Portaria do MEC dispõe sobre ocupação de vagas remanescentes da seleção do Fies

O Ministério da Educação publicou, na edição desta quarta-feira, 19, do Diário Oficial da União (DOU), Portaria que dispõe sobre a ocupação de vagas remanescentes do processo seletivo do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Tratam-se das vagas não ocupadas no decorrer do processo seletivo regular do Fies referente ao segundo semestre de 2018.

De acordo com o texto da portaria, as vagas serão ofertadas para inscrição de candidatos, observando a quantidade remanescente e o limite do número de vagas por curso, turno, local de oferta e instituição de educação superior (IES) no Brasil, a partir da proposta de oferta de vagas das mantenedoras.

De acordo com o ato, as mantenedoras de IES participantes do processo seletivo regular do Fies referente ao segundo semestre do ano deverão acessar o Módulo Oferta de Vagas, devendo informar, nos dias 19 e 20 de setembro, os cursos nos quais não houve formação de turma no período inicial. A inscrição dos candidatos às vagas será realizada por meio do Sistema de Seleção do Fies.

Pesquisa revela que 48% dos paulistanos já foram roubados ou furtados

Quase metade das pessoas na cidade de São Paulo já foi alvo de roubo ou de furto alguma vez na vida. É o que apontam os resultados da pesquisa “Vitimização em São Paulo – 2018”, divulgada nesta quarta-feira, 19, e realizada pelo Insper a cada cinco anos, com objetivo de ajudar na orientação de políticas de segurança pública.

O levantamento tem como base entrevistas em 3 mil domicílios da capital, feitas entre os meses de março e maio, com maiores de 16 anos. Segundo a pesquisa, aumentou a proporção de moradores que sofreram assaltos em São Paulo.

Do total de entrevistados, 48,2% declararam ter sido vítima de roubo ou furto alguma vez na vida – estatística que considera tanto os casos “contra a pessoa” quanto de veículos ou à residência. Comparado a 2013, última vez que o levantamento havia sido publicado, o índice subiu: antes era 46,3%. O dado, no entanto, ainda é inferior a 2003, a primeira pesquisa, que apontou 49,8% de vítimas.

Já considerando crimes que teriam acontecido nos últimos 12 meses, 8,9% dos paulistanos disseram ter sido roubados, enquanto 14,1% se declararam vítimas de furto. Na pesquisa anterior, esses índices estavam, respectivamente, em 6,7% e 12,6%. O principal alvo dos bandidos é o celular, diz o estudo.

Para o coordenador do Centro de Políticas Pública (CPP) do Insper, Naercio Menezes Filho, o aumento estaria ligado à crise econômica. “Essa tendência de alta está relacionada com a taxa de desemprego, especialmente entre os jovens”, diz. “Em 2003, a taxa de desemprego, segundo a Seade, estava em 23%. Nos anos de 2008 e 2013, o desemprego baixou e os crimes ficaram estáveis. E agora, que voltou a subir, está em 32%.”

Menezes Filho destaca ainda que, segundo o estudo, 26,1% dos entrevistados declararam já ter sido ameaçados com arma de fogo. “É um trauma muito grande”, afirma. De acordo com o pesquisador, em mais da metade dos casos de roubo a vítima não chegou a informar à polícia. “Essa pesquisa é interessante porque vai na casa das pessoas, não depende de estatísticas oficiais”, diz Menezes Filho.

Para ele, a alta subnotificação estaria relacionada com o baixo índice de esclarecimento dos crimes. Segundo o estudo, só em 4,1% dos casos de roubo contra pessoas, por exemplo, os assaltantes foram identificados. “A maioria das vítimas não reporta porque acredita ser perda de tempo. Se a taxa de resolução fosse maior, com certeza seria diferente.”

Procurada, a Secretaria da Segurança Pública informou que a subnotificação ocorre no mundo todo, mas a ação das polícias “é constante”. “A pasta verificou o avanço da segurança pública nos dados, pois em 2013 o estudo apontava que 36,7% das pessoas que sofriam roubo informavam a polícia, enquanto o atual levantamento aponta um aumento de 10,9%.”

