Jornal Cidade

(GOVERNO DO ESTADO DE SP)

Neste sábado (25), o Estado de São Paulo registra 21.517 óbitos e 479.481 casos confirmados do novo coronavírus. Entre o total de casos diagnosticados de COVID-19, 319.848 pessoas estão recuperadas, sendo que 63.677 foram internadas e tiveram alta hospitalar.

As taxas de ocupação dos leitos de UTI são de 63,6% na Grande São Paulo e 66,1% no Estado. O número de pacientes internados é de 14.560, sendo 8.622 em enfermaria e 5.938 em unidades de terapia intensiva, conforme dados das 10h30 deste sábado (25).

Hoje, dos 645 municípios, houve pelo menos uma pessoa infectada em 638 cidades, sendo 455 com um ou mais óbitos. O número de novos casos confirmados apresentados desde quarta-feira (22) inclui dados cadastrados pelos municípios no sistema oficial de notificação de casos leves de COVID-19, o E-SUS, do Ministério da Saúde.

Devido à instabilidade técnica nos últimos dias, a dificuldade na inserção de dados por parte dos municípios resultou num represamento no processo de notificação. A Secretaria prossegue com a extração diária dos dados disponíveis em sistema para a divulgação.

Perfil da mortalidade

Entre as vítimas fatais estão 12.382 homens e 9.135 mulheres. Os óbitos continuam concentrados em pacientes com 60 anos ou mais, totalizando 75% das mortes.

Observando faixas etárias, nota-se que a mortalidade é maior entre 70 e 79 anos (5.337), seguida pelas faixas de 60 a 69 anos (5.029) e 80 e 89 anos (4.304). Entre as demais faixas estão os: menores de 10 anos (28), 10 a 19 anos (40), 20 a 29 anos (179), 30 a 39 anos (684), 40 a 49 anos (1.494), 50 a 59 anos (2.967) e maiores de 90 anos (1.455).

Os principais fatores de risco associados à mortalidade são cardiopatia (58,6% dos óbitos), diabetes mellitus (43,3%), doenças neurológicas (11,1%) e renal (9,6%), pneumopatia (8,2%). Outros fatores identificados são obesidade (7,1%), imunodepressão (5,9%), asma (3,1%), doenças hepáticas (2,2%) e hematológica (1,9%), Síndrome de Down (0,5%), puerpério (0,1%) e gestação (0,1%). Esses fatores de risco foram identificados em 17.207 pessoas que faleceram por COVID-19 (80%).

Perfil dos casos

Entre as pessoas que já tiveram confirmação para o novo coronavírus estão 225.258 homens e 251.665 mulheres. Não consta informação de sexo para 2.558 casos.

A faixa etária que mais concentra casos é a de 30 a 39 anos (115.521), seguida pela faixa de 40 a 49 (103.084). A faixa de 20 a 29 (74.756) ultrapassou a de 50 a 59 (74.026). Na sequência estão 60 a 69 (44.854), 70 a 79 (23.673), 10 a 19 (18.003), 80 a 89 (12.176), menores de 10 anos (9.762) e maiores de 90 (3.335). Não consta faixa etária para outros 291 casos.

A relação de casos e óbitos confirmados por cidade pode ser consultada em: www.saopaulo.sp.gov.br/coronavirus.

(AGÊNCIA BRASIL)

Morreu na madrugada deste sábado (25), em São Paulo, o ex-deputado federal e advogado José Mentor, aos 71 anos de idade. Um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores (PT), ele estava internado no hospital 9 de Julho, há pelo menos uma semana, para tratamento de covid-19. 

Em nota, a sigla prestou homenagem ao ex-deputado, que teve quatro mandatos na Câmara dos Deputados, de 2003 a 2019, e, ainda, de vereador e deputado estadual de São Paulo. “Foi um parlamentar atuante e combativo ao longo de quase 30 anos na Câmara de Vereadores de São Paulo, na Assembléia Legislativa de São Paulo e na Câmara dos Deputados, em Brasília”, escreveu o partido, em sua página na internet. 

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também lembrou a trajetória de Mentor, destacando que aderiu às mobilizações estudantis desde cedo. “José Mentor teve uma vida plena de sentido, significado e contribuições para a sociedade brasileira. Minha solidariedade aos seus familiares e amigos.”

José Mentor foi relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Banestado, que tinha por objetivo investigar indícios de evasão de divisas do Brasil, especificamente para os chamados paraísos fiscais, entre os anos de 1996 e 2002. O processo tramitou por cerca dois anos no Congresso Nacional. Ao final desse período, Mentor pedia o indiciamento de 87 pessoas. Em seu relatório, informou que o valor enviado ao exterior seria de US$ 80 milhões e US$ 150 bilhões, estimativa calculada com base na quebra de aproximadamente 1.400 sigilos bancários.

Em 2017, José Mentor foi denunciado pelo então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, no âmbito da Operação Lava Jato. Em 2018, o Supremo Tribunal Federal, ao qual foi apresentada a denúncia, decidiu pelo arquivamento. Ele ainda foi citado em dois escândalos de corrupção: o Mensalão, quando foi testemunha de defesa de Rogério Tolentino, acusado de lavagem de dinheiro, corrupção ativa e formação de quadrilha, e o Petrolão.