Ele é Edilson Lopes da Silva. Talvez por este nome, você não o reconheça, mas é um dos ícones do Carnaval rio-clarense. Aos 66 anos, mantém a mesma disposição e devoção ao samba de quando se rendeu, pela primeira vez, ao pulsar de uma escola de samba.

Conhecido na comunidade como ‘Rosa Branca’, o samuqueiro completou em janeiro 41 anos dedicados à Azul e Branca, numa história que sempre se renova. “Em 1977, eu estava tocando na Mocidade Alegre quando fui reconhecido pelo amigo Celsinho Lopes. Num primeiro momento, não o identifiquei, mas começamos a conversar e ele me convidou para ser integrante da Samuca. Já são 41 anos de entrega a esta escola que chamo de família”, relembra.

Apesar desses anos dedicados à agremiação, a primeira escola a desfilar em Rio Claro foi na José do Patrocínio, atual Grasifs – Voz do Morro. Ao longo desse tempo, nunca quis ocupar cargos de diretoria, pois é tocar que o move e inspira.

“Eu ajudo no que posso dentro da comunidade. Fui mestre de bateria uma vez e até participei do Conselho Fiscal, mas meu negócio é tocar na bateria”, comenta.

De acordo com o mestre de bateria da Samuca, