Forte chuva deixa população de Rio Claro em alerta

Lucas Calore

A chuva que caiu no final da noite desse domingo (27) pegou os rio-clarenses de surpresa. Muita gente que estava na rua para ver o fenômeno da superlua com o eclipse teve que se abrigar para se proteger.

A região no entorno da Praça da Liberdade, no Centro, amanheceu completamente suja nesta segunda-feira (28) após a forte chuva da madrugada
A região no entorno da Praça da Liberdade, no Centro, amanheceu completamente suja nesta segunda-feira (28) após a forte chuva da madrugada

Segundo Danilo de Almeida, coordenador da Defesa Civil de Rio Claro, os ventos chegaram a 62,9 km/h e foi registrado um volume de 10,8 mm de chuva na cidade.

Uma árvore caiu na Rua 2 com a Avenida 28, perto da Praça Fausto Santomauro, na Avenida Visconde do Rio Claro. Houve também registro de rompimento de fiação elétrica em postes.

Equipe da Defesa Civil trabalha na remoção de árvore que caiu com o temporal
Equipe da Defesa Civil trabalha na remoção de árvore que caiu com o temporal

Na região dos bairros Vila Nova e Vila Cristina houve apagão e as ruas ficaram totalmente escuras durante a madrugada. Há previsão de novas pancadas de chuva para esta segunda-feira (28).

Homem é baleado com quatro tiros no Paineiras

Adriel Arvolea

Caso está sendo apurado pela Polícia Militar no momento

No início da noite deste domingo (27), um indivíduo foi baleado, aparentemente, com quatro tiros. Não se sabe, ainda, o calibre da munição. Segundo informações da Polícia Militar, a violência foi registrada na Avenida 50 com Rua 26, Jardim das Paineiras.

Socorrida por populares, a vítima foi encaminhada ao Pronto Atendimento do Cervezão. O caso é grave com risco de morte. Boletim de Ocorrência sobre o caso está em andamento.

Mais informações no Portal JC em breve.

Atualização às 20h18

A vítima é J.A.S., 28 anos, e tem passagem nos meios policiais. O Boletim de Ocorrência foi lavrado como Tentativa de Homicídio.

 

Grupo inicia revitalização de quadra

Wagner Gonçalves

Localizada no Jardim das Palmeiras, a área destinada à recreação e prática esportiva carece de manutenção e alambrado, por isso moradores do bairro se mobilizaram e tomaram a dianteira
Localizada no Jardim das Palmeiras, a área destinada à recreação e prática esportiva carece de manutenção e alambrado, por isso moradores do bairro se mobilizaram e tomaram a dianteira

As famosas peladas de fim de semana, ou ao menos aquelas que acontecem nas ruas, utilizando traves improvisadas, demonstram o interesse das pessoas pela prática de esportes, em especial pela paixão nacional dos brasileiros: o futebol. Dessa forma, existem algumas localidades que têm áreas destinadas para os munícipes se exercitarem de maneira segura e com mais conforto, por meio das quadras e campos.

No entanto, alguns desses lugares acabam por ficar sem a devida manutenção e se tornam inviáveis para uso. Por isso, o Jornal Cidade recebe relatos de pessoas que pedem por melhorias em áreas de lazer em determinadas localidades do município. Desta vez, um grupo de moradores do Jardim das Palmeiras decidiu fazer diferente e tomou a iniciativa de ir à frente e começar o trabalho por eles mesmos, em prol do bem-estar da comunidade.

A quadra está localizada no Jardim das Palmeiras, na Avenida 3, entre as ruas 10 e 11, e apresenta sinais de degradação pelo tempo e falta de manutenção, o que impossibilita que jovens e adolescentes se utilizem do espaço para diversão e esporte.

Nesse contexto, há pouco mais de um mês e meio, Bruno Gabriel e um grupo de amigos decidiram mudar o visual do local e se propuseram a revitalizar a área. A equipe de reportagem do Jornal Cidade passava pelos arredores, quando foi surpreendida pelo grupo, que estava com enxadas nas mãos e trabalhava para retirar o mato alto do entorno do campo.

A iniciativa chamou a atenção de uma loja que comercializa produtos de pintura. Bruno comenta que a boa ação serviu como impulso para que novas melhorias fossem feitas, pois logo depois “decidimos começar a pintar a quadra, demarcando as áreas, e deixando com uma aparência melhor para jogar”.

