Por Wellton Máximo (Repórter da Agência Brasil,Brasília) – Sistema de transferências instantâneas em vigor desde novembro de 2020, o Pix entra em 2023 com novas regras. A partir de hoje (2), o limite individual por transação deixa de existir, o horário noturno passará a ser personalizado e os valores das modalidades Pix Saque e Pix Troco aumentarão.
As mudanças haviam sido anunciadas pelo Banco Central (BC) no início de dezembro. Segundo a autoridade monetária, as novas regras oferecerão mais segurança e flexibilidade ao mecanismo de pagamento, que bateu recorde de 104,1 milhões de transações por dia com o pagamento da segunda parcela do décimo terceiro, em 20 de dezembro.
Segundo o BC, a sugestão para abolir o limite por operação foi feita em setembro pelo Fórum Pix, grupo de trabalho coordenado pelo órgão e secretariado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), que reúne as instituições participantes do Pix. Segundo o grupo, o valor máximo por transação era pouco efetivo porque o usuário pode fazer diversas operações pelo valor do limite, desde que respeite a quantia fixada para o período diurno ou noturno.
Confira as mudanças
Fim do limite por transação
• A partir de hoje, o Pix deixa de ter um limite individual por transação, passando a valer apenas os limites diários por período (diurno ou noturno). Dessa forma, o cliente poderá transferir de uma vez todo o limite do período ou fazê-lo em diversas vezes. As regras para o cliente personalizar os limites do Pix não mudaram. As instituições financeiras terão de 24 a 48 horas para acatar a ampliação dos limites e deverão aceitar imediatamente os pedidos de redução.
Flexibilização do limite noturno
• Até agora, o período noturno, em que os limites de transferência são mais baixos, começavam às 20h e iam até as 6h do dia seguinte. Com a mudança, o correntista pode escolher se o período noturno começará às 22h, terminando às 6h.
Pix Saque e Troco
• Aumento dos valores disponíveis nas modalidades. Até agora, era possível sacar ou receber como troco R$ 500 via Pix durante o dia e R$ 100 à noite. As quantias passaram para R$ 3 mil no período diurno e R$ 1 mil no período noturno.
Transferências a empresas
• BC retirou limite para transferências a contas de pessoas jurídicas pelo Pix. Caberá a cada instituição financeira determinar o valor máximo.
Compras
• Os limites das operações Pix com finalidade de compra passarão a ser iguais aos da Transferência Eletrônica Disponível (TED). Antes, eram atrelados aos limites dos cartões de débito.
Aposentadorias e pensões
• Tesouro Nacional poderá pagar aposentadorias, pensões e salários ao funcionalismo por meio de conta-salário associada ao Pix. Até agora, o PagTesouro, sistema da Secretaria do Tesouro Nacional que permite pagamentos pelo Pix, estava disponível apenas para receber taxas e multas, substituindo a Guia de Recolhimento à União (GRU).
Correspondentes bancários
• O BC facilitará o recebimento de recursos por correspondentes bancários por meio do Pix. Cada correspondente bancário poderá ter uma conta em seu nome para movimentação de valores relativos à prestação de serviços, desde que usada apenas para receber recursos.
Todas essas regras valem a partir de hoje (2). Na instrução normativa editada em dezembro, o BC estabeleceu que, a partir de 3 de julho de 2023, as instituições financeiras estarão obrigadas a oferecer, no aplicativo associado ao Pix, uma funcionalidade para o cliente gerir os limites e personalizar o início do horário noturno. A maioria das instituições já oferece o recurso aos usuários, de forma facultativa.
A microrregião de Rio Claro ultrapassou os 290 mil habitantes. É o que apontam os dados divulgados nessa semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), conforme a Prévia da População dos Municípios com base em relatório do Censo Demográfico 2022. O levantamento ainda não foi concluído oficialmente em todo o País, no entanto, conforme prevê a legislação, o Instituto precisa enviar aos finais de cada ano a estimativa populacional para o Tribunal de Contas da União.
Segundo os dados, estimativa é de que Rio Claro tenha 206.950 habitantes. Considerando a microrregião, seguem: Cordeirópolis (26.585), Santa Gertrudes (23.721), Ipeúna (7.538), Itirapina (16.157), Analândia (4.577) e Corumbataí (4.667). Ao se considerar a região de Rio Claro, na qual se compreendem os municípios de grande porte, temos: São Carlos (256.898), Araraquara (250.304), Limeira (305.169), Piracicaba (434.432), Araras (131.300) e Leme (97.516).
Os dados levantados foram respondidos através do Censo Demográfico 2022 até o último dia 25 de dezembro e mostram que o Brasil chegou a 207.750.291 habitantes. Até a data, 83,9% da população já havia sido recenseada, somando 87,7 milhões de domicílios particulares e mais de 178 milhões de pessoas. O Censo 2022 está em campo realizando coletas desde 1º de agosto e continuará durante o mês de janeiro de 2023.
Já o Estado de São Paulo, conforme a prévia do IBGE, chegou a 46.024.937 milhões de habitantes. Os moradores de domicílios onde ainda ninguém respondeu ao Censo 2022 devem ligar para o Disque-Censo 137, que atende a todos os estados do país. O serviço será disponibilizado de forma gradativa nos municípios de acordo com o andamento da coleta em cada local.
O técnico rio-clarense Carlos Cruz, 42 anos, é um dos destaques do futebol alagoano de 2022. O treinador, que soma passagens por Desportivo Aliança-AL, Lemense, Tocantinense, Independente de Limeira, Rio Claro e Velo Clube, sagrou-se nesse ano campeão estadual Sub-15 e 17 pelo CRB. O treinador conta como foi sua chegada em Alagoas e de como recebeu o convite para trabalhar no Galo da Praia.
“Cheguei ao clube através da Universidade Federal de Alagoas no projeto do professor Gustavo Araújo, para realizar um trabalho de alta performance e desenvolvimento do futebol dentro do estado. Trabalhei na categoria de base da equipe do Desportivo Aliança, onde tivemos muito sucesso, classificando o time para Copa São Paulo e depois também no profissional brigando por acesso. A partir daí despertou o interesse do CRB, que me fez o convite para trabalhar lá e aceitei. Treinar jovens talentos é algo que nos dá muita alegria, afinal participamos da formação do caráter do menino, mostramos a realidade do futebol do mundo, apontando os melhores caminhos e tentamos dar direcionamento e posicionamento dentro da vida do ser humano”.
Carlos destaca o trabalho realizado para conseguir os títulos estaduais e o prazer em trabalhar com os jovens atletas.
“Pegamos seis atletas remanescentes e tivemos que montar o restante da equipe. Fomos bem na Copa do Brasil-20, onde perdemos nos pênaltis para o Remo, aí partimos para o Campeonato Alagoano, onde tivemos apenas uma derrota no segundo jogo da final, quando já havíamos ganhado o primeiro, então fomos campeões Sub-15 e Sub-17. É um prazer muito grande fazer uma base forte”, afirmou.
Com a conquista dos estaduais, o CRB garantiu vaga na Copa do Brasil 2023 (base) que terá início em janeiro.
“Para 2023 os planos é de fazer mais qualificações profissionais e uma estabilização das categorias de base do CRB. Começamos o ano em janeiro com a Copa do Brasil, que conseguimos a vaga após a conquista do estadual, em seguida teremos o Campeonato Alagoano e a expectativa é de muito sucesso com todo o suporte da diretoria para montar um elenco mais forte”.
Sobre as conquistas que deseja em sua carreira, o rio-clarense mais uma vez ressalta a satisfação em formar novos atletas.
“É sempre bom saber onde chegar e graças a Deus estamos realizando tudo aos poucos, galgando devagar a realização do nosso sonho que é a formação profissional e viver os propósitos de Deus na nossa vida. O meu é trabalhar como educador e treinador e ter o meu sustento profissional através desse trabalho que Deus me proporcionou”, finalizou.
O velório de Pelé está programado para acontecer no estádio Urbano Caldeira, a Vila Belmiro, em Santos, amanhã (2), a partir das 10h, e será aberto. Fãs poderão se despedir do ex-jogador. O público terá acesso pelos portões 2 e 3 da Vila Belmiro, com saída pelos portões 7 e 8.
A cerimônia seguirá até terça (3), às 10h, quando será feito um cortejo pelas ruas da cidade de Santos. O cortejo passará pelo Canal 6, onde mora a mãe de Pelé, Celeste, e seguirá até o local de sepultamento, no Memorial Necrópole Ecumênica. O enterro será reservado a familiares, ainda de acordo com a nota do time santista.
Criada em 2007, a Pastoral do (D)Eficiente Semeando Esperança tem trilhado ao longo dos anos um caminho de ajuda. Com o lema “Atendam aqueles que te chamam e vá ao encontro dos que estão calados”, inúmeras pessoas já foram beneficiadas com o trabalho desenvolvido.
A união em prol da solidariedade da ex-vereadora Cidinha Rodrigues (conhecida como Cidinha da Cadeira de Rodas) com Gerismar Alexandre Ferreira (mais conhecido como Mazinho) resultou neste importante serviço. Mazinho já desenvolvia a ação em São Paulo e quando se mudou para Rio Claro conheceu Cidinha e a convidou para integrar a Pastoral. Entre os envolvidos estão também Valdirene Trindade Neves e outros voluntários que carregam no peito a frase “Aprendendo com as Diferenças”.
“Para mim é uma honra fazer parte deste trabalho onde a solidariedade é o pilar. Sem dúvida, ao longo desses anos, a Pastoral fez a diferença na vida de muitas pessoas e famílias. Hoje desenvolvemos várias ações para manter os auxílios prestados e para isso a ajuda da população de Rio Claro é sempre muito importante”, pontua Cidinha.
Um desses auxílios acontece em imóvel emprestado pelos Vicentinos, no Jardim São Caetano (Rua 8 com a Avenida M-25). Por lá toda quarta-feira Mazinho e outros voluntários se reúnem para consertar cadeiras de rodas, cadeiras de banho, muletas e camas hospitalares: “É totalmente gratuito e o principal feito com muito amor. Muitas pessoas nos procuram e essa oficina é a realização de um sonho junto com a nossa Kombi que conseguimos adquirir para o transporte através dos bingos que realizamos”, relata Mazinho.
Os bingos são realizados sempre no último domingo de cada mês. O próximo irá acontecer no dia 29 de janeiro, às 14 horas, no Centro Comunitário que fica na Rua M-7, entre as avenidas M-21 e M-23, número 490. Os prêmios variam entre cestas básicas, eletrodomésticos e outros presentes que são doados. A entrada é gratuita e as cartelas adquiridas na hora.
Para este novo ano, a Pastoral que já teve importantes conquistas desde que foi criada segue em um propósito: “Vamos lutar para ter a nossa sede própria e também abrir o nosso CNPJ”, afirma Cidinha.
Interessados na doação de cadeiras de rodas, camas, muletas, fraldas geriátricas para ajudar os que precisam ou no conserto de alguns desses itens na oficina, podem ligar (19) 99186-1088 (Cidinha) / (19) 99998-0530 (Mazinho) / (19) 99134-4173 (Valdirene).
O calendário do Vestibular Unesp 2023 prevê publicação do resultado final em 1º de fevereiro de 2023. A prova da segunda fase foi aplicada em dezembro para 29.397 candidatos em 35 cidades, incluindo 761 presentes às provas fora do Estado de São Paulo.
Na cidade de Rio Claro, são 485 vagas disponíveis para os novos estudantes. O calendário completo, com dez chamadas e preenchimento de vagas remanescentes pelas notas do Enem, está no vestibular.unesp.br.
Para facilitar a vida de quem possui veículo no estado de São Paulo, o Poupatempo oferece opções digitais para a consulta do IPVA. Além do aplicativo Poupatempo Digital e do Assistente Virtual, o P, no portal, o serviço também está disponível agora no WhatsApp. Os cidadãos poderão verificar o valor da taxa anual pelo número (11) 95220-2974. Os valores já estão disponíveis. Basta adicionar o número no WhatsApp e iniciar a interação, selecionar o serviço IPVA, digitar CPF e senha no LoginSP e, na sequência, informar a placa e Renavam do veículo.
Este ano o imposto anual em cota única pode ser quitado no mês de janeiro, com desconto de 3%, ou em fevereiro, sem desconto. Também será possível parcelar em 3, 4 ou 5 vezes iguais e consecutivas, desde que o valor mínimo por cota seja de R$ 68,52.
Por Paula Laboissière (Repórter da Agência Brasil, Brasília) – O Ministério da Cidadania divulgou hoje (30), em Brasília, o calendário de pagamentos do Auxílio Brasil para 2023. Para saber o dia em que o benefício ficará disponível para saque ou crédito em conta bancária é preciso observar o último dígito do Número de Identificação Social (NIS), impresso no cartão do titular.
