SP tem novo recorde de mortes de coronavírus em um dia

CAROLINA MORAES – SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

O estado de São Paulo registrou 334 mortes causadas por coronavírus nas últimas 24 horas, o maior número em um dia desde o começo da pandemia, segundo os dados divulgados nesta terça-feira (9).

O último recorde havia sido de 327, batido na última terça-feira (2). O número total de óbitos é de 9.522.

São Paulo também registrou 5.545 novos casos de coronavírus nas últimas 24 horas, totalizando 150.138.

Assintomático transmite coronavírus e, sem teste e rastreamento, quarentena é necessária, diz OMS

ANA ESTELA DE SOUSA PINTO – BRUXELAS, BÉLGICA (FOLHAPRESS)

Pessoas com coronavírus mas sem sintomas (os chamados assintomáticos) também transmitem o patógeno, afirmou nesta terça (9) Maria van Kerkhove, líder técnica da OMS (Organização Mundial da Saúde).

A entidade promoveu uma entrevista extra para esclarecer declaração dada na véspera pela cientista, que, segundo ela, levou à interpretação incorreta de que assintomáticos não transmitem o coronavírus.

No Brasil, o presidente Jair Bolsonaro também usou a declaração para defender a flexibilização das quarentenas, mas o diretor-executivo da OMS, Michael Ryan, repetiu nessa terça que medidas de confinamento devem ser usadas para interromper o contágio enquanto não for possível testar todos os suspeitos, tratar os contaminados, rastrear os contatos e testá-los e isolá-los.

“Ainda não temos estudos suficientes para saber quantos são os assintomáticos. Trabalhos tem resultados muito variados, e alguns indicam até 40% dos casos. Sabemos que eles também podem transmitir o coronavírus, mas ainda não conhecemos a intensidade”, disse Maria.

Ela disse que era preciso esclarecer que, na entrevista de segunda-feira, estava se referindo “a dois ou três estudos de alcance limitados, a textos não publicados e a informações discutidas entre cientistas”, e que ainda não se sabe o suficiente sobre a transmissão em nível global.

Segundo Ryan, é justamente porque ainda há muitas questões a responder sobre a Covid-19 que a OMS recomenda a vigilância (por meio de testes, rastreamento e isolamento) e as medidas de distanciamento físico.

“Mesmo sem dados precisos sobre a transmissão, vários países do mundo já mostraram que, quando fazemos isso, suprimimos o contágio”, disse o diretor-executivo.

“Quando não sabemos onde o vírus está, colocamos todos em suas casas até as chamas baixarem, e, quando temos um bom sistema de vigilância, reabrimos cautelosamente”, acrescentou.

Ryan disse ainda que identificar casos assintomáticos exige estratégias mais amplas de testes, para as quais muitos países não têm recursos. Por isso, a OMS defende que os testes sejam priorizados para diagnosticar quem tem sintoma, casos suspeitos, profissionais de saúde e instituições como asilos e prisões.

Segundo o diretor-técnico, quando há capacidade para testar suspeitos e rastrear contatos, todos os contatos devem ficar isolados por 14 dias,mesmo os assintomáticos. Ele afirmou que, nos países em que o contágio ainda está acelerado, confinamento é necessário para segurar o coronavírus enquanto se reforçam as estruturas de vigilância e tratamento.

“Ainda estamos subindo a montanha desta pandemia, e temos que implementar as medidas que vimos funcionar em outros lugares. Ninguém tem todas as respostas e todo o conhecimento, mas adotamos o consenso do momento, com base no que se sabe até agora. Nós aconselhamos. Mas quem resolve o que fazer são os países”, disse Ryan.

VÍDEO: Figueira causa estrago em banheiro de residência no bairro Consolação

A polêmica envolvendo uma árvore localizada na Escola Municipal Diva Marques Gouvea ganhou novos capítulos nos últimos dias. Isso porque a raiz da figueira causou novos danos estruturais a uma residência localizada ao lado da escola. Desta vez, o problema aconteceu no banheiro da casa, que teve os canos entupidos pelas raízes da planta.