Os primeiros resultados surgiram à medida que o local ganhava novo aspecto visual. Em pouco tempo, o local passou a ser frequentado por moradores do bairro e das localidades vizinhas. No entanto, o morador apresenta a demanda: “ainda tem muito o que fazer para melhorar, por isso gostaríamos que as autoridades, a prefeitura nos ajudasse a deixar o lugar em bom estado”. A necessidade de manutenção periódica e mesmo a necessidade de reparos foram destacadas pelos moradores, que pediram pela ajuda dos servidores públicos, como de vereadores.

O JC, em comunicação com a prefeitura de Rio Claro, apresentou a situação sobre o que já foi realizado e os pedidos feitos pela comunidade, no que diz respeito à restauração, bem como ao fornecimento de materiais, como redes para as traves, alambrado e cercas. Em nota, a assessoria de comunicação informou que “a orientação é para que os interessados procurem a Secretaria Municipal de Esportes”, e apresentem as necessidades. Nesses e em casos similares, os munícipes podem ir até a secretaria, que fica na Rua 9, com a Avenida 23, no Bairro do Estádio.

Presidente do Conselho Fiscal do IPRC fala ao Café JC

Antonio Archangelo

‘Temos R$ 208 milhões investidos’, diz presidente do Conselho Fiscal do IPRC
‘Temos R$ 208 milhões investidos’, diz presidente do Conselho Fiscal do IPRC

O entrevistado desta semana é o servidor municipal Daniel Carlos Carrilo, atual presidente do Conselho Fiscal do Instituto de Previdência de Rio Claro (IPRC). Lotado na Secretaria de Obras desde 1992, ele já foi delegado e secretário do Sindicato dos Servidores Municipais de 2001 a 2004 (delegado) e 2005 e 2008 (secretário).

JC – O que é o Conselho Fiscal?
Carrilo – O Conselho Fiscal é um órgão fiscalizador da administração das receitas e das despesas do IPRC, composto por cinco membros eleitos, por eleição direta, e que na primeira reunião designa quem é o presidente. O conselho fiscal confere o que está entrando e saindo do Instituto, o Deliberativo tem uma função mais abrangente. Emitimos pareceres e o Deliberativo é que vai deliberar, baseado nesses pareceres.

JC – Passados sete anos, você acha que foi uma boa escolha criar um Regime Próprio de Previdência para os servidores?
Carrilo – É bom frisar que, por lei, não seria obrigatória a criação, foi uma iniciativa da administração municipal. Houve a opção para grande parte do funcionalismo, os que eram celetistas poderiam optar pelo INSS ou pelo IPRC. Houve setores em que os funcionários alegaram pressão para adesão ao regime próprio. A justificativa na época era devido à economia. Além da contribuição previdenciária, os estatutários não possuem FGTS e com isso o município economizou muito com a mudança.

JC – Quando se fala em celetistas e estatutários, você sabe dizer qual percentual de servidores que hoje confiam a aposentadoria ao IPRC?
Carrilo – Em 2008, no Daae, em torno de 50 adotaram o IPRC, a maioria é do INSS. O Du também abriu uma nova janela para esta mudança. Acredito que mais de 50% dos servidores hoje são vinculados ao IPRC. O funcionário que optou pelo IPRC garantiu alguns benefícios que não atendem os celetistas, como a licença-prêmio, sexta parte, embora alguns celetistas tenham conseguido tais benefícios via decisão judicial. Boa parte dos municípios da região possui regime próprio de Previdência.

JC – Hoje, como membro do Conselho, se tiver o poder da caneta, criaria o IPRC?
Carrilo – Eu vejo vantagem. Particularmente é vantajoso para o funcionário e para o município. Vamos imaginar o extremo: que o serviço público tenha que demitir funcionários, existe uma sequência legal, e o celetista é demitido antes do estatutário, por exemplo.
JC – Mas sobre as perdas recentes, como no caso do Fundo Roma, não contribuem para enfraquecer a tese de que o IPRC é um bom negócio?
Carrilo – A questão do Fundo Roma é uma questão delicada. Não foi feito no nosso mandato, a aplicação foi feita anterior ao atual superintendente. Muito do que aconteceu foi feito sem que a gente tivesse conhecimento. Segundo tudo que se apurou internamente e no MP, não se vê culpa e sim uma escolha infeliz. No investimento feito em 2010, a estimativa de perda foi de R$ 6 milhões, de um total de R$ 10 milhões, que ainda seguem aplicados lá, agora com outro nome, e outro administrador.