Para cada dígito final do NIS há uma data mensal correspondente. Os pagamentos são disponibilizados na sequência de um a zero, durante os últimos dez dias úteis de cada mês. A exceção é o mês de dezembro, quando todos os pagamentos ocorrem até o dia 22. Se o NIS do titular termina com o número 1, em janeiro, por exemplo, os pagamentos começam no dia 18.
Parcelas mensais
As parcelas mensais ficam disponíveis para saque por 120 dias após a data indicada no calendário. As datas definidas também são válidas para o pagamento do Auxílio Gás no próximo ano, sendo que o programa disponibiliza parcelas bimestralmente.
Calendário de pagamentos do Auxílio Brasil em 2023 – Ministério da Cidadania
Em caso de dúvidas, há três canais de atendimento: o telefone 121, do Ministério da Cidadania, que reúne informações e funciona também como central para denúncias; o telefone 111, canal de Atendimento ao Cidadão da Caixa Econômica Federal com informações sobre o cartão e o saque do benefício; e o aplicativo Auxílio Brasil, disponível para download gratuito nas lojas virtuais.
Por Paula Laboissière (Repórter da Agência Brasil, Brasília) – O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva concluiu esta semana a composição da Esplanada dos Ministérios de seu próximo governo. De um total de 37 pastas, 11 serão comandadas por mulheres. Quando ainda estava em campanha, Lula já havia se comprometido a aumentar a participação feminina no governo.
As seis primeiras ministras foram anunciadas pelo presidente eleito ao longo das duas últimas semanas: Luciana Santos vai chefiar Ciência e Tecnologia; Nísia Trindade, a Saúde; Margareth Menezes, a Cultura; Cida Gonçalves, o Ministério da Mulher; Anielle Franco, a Igualdade Racial; e Esther Dweck, o Ministério da Gestão.
Outras cinco ministras foram oficializadas por Lula nesta quinta-feira (29): Simone Tebet assume o Planejamento; Marina Silva, o Meio Ambiente; Sônia Guajajara, o Ministério dos Povos Indígenas; Ana Moser, o Esporte; e Daniela do Waguinho, o Turismo. Todas devem assumir seus postos no próximo domingo (1º).
Perfis
O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e a futura ministra da Ciência e Tecnologia, Luciana Santos. – Marcelo Camargo/Agência Brasil
Luciana Santos, nova ministra da Ciência e Tecnologia, é presidente nacional do PCdoB e vice-governadora de Pernambuco.
Engenheira eletricista formada pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), foi secretária estadual de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente e, como deputada federal, integrou a Comissão de Ciência e Tecnologia. Será a primeira mulher a ocupar o cargo de ministra da Ciência e Tecnologia.
A presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Nísia Trindade – Fernando Frazão/Arquivo Agência Brasil
Nísia Trindade é presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) desde 2017. Doutora em sociologia e mestre em ciência política pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro, ela é graduada em Ciências Sociais pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Nísia liderou as ações da Fiocruz no enfrentamento da pandemia de covid-19 no Brasil e, no novo governo, assume o Ministério da Saúde.
A cantora Margareth Menezes é a nova ministra da Cultura – Antonio
Nova ministra da Cultura, Margareth Menezes é cantora e compositora. Começou sua carreira musical em 1986. Em 2002, representou o Brasil na festa de comemoração da independência do Timor Leste, que reuniu cantores de língua lusófana.
Em 2003, criou a Associação Fábrica Cultural, no intuito de contribuir para a construção coletiva do reconhecimento cultural baiano.
O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e a futura ministra da Mulher, Cida Gonçalves,. – Marcelo Camargo/Agência Brasil
Cida Gonçalves é ativista dos direitos das mulheres e especialista em gênero e em violência contra a mulher.
Natural de Campo Grande (MS), é formada em publicidade e propaganda e trabalha como consultora em políticas públicas em gênero e violência contra a mulher. Nos governos Lula e Dilma, foi secretária Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres. Na nova gestão, ela assume o Ministério da Mulher.
O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e a futura ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco – Marcelo Camargo/Agência Brasil
Anielle Franco é educadora, jornalista e escritora. Diretora-executiva do Instituto Marielle Franco, é irmã da ex-vereadora do Rio de Janeiro que dá nome à instituição e que foi morta a tiros em 2018.