A situação da árvore, inclusive, é alvo de uma disputa judicial entre a família moradora da residência e a Prefeitura de Rio Claro. No ano passado, foi determinada a remoção da árvore, porém a decisão foi revista e a figueira permaneceu no local. Após isso, até chegaram a ser feitas obras para minimizar os estragos causados na residência, porém isso não resolveu completamente o problema.

“Semana passada o vaso entupiu, o encanador não conseguiu desentupir, tivemos que chamar uma empresa especializada. Quando tiraram o vaso, vimos a surpresa: a raiz estava invadindo o encanamento. Por isso, a empresa teve que dar um laudo pra gente, informando que o esgoto da casa está condenado. A raiz está dentro do banheiro, minha mãe tem mais de 80 anos de idade e, no inverno, está precisando sair para usar o banheiro de fora. Queremos que a Prefeitura resolvesse isso e não entrasse mais com recursos. Nós já ganhamos em primeira instância, o juiz já mandou cortar a árvore”, afirma Pedro Wolf, filho da proprietária da residência.

Segundo Pedro, todo o caso, além do prejuízo financeiro, preocupa a família com relação aos riscos e à segurança dos moradores da casa: “Esse problema vem desde 2006, quando já pedíamos para podar a árvore e a Prefeitura negava. A gente não tem condição de arcar com os prejuízos causados e a estrutura vai ficando cada vez mais danificada, podendo trazer consequências muito graves”.

O que diz a Prefeitura

Procurada pela reportagem do JC, a Prefeitura se pronunciou sobre o caso e comunicou que a administração municipal aguarda decisão judicial, com base em perícia realizada este ano no imóvel, para tomar as providências determinadas pela Justiça.

Disputa

Há anos existe o impasse entre a família e a Prefeitura por conta da figueira. No ano passado, a Justiça determinou a retirada da árvore, porém recursos fizeram a decisão ser revogada.

Moraes manda governo Bolsonaro retomar divulgação de dados totais da Covid-19

WILLIAM CASTANHO – BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS)

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), mandou nesta segunda-feira (8) o governo Jair Bolsonaro retomar a divulgação na íntegra dos dados acumulados de mortes e casos confirmados de Covid-19 no site do Ministério da Saúde.

A decisão atende pedido feito pelos partidos Rede Sustentabilidade e PCdoB. A ação foi apresentada ao Supremo no sábado (6).

Desde a semana passada, o governo tem sido alvo de críticas por atrasar a divulgação dos dados sobre a pandemia no Brasil. Além disso, o acumulado deixou de ser informado e passaram a ser publicados apenas os casos registrados na últimas 24 horas.

Moraes, na decisão, determinou que o governo retome a divulgação no formato anterior. Na medida cautelar, o ministro ordenou que o ministério faça a divulgação “exatamente conforme [era] realizado até 4 de junho” -portanto, sem a alteração anunciada pelo ministério nesta segunda.

Mais cedo, o Ministério da Saúde havia recuado e anunciado que irá manter disponíveis os números acumulados de mortes e de casos confirmados da Covid-19.

No entanto, a pasta também confirmou que vai promover uma mudança na divulgação, dando destaque aos dados efetivamente ocorridos nas últimas 24 horas.

O ministério afirmou que vai adotar o modelo de divulgação com dados com base na data de ocorrência dos óbitos -e não na data de notificação, como vinha acontecendo desde o início da pandemia. O modelo que será abandonado é usado por praticamente todos os países.

Segundo o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Élcio Franco, a nova plataforma poderá estar disponível a partir desta terça-feira (9).​

O ministro, porém, escreveu na decisão que, “em virtude da urgência, intime-se, inclusive por meio de WhatsApp do advogado-geral da União [José Levi do Amaral], a União para o cumprimento da decisão e para prestar as informações que entender necessárias, em 48 (quarenta e oito) horas”.

Moraes destacou ainda urgência na divulgação de dados sobre sobre a Covid-19 no Brasil. “O desafio que a situação atual coloca à sociedade brasileira e às autoridades públicas é da mais elevada gravidade, e não pode ser minimizado, pois a pandemia de Covid-19 é uma ameaça real e gravíssima.”

Ele lembrou que a doença já matou mais de 36 mil pessoas no país e tem pressionado o sistema público de saúde brasileiro, “com consequências desastrosas para a população”.

Segundo levantamento de consórcio de veículos de imprensa, do qual a Folha faz parte, 37.312 mortes foram registradas no país até esta segunda desde o início da pandemia. Foram 849 óbitos em 24 horas.

Moraes defendeu a adoção de “medidas de efetividade internacionalmente reconhecidas, dentre elas a colheita, a análise, o armazenamento e a divulgação de relevantes dados epidemiológicos necessários, tanto ao planejamento do poder público para tomada de decisões e encaminhamento de políticas públicas, quanto do pleno acesso da população para efetivo conhecimento da situação vivenciada no país”.

“A Constituição da República Federativa do Brasil, de 5 de outubro de 1988, consagrou expressamente o princípio da publicidade como um dos vetores imprescindíveis à administração pública, conferindo-lhe absoluta prioridade na gestão administrativa e garantindo pleno acesso às informações a toda a sociedade”, afirmou o ministro.

Por isso, segundo Moraes, o governo é obrigado a tornar os dados públicos. “À consagração constitucional de publicidade e transparência corresponde a obrigatoriedade do Estado em fornecer as informações necessárias à sociedade.”

O ministro afirmou ainda que, passado o prazo de 48 horas, a ação deve ser encaminhada a novos pedidos liminares (decisões provisórias) e a análise do plenário do tribunal.

Cordeirópolis: estação de esgoto será entregue no sábado

Em entrevista à rádio Excelsior/Jovem Pan News, a vice-prefeita de Cordeirópolis, Fátima Celin, explica as obras que serão entregues neste sábado (13) quando a cidade vai completar 72 anos. Além da estação de tratamento de esgoto, também será entregue a rotatória do Jardim Paraty, utilizada por motoristas de toda a região para acessar a rodovia Cássio Freitas Levy.

Covid-19: “Não há nenhum tratamento específico”, alerta médico

Pneumologista e professor livre-docente do Departamento de Cárdio Pneumologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo-USP, Daniel Deheinzelin está na linha de frente no atendimento aos pacientes da Covid-19 em São Paulo desde o início da pandemia. Em entrevista ao Jornal Cidade, o médico que trabalha nos hospitais Sírio-Libanês, Nove de Julho e Oswaldo Cruz, na Capital, alerta para os perigos do novo coronavírus.

JC – Quais os danos que o vírus causa ao organismo? Já é possível estabelecer um padrão ou cada caso é um caso?

Deheinzelin – Primeiro é preciso dizer que 3 de cada 5 infectados serão totalmente assintomáticos. Pacientes sintomáticos podem ter desde um quadro de resfriado até quadros mais graves. O principal e mais frequente é um quadro de pneumonia. Mas sabemos que o vírus pode afetar o olfato, o paladar, causar diarreia, sintomas neurológicos, afetar os rins, o coração e causar tromboses em diferentes órgãos. E a forma mais grave é uma insuficiência respiratória com queda importante dos níveis de oxigênio no sangue, o que está sendo medido através da saturação do sangue.

JC – Em relação às pesquisas, nesse momento, há algum tratamento contra a Covid-19?

Deheinzelin – Não há nenhum tratamento específico para eliminar o vírus, ou seja, não temos uma Medicação antiviral que funcione para diminuir a carga de vírus no organismo. Um exemplo de antiviral efetivo são os medicamentos para HIV que fazem os níveis de vírus em circulação no paciente chegarem a zero. Então estamos discutindo tratamentos de suporte, visando estabilizar as alterações que o vírus causa, para dar tempo para que o organismo elimine o vírus com seus mecanismos de defesa.