JC – O “sumiço” deste dinheiro não causa prejuízo a longo prazo ao IPRC?
Carrilo – É um dinheiro que causa impacto e o município acaba assumindo esta perda através do cálculo atuarial. O município paga a parte patronal e o déficit atuarial é revisto todo ano, inclusive em relação aos atrasos que o município cometa.

JC – Quem define os investimentos?
Carrilo – A maior parte do patrimônio do município está investido na Caixa Federal. Ela tem os fundos onde trabalha este dinheiro. O Instituto é bem conservador, não se arriscando em fundos que poderiam gerar rentabilidade maior. Além do Banco do Brasil e bancos privados, de acordo com a legislação vigente. O IPRC tem uma assessoria da área de investimentos, é a “Crédito e Mercado”, ela não determina, ela sugere. Ela indica de acordo com análises. Quem decide é o superintendente, muitas vezes consultando o comitê de investimentos – que são servidores que ajudam na política de investimentos. Atualmente cerca de R$ 208 milhões estão em investimentos, alocados em diversos fundos públicos e privados.

Alta velocidade e acidentes preocupam na Avenida 12

Wagner Gonçalves

Em determinados pontos da Avenida 12, as valetas atrapalham a travessia de veículos que avançam até a avenida, sendo que o perigo aumenta quando carros descem a via em alta velocidade
Em determinados pontos da Avenida 12, as valetas atrapalham a travessia de veículos que avançam até a avenida, sendo que o perigo aumenta quando carros descem a via em alta velocidade

Os perigos que cercam as vias públicas, no que diz respeito ao trânsito, é tema constantemente levantado pelos munícipes das diversas localidades de Rio Claro. Seja por alta velocidade e imprudências de condutores ou condições precárias de determinadas vias, os riscos enfrentados diariamente são relatados com frequência ao Jornal Cidade.

Recentemente, as críticas recebidas foram direcionadas à Avenida 12, no trecho que vai da Rua 14 à Avenida Visconde do Rio Claro, no bairro Santa Cruz. No local, conforme disseram os moradores e comerciantes daquela região, muitos carros passam em alta velocidade e assustam a outros condutores e, especialmente, os pedestres.

Na esquina com a Rua 12, o comerciante Nelson Antonio Klain comenta ter havido dois acidentes em dias consecutivos, na semana passada. “Presenciamos muitas vezes os carros descerem muito rápido de um semáforo a outro, querendo pegar o sinal verde, e em algumas vezes até alguns acidentes”, contou o comerciante.

Para o filho, Matheus Gabriel Klain, que trabalha com o pai, uma das possíveis causas, além da imprudência, são as áreas rebaixadas no asfalto, as chamadas valetas, que em certos casos obrigam os condutores da via perpendicular a embicarem para ter visibilidade. “Muitos não têm visibilidade e param no meio da rua, o que aumenta ainda mais as chances de acidentes”, disse.

Nos horários de pico, em especial nos fins de tarde, a situação se agrava. Para eles, uma das possíveis soluções seria de colocar lombadas ou intensificar as formas de fiscalização no local. Em resposta aos casos em questão, a prefeitura informou que a via está devidamente sinalizada, inclusive com placas indicativas de velocidade permitida, destacando que há a permanência de radares móveis também na Avenida 12. No caso das valetas, a Secretaria de Obras tem realizado algumas intervenções, em locais onde o nivelamento não vai prejudicar o fluxo das águas pluviais.

Campanha no Trânsito

Durante a semana que se passou policiais militares do município foram às ruas a fim de conscientizar condutores e pedestres sobre a importância de manter a atenção no trânsito. Nas proximidades da Igreja Matriz, no centro da cidade, os policiais ficaram nos semáforos entregando cartilhas com Dicas para o Trânsito.

De acordo com o 3º Sargento da PM, a iniciativa tem por objetivo educar a população sobre as formas corretas de se comportar no trânsito. “É importante que se respeitem a sinalização, tanto pedestres como os motoristas. Não adianta pedestres reclamarem, mas se não atravessam não faixa”, comentou.

Na cartilha, questões como a qualidade de vida, utilização dos itens de segurança, como capacete, para motociclistas, cintos, nos veículos, cadeiras para crianças. Em todas as recomendações,o tema central propõe o respeito às pessoas, agindo como cidadão.

Projeto cultural quer recuperar vagões

Lourenço Favari

trem
Imagem ilustrativa do projeto Arte a Bordo de Clewerson Saremba

Arte a bordo. Este é o nome do projeto do diretor de criação Clewerson Saremba, que quer reformar três vagões de trem e uma locomotiva na antiga estação ferroviária de Rio Claro para transformá-los em salas de aulas de desenho, espaço de exposição e estúdio de criação.

A ideia é ousada, mas já tem muitos indícios de que vai decolar. “Muitas crianças e jovens não conseguem expressar suas ideias por falta de espaço e oportunidade. Este espaço será utilizado para isso: estimular a leitura, o conhecimento, além de poder ser um espaço para profissionalização”, explicou Saremba ao destacar que as aulas serão gratuitas e destinadas a pessoas até 17 anos.

Com um projeto bem detalhado, ele frisou que já apresentou para a prefeitura e aos setores responsáveis, para garantir os vagões e a cessão de uso do espaço na antiga estação ferroviária. “Pretendemos que já esteja em funcionamento em 2016”, projeta.

DETALHAMENTO

Conforme adiantado, serão três vagões e uma locomotiva, sendo que cada uma das composições terá diferentes funções. A primeira delas será uma sala de aula de desenho, equipada com mesas, cadeiras e equipamentos digitais profissionais para desenho.

Outro vagão abrigará uma sala de leitura e gibiteca, que vai manter centenas de títulos à disposição da comunidade. O terceiro vagão será composto de painéis digitais, que poderão ser utilizados como expositores de obras artísticas para enriquecer o repertório dos frequentadores do espaço. E, por fim, a locomotiva, que será uma sala de cinema 7D. “Quero levar conhecimento, entretenimento e profissionalização aos participantes”, destacou.

COMBUSTÍVEL

Aos 49 anos, o profissional que construiu uma sólida carreira no universo dos quadrinhos e animação, explicou que sua vontade é passar o conhecimento para as novas gerações. “Deu um clique, que está na hora de passar para frente o que aprendi. Este é o principal combustível para dar sequência no projeto”, esclarece.

Saremba diz que para concretização do projeto precisa do apoio do empresariado local para garantir o custeio do espaço. “Cada empresário ou empresa adotaria um vagão”, explica. Os interessados podem entrar em contato pelo e-mail .

CRIADOR

Com mais de 25 anos de experiência no setor de criação artística, Saremba, trabalhou durante cinco anos como desenhista criativo no estúdio Mauricio de Souza Produções, além de ter atuado também como diretor de longas metragens de animação e séries animadas de TV pela Labo Cine Digital.

Falta de medicamentos na rede pública causa indignação

Wagner Gonçalves

No anexo à Unidade de Pronto-Atendimento (UPA), pacientes buscam medicamentos na farmácia da Rede Pública de Saúde
No anexo à Unidade de Pronto-Atendimento (UPA), pacientes buscam medicamentos na farmácia da Rede Pública de Saúde

Munícipes que se utilizam de medicamentos oferecidos pela Rede Pública de Saúde voltaram a criticar a falta de determinados tipos de remédio em postos como a farmácia localizada ao lado da Unidade de Pronto-Atendimento (UPA), na Avenida 29, especialmente os de alto custo e controlados, como também no próprio Centro de Especialidades e Apoio Diagnóstico (CEAD).

No início da manhã, horário em que há número elevado de pacientes que buscam pelos remédios, Luana Alves de Lima conversou com a reportagem do JC após sair do pronto-atendimento e passar na farmácia para retirar medicamentos. “Já tinha vindo na noite anterior, mas voltei após passar mal e hoje consegui apenas um dos dois remédios prescritos pelo médico”, disse Luana.

Com apenas metade do que foi indicado para tratar o mal-estar, um caso parecido aconteceu com Ronaldo Satiro Lopes, que conseguiu apenas dois dos quatro frascos de Gardenal necessários para o tratamento medicamentoso. “O pior é o transtorno, pois a receita tem validade de apenas um mês. Depois disso, preciso marcar consulta antes do retorno para tentar pegar mais frascos”, desabafou Lopes.

Mas em alguns casos não há itens do que foi pedido pelo especialista, como no caso de Rodinei Salustiano dos Santos, que saiu mostrando-se nervoso após não conseguir o acesso aos medicamentos para controle de diabetes. “É um absurdo isso que acontece, pois não tem insulina, fita (para medição de glicemia), nem seringa. É um descaso”, criticou, dizendo que por vezes ele tenta comprar os remédios, mas pelo alto preço Santos comenta ter dificuldade para contornar a situação.

“E a resposta é sempre a mesma: volte daqui a quinze dias para ver se tem o medicamento”, desabafou. Seguindo a mesma tendência, o senhor Sebastião Franco Barbosa sai da farmácia cabisbaixo e sem ânimo: “é o cúmulo isso que acontece conosco”. Barbosa vem ao posto para pegar o medicamento Cistrate, Omeprazol e itens de controle de insulina para a esposa, Adelaide Costa Alves Barbosa, que faz o tratamento das patologias. Ele conta que em agosto não havia agulha e neste mês a falta é de seringa.

Questionada sobre a situação, a Fundação de Saúde respondeu que, no caso do senhor Ronaldo Satiro Lopes, a resposta à indagação da falta do medicamento e o transtorno de ter a receita vencida foi que “O Gardenal é medicamento psicotrópico e a Fundação Municipal de Saúde é obrigada a seguir a Portaria 344/98, por isso a receita é mensal e com validade para 30 dias”.

No caso da falta de fitas e agulha para controle glicêmico, “a Fundação de Saúde já providenciou a reposição dos estoques”. A fundação explicou também que “os medicamentos de alto custo são fornecidos pelo governo estadual e retirados no Cead”, dizendo que a distribuição feita no Núcleo Administrativo Municipal (NAM), local onde anteriormente era feito, obedece a alguns casos específicos, não sendo todos.

AÇÃO JUDICIAL

Em determinados casos, quando não há o acesso aos medicamentos, alguns pacientes entram com processo pelo Ministério Público de Rio Claro. Atualmente, duas ações cíveis públicas estão em andamento na 1ª instância, que dizem respeito ao “Tratamento Médico-Hospitalar e/ou Fornecimento de Medicamentos”, pelo 7º promotor de Justiça de Rio Claro, André Vitor de Freitas.

Em entrevista, o promotor comentou que, antes de mover qualquer ação, existe a comunicação com a Fundação de Saúde, ou mesmo com seção que responde em âmbito estadual. Em muitos casos, conforme ele destaca, não eram necessários processos, pois os problemas eram resolvidos de forma administrativa. No entanto, nos últimos 6 meses, aproximadamente, tem ocorrido reincidência nos casos em que não há respaldo da Fundação de Saúde sobre formas de resolução das faltas.

Sempre havia a indicação de outros medicamentos, mas o promotor acredita que, dada a crise financeira no setor público, a fundação não encontra formas de preencher tais lacunas. Nos casos em que há a determinação judicial, os pacientes conseguem os remédios: “Lamento que tenha chegado a esse ponto, pois essas situações não deveriam ser resolvidas pelo Judiciário, mas pelo setor de Saúde”, disse o promotor.

Bairro de Santa Gertrudes enfrenta dificuldades

Laura Tesseti

Moradores do bairro reclamam da falta de respeito de motoristas de caminhões que passam acima do limite de velocidade pelas ruas do bairro; além dos buracos, a sujeira também atrapalha
Moradores do bairro reclamam da falta de respeito de motoristas de caminhões que passam acima do limite de velocidade pelas ruas do bairro; além dos buracos, a sujeira também atrapalha

Os moradores do bairro Santa Catarina, localizado em Santa Gertrudes, estão passando por dificuldade há um certo tempo. A vida lá nunca foi muito fácil, devido ao intenso tráfego de caminhões que passam pelo local, mas há alguns anos a situação tem piorado e as reclamações por parte da pequena comunidade que vive lá têm aumentado.

“Os caminhões passam muito rápido, é o dia todo esse vai e vem de veículos grandes, é muito perigoso, sem falar que depois das 17 horas piora e muito a quantidade”, fala Célia Miranda, moradora do bairro há mais de 35 anos.