Ativista, encabeça o instituto que tem como proposta inspirar, conectar e potencializar mulheres negras, pessoas LGBTQIA+ e periféricas. Vai comandar o Ministério da Igualdade Racial.
O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e a futura ministra da Gestão, Esther Dweck. – Marcelo Camargo/Agência Brasil
Esther Dweck é economista, escritora e professora do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Entre junho de 2011 e março de 2016, atuou no Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão nos cargos de chefe da Assessoria Econômica e secretária de Orçamento Federal.
Assume o recém-criado Ministério da Gestão, fruto da divisão do atual Ministério da Economia.
Simone Tebet assumirá o Ministério do Planejamento – Simone Tebet / redes sociais
Nova ministra do Planejamento, Simone Tebet é advogada, professora e política brasileira filiada ao MDB. Atualmente, é senadora pelo estado de Mato Grosso do Sul, do qual também foi deputada estadual, secretária de governo e vice-governadora. Foi presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado (biênio 2019-2020), considerada uma das mais importantes da Casa.
Marina Silva volta a chefiar o Ministério do Meio Ambiente – Reprodução/YouTube
Marina Silva é historiadora, professora, psicopedagoga, ambientalista e política brasileira filiada à Rede. Ao longo de sua carreira política, foi senadora pelo Acre e ministra do Meio Ambiente entre 2003 e 2008. Candidatou-se à Presidência da República em 2010, 2014 e 2018. Em 1996, recebeu o prêmio Goldman de Meio Ambiente. Volta a comandar a pasta do Meio Ambiente.
Sônia Guajajara chefiará a recém-criada pasta dos Povos Indígenas – REUTERS/Amanda Perobelli/Direitos Reservados
Sônia Guajajara é líder indigenista brasileira da Terra Indígena Araribóia, no Maranhão. Formada em letras e em enfermagem, pós-graduada em educação especial e deputada federal, foi coordenadora da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil e candidata a vice-presidente em 2018 pelo PSOL.
É a primeira mulher indígena do país a assumir o cargo de ministra. Ela chefiará a recém-criada pasta dos Povos Indígenas.
A ex-atleta Ana Moser será a nova ministra do Esporte – Fabio Rodrigues Pozzebom/Arquivo Agência Brasil
Ana Moser é ex-atleta, medalhista olímpica de vôlei e empreendedora social. Há 20 anos, preside o Instituto Esporte e Educação, organização da sociedade civil que tem como objetivo implementar a metodologia do esporte educacional em comunidades de baixa renda. Integrou a equipe de transição do governo eleito e vai comandar o até então extinto Ministério dos Esportes.
Daniela do Waguinho assume o Ministério do Turismo – José Cruz/Agência Brasil
Daniela Moté de Souza Carneiro, conhecida como Daniela do Waguinho, é pedagoga e deputada federal reeleita pelo Rio de Janeiro como a mais votada do estado. Filiada ao União Brasil e casada com o prefeito de Belford Roxo, na Baixada Fluminense, Wagner dos Santos Carneiro, conhecido como Waguinho, foi secretária municipal de Assistência Social e Cidadania. Vai comandar o Ministério do Turismo.
Outras mulheres
O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou nesta sexta-feira (30) duas mulheres para presidir os principais bancos públicos brasileiros.
Tarciana Medeiros assume o Banco do Brasil e Maria Rita Serrano, a Caixa Econômica. Ambas são funcionárias de carreira das instituições que irão presidir.
Tarciana Medeiros têm 22 anos de carreira no Banco do Brasil. Agora, torna-se a primeira mulher a presidir o banco em mais de 200 anos de história da instituição, que foi fundada ainda na época do Império, em 1808. Atualmente, possui cargo de gerente executiva na diretoria de Clientes. Antes, foi superintendente comercial da BB Seguridade, subsidiária do banco. Formada em administração de empresas, é pós-graduada em gestão, marketing, liderança e inovação.
Rita Serrano tem 33 anos de Caixa Econômica Federal, sendo a atual representante dos empregados eleita para o Conselho de Administração do banco estatal, cargo que ocupa desde 2014. Entre diversas funções, foi, de 2006 a 2012, presidente do Sindicato dos Bancários do ABC Paulista. Atualmente, é uma das líderes do movimento de defesa das empresas públicas.
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Assim como na prova feminina, a corrida masculina da São Silvestre de 2022 teve um campeão africano. O vencedor foi Andrew Kwemoi, de 22 anos, ganhador pela primeira vez no tradicional circuito brasileiro e primeiro representante de Uganda no lugar mais alto do pódio na competição.
A 97ª edição da Corrida Internacional de São Silvestre foi disputada neste sábado (31), em São Paulo. Joseph Panga, da Tanzânia, cruzou a linha de chegada na segunda colocação, e o também ugandense Maxwell Rotich completou o pódio. Fábio Jesus Ferreira foi o melhor brasileiro na categoria e terminou na quarta posição.
A última vitória brasileira na prova masculina da São Silvestre aconteceu em 2010, com Marílson Gomes dos Santos.
Desde então, houve dez ganhadores africanos, além do etíope Dawit Fikadu Admasu, que venceu em 2017 já como representante do Bahrein, país asiático pelo qual se naturalizou após a sua primeira conquista na prova brasileira, em 2014.
Com a vitória de Kwemoi, Uganda entra pela primeira vez na lista de títulos masculinos na São Silvestre. O Quênia lidera esse ranking com 15 vitórias, e o Brasil aparece em segundo lugar, com 11.
A 97ª edição da São Silvestre marcou o retorno da normalidade no evento após a pandemia da Covid-19. Depois de ter sido suspensa em 2020 por conta das restrições provocadas pelo coronavírus, a edição do ano passado havia sido realizada com limite de inscritos (22 mil).
Desta vez, sem limitação, a prova contou com 32 mil participantes, de acordo com os organizadores. A principal corrida de rua da América Latina tem um percurso de ao todo 15 km por ruas e avenidas da cidade de São Paulo. Tanto a largada quanto a chegada acontecem na Avenida Paulista.
O trajeto também passa por pontos conhecidos da cidade, como o estádio Pacaembu, a Praça da República e a esquina da Avenida Ipiranga com a Rua São João.
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O domínio queniano está mantido por mais um ano na prova feminina da Corrida Internacional de São Silvestre. Catherine Reline, de 20 anos, foi a vencedora da categoria na 97ª edição da competição de rua, disputada neste sábado (31), em São Paulo.
A jovem atleta vinha de vitória na Meia Maratona da Itália nesta temporada e já era apontada como um dos destaques da elite feminina.
Catherine se manteve na liderança desde a primeira parte da prova, na altura do Estádio do Pacaembu, e cruzou a linha de chegada com um tempo de 49min43s. O recorde pertence a outra corredora do Quênia: Jemima Sumgong, com 48min35, em 2016.
No ano passado, o primeiro lugar do pódio havia ficado com a também queniana Sandrafelis Tuei, com 50min06.
Completaram o pódio as etíopes Wude Ayalew Yimer e Kebebush Yisma Ewoldemariam. A melhor brasileira foi Jenifer do Nascimento Silva, que cruzou a linha de chegada na quarta colocação.
A corrida deste ano marcou a despedida da brasileira Maria Zeferina Baldaia, aos 50 anos, depois de 21 participações na São Silvestre. Ela foi a terceira vencedora do país nesta corrida, em 2001, depois de Carmen de Oliveira, em 1995, e Roseli Machado, em 1996.
Desde a vitória de Lucélia Peres, em 2006, a prova feminina da São Silvestre tem sido dominada pelas quenianas. Nas 15 corridas desde então, atletas do país venceram 12 vezes, sendo as últimas seis de maneira consecutiva. A única a conseguir quebrar essa hegemonia foi Yimer Wude Ayalew, da Etiópia, ganhadora em 2008, 2014 e 2015.
Neste século, apenas quatro ganhadoras da prova feminina não eram representantes do continente africano. São elas as brasileiras Maria Zeferina Baldaia (2001) e Marizete de Paula Rezende (2002), além da própria Lucélia Peres e da sérvia Olivera Jevtić (2005).
Nenhum país tem tantas vitórias na São Silvestre quanto o Quênia. Entre as mulheres, são 15 vitórias de atletas quenianas. Em segundo lugar aparece Portugal, com sete títulos, seis deles da recordista Rosa Mota, campeã entre 1981 e 1986.
O Brasil tem cinco vitórias na história, com Carmem Oliveira (1995), Roseli Machado (1996), Maria Zeferina Baldaia (2001), Marizete de Paula Rezende (2002), e Lucélia Peres (2006).