JC – Nos hospitais onde o senhor atua, os pacientes são medicados com cloroquina ou com outro medicamento? Qual sua opinião sobre o uso da substância?

Deheinzelin – Toda vez que nos deparamos com uma epidemia, uma série de tratamentos que não têm eficácia comprovada são utilizados. A cloroquina está nessa categoria, ou seja, nunca foi comprovada por estudos clínicos a sua eficiência em doenças virais. Ela vem sendo testada desde a década de cinquenta (usada para tratar mononucleose, que depois foi entendido ser uma doença autolimitada) , sem efeitos documentados. Foi usada na epidemia de influenza H1N1 em 2009 e os estudos na época não mostraram efeitos benéficos. Agora com o coronavírus ela voltou à tona, mas os poucos trabalhos que estão surgindo não mostram eficiência e, pior, mostram uma frequência muito elevada de efeitos colaterais, inclusive levando à morte por arritmia. Por essas razões, não prescrevo cloroquina aos pacientes que atendo.

JC – Outro medicamento que tem sido apontado como possível tratamento é a ivermectina. Já existe comprovação de sua eficácia?

Deheinzelin – Sem confirmação.

JC – Existem ainda muitos mitos envolvendo o novo coronavírus?

Deheinzelin – Não podia ser diferente. O vírus foi identificado como causador de uma nova doença em 12/01/2020, há menos de seis meses. É a primeira vez que o mundo acompanha uma epidemia em tempo real, com modelos matemáticos altamente complexos. E vejo pessoas sem formação em epidemiologia discutindo esses artigos como se entendessem do assunto. A ciência por trás dos dados discutidos na maioria das vezes é de baixa qualidade (estudos retrospectivos, com número de casos pequeno ou trabalhos experimentais como o francês que sugeriu o efeito da cloroquina, que não só não foi publicado, como foi retirado dos sites onde estava pelos autores). Esse dado, que é natural numa doença que se conhece há menos de seis meses, aliado às fake news, é o que tem mais dificultado o cuidado desses pacientes.

JC – No seu dia a dia, com quais mitos o senhor mais se depara?

Deheinzelin – Temos problemas no diagnóstico, já que para diagnóstico do vírus por material de garganta nem sempre é sensível o bastante (existe um momento ideal na evolução do quadro quando a positividade é maior, em geral entre o terceiro e quinto dias de sintomas), problemas no tratamento, como a recomendação de usar cloroquina mesmo sem evidências de funcionamento e problemas com o diagnóstico de assintomáticos, já que a sorologia não é sensível o bastante. Com relação à sorologia é preciso dizer que nem temos certeza se todos que tiveram contato com o vírus vão desenvolver anticorpos. Provavelmente não. Por outro lado as pessoas estão com medo de ir aos hospitais ou prontos-socorros e muitas outras doenças graves estão ficando sem tratamento, o que aumenta o número de mortos.

JC – E de que forma isso agrava ainda mais a situação na pandemia?

Deheinzelin – Acho que o medo de saber se está doente ou não e o medo de, ao ir tratar outros problemas de saúde, pegar o vírus, agravam mais a pandemia. Pacientes ficam sintomáticos e tendo contato com outras pessoas, aumentando a transmissão.

JC – Como o senhor analisa a decisão do governo estadual de flexibilizar o funcionamento do comércio e de outros setores neste momento?

Deheinzelin – Penso que não deveria ser flexibilizado nesse momento, já que não atingimos o pico e temos uma taxa de transmissão ainda maior do que um. Isso quer dizer que um infectado transmite para mais do que uma pessoa. Do ponto de vista médico a flexibilização é um risco nessas condições.

JC – Quantos pacientes com Covid-19 o senhor já atendeu?

Deheinzelin – Internados mais de cem e mais outros cem com formas leves de doença tratados em regime ambulatorial.