Miguel Guiaro, de 78 anos, está sentindo as dores de uma queda em um desses buracos. “Saí de moto e me perdi em um dos buracos próximo a minha casa, desequilibrei-me e cai. Fraturei uma costela e infelizmente vou ter que ficar um bom tempo afastado do serviço, para que eu possa me recuperar totalmente”, conta.

A velocidade dos caminhões que passam pela Avenida Conde Guilherme Prates é preocupante. “Quando tem fiscalização, passam devagar, dentro do limite permitido de velocidade, mas depois voltam a correr como normalmente fazem”, explica Madalena Moreira.

O bairro recebe caminhões não apenas de Santa Gertrudes, mas de Cordeirópolis e também Rio Claro, que passam pela avenida para poder chegar ao destino desejado.  “A única coisa de que gostaríamos é que eles pelo menos respeitassem o bairro, nossa comunidade, que não passassem correndo por aqui para não pôr em risco nossas vidas”, pede Guiaro.

As pouco mais de 300 pessoas que moram no Santa Catarina também sofrem com a poeira. Segundo uma moradora, existe sujeira até dentro dos armários e guarda-roupas das casas. Mas os problemas não são recentes. “Entra prefeito, sai prefeito e a situação aqui continua a mesma, não estamos culpando ninguém, mas o descaso aqui é meio que geral. Sabemos das melhorias que foram feitas, mas precisamos de mais, pois faltam segurança e qualidade de vida aqui”, relata Madalena.

Em contato com a Prefeitura Municipal de Santa Gertrudes, a assessoria informou que o bairro não está abandonado e que recebe os serviços de infraestrutura como os demais bairros do município. Serviço de limpeza nas ruas, coleta de lixo doméstico, pintura de guias e sarjetas.

O bairro ganhou recentemente uma creche municipal e uma academia ao ar livre, e já foi licitada a obra de melhorias na Avenida Conde Guilherme Prates. Nos próximos dias terá início o serviço que contempla o pavimento asfáltico para tráfego pesado, recapeamento, implantação de guias e sarjetas e ciclovia. Toda a extensão da avenida será recuperada.

O bairro também será o próximo a receber a instalação dos serviços de internet gratuita wi-fi, através do Programa Cidades Digitais. Sobre o lixo, existe a coleta e a prefeitura solicita que a comunidade colabore na colocação dos detritos.

Estagiários não podem ser contratados para suprir falta de funcionários

Laura Tesseti

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Lei que tange o estágio deve ser respeitada pelos empregadores

Uma boa colocação no mercado é o objetivo da grande maioria das pessoas que cursam um ensino superior. Mas, quando o assunto é estágio, diversas dúvidas surgem em relação às tarefas desenvolvidas no ambiente de trabalho.

Segundo Dr. Mozart Gramiscelli Ferreira, advogado e especialista no assunto, o estagiário, segundo a legislação vigente, deve desenvolver atividades que permitam seu crescimento como profissional e que desenvolva a cidadania. Qualquer atividade, desde que lícita, pode ser exercida pelo estagiário dentro de um ambiente de trabalho saudável, no entanto, nos estágios obrigatórios, devem-se seguir diretrizes curriculares.

“Com a edição da nova lei do estágio, o estagiário ganhou alguns direitos, como o direito a férias remuneradas de 30 dias, caso o período do estágio seja superior a um ano, ou proporcional ao tempo contratado, em caso de período inferior a um ano, devendo preferencialmente ser realizado no período de férias. Também tem o direito a um seguro de acidentes pessoais, compatível com o valor de mercado, no período do estágio”, explica o especialista.

Para Ari Ferreira Junior, coordenador do curso de Administração da Faculdade Anhanguera de Rio Claro, o estágio é uma experiência extremamente importante para o desenvolvimento da carreira de todo profissional. É durante esse processo que o estudante desenvolve o conhecimento, as competências e as experiências práticas da profissão que ele estuda. Diferente de um trabalho efetivo, o estágio proporciona ao estudante atitudes positivas na tomada de decisões, pautadas no conhecimento teórico.

Ana Caroline Bueno, de 25 anos, cursa atualmente o quinto ano de Engenharia Civil e já atua como estagiária na área.  “É muito importante para nós, estudantes, essa fase do estágio, pois é nessa hora em que colocamos em prática muitas coisas que aprendemos dentro da sala de aula, e muitas vezes aprendemos coisas ainda mais diferentes do que apenas nos livros e explicações teóricas.”