‘Novos crimes’

Pela primeira vez, o Insper incluiu o crime de assédio sexual e identificou que 13,5% das mulheres foram vítimas de algum episódio no último ano. Em mais da metade dos casos (55%), ela sofreu pelo menos quatro assédios. Já entre os homens, 4,9% foram vítimas. A pesquisa também passou a aferir agressões online: 5,5% dos usuários de redes sociais ou aplicativos de mensagens declararam já ter sido vítima. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Mortes no trânsito têm queda de 27%, diz ministério

Um levantamento do Ministério da Saúde, divulgado nesta terça-feira, 18, aponta que, em seis anos, houve redução de 27,4% dos óbitos no trânsito das capitais brasileiras. Em 2010 foram 7.952, ante 5.773 em 2016, o que representa diminuição de 2,1 mil mortes. O governo atribui o fato a ações de segurança. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Vacina antirrábica continua sendo aplicada gratuitamente pela prefeitura

Mesmo após o término da campanha de vacinação antirrábica, a prefeitura de Rio Claro continua fazendo as aplicações gratuitas da vacina contra a raiva. Quem não levou o animal para ser vacinado nos postos descentralizados instalados pela Secretaria Municipal de Saúde nos bairros, pode levar o cão ou gato para receber a dose no Centro de Controle de Zoonoses. O atendimento é feito de segunda a sexta-feira das 7 às 16 horas. O CCZ fica na Rua Alfa, 287, Distrito Industrial. Já a vacinação na área rural continua, com equipes do setor municipal de saúde percorrendo ainda nesta semana sítios e fazendas do município.

Dados da Secretaria Municipal de Saúde mostram número crescente de animais vacinados na campanha de vacinação no município nos últimos três anos. Em 2016 foram 9.218 no total; em 2017, 11.021; e em 2018 são mais de 12 mil.

De acordo com o levantamento realizado pela bióloga e chefe de núcleo de Prevenção e Controle da Raiva, Milene Weissmann, cerca de 18.700 cães e gatos já receberam a dose da vacina neste ano, somando os 12.857 animais vacinados durante a campanha na área urbana, 2.296 imunizados no trabalho de rotina do CZZ, 577 animais vacinados em clínicas particulares e as 2989 aplicações feitas na área rural até o momento.

Para mais informações sobre como vacinar seu cão ou gato, a comunidade pode ligar para os telefones 3535-4441 e 3533-7155.

Ciro ataca Mourão e Haddad e nega fama de ‘descontrolado’

O candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, negou que tenha temperamento difícil mas disse, no entanto, que não tem “sangue de barata”. Em entrevista ao Jornal da Globo, exibida na madrugada desta terça-feira, 18, o pedetista também não poupou críticas ao concorrente Fernando Haddad (PT) e ao vice de Jair Bolsonaro (PSL), General Hamilton Mourão (PRTB), e fez acenos ao eleitorado de esquerda.

Questionado sobre o desentendimento que teve com um jornalista durante uma agenda pública em Boa Vista (RR), Ciro disse que a fama de “pavio curto” não condiz com a história política dele.

A discussão entre Ciro e o jornalista Luiz Petri ocorreu no sábado, 15. Questionado por Petri sobre suas críticas a brasileiros que entraram em confronto com venezuelanos que fugiram para o Brasil, o pedetista reagiu e xingou o repórter.

“Eu não tenho descontrole nenhum, mas não tenho sangue de barata Mas eu fui avisado que o Romero Jucá pagou alguém para me questionar. O ‘cabra’ tentou colar um adesivo do (Jair) Bolsonaro em mim, depois veio com aquela pergunta e eu dei um empurrão nele. Agora, em legítima defesa, eu falo palavrões”, afirmou o candidato.

Ciro relembrou ainda polêmicas da campanha de 2002, quando foi candidato à Presidência pela última vez e foi criticado por ter chamado o ouvinte de uma rádio de “burro”.

“Me aponte um desatino na minha vida pública. Ninguém pode me chamar de ladrão, de incompetente, e daí ficam falando que eu sou descontrolado, ficam relembrando entrevista de 16 anos atrás”, afirmou o pedetista. “Aí eu não posso dizer que tem burro no Brasil. Mas tem. Veja só este general (Hamilton) Mourão Hoje ele falou que casa com mãe e avó é de desajustado. Ele é um jumento de carga. Eu disse isso já e repito.”

Essa é a terceira vez que Ciro usa a expressão para classificar Mourão. A primeira foi durante evento com militares na quarta-feira, 12, e a segunda em sabatina no jornal O Globo, na quinta-feira, 13.

