou internado por cerca de um mês após passar mal em um voo entre Rio de Janeiro e São Paulo.

Inicialmente, constatou-se uma arritmia cardíaca, mas exames mais rigorosos detectaram uma infecção que não regrediu, mesmo com o uso de antibióticos. Na época, a única filha do casal, Julia, tinha 8 anos.

“A morte dele foi tão sofrida. Aprender a não ter ele nas nossas vidas foi tão difícil que não foi porque eu estava doente que ficou pior. Teria sido muito bom se ele estivesse ao meu lado por causa do câncer, mas também na Páscoa, no Natal, no cinema de sábado à noite, nos problemas”, disse Susana ao UOL, em 2019.

Em 2021, a jornalista perdeu o pai, Fúlvio Naspolini, que morreu após contrair uma bactéria na UTI depois de fraturar a perna em uma queda.

A luta contra o câncer e as mortes do marido e do pai levaram a jornalista a escrever dois livros: “Eu escolho ser feliz” (Editora Agir) e “Terapia com Deus” (Editora Petra).

Susana deixa a filha, Julia, de 16 anos, e a mãe, Maria Dal Farra Naspolini.

Falecimentos: confira a necrologia de 26/10/2022

Duzolina Conti Teo – 87 anos. Faleceu dia 24, às 09h30, em Rio Claro. Era viúva de Luiz Carlos Conti, deixou a filha Carla c/c Ronaldo, e 2 netos. Foi sepultada no Cemitério São João Batista;

Helton Jone Rosa – 34 anos. Faleceu dia 24, às 07h00, em Santa Gertrudes. Deixou viúva Sandra Cristina Braga Rosa, irmãos e sobrinhos. Foi sepultado no Cemitério Municipal de Santa Gertrudes;

José Dirceu Flor, Dirceu Carroceiro – 73 anos. Faleceu dia 24, às 12h22, em Rio Claro. Era viúvo de Maria de Fatima Ferreira da Rocha Flor, deixou os filhos Lucio (falecido), Elisangela, Adriana, Tatiane, Edson, Edilson, Fabiano, Paulo, Roberval, Cesar, 14 netos e 11 bisnetos. Foi sepultado no Cemitério Memorial Cidade Jardim;

Maria Aparecida Siqueira – 95 anos. Faleceu dia 24, às 12h45, em Rio Claro. Era viúva de Benedito Siqueira, deixou os filhos Paulo, João Alberto, Cinara, Silmei, 6 netos e 5 bisnetos. Foi sepultada no Cemitério Memorial Cidade Jardim;

Nenhum eleitor poderá ser preso a partir desta terça-feira

A partir de hoje (25), nenhum eleitor poderá ser preso ou detido, exceto em casos de “flagrante delito” ou em virtude de sentença criminal condenatória por crime inafiançável. Está também prevista prisão para pessoas que impeçam o direito de as pessoas transitarem livremente. As medidas valem até 48 horas após o segundo turno das eleições, conforme previsto no Código Eleitoral.blankblankDe acordo com o Artigo 236, membros das mesas receptoras e fiscais de partido também não poderão ser detidos ou presos durante o exercício de suas funções, “salvo caso de flagrante delito”.

Segundo a legislação, nenhuma autoridade poderá, desde cinco dias antes e até 48 horas após o encerramento da eleição, “prender ou deter qualquer eleitor, salvo em flagrante delito ou em virtude de sentença criminal condenatória por crime inafiançável, ou, ainda, por desrespeito a salvo-conduto [direito de transitar livremente]”. Caso ocorra “qualquer prisão”, o detido deverá ser imediatamente conduzido à presença do juiz competente, a quem caberá verificar a ilegalidade da detenção. Confirmada a ilegalidade, caberá ao juiz relaxar a prisão e responsabilizar eventuais coautores da detenção.

Polícia Federal cumpre mandados contra pornografia infantil em Valinhos e Sumaré

A Polícia Federal cumpriu na manhã desta terça-feira, 25/10, dois mandados de busca e apreensão na região de Campinas, visando reprimir crimes de pornografia infantil. Os mandados foram expedidos pelas 1ª e 9ª Varas Federais de Campinas e estão sendo cumpridos nas cidades de Valinhos e Sumaré, nas residências de investigados suspeitos de disponibilizar e compartilhar em redes sociais imagens e vídeos com conteúdo de pornografia infantil.

Oito policiais participam da ação, que tem por objetivo interromper as práticas ilegais e apreender celulares e outras mídias para instrução da investigação criminal e detalhamento da ação dos suspeitos. A princípio não há ligação entre os investigados. Há indícios de que um dos investigados seja suspeito de, não só disseminar arquivos, mas também de proceder à produção de imagens com conteúdo de pornografia infantil, podendo, portanto, responder ainda por estupro de vulnerável.

Em caso de condenação, os investigados podem responder pelos crimes previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente, com penas chegam a 10 anos de reclusão e multa. Se comprovado o crime de produção e estupro de vulnerável, as penas somadas podem chegar a 27 anos de prisão. As investigações estão abrangidas pela Operação Hora da Infância VII e terão continuidade com a análise do material apreendido, nesta data, por exame pericial, inclusive para identificação de vítimas.

A Polícia Federal informa que mantém um grupo especializado na repressão de tais crimes na Delegacia de Polícia Federal em Campinas e que conta com o apoio do SERCOPI/DRCC (Serviço de Repressão aos Crimes de Ódio e Pornografia Infantil, da Polícia Federal, em Brasília), além de estar instrumentalizada com programas eficazes e cruzamentos de dados, utilizados durante as investigações, que ajudam a identificar com mais agilidade pessoas que promovem a disseminação de arquivos com conteúdo de abuso sexual infantil.

Campanha contra a pólio e multivacinação vai até sábado em Rio Claro

Rio Claro tem 65,12% de cobertura vacinal contra a poliomielite. Números da Fundação Municipal de Saúde apontam que foram vacinadas 6.357 crianças de 1 ano a menores de 5 anos, e que mais de 3 mil crianças que deveriam estar vacinadas até agora não tomaram a vacina.

“Ainda dá tempo dos pais levarem as crianças para tomarem a dose contra a pólio e garantirem a proteção dos seus filhos”, destaca Giulia Puttomatti, presidente da Fundação Municipal de Saúde.

Esta é a última semana da campanha de multivacinação e vacinação contra a poliomielite.

Nesta campanha de multivacinação, destinada a pessoas com menos de 15 anos, 6.161 crianças e adolescentes compareceram a uma unidade de saúde e 4.698, ou seja, 76,25% delas, estavam com alguma dose atrasada e receberam a vacina correspondente à idade e ao calendário vacinal.

A situação reforça que pais ou responsáveis devem levar as crianças e adolescentes a uma unidade básica de saúde ou unidade de saúde da família. O atendimento é de segunda a sexta-feira a partir das 7h30. Nas unidades dos bairros Mãe Preta, Bonsucesso e Terra Nova a vacinação segue até as 18h30, e nas demais unidades de saúde do município a vacinação é até as 16h30. Não há vacinação nas unidades do Boa Vista, Guanabara e São Miguel. No sábado haverá plantão de vacinação no Panorama e Vila Cristina.

O objetivo da campanha de multivacinação é ampliar as coberturas vacinais e, para isso, são aplicadas as vacinas que compõem o plano nacional de imunização, que protegem contra cerca de 20 doenças. A vacinação contra a gripe também continua e atende toda a população a partir de 6 meses de idade.

Oito unidades vacinam contra Covid a partir das 7h30 nesta 4ª-f

As doses contra a Covid em Rio Claro serão aplicadas em oito unidades de saúde do município a partir das 7h30 desta quarta-feira (26).

O atendimento nas unidades de saúde da família do Mãe Preta, Terra Nova e Bonsucesso é em horário estendido, até as 18 horas. Já nos postos de saúde de Ajapi, Wenzel, Vila Cristina, Cervezão e Avenida 29, a vacinação é até as 16h30.

O município realiza a aplicação de primeiras, segundas doses e doses de reforço contra a Covid. As primeiras doses continuam para quem tem 3 anos ou mais. Para a segunda dose, é necessário observar a data de retorno, marcada a lápis no cartão de vacinação. Já a terceira dose é aplicada nos maiores de 12 anos quatro meses após a segunda dose. A quarta dose é para pessoas com 18 anos ou mais que tomaram a terceira dose há no mínimo quatro meses.

Ministério da Saúde vê aumento preocupante de suicídios de jovens em 5 anos

Folhapress

O número de suicídios de jovens cresceu no Brasil nos últimos anos. De 2016 para 2021, a taxa de mortalidade por cem mil relacionada a essa causa aumentou 45% na faixa de 10 a 14 anos (de 0,92 para 1,33) e 49,3% na de 15 a 19 anos (de 4,40 para 6,56).

No mesmo período, a taxa na população geral variou 17,8% (de 5,6 para 6,6).

Os dados são do Sistema de Informação sobre Mortalidade, do Ministério da Saúde, que ressalta ainda que as informações do ano passado são preliminares.

Para a pasta, a situação no país mostra-se preocupante, mesmo tom expressado por especialistas.

O ministério afirma que estimativas indicam tendência de aumento de suicídio de adolescentes no país nos últimos 20 anos, na contramão das estimativas globais.

Os dados referentes a jovens põem o país na 96ª posição em um ranking de 204 países e territórios, de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde). Quando considerada a população como um todo, o país ocupa a 155ª posição, bem abaixo da média mundial.

“Se o crescimento de casos está assim [acentuado], significa que a base do ‘iceberg’ também está maior, o que ilustra que a saúde mental dos jovens está muito ruim. Não é um fenômeno isolado”, afirma o psiquiatra Rodrigo Bressan, professor da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).

Coordenador de uma pesquisa em escolas em São Paulo e Porto Alegre para avaliar a saúde mental dos estudantes, ele considera que as autoridades de saúde e de educação devem tomar algumas ações para deter o crescimento de casos de suicídio.

“A primeira coisa é melhorar o acesso aos serviços de saúde mental, que podem ajudar a tratar depressão, ansiedade, autolesão, cuidado individual, alguns dos fatores que podem se relacionar ao ato final. A outra é falar sobre, melhorar a comunicação, pois o preconceito é o maior empecilho para tratar saúde mental.”

Ainda de acordo com o levantamento do ministério, o aumento de casos foi mais expressivo entre adolescentes do gênero feminino do que do masculino -embora nos números gerais, a taxa continue maior entre eles do que entre elas.

Enquanto entre os meninos de 10 a 19 anos a taxa passou de 3,8 para 5,1 (34% a mais) nesse período, entre as meninas cresceu de 1,6 para 2,9 (77% a mais).

“Os jovens estão adoecendo porque muitas vezes se sentem solitários, vivem uma cultura do medo, junto a uma cultura nas redes sociais de busca por um ideal”, afirma Julieta Jerusalinsky, psicanalista do Instituto Travessias da Infância e professora da PUC (Pontifícia Universidade Católica) de São Paulo.

“Quando há algo numericamente tão significativo [como as taxas de suicídio], precisamos interrogar o que isso nos diz como um sintoma coletivo”, acrescenta ela.

Bressan afirma que, por ser algo considerado evitável do ponto de vista de saúde pública, a melhora nos índices de mortalidade por suicídio precisa passar, principalmente, por campanhas de conscientização e de prevenção.

“A prevenção não é no sentido de estigmatizar ou dizer que os familiares ‘não viram os sinais’, mas de falar sobre para, aos primeiros indicativos, reconhecer e ajudar. Isso ajuda a reduzir os números”, diz ele.

Nos Estados Unidos, onde o suicídio é a segunda principal causa de mortalidade em jovens de 10 a 19 anos, o governo vem trabalhando para diminuir esses índices. No último dia 11, a Força-Tarefa para Serviços Preventivos publicou uma resolução demonstrando benefício em fazer inquéritos escolares para identificar depressão e risco de suicídio em adolescentes de 12 a 18 anos, mas sem benefício evidente para crianças com menos de 11 anos. O inquérito é feito por meio de um questionário direcionado a alunos e professores para avaliação da saúde mental.

O psiquiatra, no entanto, vê esse tipo de inquérito como controverso, pois além de ter muitas questões para as quais os jovens podem não responder de maneira verdadeira (gerando falsos positivos), pode também inflar artificialmente os números. Ele ressalta, porém, que ajuda na identificação de jovens depressivos.

A mesma visão é compartilhada por Jerusalinsky, que diz acreditar que a saúde mental não é algo a ser tratado individualmente, pois está inserida no esteio coletivo. “Quando os jovens dizem que não entendemos o que é ter passado pela pandemia como adolescentes de fato não sabemos. Precisamos ouvi-los mais, dar-lhes voz e ajudá-los também a passar por essa mudança, para que eles possam sair da solidão.”

De acordo com o boletim do Ministério, os casos de suicídio em jovens na pandemia apresentaram aumento, mas não de forma linear. No primeiro trimestre de 2020 houve uma estabilização das taxas em relação a 2019, com uma pequena redução no último trimestre de 2020, tendência que se refletiu em outros países durante o primeiro ano da pandemia.