A 97ª edição da São Silvestre marcou o retorno da normalidade no evento após a pandemia da Covid-19. Depois de ter sido suspensa em 2020 por conta das restrições provocadas pelo coronavírus, a edição do ano passado havia sido realizada com limite de inscritos (22 mil).
Desta vez, sem limitação, a prova contou com 32 mil participantes, de acordo com os organizadores. Um dos destaques foi justamente o aumento da participação feminina, com 35,6% de mulheres em relação ao total de inscritos, contra 29,4% no ano passado.
A principal corrida de rua da América Latina tem um percurso de ao todo 15 km por ruas e avenidas da cidade de São Paulo. Tanto a largada quanto a chegada acontecem na Avenida Paulista. O trajeto também passa por pontos conhecidos da cidade, como o estádio Pacaembu, a Praça da República e a esquina da Avenida Ipiranga com a Rua São João.
Na categoria cadeirantes, o primeiro lugar no pódio da São Silvestre de 2022 ficou com a brasileira Vanessa Cristina de Souza. Este foi o quarto título dela nesta prova.
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O papa emérito Bento 16 morreu neste sábado (31), aos 95 anos, em um monastério onde vivia no Vaticano. Sinos badalaram logo após o anúncio, em um dia ensolarado na Itália.
A Igreja Católica anunciou que o funeral será realizado a partir do dia 5 de janeiro, em cerimônia presidida pelo papa Francisco na praça São Pedro.
O alemão Bento 16 ficará marcado pela decisão surpreendente, em 11 de fevereiro de 2013, de renunciar ao papado. Desde Gregório 12, em 1415, um pontífice não deixava por conta própria a chefia da Igreja Católica.
Jornais italianos disseram, à época, que ele estava enojado com escândalos sexuais e financeiros na alta hierarquia do Vaticano. Mas a versão acabou não se confirmando, o que favoreceu a tese de que ele, enfermo, e três encíclicas depois, estava debilitado pela rotina de quase oito anos de pontificado.
Já sob o título de papa emérito, após a renúncia, Bento 16 passou a ocupar dependências modestas de um mosteiro nos terrenos do Vaticano, de onde saiu poucas vezes, como, a convite do papa Francisco, seu sucessor, para a missa de canonização de João Paulo 2º (1920-2005), a quem ele sucedera em 2005.
Difícil saber até que ponto Joseph Ratzinger, seu nome original, trabalhou para enfraquecer Francisco, bem mais aberto em questões como divórcio ou relacionamento da igreja com pessoas LGBTQIA+.
Mas um dos consensos biográficos atribui a Ratzinger erudição e preparo teológico excepcionais. Como papa, quis marcar sua presença pelo combate à relativização dos valores religiosos ou morais.
É provável, no entanto, que passe para a história da Igreja Católica pela gestão marcada por denúncias de pedofilia na instituição, uma bomba de efeito retardado que recebeu dos pontificados anteriores.
Reservado e pouco carismático, Ratzinger, ao sair com a mitra papal do conclave de abril de 2005, sucedeu João Paulo 2º, homem que, em mais de 26 anos de pontificado e viagens a 129 países e regiões autônomas, virou uma estrela pop do catolicismo. Bento 16 visivelmente perdia nessa comparação.
Karol Wojtyla, nome original de João Paulo 2º, polonês discriminado pelo comunismo, dedicou parte de suas energias a minar a legitimidade dos regimes políticos na esfera soviética. E, no embalo, neutralizou o crescimento do pensamento de esquerda dentro da igreja. Para essa tarefa, teve como braço direito o cardeal Ratzinger, seu prefeito da Congregação da Doutrina da Fé (ex-Inquisição).
Com o adversário interno neutralizado -bispos progressistas não se tornaram cardeais, como o brasileiro Helder Câmara-, o jogo político, por assim dizer, automaticamente perdeu importância.
A plataforma de Ratzinger, já como papa, tornou-se mais abstrata para a grande massa de católicos. Bento 16 procurou se contrapor à secularização e à perda do conteúdo espiritual no século 21. Ou, de modo mais radical, disse valorizar a oração à militância, o que os vaticanistas apontaram como ideia bastante conservadora, a exemplo, aliás, das que prevaleceram nas últimas décadas na alta hierarquia da igreja. O último que escapou delas foi João 23, o papa do Concílio Vaticano 2º, que morreu em 1963.