JC – Com essa experiência, qual dica o senhor daria para os médicos que trabalham em cidades onde a doença começa a se manifestar?

Deheinzelin – A primeira é recomendar que as pessoas procurem assistência no início dos sintomas. Inicialmente se pediu que as pessoas ficassem em casa se os sintomas fossem leves, mas hoje isso parece errado. A piora em geral se dá entre o quinto e décimo dia e nessa hora o quadro pode ser mais grave e difícil de tratar. A segunda é ficar atento a um distúrbio de coagulação que estamos vendo com muita frequência. Os pacientes têm um quadro de hipercoagulabilidade que tem sido documentado na maioria dos trabalhos em que isso foi estudado. E o tratamento com anticoagulante, especificamente a heparina (QUE SÓ DEVE SER UTILIZADA SOB ORIENTAÇÃO MÉDICA), tem beneficiado um grande número de pacientes com as formas graves da infecção, resultado que só mais recentemente está sendo comprovado em todo o mundo.

Currículo

Daniel Deheinzelin é pneumologista e professor livre-docente pelo departamento de Cárdio Pneumologia da FMUSP. Trabalhou no Hospital das Clínicas por quase 20 anos e na UTI do Hospital ACCamargo por 10 anos. Atualmente atende em seu consultório e nos hospitais Sírio-Libanês, Nove de Julho e Oswaldo Cruz, em S. Paulo.

No site de vídeos YouTube, Deheinzelin é conhecido pelas participações nas entrevistas do médico e apresentador Dráuzio Varella.

OMS: transmissão de covid-19 a partir de assintomáticos é “muito rara”

Agência Brasil

A infectologista e chefe do departamento de doenças emergentes da Organização Mundial da Saúde (OMS), Maria Van Kerkhove, afirmou hoje (8) durante a conferência de imprensa diária sobre o novo coronavírus que a propagação de covid-19 a partir de pacientes assintomáticos é “muito rara.”blank

Segundo a médica, os dados levantados até agora mostram que pessoas que não apresentam os sintomas da doença possuem pouco potencial infectológico para contaminar indivíduos saudáveis. De acordo com a especialista, deve haver esforços dos governos para identificar e isolar pessoas que apresentam sintomas.

“Nós sabemos que existem pessoas que podem ser genuinamente assintomáticas e ter o PCR (teste realizado para detectar a presença do vírus no organismo) positivo. Esses indivíduos precisam ser analisados cuidadosamente para entender a transmissão. Há países que estão fazendo uma análise detalhada desses indivíduos, e eles não estão achando transmissão secundária. É muito rara,”, afirmou a médica ao ser questionada por jornalistas.

Ainda segundo Kerkhove, é necessário traçar todos os contatos que pessoas que desenvolveram a doença tiveram com outros indivíduos. A infectologista afirmou ainda que é necessário realizar mais estudos para chegar a uma “resposta verdadeira” sobre todas as formas de transmissão do novo coronavírus.

Sobe o número de internados por Covid-19 em Rio Claro

Rio Claro confirmou mais nove casos positivos de coronavírus e com isso o município totaliza 190 casos. As informações foram divulgadas na tarde de segunda-feira (8) pela Secretaria de Saúde.

Outro dado preocupante que chama a atenção no boletim é a quantidade de pacientes que estão internados. São 46 pacientes nesta situação, o que representa o número mais alto desde o início da pandemia, sendo que dez estão em UTI. No domingo (7) havia 35 pacientes internados por conta da Covid-19, o que inclui casos suspeitos.

O município tem 16 óbitos confirmados e nenhum em investigação. Até agora 40 pessoas se recuperaram da Covid-19.

Rio Claro confirma um caso positivo de Covid-19 entre pessoas em situação de rua

Como estratégia para conter os casos de coronavírus no município, a prefeitura de Rio Claro realiza testes rápidos em pessoas em situação de rua. Na semana passada, 60 pessoas desta população realizaram os testes e houve um caso positivo.