Já em 2021, esses índices passaram a subir, embora os números do último ano ainda sejam preliminares. Apesar de não ter sido observado no país aumento de casos de suicídio entre jovens no início da pandemia de Covid, o ministério afirma que é preciso manter o monitoramento do cenário, uma vez que o impacto da crise sanitária na saúde mental dos jovens tende a ser visto a longo prazo.

INDÍGENAS

Na comparação entre as unidades federativas, os três estados que apresentam as maiores taxas de mortalidade em adolescentes por suicídio são Roraima (12,75 por cem mil), Mato Grosso do Sul (10,71) e Amazonas (7,57).

Segundo Bressan, as altas taxas de suicídio nas regiões Norte e Centro-Oeste podem ser explicadas pela incidência elevada desses casos nas populações indígenas.

“São populações que vivem próximas a centros urbanos, podendo apresentar choques culturais”, explica o pesquisador, que cita o alcoolismo como um dos fatores que podem estar por trás da alta taxa de suicídio em jovens indígenas.

Homem ‘mais sujo do mundo’ morre meses após tomar primeiro banho

Folhapress

Um ermitão iraniano, que ficou conhecido como “o homem mais sujo do mundo”, morreu no último domingo (23). A informação foi dada pela agência de notícias Irna e reproduzida por veículos internacionais, como o jornal britânico Guardian.

Ele tinha 94 anos e morava em Dejgah, uma vila da província de Fars, no sul do Irã. No texto, ele foi identificado apenas como “Amou Haji”, algo como “tio Haji”.

Haji ganhou o título duvidoso por ter ficado mais de 60 anos sem tomar banho com água e sabão, segundo a imprensa local. Vizinhos contavam que ele havia ele recusava se lavar por um trauma vivido na juventude.

Visto sempre coberto de fuligem, o homem se alimentava de bichos mortos e fumava um cachimbo com excrementos de animais, de acordo com uma reportagem de 2014 do Tehran Times. A publicação dizia que ele acreditava que a limpeza poderia deixá-lo doente.

No entanto, a agência Irna afirma que Haji foi convencido por outros moradores do local a tomar banho pela primeira vez. Isso teria ocorrido há apenas alguns meses.

Só 8 estados já concluíram mais da metade do Censo

Folhapress

Somente 8 das 27 unidades da federação já concluíram a coleta das informações em mais de 50% dos setores do Censo Demográfico 2022, apontam dados atualizados nesta terça-feira (25) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Dos 8 estados, 7 ficam no Nordeste (Sergipe, Piauí, Maranhão, Ceará, Rio Grande do Norte, Alagoas e Pernambuco) e 1 no Norte (Amazonas).

Os setores censitários dividem o território brasileiro em áreas urbanas e rurais durante a pesquisa, permitindo acompanhar o avanço das operações. Há 452,2 mil no Censo deste ano.

As entrevistas do levantamento começaram no dia 1º de agosto, após dois anos de atraso. O IBGE planejava o término para outubro, mas teve de ampliar o prazo até o início de dezembro diante das dificuldades para contratar e manter os recenseadores em campo.

Esses trabalhadores temporários enfrentam recusas de parte da população em responder aos questionários. Fake news sobre o Censo e até ameaças contra os profissionais adicionam obstáculos ao avanço da coleta.

Sergipe é o estado com o maior percentual de setores concluídos até esta terça: 62,2% de um total de 5.238. Outros 33,6% estavam com a coleta em andamento. Apenas 4,3% ainda não tinham iniciado essa etapa.

O Piauí vem na sequência. Até esta terça, a coleta já havia sido concluída em 60,3% dos 7.122 setores do estado. As entrevistas estavam em andamento em 34,8% dos espaços e não tinham começado em 5%.

O Maranhão é o terceiro da lista. O estado já havia finalizado a coleta em 59,9% dos seus 14,3 mil setores.
Amazonas (59,4%), Ceará (57,1%), Rio Grande do Norte (57%), Alagoas (56,7%) e Pernambuco (54,5%) são as outras unidades da federação onde o trabalho já foi concluído em mais da metade dos espaços.

Mato Grosso, por outro lado, tem o menor percentual de setores finalizados: 25,3% de um total de 9.082. O trabalho ainda estava em andamento em 28,5% dos espaços e não havia sido iniciado em 46,2%.
Roraima registra o segundo menor percentual de setores concluídos (29%), seguido por Acre (33,5%), Mato Grosso do Sul (33,8%), Goiás (35%), Paraná (36,4%) e Distrito Federal (38,6%).