O pedetista defendeu mais uma vez que o general Eduardo Villas Bôas, comandante do Exército, se limite a não tratar do processo eleitoral. “Eu tive uma conversa com Villas Bôas no começo do processo eleitoral na casa dele, porque não achava adequado no quartel-general em Brasília. E avisei a ele sobre as intenções do Mourão”, afirmou, acrescentando que respeita a pessoa de Villas Bôas.

PT e Congresso

Na entrevista, Ciro voltou a criticar Haddad pelo desempenho eleitoral em 2016, quando o petista perdeu o comando da Prefeitura de São Paulo para João Doria (PSDB) no primeiro turno

“O (Antonio) Palocci foi escolha do Lula. A Dilma (Rousseff) foi escolha do Lula. O Michel Temer foi escolha do Lula. E agora o Haddad foi escolhido pelo Lula. Eu não tenho nada contra o Haddad, ele é meu amigo pessoal, mas teve 16% dos votos em 2016, perdeu em todas as regiões”, disse o pedetista.

Ele tentou ainda não criticar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Me sinto um covarde de atacar o presidente Lula, porque ele está preso”, disse.

Posteriormente, ele disse que Lula não sabia do esquema do mensalão do PT, mas que no caso do petrolão o ex-presidente sabia que haviam “pessoas que estavam procurando indicações para roubar”.

Apesar do tom crítico, Ciro acenou ao eleitorado de esquerda ao dizer que o Brasil está “sob um golpe de Estado” e que foi refém de “dois bandidos, como o Temer e o Eduardo Cunha”.

Ciro disse ainda que sua história política prova que ele sabe “negociar com o Congresso”. “Fui deputado estadual, federal, prefeito, ministro da Fazenda e da Integração Nacional. Sei lidar com o Congresso. Mas espero que a população reflita. Estou ajudando o povo brasileiro a amadurecer o seu voto também para deputado e senador”, afirmou.

Paulistano passa 10 minutos a menos no trânsito em 2018, diz pesquisa

O tempo médio de deslocamento diário dos paulistanos, incluindo todas as atividades diárias, caiu 10 minutos neste ano na comparação com 2017. Os trajetos, no entanto, ainda consomem em média 2h43 dos moradores da cidade de São Paulo, representando pouco mais de 11% do dia. O dado é da Pesquisa Mobilidade Urbana na Cidade, da Rede Nossa São Paulo, lançada nesta terça-feira, 18.

Após crescimento de 15 minutos registrado em 2016, o tempo médio gasto em todos os deslocamentos caiu 5 minutos no ano passado, atingindo 2h53. Entre 2017 e este ano, caiu o dobro (10 minutos), alcançando 2h43. Já o tempo médio diário de deslocamento para realizar a atividade principal diminuiu 3 minutos e chegou a 1h57 em 2018. No ano passado, o descolamento diário médio era de 2 horas.

Entre as razões para o aumento, Américo Sampaio, gestor de projetos da Rede Nossa São Paulo, destaca a alta taxa de desemprego, a ampliação das estações de metrô (o que retira usuários da malha viária), alteração em pacotes de benefícios para passageiros de ônibus, o preço da tarifa e o aumento no uso de carros particulares por aplicativo.

“A principal hipótese para ter reduzido em 10 minutos o tempo médio é um conjunto de fatores. Talvez o principal elemento seja o desemprego. Tem menos gente precisando ir ao centro em horário de pico. Mesmo tendo redução de 10 minutos, o patamar ainda é bastante elevado do tempo do trânsito. Reduzimos 10 minutos, mas ainda ficamos 2h43 em média no trânsito. É muito tempo”, avalia Sampaio.

Ônibus

O estudo aponta uma elevação da insatisfação do usuário do ônibus na cidade de São Paulo. Segundo a pesquisa, 54% afirmam que a lotação aumentou em relação ao ano passado, 42% dizem que cresceu o tempo de espera no ônibus em relação ao ano passado e outros 40% declaram que aumentou o tempo de duração da viagem.

A pesquisa mostra que quatro em cada 10 paulistanos falam que não usam o ônibus porque é muito cheio. Em 2017, a lotação era apontada por 31% dos entrevistados com o principal motivo para não utilizar o ônibus na capital – este ano, a percepção subiu para 37%.

No ano passado, 24% dos respondentes afirmaram que não utilizavam este meio de transporte porque o trajeto demorava demais. O índice subiu para 31% este ano.

