Fux suspende decisão de Marco Aurélio e determina retorno à prisão de chefe do PCC

RICARDO DELLA COLETTA – BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS)

O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luiz Fux, suspendeu uma decisão do ministro da Corte Marco Aurélio Mello e determinou o retorno à prisão de André de Oliveira Macedo, conhecido como André do Rap, um importante chefe do PCC.

Macedo, 43, deixou a penitenciária de Presidente Venceslau, no interior de São Paulo, na manhã deste sábado (10) após decisão de Marco Aurélio, que havia considerado que ele estava preso desde o final de 2019 sem uma sentença condenatória definitiva, excedendo o limite de tempo previsto na legislação brasileira.

Ao suspender a determinação de seu colega no STF, Fux destacou que a soltura do chefe do PCC compromete a ordem pública e que se trata de uma pessoa “de comprovada altíssima periculosidade”.

“Com efeito, compromete a ordem e a segurança públicas a soltura de paciente 1) de comprovada altíssima periculosidade, 2) com dupla condenação em segundo grau por tráfico transnacional de drogas, 3) investigado por participação de alto nível hierárquico em organização criminosa (Primeiro Comando da Capital – PCC), e 4) com histórico de foragido por mais de 5 anos”, escreveu Fux.

“Consideradas essas premissas fáticas e jurídicas, os efeitos da decisão liminar proferida no HC 191.836, se mantida, tem o condão de violar gravemente a ordem pública, na medida em que o paciente é
apontado líder de organização criminosa de tráfico transnacional de drogas”, concluiu.

Arthur do Val revê estratégia e busca classe média antipetista

CAROLINA LINHARES – SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

Com o segundo maior Índice de Popularidade Digital entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo, segundo a ferramenta da consultoria Quaest, o deputado estadual Arthur do Val (Patriota) variou de 2% para 3% na intenção de votos medida pelo Datafolha entre 24 de setembro e 8 de outubro.

Com apenas 16 segundos no horário eleitoral, o fundo eleitoral dispensado e debates cancelados, o candidato do MBL (Movimento Brasil Livre) apostou na volta às origens, o seu canal no Youtube Mamãe Falei, para atrair converter seguidores em eleitores.

Competindo com Guilherme Boulos (PSOL), líder em popularidade nas redes, a campanha de Arthur pretende formar um exército de ativistas espalhados em grupos de WhatsApp para atrair o eleitor antipetista de classe média em São Paulo –que costumava votar no PSDB e, em 2018, elegeu Jair Bolsonaro.

Estrategistas de Arthur veem o “bolsonarista fanático” vinculado às candidaturas de Celso Russomanno (Republicanos), que tem o apoio formal do presidente, e Levy Fidelix (PRTB), mas quer disputar o eleitorado de direita com o prefeito Bruno Covas (PSDB), Andrea Matarazzo (PSD), Joice Hasselmann (PSL) e Filipe Sabará (Novo).

Para se diferenciar, Arthur, que apoiou Bolsonaro em 2018, mas rompeu com o presidente, rejeita a nacionalização e se concentra em discutir propostas e viralizar temas como plano diretor e cracolândia.

“A gente não está falando de Bolsonaro. Não é pauta para essa eleição. A gente está falando da cidade. Se o sujeito gosta do Bolsonaro ou não gosta, o que importa pra gente é que ele goste das propostas do Arthur”, afirma Renato Battista, presidente municipal do Patriota e membro do MBL.

Na semana passada, Arthur pediu a inclusão do apelido youtuber Mamãe Falei em seu nome de urna –o candidato tem 2,68 milhões de seguidores no canal.

Foi como Arthur Mamãe Falei que ele se tornou o segundo deputado estadual mais votado em 2018 –teve 470 mil votos, atrás de Janaina Paschoal (PSL), com mais de 2 milhões.

Membros da campanha esperam que o novo nome o faça disparar na próxima pesquisa. Sondagens internas indicaram que o eleitor não estava associando Arthur do Val, desconhecido de 75% dos entrevistados pelo Datafolha, a Mamãe Falei.

A não utilização do apelido era parte de uma estratégia, agora enterrada, de separar o candidato a prefeito, alguém que deve ter um perfil conciliador e governar para todos, do deputado estadual que arruma briga no plenário, chamando sindicalista de “vagabundo” e trocando empurrões com colegas do PT.

Embora ataques a adversários sejam dosados na campanha, Arthur não abandonou a polêmica como força motriz de sua audiência. Foi ele que colocou a cracolândia no centro do debate eleitoral ao se referir ao padre Julio Lancellotti, da Pastoral do Povo da Rua, como “cafetão da miséria”.

Aliados de Arthur rejeitam a ideia de houve uma mudança na comunicação. “A postura combativa e incisiva é dele e isso jamais mudaria. O que ele disse que faria diferente na eleição é não só criticar, mas apontar soluções, e isso ele tem feito”, diz Battista.

No debate da Band, em 1º de outubro, Arthur voltou a lançar mão de frases de efeito. “O negócio é o seguinte: já estou de saco cheio de ver São Paulo apanhando desse jeito. Enquanto a gente debate aqui, tem gente no centro de São Paulo fazendo cocô no chão.”

A campanha identificou, após o debate, crescimento do interesse no candidato. O cancelamento dos debates pelas demais emissoras fechou a oportunidade que Arthur teria para tornar-se mais conhecido.

Com a hashtag “o povo quer debate”, Arthur protestou contra os cancelamentos e chamou os demais candidatos para um debate independente.

A postura combativa traz resultado entre o eleitorado jovem, mas não funciona entre os mais velhos. Arthur tem 10% entre quem tem de 16 a 24 anos, sendo que 33% o conhecem. Entre quem tem acima de 60 anos, sua votação é zero e o nível de conhecimento é de 18%.

Enquanto pede que seus eleitores convençam os pais a votar em Mamãe Falei, Arthur ouve, em comentários nas redes sociais, dicas para ser mais polido em sua comunicação.

Na semana passada, enfrentou críticas por ter dito que Pirituba, um bairro de São Paulo, era uma cidade da região metropolitana. O candidato disse ter confundido as palavras “Pirituba” e “Santana de Parnaíba”, um município.

Em suas publicações, Arthur também é cobrado por bolsonaristas por tê-los chamado de “gado”.

Na campanha, Arthur tem evitado criticar Bolsonaro e o governador João Doria (PSDB), afirmando que é preciso ter boa relação com ambos no caso de se tornar prefeito de São Paulo.

Mas hoje, com Bolsonaro em baixa –64% dos paulistanos o rejeitam, mostra o Datafolha–, criticar o presidente já não rende significativas perdas de seguidores como acontecia no ano passado.

Já as críticas a Doria têm escapado eventualmente. Arthur é contra o projeto de reforma do tucano que tramita na Assembleia e se juntou a bolsonaristas e petistas na oposição.

Na estratégia de mirar o antipetista de classe média, a campanha de Arthur tem acenos aos lavajatistas, com a escolha de Adelaide de Oliveira, do Vem Pra Rua, como vice.

Tem também atrativos para os liberais, com a escolha de Hélio Beltrão, diretor do Instituto Mises, como guru do plano de governo –que tem propostas como o programa jovem capitalista, de educação financeira.

O Patriota, partido que faz parte da base de Bolsonaro em Brasília, entregou seu diretório municipal ao MBL, que abriu mão do fundo partidário, a verba pública utilizada pelas legendas para campanha.

Arthur apelou à vaquinha online (angariou R$ 326 mil, segundo o site de arrecadação) e aos apoiadores que viralizam vídeos e propostas resumidas pelo WhatsApp. São 20 mil espalhados em grupos conforme a região da cidade.

Nos grupos, houve até eleições para escolher representantes “pra ajudar na intermediação entre os grupos e os atos pró-Arthur”, segundo um dos eleitos. “Pessoal, compartilhem esses posts ao máximo nos seus contatos de whats, insta, face”¦ As propostas tão todas mastigadinhas aí”, orienta.

Com 1%, Joice quer resgatar eleitores de 2018 com propostas bolsonaristas

CAROLINA LINHARES – SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

“Muitos têm pedido perdão. Dizem: agora eu vejo que você está certa. O eleitor está acordando. Mesmo o eleitor que ainda está cego por uma paixão e por uma idolatria vai entender o que é melhor para São Paulo”, diz Joice Hasselmann (PSL).

É esse tipo de mensagem que faz a deputada federal e candidata à prefeitura acreditar que pode sair do isolamento em que se encontra.

Com o segundo maior fundo eleitoral e o quarto maior tempo de TV (1min4s), o que falta a Joice são eleitores. A candidata do PSL pontuou 1% nas duas pesquisas Datafolha, de 24 de setembro e 8 de outubro.

Isso não foi um problema em 2018, quando a jornalista teve a segunda maior votação para a Câmara dos Deputados –com 1.078.666 votos, só ficou atrás de Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que obteve 1,8 milhão.

O que mudou de lá para cá foi o rompimento de Joice com os dois padrinhos da última eleição, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o governador João Doria (PSDB), à época unidos por ela mesma sob o slogan “BolsoDoria”.

Com a pecha de traidora na direita e rechaçada pela esquerda, Joice vê espaço para crescer entre aqueles que não a conhecem (51% dos paulistanos, segundo o Datafolha) e traça estratégias para recuperar seu eleitor de 2018.

A tarefa não será fácil. Alvo de bolsonaristas, sua rejeição, medida pelo Datafolha, é, ao lado da do prefeito Bruno Covas (PSDB), a maior entre os candidatos: 31%.

Sua campanha quer mostrar que a deputada segue vinculada à agenda liberal na economia e conservadora nos costumes. Para os aliados de Joice, não importa a fidelidade às figuras de Bolsonaro e Doria, mas sua coerência em defender as ideias do eleitor paulistano que, em 2016 ao eleger o tucano e em 2018 ao eleger o presidente, quis um rompimento com a política tradicional e uma virada à direita.

“O eleitor de bem, gostando ou não de mim, não vai ter muita opção. Muita gente que torce o nariz pra mim, quando chegar na urna, vai apertar 17”, diz a deputada.

A candidata afirma que os eleitores irão entender que ela manteve a coerência. “Eu não saí da minha pauta, quem saiu foram eles. Tanto Bolsonaro quanto Doria.”

“Eu não rompi com Bolsonaro. Numa briga, por conta de um filho bandido, outro malandro e outro louco, ele rompeu comigo. E Doria foi eleito como alguém liberal e ajudou Bruno a quebrar a economia em São Paulo”, completa.

Minimizadas por Joice, as pesquisas não trazem só más notícias. A chave para escapar da contradição de, segundo seus aliados, representar a agenda do eleitor paulistano, mas não ter o seu voto, está na rejeição a Doria e Bolsonaro.

De acordo com a pesquisa Datafolha divulgada em 24 de setembro, Bolsonaro é rejeitado por 46% dos paulistanos, enquanto Doria tem desaprovação de 39%.

Em 2016, Doria foi eleito prefeito no primeiro turno, com 53,3%. Sua votação para governador, em 2018, caiu na cidade para 41,9%. Já Bolsonaro teve, no segundo turno de 2018, o voto de 60% dos paulistanos.

Na avaliação dos aliados de Joice, a rejeição a ambos se dá pela frustração com promessas não cumpridas.

Seguindo essa lógica, a de putada resgata em sua campanha aspectos relacionados a Bolsonaro, como defesa de armas, da religião e da família e falas contra o comunismo e o petismo –ela vê chances de vitória de Guilherme Boulos (PSOL) e diz ser a única que pode impedir isso.

No debate da Band, em 1º de outubro, a candidata disse ter brigado com os filhos de Bolsonaro –não com o pai. Estrategistas da campanha negam ter havido ali um aceno.

A campanha da candidata, porém, é repleta de elementos caros ao bolsonarismo. Só na semana passada, Joice postou fotos em reunião com militares do Corpo de Bombeiros e praticando tiro esportivo, “uma de suas paixões”.

À Folha a candidata diz que não houve estratégia eleitoral e que recorreu às armas para aliviar seu estresse. Seus companheiros na ocasião, contudo, eram o seu vice, Ivan Sayeg (PSL), e um candidato a vereador, Sargento Gledson.

Compromissos religiosos também estão na sua agenda. Joice escalou um pastor para ser coordenador evangélico da campanha.

Outro ponto que busca cativar o eleitor verde e amarelo da avenida Paulista é a defesa da Lava Jato, alvo de desmonte pelo presidente e que atingiu tucanos como Geraldo Alckmin e José Serra. Nesse campo, Joice tem um trunfo: o ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro, de quem diz ser amiga.

O ex-secretário da Receita Federal Marcos Cintra e sua atuação para a aprovação da reforma da Previdência são suas pontes com o liberalismo econômico.

Se o presidente tinha pão com leite condensado, Joice deixa o eleitor participar de sua intimidade ao falar de sua dieta, ensinar receitas em sua cozinha e exibir seus gatos.

“Meninas, minha fórmula do emagrecimento e juventude. Não largo meu caldo nunca mais”, posta ao fazer propaganda de seu novo canal no Instagram, o Bem Estar com Joice. Depois de sofrer ataques por causa de seu peso, vindos inclusive de Eduardo Bolsonaro, Joice quer usar a nova silhueta como uma história de superação.

Ela diz que a exposição da intimidade não é estratégia eleitoral, mas uma forma de dividir sua experiência com o machismo com outras mulheres que passam por isso.

“Fui muito humilhada por esses bandidos que cercam a tropa do Palácio do Planalto e os filhos do presidente porque eu engordei. Eu engordei porque eu estava ajudando eles. Eu era o cinto de castidade do governo, foi só eu sair que o centrão estuprou o governo. Essa pressão eu aguentava sozinha e me fez engordar 20 quilos.”

O conflito com bolsonaristas é tão evidente que parte dos xingamentos foi adotado pelo marketing da campanha, que usa imagens de Peppa Pig e Miss Piggy no horário eleitoral.

Para adversários de Joice, ela ainda conserva ligações com seu outro ex-padrinho, Doria. Seu marqueteiro, Daniel Braga, por exemplo, atuou para o tucano em 2016 e 2018. A candidata chegou a ser cotada como vice de Covas e o visitou no hospital, em ação patrocinada pelo governador.

Sua campanha, porém, tem feito o esforço de associá-la às bandeiras da direita ao mesmo tempo em que a desvencilha de Doria, cujo candidato é Covas, e de Bolsonaro, cujo candidato é Celso Russomanno (Republicanos).

“Ela é a única com DNA de direita raiz”, afirma Braga. O título é reivindicado também por Filipe Sabará (Novo) e por Arthur do Val (Patriota), que coincidem com Joice no liberalismo e no lavajatismo.

Para o marqueteiro, Joice tem o perfil do “João trabalhador”, mote que elegeu Doria em 2016. “Ela tem energia, determinação, é dinâmica, incansável e quer mudança.”

Inauguração de loja da Havan gera aglomeração em Belém

TIMÓTEO LOPES – BELÉM, DF (FOLHAPRESS)

Uma multidão se formou no sábado (10) na porta da loja da Havan para a abertura da primeira unidade da rede varejista em Belém. A inauguração ocorreu na véspera do Círio de Nazaré, principal festa religiosa na cidade, que neste ano teve cancelada a promissão da imagem pelas ruas para evitar aglomeração por causa da pandemia do coronavírus.

O espaço, de cerca de 7 mil m², aberto ao público no sábado (10), foi inaugurado pelo próprio dono da rede, o empresário Luciano Hang. Ele dançou carimbó, típica do Pará, com centenas de funcionários, a maioria sem o uso de máscaras.

“Como o diria o paraense, que festa ‘pai d’égua’. Escolhemos essa cidade para fazer a inauguração da loja 150 da Havan porque temos mais de mil paraenses trabalhando na nossa rede. Nós vimos o amor que vocês têm pelo estado de vocês, mas tem que ir para longe arrumar um emprego. Estou muito feliz de estar aqui em Belém proporcionando essa alegria pra vocês.

O melhor programa social é a geração de empregos”, disse o empresário, que anunciou mais de 3.000 novos postos de trabalho até o final do ano.
Na abertura, as imagens que viralizaram na internet mostraram lotação na rampa de acesso.

A Secretaria de Saúde do Pará (Sespa) confirmou, ontem (9), mais 447 casos de Covid-19 e 9 mortes. Até agora, são 237.925 casos da doença e 6.645 óbitos no estado.

A Prefeitura de Belém declarou que a inauguração da loja foi um “evento privado” e que a responsabilidade de “contenção e distanciamento das pessoas” cabe à empresa.

O Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social, informou que o responsável pelo estabelecimento comercial será intimado a prestar esclarecimentos e autuado por crime contra a saúde pública.

A assessoria de imprensa da Havan não comentou o caso.

São Paulo quebra tabu e vence o Palmeiras no Allianz Parque

LUCIANO TRINDADE – SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

No décimo Choque-Rei disputado no Allianz Parque, o São Paulo conseguiu neste sábado (10) a primeira vitória sobre o Palmeiras na arena do rival. Reinaldo e Vitor Bueno marcaram e o time visitante ganhou por 2 a 0, em jogo pela 15ª rodada Campeonato Brasileiro.

Além de dar fim ao tabu, a equipe são-paulina subiu para a terceira posição do Nacional, agora com 26 pontos, um a menos do que Flamengo (2º) e Atlético-MG (1º) – o time mineiro, contudo, ainda joga neste domingo, contra o lanterna Goiás.

A vitória alivia, ainda, a pressão sobre o técnico Fernando Diniz, que esteve com o seu cargo ameaçado desde a eliminação precoce do time na fase de grupos da Libertadores.

O palmeiras, por sua vez, estacionou nos 22 pontos, está na quinta posição e pode ver sua distância para a liderança aumentar para oito pontos.

Até este sábado, os palmeirenses acumulavam oito vitórias contra os são-paulinos e um empate jogando em casa. O primeiro revés vem justamente num momento em que o técnico Vanderlei Luxemburgo tem sido bastante criticado pelo desempenho de seus jogadores.

Este foi um jogo em que as defesas se sobressaíram em relação aos ataques. Os dois times insistiram durante boa parte do duelo em jogos pelo meio, congestionado pela concentração de jogadores, o que impedia que jogadas ofensivas claras fossem criadas.

A construção de chances reais de gols é justamente o maior problema enfrentado pelos rivais nos últimos jogos e um dos motivos pelos quais os dois treinadores chegaram ao clássico cobrados pelas torcidas.

Durante toda a primeira etapa, cada equipe teve apenas um lance que poderia ter tirada o zero do placar. O São Paulo em uma cabeçada Igor Gomes, que passou por cima do gol de Jailson. Já o Palmeiras teve em um chute de Patrick de Paula defendido por Volpi sua melhor oportunidade.

A produção ofensiva pouco refletia a importância do duelo, que poderia alçar o vencedor da partida até a vice-liderança do Nacional.

Faltava, inclusive, lances individuais que pudessem surpreender os defensores. E foi justamente isso que Daniel Alves conseguiu aos 7 minutos da etapa final, quando descolou um belo passe, no meio da zaga, que encontrou Igor Vinícius na grande área. Ele sairia na cara do goleiro Jaílson, mas foi derrubado por Esteves e o árbitro deu pênalti.

Na cobrança, Reinaldo cobrou e colocou o São Paulo à frente no placar, aos 10 minutos.

A exemplo do que ocorreu na última rodada, quando foi derrotado pelo Botafogo, por 2 a 1, e perdeu sua série invicta após passar 20 jogos sem perder, o Palmeiras novamente precisou tomar um jogo para reagir.

Depois que os visitantes abriram o placar, os donos casa passaram a ficar mais com a bola, tentando uma pressão em busca do empate, enquanto os são-paulinos passaram a explorar os contra-ataques.

Para dificultar um pouco mais a situação palmeirense, o zagueiro Luan sentiu uma lesão muscular aos 26 minutos, mas o técnico Vanderlei Luxemburgo, à essa altura, já havia feito cinco mudanças e o defensor teve de permanecer em campo, arrastando-se em campo. Ele passou a ficar como um homem isolado no ataque, e Ramires passou a ficar no centro da zaga.

Já nos acréscimos, o time de Fernando Diniz conseguiu definir o placar, justamente em contra-ataque, finalizado por Vitor Bueno, aos 47 minutos.

Após o clássico, o Palmeiras vai, agora, encarar o Coritiba, na quarta-feira (14), novamente em casa. No mesmo dia, o São Paulo fará sua estreia na Copa do Brasil, contra o Fortaleza, em jogo pelas oitavas de final, no estádio Castelão.

PALMEIRAS
Jailson; Marcos Rocha, Felipe Melo, Luan e Esteves (Danilo); Patrick de Paula, Zé Rafael (Ramires), Raphael Veiga (Gabriel Veron) e Lucas Lima; Wesley (Gustavo Scarpa) e Willian (Luiz Adriano). Técnico: Vanderlei Luxemburgo

SÃO PAULO
Tiago Volpi; Igor Vinícius, Diego Costa, Bruno Alves e Reinaldo; Luan, Tchê Tchê (Léo), Igor Gomes (Toró) e Daniel Alves; Brenner (Pablo) e Luciano (Vitor Bueno). Técnico: Fernando Diniz

Local: Allianz Parque, em São Paulo (SP)
Data: 10 de outubro de 2020 (sábado)
Horário: 19h (de Brasília)
Árbitro: Leandro Vuaden (RS)
Assistentes: Jorge Eduardo Bernardi e José Eduardo Calza (ambos do RS)
VAR: José Cláudio Rocha Filho (SP)
Assistentes do VAR: Edina Alves Batista (Fifa/SP) e Fabrício Porfírio de Moura (SP)
Cartões amarelos: Esteves (PAL); Igor Vinícius (SAO)
GOLS: Reinaldo, aos dez minutos do segundo tempo (0-1); Vitor Bueno, aos 47 minutos do segundo tempo (0-2)

No litoral de SP, Bolsonaro anda de moto e diz que ‘muita gente boa passou pelo governo do PT’

KLAUS RICHMOND – GUARUJÁ, SP (FOLHAPRESS)

No litoral paulista para passar o feriado de Nossa Senhora Aparecida, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) fez neste sábado (10) um passeio de moto pelas ruas de Guarujá e voltou a se aglomerar com apoiadores.

Acompanhado de grande comitiva, Bolsonaro deixou o Forte dos Andradas no início da manhã. No trajeto de moto, ele parou por cerca de dez minutos no Canto do Tortuga, na Enseada, uma das praias mais populares da cidade, e desceu do veículo para conversar com apoiadores.

O presidente permaneceu durante todo o período sem máscara. No contato com apoiadores, criticou as medidas de isolamento social determinas por prefeitos e governadores para conter a disseminação do novo coronavírus. “Eu não mandei ninguém ficar em casa”, afirmou Bolsonaro.

O Brasil chegou neste sábado à marca de 150 mil mortos pela Covid-19.
No retorno ao forte, ele participou de uma live em suas redes socais ao lado de uma apoiadora.

Bolsonaro voltou a defender a indicação do juiz federal Kassio Nunes para a vaga de Celso de Mello no STF (Supremo Tribunal Federal). A nomeação ainda precisa ser aprovada pelo Senado.

“De onde ele está saindo [TRF-1] virá uma lista tríplice e quem vai indicar sou eu. Tem muita gente boa que passou pelo governo do PT. A gente não vai pegar e falar para esse pessoal: ‘olha, você trabalhou e está fora’. Tem gente que tem cabeça de militante, daí sempre vejo sempre a questão da pró-atividade deles”, argumentou.

O nome de Kassio para o Supremo foi criticado por bolsonaristas pelo fato de, em 2011, a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) ter sido a responsável por indicá-lo ao TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região) em lista sêxtupla elaborada pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).

Kassio não estava entre os cotados para a indicação. Nomes como os de Jorge Oliveira, amigo de Bolsonaro e ministro-chefe da Secretaria Geral, além do de André Mendonça, atual ministro da Justiça, circulavam como favoritos.

O presidente também comentou processos julgados por Kassio que têm sido alvo de críticas de seus aliados. Em um deles, o então juiz federal liberou uma licitação do STF que previa a compra de itens considerados de luxo como lagosta e vinhos premiados.

“A lagosta é a lisura da licitação, não é a lagosta em si, esse foi o julgamento dele”, disse Bolsonaro, destacando que não levou em conta apenas o currículo de Kassio para indicá-lo ao STF.

Bolsonaro também foi questionado sobre o ex-ministro Sergio Moro, com quem acumulou uma série de atritos até a turbulenta saída do ex-juiz do governo, em abril. O presidente indicou que haveria pressão para Moro ocupar o cargo em que Kassio Nunes está cotado.

“Se o Sergio Moro não tivesse pedido demissão, hoje o pessoal estaria pressionando pra ele ir para o Supremo. Não sei se subiu para a cabeça, ele que tem que responder. Eu sei que desde quando ele saiu a PF triplicou as apreensões de drogas, de ilícitos, essas instituições se soltaram.”

Esta é a quinta visita de Bolsonaro ao forte e a sexta ao litoral sul paulista enquanto presidente – a última ocorreu em 7 de agosto, em visita às obras na ponte dos Barreiros, em São Vicente.

De acordo com o Palácio do Planalto, Bolsonaro não tem previsão de compromissos oficiais no período. Ele está acompanhado da filha mais nova, Laura, e deve retornar a Brasília nesta segunda-feira (12).

Santos anuncia o retorno do atacante Robinho

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

O Santos anunciou o retorno do atacante Robinho, 36. O jogador esteve neste sábado (10) no CT Rei Pelé, onde assinou contrato até o fim do Campeonato Brasileiro, com salário de R$ 1.500 segundo o clube. A contratação do atleta teve de ser aprovada pelos comitês Gestor e Fiscal santistas.

“Aqui sempre foi a minha casa. Meu objetivo é ajudar dentro e fora de campo, e fazer o Santos FC voltar ao lugar mais alto, que é de onde nunca deveria ter saído. Sensação maravilhosa de poder voltar ao clube que me projetou para o futebol. Foi aqui onde eu cresci. Sempre sonhei em ser jogador e foi o Santos FC tornou tudo isso possível”, disse o jogador ao site oficial do Santos.

Para contar com atacante no Nacional, o time da Vila Belmiro terá de inscrevê-lo na CBF até segunda-feira (12), mesmo sendo feriado.

A pressa se deve ao fato de que, a partir de terça (13), entrará em vigor uma punição que o clube sofreu da Fifa, que o impedirá de contratar jogadores por causa de uma dívida de US$ 3,4 milhões (R$ 18 milhões) com o Huachipato, do Chile, pela contratação do atacante venezuelano Soteldo.

Formado nas categorias de base do Santos, Robinho terá sua quarta passagem pelo clube, pelo qual ele disputou 246 jogos, marcou 109 gols e conquistou cinco títulos – Campeonato Brasileiro (2002 e 2004), Campeonato Paulista (2010 e 2015) e Copa do Brasil (2010).

A última passagem dele pela Vila foi em 2015, à época emprestado pelo Milan, da Itália. Seu último clube foi o Istambul Basaksehir, da Turquia. O contrato dele com o time turco se encerrou em agosto e o acordo não foi renovado.

Na Europa, o jogador teve como seus principais títulos duas taças do Campeonato Espanhol (2006/2007 e 2007/2008) e um Campeonato Italiano, na temporada 2010/2011.

Campeão da Copa América em 2007 e da Copa das Confederações em 2005 e 2009 pela seleção brasileira, Robinho também disputou os Mundiais de 2006 e 2010. A última convocação dele foi em 2017, para amistoso contra a Colômbia, em homenagem às vítimas do acidente da Chapecoense.

Fora dos gramados, o atacante foi condenado a nove anos de prisão por violência sexual na Itália. A sentença saiu em 2017, quando ele já havia deixado a Itália e defendia, na época, o Atlético-MG.

De acordo com a investigação, o caso aconteceu em 22 de janeiro de 2013, no Sio Café, em Milão. A vítima foi uma mulher albanesa que não teve o nome revelado. Na época, ela tinha 22 anos.

Segundo a denúncia, Robinho e cinco amigos a intoxicaram com álcool até ela ficar incapaz de recusar o ato sexual. Eles também foram condenados a pagar 60 mil euros (R$ 233 mil) para a vítima.

Nos últimos dias, com a possibilidade da contratação de Robinho, torcedores do próprio Santos se manifestaram nas redes sociais contra o retorno do jogador ao clube. Nas postagens do anúncio do atleta nas diferentes mídias santistas, usuários voltaram a criticar o atleta em razão da condenação por violência sexual.