“Com o resultado, a pessoa foi imediatamente colocada em isolamento, o que impede a transmissão do coronavírus para outras pessoas”, observa o prefeito João Teixeira Junior. “Infelizmente há pessoas em nosso município que estão em situação de rua e que merecem o nosso respeito e nosso cuidado”, acrescenta o prefeito Juninho.

O caso positivo foi registrado entre as pessoas em situação de rua que estão em abrigos oferecidos no município para esta população. Os testes foram feitos em 30 pessoas acolhidas no Centro Dia do Idoso na Vila Operária e na Casa de Passagem. Outras 30 pessoas em situação de rua realizaram o teste rápido no Jardim Público.

“O objetivo da testagem é justamente esse: identificar casos positivos para que medidas sejam adotadas visando evitar novos casos, além de possibilitar o cuidado necessário a quem já está com a doença”, observa Maurício Monteiro, secretário de Saúde.

A pessoa que teve resultado positivo cumpre o isolamento abrigada no Centro Dia do Idoso do Jardim das Palmeiras, local que a prefeitura disponibilizou para isolar pessoas em situação de rua que tenham resultado positivo para Covid-19.

Desde março, quando as atividades para os idosos foram paralisadas, a prefeitura destinou os centros dias para o acolhimento desta população mais vulnerável, o que evita aglomerações, e também ajuda a proteger do frio as pessoas em situação de rua.

Rio Claro amplia número de testes para coronavírus

Em Rio Claro mais pessoas irão realizar testes rápidos para diagnóstico da Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus. As indicações para exames estão sendo ampliadas a partir de segunda-feira (8) e seguirão critérios estabelecidos pela Secretaria Municipal de Saúde para nortear as ações das equipes de saúde.

“Os números mostram que a doença está em fase crescente no município e a identificação e diagnóstico precoces são fundamentais para evitarmos a transmissão e para que sejam adotados os cuidados necessários com o paciente”, observa o prefeito João Teixeira Junior, lembrando que o município adquiriu 10 mil testes rápidos que já estão sendo utilizados e que serão fundamentais para atender os casos definidos no novo protocolo. Há também quatro mil testes rápidos que foram disponibilizados pelo governo federal. “Estamos investindo e empenhando esforços para atender a população e evitar que o coronavírus faça novas vítimas na cidade”, acrescenta o prefeito Juninho.

Novo protocolo de testagem foi elaborado pelo Comitê de Contingência do Coronavírus da Secretaria Municipal de Saúde. Agora, além dos pacientes com indicação de internação e profissionais de saúde com sintomas, mais pessoas também farão testes. Os exames serão realizados em profissionais da segurança, da limpeza pública, dos transportes públicos e de funerárias, desde que estejam apresentando sintomas. População sintomática com condições de risco para desenvolvimento de complicações também tem indicação de teste. Entre os fatores considerados de risco estão doenças neurológicas, obesidade, diabetes, pneumopatias graves e idade (mais de 60 anos).

“Além de adotar recomendações do governo estadual, o município amplia a testagem além do determinado, preconizando a realização de exames também para pessoas com idade entre 15 e 59 anos, economicamente ativas e com sintomas”, destaca Maurício Monteiro, secretário de Saúde. Nestes casos serão realizados testes rápidos a partir do 14º dia de sintomas.

“O tipo de exame realizado em cada caso, seja teste rápido ou PCR, segue as recomendações do Ministério da Saúde, levando em consideração a data do início dos sintomas”, observa Suzi Berbert, diretora de Vigilância em Saúde. Caberá à equipe de saúde fazer a avaliação e encaminhamento para exames.

Neste momento de flexibilização da quarentena, Rio Claro adota a testagem ampliada com o objetivo de identificar precocemente casos em pessoas com maior risco para complicações, o que permite monitoramento mais ativo e atuação com maior rapidez nos casos. Além disso, é possível identificar os infectados com finalidade de afastamento e isolamento domiciliar rigoroso para impedir a cadeia de transmissão.

Jornal Cidade RC
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