Em busca de eleitor de Bolsonaro, Alckmin promete “Linha Dura”

Em busca do eleitorado de Jair Bolsonaro, presidenciável do PSL, a campanha do ex-governador paulista Geraldo Alckmin, candidato do PSDB à Presidência da República, reforçou o discurso da segurança pública e lançou no horário eleitoral um programa chamado “Linha Dura”, que promete “endurecer as leis”.

O comercial exibido nesta terça-feira, 18, também criticou os governo Dilma Rousseff e Michel Temer, mas poupou Bolsonaro de ataques diretos no bloco de 5min32s exibido na tarde dessa terça-feira.

O comercial tucano apresentou um novo jingle que exalta a experiência do tucano e prometeu criar uma força tarefa de elite “nos moldes do FBI”.

O comando da campanha tucana promoveu mudanças na estratégia de marketing após as mais recentes pesquisas de intenção de voto mostrarem que Alckmin está estagnado, Bolsonaro estabilizado na liderança e Fernando Haddad (PT) em curva ascendente.

Em entrevistas e sabatinas, Alckmin tem feito um apelo pelo voto útil ao pregar que votar em Bolsonaro é passaporte para a volta do PT porque o candidato do PSL perderia para qualquer um no segundo turno.

A campanha de Alckmin está sendo pressionada por aliados e tucanos a focar a estratégia no antipetismo para chegar ao segundo turno.

Posturas políticas de esportistas provocam reações de clubes e entidades

Manifestações políticas em partidas da última rodada do Campeonato Brasileiro e entre jogadores da seleção masculina de vôlei fizeram com que clubes e entidades se posicionassem sobre o tema.

Foi o caso do Palmeiras, que emitiu nota oficial nesta segunda-feira, 17, depois de o volante Felipe Melo ter dedicado, durante entrevista, o gol marcado no empate por 1 a 1 com o Bahia, no domingo, em Salvador, ao candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL).

“O posicionamento político do atleta Felipe Melo reflete, única e exclusivamente, uma manifestação particular, e não da instituição”, afirma a nota. O clube fez questão de destacar a sua neutralidade. “O Palmeiras respeita qualquer posição política de seus atletas, empregados e colaboradores e ratifica a sua neutralidade nas questões políticas, partidárias, de crenças, religiões e quaisquer outras formas de manifestações pessoais.”

Em outras oportunidades, Felipe Melo já tinha demonstrado apoio a Bolsonaro. Depois que o deputado foi esfaqueado em ato de campanha em Juiz de Fora (MG), por exemplo, o jogador publicou mensagem nas redes sociais de apoio ao candidato.

Já o Atlético-MG corre risco de ser punido pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) por causa do comportamento da sua torcida no jogo com o Cruzeiro, no domingo, em Belo Horizonte. Torcedores provocaram os rivais gritando: “Cruzeirense, toma cuidado, o Bolsonaro vai matar veado”.

A Procuradoria do STJD entende que o clube deve ser responsabilizado pelo ato e anunciou ontem que o Atlético-MG deve ser denunciado por descumprimento do Estatuto do Torcedor. “No atual momento do Brasil precisamos reprimir esse tipo de atitude. A Fifa está brigando contra essa conduta dos torcedores Os fatos serão analisadas e muito provavelmente será deflagrado uma denúncia, mas temos de analisar com cautela para fazermos uma denúncia técnica e alcançarmos o caráter pedagógico”, disse o procurador-geral Felipe Bevilacqua.

Na noite de domingo, após o cântico homofóbico ganhar repercussão nas redes sociais, o clube criticou a postura dos torcedores. “O CAM (Clube Atlético Mineiro) lamenta profundamente as manifestações homofóbicas de parte dos torcedores, no jogo deste domingo, no Mineirão. Reiteramos nosso repúdio a quaisquer gestos de preconceito ou de incitação à violência. A maior torcida de Minas é composta por pessoas de todas as classes sociais, raças e gêneros, não cabendo qualquer tipo de discriminação.”

Vôlei

Suposta manifestação de apoio a Bolsonaro de dois jogadores da seleção masculina, após vitória sobre a França, na sexta-feira, durante o Mundial, fez com que a Confederação Brasileira de Vôlei proibisse expressões políticas na equipe. Só estão liberadas manifestações nas contas particulares dos atletas nas redes sociais.

Durante comemoração da vitória, os jogadores Wallace e Maurício Souza posaram para fotos e formaram o número do presidenciável com as mãos. Souza fez um sinal de 1 e Wallace fez o 7. O número de Bolsonaro é 17.