IBGE associa quadro ao mercado de trabalho O IBGE associa as diferenças às condições do mercado de trabalho. “A coleta está mais avançada nos estados onde há mais disponibilidade de pessoas interessadas em trabalhar como recenseadores”, afirma o órgão.

“Os estados com a coleta mais atrasada são aqueles onde o mercado de trabalho é mais competitivo, com taxas de desocupação mais baixas e várias opções de emprego concorrendo com o trabalho temporário no Censo 2022”, acrescenta.

Até esta terça, o IBGE já havia contado quase 128,1 milhões de pessoas no país. O contingente equivale a mais da metade da população que o instituto projeta recensear até o final da pesquisa (cerca de 215 milhões).

No estado de São Paulo, a coleta havia sido concluída em 39,7% dos 102,4 mil setores até esta terça. A pesquisa estava em andamento em 35,8% dos espaços. Outros 24,4% ainda não haviam iniciado o trabalho.

O Rio de Janeiro é o estado do Sudeste com o maior percentual de setores concluídos: 47,1%. É a nona maior porcentagem do país.

No Brasil, 44% dos 452,2 mil setores já tiveram a coleta finalizada. O trabalho estava em andamento em 36,1% dos espaços e não havia sido iniciado em 19,9%.

O Censo é o levantamento mais detalhado sobre as características demográficas e socioeconômicas da população brasileira. A intenção do IBGE é visitar os cerca de 75 milhões de domicílios espalhados pelo país.

Os dados apurados funcionam como base para uma série de políticas públicas. As estatísticas balizam, por exemplo, os repasses do FPM (Fundo de Participação dos Municípios), fonte de recursos das prefeituras.

Com o objetivo de concluir a coleta, o IBGE estimula o trabalho de recenseadores e de sua equipe de técnicos durante os feriados das próximas semanas. A proposta, porém, gerou queixas entre servidores.
Inicialmente, o Censo estava previsto para 2020, mas foi adiado em razão do início da pandemia. A pesquisa teve novo adiamento em 2021 devido ao corte de verba pelo governo federal.

Durante a pesquisa, recenseadores protestaram por conta da demora na liberação de pagamentos e até ameaçaram greve. O IBGE já indicou que essa situação passou por ajustes. A previsão de concluir o Censo até dezembro segue em vigor, de acordo com o órgão.

Sexta-feira tem Bon Jovi Cover de graça no Grupo Ginástico

Nesta sexta-feira (28), a edição do “Uma noite no Museu” será um especial de Halloween pela proximidade da data do popular “Dia das Bruxas”. Os espectadores que desejarem podem ir fantasiados com o tema.

Por conta da alta probabilidade de chuva na sexta-feira, o evento será realizado excepcionalmente no Grupo Ginástico Rioclarense, a partir das 20 horas. A gratuidade da entrada segue mantida.

Nesta edição, o evento terá a apresentação de Luciano Filho Jazz Quartet, e do DJ Kamaraum. Eles fazem o aquecimento da galera para a entrada da “These Days – Bon Jovi Cover”.

Formada em 2006, a banda “These Days – Bon Jovi Cover” apresenta os hits antigos e atuais do grupo norte-americano Bon Jovi. Entre os destaques do cover, estão seus figurinos desenhados com base em fotos e vídeos. Os instrumentos com marcas e modelos iguais aos da banda original. As performances estudadas e ensaiadas de acordo com cada música. Neste sentido, a ideia da banda é proporcionar um espetáculo especial para os fãs do cantor.

O Grupo Ginástico Rioclarense está localizado na Rua 2, 941, Centro de Rio Claro. “Uma noite no Museu” é uma boa opção de diversão e cultura gratuita para toda a família. O evento é de realização da Prefeitura de Rio Claro, por meio da Secretaria Municipal de Cultura.

Despedidas para vítima de feminicídio em Rio Claro serão nesta tarde

Morreu no final da madrugada de hoje Jaqueline Gomes Fratini, que foi queimada pelo marido após briga do casal no Jardim Progresso II, em Rio Claro, na última semana.

Jaqueline estava internada na unidade de queimados da Santa Casa de Limeira, para onde havia sido transferida na última quinta-feira (20). A informação do óbito foi confirmada ao JC pelo hospital.

De acordo com informações repassadas à reportagem, o corpo de Jaqueline deve ser sepultado às 17h desta terça (25), no Cemitério Municipal São João Batista. O Velório Municipal informou que não há previsão da chegada do corpo a Rio Claro e nem do início das despedidas.

Jornal Cidade RC
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.