MORTE NA RODOVIA: o pedreiro Edir Faria, de acordo com as autoridades, sofreu um ataque do coração e acabou morrendo. A família não pensa assim

Sidney Navas

Luciana Lopes do Nascimento, viúva do pedreiro Edir Célio Leite Faria, 38 anos, que morreu na tarde da última quinta-feira (5), disse não estar totalmente convencida da versão oficial apresentada pelas autoridades e que inclusive pensa em contratar uma advogada para acompanhar o desenrolar das apurações.

De acordo com a Polícia Militar Rodoviária, ele morreu depois de sofrer um ataque do coração na Rodovia Fausto Santomauro (SP-127). Antes disso, conforme as mesmas informações, o homem estava agitado no acostamento da estrada, onde tentou pedir carona para alguns motoristas.

Dois policiais à paisana que passavam por lá acharam a situação estranha e num primeiro momento desconfiaram que se trataria de uma tentativa de assalto e pararam. O pedreiro teve que ser retirado à força de dentro de uma camionete ocupada por uma mulher. Os policiais contaram que ele precisou ser contido.

MORTE NA RODOVIA: o pedreiro Edir Faria, de acordo com as autoridades, sofreu um ataque do coração e acabou morrendo. A família não pensa assim
MORTE NA RODOVIA: o pedreiro Edir Faria, de acordo com as autoridades, sofreu um ataque do coração e acabou morrendo. A família não pensa assim

Da ocorrência consta que os funcionários tanto o Samu, quanto da ambulância da concessionária que administra a estrada tentaram reanimá-lo, mas sem sucesso. “Não podemos acusar ninguém, mas, pelas informações que recebemos e diante dos relatos nas redes sociais, essa história parece muito estranha. Meu marido foi tratado como criminoso e não como uma vítima de infarto. No meu entendimento, os procedimentos adotados pelas autoridades foram equivocados demais”, assegura a mulher.

Ela fala também que, antes da sua morte, o marido estava preocupado, mas não sabe por qual razão. “Moramos em Monte Mor, Edir trabalhava numa empresa em Rio Claro e, naquele fatídico dia, em dado momento, ele quis voltar aqui para casa no meio do expediente”, explica a mulher, que procurou o JC. A Polícia Civil espera agora pelos resultados do exame necroscópico, que podem ajudar a esclarecer as circunstâncias em que ocorreu o óbito. No entanto, isso deve levar em média 30 dias.

A sua assinatura é fundamental para continuarmos a oferecer informação de qualidade e credibilidade. Apoie o jornalismo do Jornal Cidade. Clique aqui.