Dentro da mais absoluta ortodoxia, Bento 16 não fez concessões aos preservativos como instrumento de combate à Aids. A eles contrapunha a abstinência, a fidelidade conjugal e ações contra a pobreza.
Não abriu mão da proibição de ordenação de mulheres -um tópico já meio envelhecido entre as feministas católicas- e criticou os homossexuais. Mesmo se opondo ao preconceito homofóbico, afirmou em 2008 que a relativização da diferença entre homens e mulheres era uma “violação da ordem natural” e que a igreja deveria “proteger a humanidade de sua autodestruição”.
Mas as acusações de pedofilia contra religiosos eclipsaram esses outros aspectos. Os primeiros sintomas de um grande problema cresceram em 1991, quando Ratzinger sugeriu a João Paulo que tirasse das dioceses e centralizasse no Vaticano as apurações, na alçada da Congregação da Doutrina da Fé.
Ele queria agilizar a punição de padres faltosos. Um deles, o mexicano Marcial Degollado, fundador da conservadora Legião de Cristo, teve seus privilégios suspensos só em 2010. No último ano do pontificado de João Paulo 2º, um relatório da conferência episcopal americana citava mais de 10 mil denúncias contra 4.300 padres, que em 81% dos casos vitimaram adolescentes do sexo masculino.
Já sob Bento 16, escândalos eclodiam nos EUA, no Canadá, na Irlanda, na Bélgica e na Alemanha, gerando ações criminais em tribunais civis e processos de indenização. Nenhum vaticanista acusaria Ratzinger de omissão. O que eles insinuam, porém, é que o papa emérito, quando cardeal, tinha outras prioridades, sobretudo o enquadramento de teólogos e padres seduzidos pela teologia da libertação.
Bento 16 também acreditava não precisar se pautar pela mídia. Com os casos de pedofilia nas manchetes dos jornais, suas respostas foram sempre morosas e esparsas, levando a uma impressão de inatividade.
Nascido em 1927 na cidadezinha bávara de Marktl, Ratzinger era filho de um policial bastante católico. Aos 14 anos foi inscrito na Juventude de Hitler, conforme determinava uma lei de 1939.
Seus biógrafos mencionam sua reação de horror quando um primo dele, com síndrome de Down, foi preso e morto, em nome da “purificação da raça”. Recrutado para os grupos de defesa antiaérea, chegou a ser prisioneiro de guerra, antes de voltar ao seminário e concluir sua formação. Foi ordenado padre em junho de 1951. Permaneceu apenas alguns meses como titular de uma paróquia. Estimulado por uma igreja que valorizava quadros intelectualizados, exerceu sua vocação para a vida acadêmica.
Lecionou teologia nas universidades de Bonn, Tübingen -na qual se aproximou do teólogo de esquerda Hans Küng, de quem se afastou no final dos anos 1960- e Regensburgo. Em 1977, já como bispo, foi nomeado por Paulo 6º arcebispo de Munique e, no mesmo ano, cardeal. Ao se tornar o 256º papa, aos 78 anos, já era o mais antigo cardeal da Cúria Romana, com 24 anos como auxiliar direto de seu predecessor.
QUEM SÃO ALGUNS DOS OUTROS PONTÍFICES QUE RENUNCIARAM
Clemente 1º (92-101): Um dos primeiros papas, teria sido o primeiro a renunciar, por razões que não são claras;
Ponciano (230-235): Renunciou durante a perseguição aos cristãos pelo imperador Maximino;
Marcelino (296-304): Não está certo se abdicou ou se foi deposto após cumprir ordem do imperador Diocleciano de oferecer sacrifícios a deuses pagãos;
Bento 5º (964): Aceitou ser deposto por Otto 1º, imperador do Sacro Império Romano, depois de apenas um mês no posto;
Bento 9º (1032-1045): Deixou o posto após vender o papado a Gregório 6º;
Celestino 5º (1294): Ficou apenas cinco meses no papado e emitiu decreto que permitia a renúncia; foi preso e morreu na prisão;
Gregório 12 (1406-1415): Renunciou para encerrar o Grande Cisma;
Bento 16 (2005-2013): Alegando falta de ‘vigor tanto do corpo como do espírito’ aos 85 anos, surpreendeu ao ser o primeiro papa a abdicar em quase 600 anos; com 95 anos hoje, ainda vive no Vaticano.