Rio Claro realiza encontro ambiental com participação de 650 crianças
Rio Claro realiza nesta quarta-feira (6) e no dia 14 de junho o 1º Encontro dos Agentes Ambientais Mirins promovido pela prefeitura, através das secretarias da Educação e Meio Ambiente. A atividade irá reunir aproximadamente 650 alunos de 23 escolas de ensino fundamental da rede municipal de ensino. O evento será realizado no auditório do Núcleo Administrativo Municipal (NAM), das 8h30 às 11 horas e das 14 às 17 horas. As propostas discutidas e aprovadas pelas crianças serão entregues ao prefeito João Teixeira Junior, o Juninho da Padaria, em encontro agendado para o dia 15 de junho.
As atividades fazem parte do projeto Junho Verde Azul, mês no qual se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente. A ideia é intensificar as ações ambientais através da realização de palestras, plantios, feiras de outras e outras atividades que contribuam para a construção de propostas com fins ambientais buscando uma melhor qualidade de vida para todos. “Um dos objetivos do evento é integrar alunos de diferentes escolas, propondo debates e buscando propostas ambientais para o município”, explica o secretário municipal da Educação, Adriano Moreira.
Para o secretário de Meio Ambiente, Ricardo Gobbi, o planeta tem passado por grave crise ambiental e medidas urgentes precisam ser tomadas. “É necessário realizar ações para minimizar e conter os impactos causados pelo uso indiscriminado de recursos naturais”, afirma.
“O Encontro de Agentes Ambientais Mirins tem por finalidade estimular a participação social das crianças, oferecendo momentos de reflexão sobre relações ambientais, contribuindo não apenas com o seu desenvolvimento pessoal, mas com o desenvolvimento das comunidades em que elas estão inseridas”, reforça Edison Norberto Andrade, coordenador Ambiental da Secretaria da Educação.
Além do encontro de agentes ambientais, o calendário de atividades Junho Verde Azul terá ainda oficina de horta caseira, caminhada e corrida ecológica, brincadeiras ambientais e feira de trocas, cine-ambiental à luz do luar, ecofaxina, exposição fotográfica, plantio consciente, encontro de adoção de cães e gatos, plantio na zona rural, ciclo de palestras com temáticas ambientais e blitz educativa.
O evento é realizado pela prefeitura, com patrocínio da BRK Ambiental e Construtora Caprem, e apoio do Grupo Komedi, Unesp (Universidade Estadual Paulista), Shopping Rio Claro, Grupo Palhaços Espaguetes e Covabra Supermercados. Mais informações pelo e-mail [email protected].
Prefeitura reforça segurança no cemitério com vigilantes armados
Com objetivo de proporcionar maior segurança para a população, a prefeitura de Rio Claro iniciou nesta segunda-feira (4) serviço de vigilância armada no Cemitério Municipal São João Batista, no Bairro do Estádio. Além de tornar o local mais seguro para os visitantes, a medida visa coibir o mau uso do espaço e proteger os túmulos que são muito visados por bandidos por conterem placas e peças de bronze de fácil comercialização.
“A presença dos vigilantes dará uma sensação de segurança muito maior para quem frequenta o cemitério”, explica o prefeito João Teixeira Junior, o Juninho da Padaria, que foi conferir de perto o início dos trabalhos nesta segunda-feira (4).
O serviço de vigilância será realizado por empresa contratada pela prefeitura, com investimento de aproximadamente R$ 240 mil por ano. Serão quatro vigias que trabalharão em turnos garantindo monitoramento 24 horas no local. “São pessoas capacitadas, com porte de arma, cuja presença dará mais tranquilidade para os usuários do espaço”, destaca o secretário municipal da Administração, Jean Scudeller.
Além dos vigilantes armados, a segurança no cemitério ainda terá apoio da Guarda Civil Municipal (GCM) em rondas periódicas no lado externo e também no interno com a equipe do canil. Isso sem falar sobre a Polícia Militar que poderá ser acionada em caso de necessidade. Outra medida de segurança adotada pela prefeitura foi fazer o cadastramento das pessoas que trabalham na lavagem de túmulos, que agora são identificadas por meio de crachá. “Temos um controle maior de quem entra e sai do cemitério e pedimos a colaboração das lavadeiras para que usem os crachás de identificação”, comenta o diretor de Administração, Sérgio Christofoletti.
De acordo com ele, a contratação de guarda armada é mais uma ação realizada pela prefeitura para melhorar o complexo funerário formado pelo cemitério, velório e funerária. “Estamos cumprindo mais uma etapa entre as melhorias que estão sendo implantadas”, informa, lembrando que o cemitério recebeu recentemente reforma no telhado e serviços de pintura e iluminação com substituição das lâmpadas antigas por LED. As salas da entrada do cemitério foram reformadas para instalação do setor administrativo.
Melhorias também foram feitas no prédio do velório municipal que ganhou nova iluminação, pintura e bancos novos. Um espaço do imóvel foi reformado para abrigar a Funerária Municipal, que saiu de prédio alugado e hoje atende no novo espaço, facilitando a vida das pessoas que encontram na mesma região todos os serviços funerários municipais. “São muitas conquistas em curto espaço de tempo em benefício da comunidade”, finaliza Natanael Soares de Carvalho, o “Peixe”, gerente do cemitério.
Mais de 800 vistorias foram feitas pelo CCZ
Até o dia 16 de maio, o Centro de Controle de Zoonoses de Rio Claro já havia realizado mais de 800 vistorias em pontos estratégicos e imóveis especiais do município. No total foram 820 locais visitados, incluindo borracharias, oficinas mecânicas, empresas, ferros velhos, floriculturas, cemitérios, escolas, unidades de saúde, hospitais, prédios públicos, igrejas e shopping. Em todos eles foram feitas orientações de combate ao Aedes aegypti, visando principalmente evitar que o mosquito se prolifere e, consequentemente, casos de doenças como dengue, chikungunya e zika.
Em alguns locais vistoriados os agentes encontraram larvas do mosquito, ainda que a época não seja de chuvas intensas. Se as larvas estão presentes mesmo com o tempo seco, a preocupação é que quando as chuvas de verão chegarem a quantidade de ovos e larvas seja muito maior.
Os últimos números referentes ao Índice de Densidade Larvária (IDL) realizado em Rio Claro em abril mantêm o município em estado de alerta com relação à proliferação do mosquito Aedes aegypti. Aferido pelo índice Breteau, o IDL medido apontou 3.1, superando o registro de janeiro, de 2.0. Ambos estão acima do índice tolerável preconizado pela Organização Mundial de Saúde. Por isso a Fundação de Saúde pede o envolvimento de toda a população no combate ao mosquito, mesmo nessa época, e reforça o apelo para que a população não descarte lixo em terrenos baldios e locais inapropriados e nem mantenha em casa entulho ou qualquer material que possa acumular água parada, onde se desenvolvem as larvas do mosquito. Mais informações sobre o trabalho dos agentes do Centro de Controle de Zoonoses podem ser obtidas pelo telefone 3523.8663, inclusive aos sábados das 8 às 13 horas.
Campanha de vacinação contra a gripe é prorrogada até 15 de junho
O Ministério da Saúde (MS) anunciou na quarta-feira (29) a prorrogação da campanha nacional de vacinação contra a gripe até o dia 15 de junho. A decisão foi motivada pelos efeitos da paralisação dos caminhoneiros no atendimento em saúde. Inicialmente, o fim da campanha estava previsto para sexta-feira, 1° de junho.
Em Rio Claro, a campanha também foi prorrogada até 15 de junho. A Vigilância Epidemiológica foi notificada oficialmente na sexta-feira (1º) sobre a ampliação da campanha. Vale lembrar que a vacina é destinada apenas às pessoas pertencentes aos grupos prioritários, determinados pelo Ministério da Saúde.
A Vigilância Epidemiológica informa ainda que nesta segunda-feira (4) os horários dos postos de vacinação voltaram ao normal e não haverá mais a presença da unidade móvel no Jardim Público. Assim, a vacinação continuará sendo feita normalmente em 18 salas localizadas nas unidades básicas e de saúde da família.
Os horários de vacinação são de segunda a quinta-feira das 07h30 às 15h30 e de sexta-feira das 07h30 às 13h30 (nas USFs) e de segunda a sexta-feira, das 07h30 às 15h30 (nas UBSs). A lista com endereços e telefones das unidades de saúde pode ser consultada no site www.saude-rioclaro.org.br.
A última prévia divulgada na semana passada indicava que em Rio Claro 28.906 pessoas foram vacinadas. Todas pertencem aos grupos prioritários, com indicação para receberem a vacina. Esse número representa 66% da meta de vacinação estipulada pelo Ministério da Saúde, que no município é de 44 mil pessoas.
Os grupos prioritários são formados por crianças de seis meses a cinco anos, pessoas com 60 anos ou mais, gestantes, mães com até 45 dias após o parto, profissionais da saúde, professores das redes pública e particular de ensino, população indígena, portadores de comorbidades, funcionários do sistema prisional e pessoas privadas de liberdade, como adolescentes internados em instituições sócio-educativas.
De acordo com os últimos dados do ministério, a campanha imunizou 35,6 milhões de pessoas em todo o País, o que equivale a 66% do público-alvo. Para atingir a meta de imunizar 54,4 milhões de pessoas, o governo espera, com a prorrogação da campanha, vacinar os 18,8 milhões de brasileiros e brasileiras que ainda não receberam a dose da vacina. De acordo com o Ministério, 100% das 60 milhões de doses de vacina já foram distribuídas aos estados.
Udam+ inicia curso de eletricista instalador predial
A Udam+ (União de Amigos) realizou na manhã de segunda-feira (04) a aula inaugural do curso de eletricista instalador predial, em parceria com a Prefeitura e Rotary Clube Rio Claro. Serão duas turmas de 28 alunos, uma pela manhã e outra à tarde, com duração de oito meses.
O prefeito João Teixeira Junior, o Juninho da Padaria, acompanhou o início do curso e destacou a importância do certificado para os alunos. “Nesse momento de desemprego vivido pelo país, um certificado de curso vale muito para quem procura trabalho”, comentou Juninho que ressaltou o projeto visa dar melhores condições e oportunidades para o trabalhador.
Adriano Marchi, representante da Udam+, falou que a parceria com o poder público tem permitido a realização de outros cursos e oficinas. “Já realizamos inúmeras atividades em parceria e esta será mais uma”, disse Adriano, que lembrou que o espaço produtivo é em prol de toda comunidade.
O professor do curso, Eduardo Santana, explica que os alunos ao término do curso estarão aptos a realizar serviços de eletricista. “Ao longo do curso eles terão aulas teóricas e práticas, como fazer instalações de uma tomada, por exemplo”. O aposentado Sebastião Donizeti Garcia, que será um dos alunos, contou que escolheu o curso para ter um conhecimento a mais. “Como estou aposentado há oito anos, optei por fazer o curso para não ficar parado e ter um aprendizado para quando precisar resolver algo em casa”.
O presidente do Rotary Clube Rio Claro, Jose Alipio Occik, agradeceu a parceria para o curso de eletricista e anunciou novos projetos em conjunto. “Conseguimos com verba global do Rotary o curso de padaria e confeitaria no valor de 33 mil dólares. Esse valor inclui a aquisição de maquinário de última geração para oferecermos cursos à população”, falou Alipio, que já convidou o prefeito a participar da primeira aula de padaria.
O curso de eletricista instalador predial é para pessoas com 14 anos ou mais. Informações sobre este curso e demais, na sede da Udam+, que fica localizada na Rua 11 com a Avenida 30, no bairro Alto do Santana. A secretária de Desenvolvimento Social, Érica Belomi, também participou do evento.
Entenda as doenças da retina
Dr. Iuuki Takasaka –CRM. 124.621
Iorc Instituto de Olhos de Rio Claro
As alterações na retina, principalmente da região central chamada mácula, estão entre as principais causas de baixa visão e cegueira no mundo.
A mácula é a área responsável por dar definição, nitidez e capacidade de leitura. Doenças como degeneração macular relacionada à idade (DMRI), retinopatia diabética e oclusões vasculares retinianas, entre outros, atingem essa área tão importante do nosso olho, dificultando as pessoas de enxergarem e diminuindo a qualidade de vida, principalmente em pessoas com idade mais avançada.
Antigamente, essas alterações eram tratadas com laser, porém o resultado não era satisfatório, pois muitas vezes não havia melhora na visão.