No início de 2009, o atacante já havia se envolvido em caso semelhante. Jogador do inglês Manchester City na época, foi questionado pela polícia a respeito de incidente na boate Spice, em Leeds, na Inglaterra.

Uma garota de 18 anos o acusou de abusá-la sexualmente e Robinho precisou prestar esclarecimentos às autoridades. A Polícia de West Yorkshire enviou o caso à Procuradoria de Justiça, que resolveu não dar seguimento ao caso.

Brasil tem nova redução semanal na taxa de letalidade do COVID19 no fechamento desta semana

Na semana 41 que compreende os dias 04 a 10 de Outubro o Brasil registrou 4.211 mortes devido ao novo Coronavírus.


Este número representa uma queda de mais de 8%, sendo uma queda percentual maior que a registrada na semana anterior, em comparação a Semana 40 que compreende os dias 27 a 03 de Outubro o país teve 4.581 óbitos devido ao COVID-19.


A média móvel diária de óbitos está agora em 601 contra 654 mortes no último levantamento.


Está é a quarta semana consecutiva de queda nos números de casos de Covid no território brasileiro.


Os dados divulgados são oficiais do site do Ministério da Saúde, www.covid.saude.gov.br, e compilados pela equipe de jornalismo do Jornal Cidade.

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Morre Santo Dezotti, ex-vice-prefeito e ex-vereador de Santa Gertrudes

Faleceu na sexta-feira (9) aos 91 anos de idade o ex-vice-prefeito e ex-vereador de Santa Gertrudes, Santo Dezotti.

Em 28 de novembro de 2019 Santo Dezotti recebeu a outorga Comenda “Emília Valsechi Valdanha”, durante sessão solene por iniciativa do vereador Antonio Carlos Candido (Gordinho-PTB).

Ele deixa a viúva a Sra. Conceição Garcia Dezotti. Deixa os filhos: Solange, casado(a) com Rui; Sandra, casado(a) com Roberto; Suzane, casado(a) com Antonio. Deixa 03 neto(s), 01 bisnetos(s).

O seu sepultamento ocorreu neste sábado (10) no Cemitério Municipal de Santa Gertrudes.

Biografia

Santo Dezotti é formado pela Escola Arthur Bilac. Aos 16 anos foi trabalhar em São Paulo e, voltou à Santa Gertrudes para trabalhar como guarda-livros (hoje contador), na Fazenda Paraguaçu. Profissionalmente, se encontrou no comércio. Começou como vendedor ambulante e, mais tarde, abriu seu próprio negócio. Santo Dezotti foi vereador no período de 1969 a 1972, suplente de vereador e, em 1973, foi eleito vice-prefeito na primeira gestão do seu grande amigo Valtimir Ribeirão. Foi membro atuante da Associação de Pais e Mestres da Escola Pedro Raphael da Rocha; e atleta: corredor pedestre e jogador de futebol, tendo representado Santa Gertrudes em diversas competições, trazendo várias conquistas para a Cidade.

Rio Claro tem 4.865 casos de coronavírus

Rio Claro chegou a 4.865 casos de coronavírus com os 12 registrados no boletim divulgado no final da tarde deste sábado (10), pela Secretaria Municipal de Saúde.

O município tem 4.684 pacientes recuperados e 139 óbitos. São 30 pessoas em isolamento domiciliar e outras 30 hospitalizadas.

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Velo vence; rebaixa Paulista de Jundiaí e encara Capivariano no mata-mata

O Velo Clube venceu na tarde deste sábado (10) o Paulista de Jundiaí pela última rodada da Série A3 pelo placar de 1 a 0. Com o resultado o rubro-verde se classificou na 5º colocação e enfrenta no mata-mata a equipe do Capivariano. Já o Paulista de Jundiaí acabou rebaixado para a 2ª divisão do Campeonato Paulista.

O gol da vitória saiu aos 43 minutos do segundo tempo na cobrança de pênalti do atacante Felipinho.

Confira os confrontos

Noroeste x Nacional

EC São Bernardo x Batatais

Comercial x Linense

Capivariano x Velo Clube

Jornal Cidade RC
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