O estágio está regulamentado pela Lei Federal 11.788/2008 e tal função pode ser desenvolvida em qualquer ambiente de trabalho. A formalização se dá por meio de um Termo de Compromisso entre o aluno, a empresa e a instituição de ensino. O estudante deve estar matriculado e com frequência regular em curso de educação superior, educação profissional, médio, especial e nos anos finais do ensino fundamental.

Dr. Mozart Gramiscelli Ferreira esclarece que o tempo permitido de atuação em um estágio é de dois anos. “Caso o estudante perceba que está ocorrendo o desvio das funções preestabelecidas, deverá procurar sua instituição de ensino e denunciar tal prática. E a punição para tal prática é a caracterização do vínculo de emprego entre a empresa e o educando e, em caso de reincidir na prática, ficará impedida de contratar estagiários pelo período de dois anos.”

Para o coordenador do curso de administração, muito importante que a empresa concedente tenha responsabilidade nas atribuições de estágio, pois esse momento é crucial para o desenvolvimento do estudante, que não pode estar no programa apenas para reduzir custos às empresas. As funções devem ser desenvolvidas buscando sempre a evolução e desenvolvimento do estudante que, consequentemente, trará resultados.

“É fundamental que o estudante seja curioso e queira aprender cada vez mais, pois só assim ele terá potencial a ser desenvolvido por meio do estágio. Ele deve ver o estágio como um desafio e questionar acerca das práticas executadas. Isso desenvolverá o pensamento crítico que o auxiliará no decorrer de toda sua carreira”, orienta e finaliza o professor.

Câmara Municipal: protestos devem continuar, diz integrante

Favari Filho

Manifestações tiveram início devido à taxa de iluminação e somam demandas a cada semana durante as sessões da Câmara

Manifestações tiveram início devido à taxa de iluminação e somam demandas a cada semana durante as sessões da Câmara

Na próxima segunda-feira (27) acontece a Sessão da Câmara que, mais uma vez, deve contar com a presença massiva de manifestantes que buscam chamar a atenção para alguns pontos discutíveis da política local. Um dos assuntos que as pessoas que têm marcado presença no terceiro andar do Paço Municipal contestam é a CIP [Contribuição de Iluminação Pública], mais conhecida como taxa de iluminação. Desde que instaurada no mês de maio, a polêmica segue entre as rodas cotidianas da Cidade Azul e ganha força nas redes sociais.

Outras reivindicações também constam dos cartazes – que podem ser vistos aos montes e em um número crescente a cada reunião do Legislativo – entre as quais a que pede pela redução do salário dos políticos e/ou cargos comissionados. Para falar um pouco mais sobre o movimento, o Jornal Cidade conversou com o engenheiro Marcel Izzi, que atua no grupo de manifestantes que tem comparecido às sessões, e que esclareceu alguns pontos necessários para que o rio-clarense entenda melhor o ato cívico.

Izzi disse que a mobilização teve origem na revolta das pessoas com a cobrança da taxa de iluminação pública. “O ponto central é a moralidade. Acreditamos que não há mais espaço para aumentos de impostos, taxas e contribuições que tiram dinheiro do bolso do cidadão e desperdiça com salários, vantagens e mordomias para políticos.” O engenheiro pontuou que os manifestantes também defendem a diminuição dos vencimentos de vereadores, prefeito e comissionados, “pois o custo dos salários impacta diretamente no fato do prefeito dizer que ‘não tem um centavo para investir’ e, assim, justificar novas cobranças”.

Elenco do Velo Clube já conta com 10 jogadores para a A-2

Matheus Pezzotti

Nesta temporada, o Velo Clube terminou a série A-2 em 14º lugar, com 22 pontos, dois a mais que o primeiro rebaixado
Nesta temporada, o Velo Clube terminou a série A-2 em 14º lugar, com 22 pontos, dois a mais que o primeiro rebaixado

De acordo com a assessoria de imprensa do Velo Clube, o volante Diego Perine esteve no Benitão na última terça-feira (22), para acertar seu retorno ao clube para a disputa da série A-2.