Nas últimas décadas, com avanço dos estudos, foram descobertas medicações chamadas antiangiogênicos. Essas medicações foram desenvolvidas para uso intraocular e em casos indicados, há estabilização do quadro e melhora da acuidade visual.
Na prática clínica atual, os antiangiogênicos são as principais indicações para tratamento de DMRI, forma exsudativa, edema macular diabético e edema macular secundário a oclusões venosas.
O diagnóstico precoce e início do tratamento adequado dessas alterações podem, hoje em dia, evoluir com boa resposta e atingir uma visão final satisfatória.
Conselho de Comunicação aprova parecer sobre notícias falsas
Para subsidiar o debate na Câmara e no Senado, o Conselho de Comunicação Social, órgão auxiliar do Congresso Nacional, aprovou hoje (4) o parecer da comissão de relatoria sobre propostas em tramitação que tratam das fake news, notícias falsas espalhadas pela internet.
Ao todo, 14 propostas sobre o tema tramitam no Congresso: são 13 na Câmara e uma no Senado. No relatório aprovado por sete votos a quatro, o conselho preferiu não explicitar uma posição clara contrária ou favorável à aprovação das propostas e, por isso, foi criticado pela conselheira Maria José Braga, que apresentou um relatório alternativo no qual recomendava a rejeição de todas as propostas.
Novo crime
“Esses projetos simplesmente criam um novo crime, que é a divulgação de notícias falsas e achamos isso perigoso, mesmo que esteja previsto que dependerá de avaliação do Judiciário. Nós temos um Judiciário capilarizado, com juízes de primeira instância atuando livremente no país como deve ser, mas uma lei imprecisa pode gerar interpretações diversas. Isso sim, pode acarretar em censura e criminalização de um cidadão comum que, de boa-fé, sem nenhuma má intenção, compartilhou uma notícia fraudulenta” disse a conselheira que foi vencida na discussão.
O coordenador da comissão de relatoria lembrou que os projetos analisados são muito diversos e que deixou claro no seu voto que eles “não atendem toda a complexidade do tema”.
Apesar disso, o conselheiro Miguel Santos disse que a rejeição não foi defendida porque as propostas ainda estão em fase inicial de discussão na Câmara e ainda podem ser aperfeiçoadas. Ele também não descartou nova manifestação do conselho sobre o tema a medida em que a discussão em torno das propostas avançarem.
Criminalização
O relatório diz ainda que “o problema [das notícias falsas] não passa pela criminalização da prática ou pela responsabilização das plataformas onde o conteúdo é veiculado”.
O texto traz seis pontos que os conselheiros consideram que deveriam ser contemplados nas discussões sobre notícias falsas. Além da definição clara do que seja fake news, o texto sugere que a dosimetria leve em conta a definição de padrões de penalização convergentes com os atos cometidos para que não sejam criadas disparidades penais.
Há ainda sugestões para que qualquer pedido de retirada de conteúdo seja precedido de ordem judicial e também um pedido para que seja evitado qualquer mecanismo que vise a retirada de conteúdo sem base legal e de forma discricionária que possa ser interpretado com censura.
Detento não pode ter duas companheiras para visita íntima, decide Justiça
Os desembargadores da 3ª Turma Criminal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJ/DFT) negaram recurso, por unanimidade, e mantiveram decisão da Vara de Execuções Penais do DF, que indeferiu pedido de autorização de visitas ao presídio, feito por uma companheira de um detento, sob o argumento de que outra companheira já estava cadastrada no rol de visitantes.
Ao pleitear o direito especial de visitação, o detento alegou que “não cabe ao Estado interferir nas relações particulares dos internos” e que, como mantém relação com duas mulheres, a visita de ambas deveria ser admitida. As informações foram divulgadas no site do TJ/DFT.
Ao negar o recurso, a Turma entendeu que “o relacionamento concomitante de preso com duas mulheres não pode ser tido como união estável” – sendo inviável o cadastramento de ambas como companheiras no rol de visitantes de um único detento, notadamente porque o artigo 67, caput, do Código Penitenciário do Distrito Federal, permite catalogar um só indivíduo a cada doze meses, para fins de visitas regulares, a título de cônjuge ou de pessoa em situação análoga.