“A CBV repudia qualquer tipo de manifestação discriminatória, seja em qualquer esfera, e também não compactua com manifestação política. Porém, a entidade acredita na liberdade de expressão e, por isso, não se permite controlar as redes sociais pessoais dos atletas, componentes das comissões técnicas e funcionários da casa”, diz a nota. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Para rebater críticas, campanha usa Bolsonaro com filha

Em reação ao movimento na internet “Mulheres Unidas contra Bolsonaro”, a campanha do candidato do PSL ao Palácio do Planalto começou nesta segunda-feira, 17, a divulgar imagens de família e mensagens de repúdio à violência sexual.

O presidenciável Jair Bolsonaro apareceu em um vídeo ao lado da filha, Laura, de 8 anos, e relatou, em tom de emoção, que desfez uma vasectomia para que a mulher, Michelle de Paula, pudesse engravidar. Casada há cinco anos com Bolsonaro, Michelle – que acompanha o marido no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde ele se recupera do atentado que sofreu em Juiz de Fora (MG), no dia 6 deste mês, – evita a exposição e resiste a apelos de aliados para aparecer nas peças de propaganda política.

A equipe de Bolsonaro está focada em mobilizar os simpatizantes para neutralizar nas redes sociais manifestações contrárias ao candidato previstas para ocorrer nas capitais no dia 29. No tarde de segunda, a conta dele no Twitter saiu em defesa de sua atuação na Câmara dos Deputados, que não é marcada pela aprovação de um grande número de projetos. Foi a deixa para entrar na questão da violência sexual, um tema da agenda dos grupos em defesas das mulheres.

“Se aprovar leis fosse o mais importante, o Brasil seria um paraíso”, destacou a mensagem na conta do candidato na rede social. “Fazemos a nossa parte propondo penas mais duras para estupradores, redução da maioridade penal, etc.”

Aliados do presidenciável relataram à reportagem que Bolsonaro está atento à ofensiva para buscar o voto feminino, mas pediu prudência.

‘Sentimento’

Ao divulgar vídeo do pai com Laura, o deputado estadual e candidato ao Senado pelo Rio Flávio Bolsonaro (PSL) escreveu em sua conta no Twitter que “ele sempre resistiu em externar isso, mas é o mais puro e verdadeiro sentimento” em relação às mulheres. Já o filho Carlos, vereador licenciado do Rio, optou por atacar os adversários petistas. Ele usou a hashtag #ForçaManu para dizer que a candidata Manuela d’Ávila, do PCdoB, vice do candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, é ignorada nas peças de propaganda da chapa petista.

As mais recentes pesquisas apresentadas por Ibope e Datafolha mostram que Bolsonaro enfrenta maior rejeição entre as mulheres, com índices que chegam a 50% e 49%, respectivamente. Imagens do embate de Bolsonaro com a deputada Maria do Rosário (PT-RS) na Câmara, em que ele chegou a dizer que não a estupraria porque ela não merecia, foram usadas pela propaganda política do candidato à Presidência Geraldo Alckmin (PSDB). Por causa do episódio, Bolsonaro virou réu no Supremo Tribunal Federal por injúria e incitação ao crime de estupro.

O atentado contra Bolsonaro em Juiz de Fora conteve o bombardeio tucano durante o horário eleitoral e atenuou a preocupação do PSL com a marca de “machista”.

Nova preocupação

O aumento de seguidores do grupo de Facebook “Mulheres Unidas contra Bolsonaro”, que chegou a 2 milhões de participantes e pedidos de entrada, entretanto, voltou a preocupar a campanha de Bolsonaro. Na madrugada de domingo, o grupo foi hackeado e, daí em diante, centenas de outros foram criados contra o candidato. As hashtags #Elenão e #Elenunca, usadas nas redes sociais em referência negativa ao presidenciável, também têm causado preocupação na equipe do candidato.

Desde o início do ano, aliados de Bolsonaro tentam convencer a mulher do candidato a participar da campanha. Michelle de Paula sempre resistiu à ideia e procurou, ao longo dos últimos meses, evitar encontros políticos na casa em que mora com Bolsonaro, num condomínio na Barra da Tijuca, no Rio. “Se dependesse de mim, ele nem seria candidato”, disse, em tom de brincadeira, numa conversa recente com aliados. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Jornal Cidade RC
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