O jogador esteve no elenco velista em 2014, sob o comando do técnico Carlos Rossi, mas se lesionou e pouco jogou naquela temporada. Depois do Velo Clube, jogou no CRAC e, neste ano, no Foz do Iguaçu. Com isso, Perine é o décimo jogador confirmado para a próxima temporada, juntando-se com o lateral-direito Mizael, que está no Linense disputando a Copa Paulista; o atacante Leleco, que disputa a série D do Campeonato Brasileiro pelo São Caetano; o zagueiro Thiago Bernardi e o meia Luiz Henrique, que disputam a série D do nacional pela Caldense; o volante Niander, que estava no São José; o meia Paulinho, que está no Hunan Billows FC, da China e tem contrato com o Velo até 1º de maio de 2016; o volante Samuel Oliveira, que tem contrato até 05 de maio do próximo ano; o volante Marquinhos com contrato até 30 de julho de 2016 e o volante Teco, com contrato até 04 de maio. Perine assinou até o final da série A-2, em 2016.

“Perine é um excelente jogador. Acompanhamos ele antes e depois de jogar no Velo e ele mostrou a sua qualidade. É um jogador da divisão, muito bom e importante. E o elenco que já está contratado, são alguns que tinham contrato com o Velo, mas são jogadores da divisão, que disputaram e tem experiência. Estamos acompanhando e rastreando outros jogadores, dentro das possibilidades do Velo, para que a gente monte uma equipe competitiva, que façamos um bom campeonato e se Deus quiser, conquistar o acesso”, diz o técnico João Vallim.

O treinador deve vir para Rio Claro na próxima semana para definir a data da apresentação do elenco. “Os atletas que já estão parados, começam a trabalhar em novembro. Os demais, que estão disputando campeonatos, só chegarão quando acabarem. Estamos fazendo o planejamento com a comissão técnica e o [diretor de futebol João] Marcondelli para que a gente possa definir uma data para iniciar a pré-temporada”, finaliza.

Com o aumento no preço, venda informal de botijões ameaça depósitos

Wagner Gonçalves

O preço médio do botijão de gás é de 60 reais, em Rio Claro, por isso consumidor deve desconfiar de valores muito abaixo
O preço médio do botijão de gás é de 60 reais, em Rio Claro, por isso consumidor deve desconfiar de valores muito abaixo

Foi surpresa para distribuidoras e consumidores o aumento no valor do botijão de gás, que entrou em vigor no último dia 1º de setembro. Anunciado pela Petrobras, o preço do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), comumente utilizado em cozinhas das casas, sofreu o primeiro reajuste desde 2002. Conforme o que fora anunciado na ocasião, o preço sofreria 15% de correção, por parte das refinarias.

No entanto, o botijão ficaria ainda mais caro visto que este é um período em que há outros reajustes, levando-se em conta que no mês de setembro, por exemplo, as distribuidoras elevam o custo do produto entre 8% e 10%, devido às convenções de aumentos salariais. Em Rio Claro, os preços de botijões de gás tem média que varia entre 55 e 65 reais, conforme apurou o Jornal Cidade.

O preço assustou os consumidores e imediatamente foi possível perceber os efeitos de tal crescimento. De acordo com o proprietário de um depósito de gás localizado no Jardim São Paulo, Cesar José Meyer, os primeiros quatro dias depois de anunciada a determinação da Petrobras foram de movimento elevado em seu ponto comercial. No entanto, a busca pelo meno preço preocupa o empresário, que destaca a importância de verificar a procedência do distribuidor.

“Em nosso município a informalidade tem crescido muito, e existem muitos os que vendem nas ruas a preços mais baixos, mas nem sempre um botijão de boa qualidade”, alerta Meyer. Ele comenta que na maioria desses casos, os distribuidores clandestinos não embutem determinados tributos, por trabalharem na ilegalidade ou comercializam sem os devidos itens para segurança, seja nos veículos sem identificação de produto inflamável, ou botijões alterados, sem o volume correto de GLP. “Este é um tipo de pirataria e coloca em risco a população, por se tratar de material que pode causar explosão”, destacou.

Greve dos petroleiros

Conforme anunciado, também, desde o primeiro dia de setembro, a greve dos petroleiros se iniciaram na última quinta-feira (24), com a justificativa de impedir a execução do Programa de Desinvestimentos previsto no Plano de Negócios e Gestão 2015-2019, conforme divulgou a Agência Brasil, e desta forma evitar a venda de 60 bilhões de dólares ativos, que significaria a privatização da empresa.

Jornal Cidade RC
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