Para o relator, como o detento já contava com uma convivente cadastrada para fins de visitação, com a qual se encontrava regularmente, o relacionamento simultâneo do preso com duas mulheres não poderia configurar-se como união estável, “pois o princípio da monogamia, até o presente momento, ainda norteia o nosso ordenamento jurídico pátrio, não se admitindo a concomitância de relacionamentos amorosos para fins de constituir família”.
Além disso, segundo o magistrado, o direito a visitas ao preso não se mostra absoluto ou ilimitado e precisa ser ponderado com base no caso concreto e na legislação vigente, de forma a salvaguardar o funcionamento do sistema carcerário e a segurança no meio prisional e da sociedade em geral, bem como preservar a isonomia entre os custodiados.
O desembargador ressaltou que, “caso a mulher atualmente cadastrada nos assentamentos do presídio não seja a verdadeira convivente do custodiado, ele pode requerer ao diretor do presídio a alteração da qualidade da visitante”.
#VÍDEO: Tentativa de roubo termina com bandido baleado
Um indivíduo entrou armado em um comércio de bebidas no Jardim Inocoop no início da tarde de domingo (3). Após anunciar o assalto ele foi surpreendido e atingido com dois disparos. Um comparsa que dava apoio na ação foi preso. O baleado permanece internado.
Questões comportamentais e sociais fazem busca por Psicologia crescer 25%
Os dados mais recentes do Censo da Educação Superior mostram que, entre 2012 e 2016, o número de ingressantes em Psicologia cresceu 25,8%. O aumento é superior ao de cursos como Direito (que avançou 14,5%), Engenharia (1,2%), Pedagogia (19,7%) e Administração (que teve queda de 17,2%).
Para especialistas de entidades que representam o setor, o aumento na procura dos jovens pelo curso é um reflexo do momento conturbado vivido pelo País, com problemas políticos, econômicos e sociais. Eles também dizem que a mudança de abordagem em algumas escolas, com maior abertura para debater questões comportamentais e emocionais, pode contribuir para despertar o interesse.
No Colégio Santa Maria, na zona sul da capital paulista, pela primeira vez o curso com maior procura pelos alunos do 3.º ano do ensino médio é a Psicologia. Dos 129 estudantes, 29 disseram que desejam ser psicólogos. Em outros anos, o foco maior era Engenharia, Medicina e Direito. O diretor Silvio Freire diz que o interesse pode ter surgido pelo maior contato dos jovens com assuntos da saúde mental e comportamental. “A escola deixou de ter uma visão de ser uma mera reprodutora de conhecimento. Outras questões são abordadas e tratadas com a mesma importância, como a sua relação com o outro. Trabalhar esses aspectos pode ter despertado o interesse”, diz.
Foi depois de assistir a um documentário sobre bullying na aula de Língua Portuguesa que Maria Fernanda Marolla, de 16 anos, decidiu pela carreira. “O documentário questionava alguns comportamentos que vemos como naturais. Fiquei apaixonada pela forma como era feita essa análise, como isso molda quem somos e nos relacionamos”, conta. “Estudar sobre como a mente funciona, como nossos comportamentos e relacionamento são moldados, é muito atraente”, completa a colega Maria Fernanda Oliveira.
João Coin, diretor da Associação Brasileira de Ensino da Psicologia (Abep), diz que a entrada da temática de saúde mental e relações humanas no ensino médio explica em parte a opção. Ele ainda destaca um maior entendimento da sociedade sobre a necessidade do “autocuidado”. “Muita gente procura o curso porque quer cuidar das próprias questões, vê que é uma área em que o sujeito pode se conhecer melhor.”
Para Coin, a escolha por uma graduação pelo benefício pessoal antes do profissional é também uma característica de parte dessa geração de adolescentes, que busca primeiro satisfação no trabalho ao reconhecimento social ou financeiro. “Muitos jovens pensam no trabalho como algo que prioritariamente traga satisfação.”
Em outro colégio paulistano, o Pio XII, também na zona sul, em dois anos a procura pelo curso cresceu 30%. Dos 200 alunos que estão no ensino médio, 30 querem a área – atrás de Medicina (com 35) e Engenharias (38).
Segundo a coordenadora Viviane Direito, a rotina de sala leva a discussões da área. “É fundamental que as pessoas saibam se relacionar, sejam mais resilientes, assertivas, criativas. Para isso, é preciso falar sobre o comportamento humano. Assuntos que antes eram tabu, hoje fazem parte da aula.”
Medo
Deisy das Graças de Souza, diretora da Associação Brasileira de Psicologia (ABP), diz que a busca pelo autoconhecimento é intensificada em momentos em que há uma “sensação de medo” na geração. “O jovem tem medo e, por isso, está pedindo ajuda. Seja pedindo para falar sobre o assunto ou buscando respostas com o estudo”, diz.
Mercado
A tendência se reflete nos vestibulares. Na Fuvest, por exemplo, o curso teve a terceira maior relação candidato/vaga no ano passado, 61,10, atrás apenas de Medicina e Audiovisual. Em 2012, eram 31,4 por vaga. Nas particulares, observa-se efeito semelhante – no Mackenzie, a procura avançou 35,4% em cinco anos E o movimento também foi notado pelo mercado: o número de instituições com o curso cresceu 32% entre 2012 e 2016, passando de 419 para 531. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Seis meses após reforma trabalhista, arrecadação de sindicatos desaba 88%
O “ajuste fiscal” chegou também para os sindicatos. Depois da entrada em vigor da reforma trabalhista, em novembro, que acabou com o imposto sindical, as entidades viram sua arrecadação despencar 88% nos quatro primeiros meses do ano, segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Enxutos, os sindicatos querem contornar o baque se mostrando mais atuantes junto aos trabalhadores e tentam compensar parte da queda de receita com a conquista de novos associados.
As mudanças nas leis trabalhistas drenaram recursos dos sindicatos. Apenas em abril, o volume total arrecadado pelas associações que representam trabalhadores foi de R$ 102,5 milhões – uma queda de 90% em relação ao mesmo mês de 2017.
Isso porque, com a nova legislação, em vigor há mais de seis meses, a cessão obrigatória do equivalente a um dia de trabalho, que era destinada a sindicatos, centrais e federações que representam as categorias, foi extinta. A contribuição ainda existe, mas agora é voluntária, e a empresa só pode fazer o desconto com uma autorização, por escrito, do funcionário.
“A extinção da contribuição fragilizou as entidades”, diz Clemente Ganz Lúcio, diretor técnico nacional do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). “Os sindicatos agora questionam na Justiça e buscam uma alternativa de financiamento coerente com o princípio da autonomia dos empregados.”
O desemprego elevado também colabora para a escassez de recursos Sem uma vaga formal, o trabalhador não se filia e nem contribui às entidades.
Com menos dinheiro, os sindicatos se viram obrigados a cortar despesas para sobreviver: demitiram funcionários, fecharam subsedes, venderam carros, alugaram imóveis e reformularam os serviços prestados aos associados. A tendência, segundo dirigentes, é que as entidades se acostumem a operar com menos recursos em caixa.
De volta às origens. Um dos efeitos percebidos após a reforma trabalhista é a volta dos sindicatos para ações de rua, seja com mais mobilizações nas portas de fábricas ou no maior esforço direcionado a aumentar a quantidade de sindicalizados. A maior parte das entidades diz ter reforçado as equipes de campo, mesmo com um quadro mais enxuto. Funcionários que antes só exerciam atividades internas foram deslocados.
No Sindicato dos Empregados em Empresas de Prestação de Serviços a Terceiros (Sindeepres), como a frota de veículos próprios teve de ser reduzida pela metade, de 33 para 15, desde o ano passado, parte dos funcionários agora vai de ônibus promover ações nas empresas.
Um dado positivo é que as entidades percebem um aumento no número de associados desde o início da reforma. No Sintracon-SP, que reúne os trabalhadores da construção civil, a quantidade de filiados passou de 19 mil, em dezembro de 2017, para 69 mil em abril deste ano, de acordo com o presidente, Antonio de Sousa Ramalho.
“O nosso trabalho de campo aumentou, deslocamos parte da equipe que antes tinha funções internas para ir até o canteiro de obras, para ouvir as demandas da categoria. Mas o que a gente também percebe é que muitos trabalhadores passaram a procurar espontaneamente o sindicato para se filiar.”
Ele diz que a reforma está mudando a imagem que o trabalhador faz do sindicato. Com a economia fraca e o desemprego perto de 13%, aumentou a insegurança, sobretudo em relação às novas formas de contratação, como o trabalho intermitente. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.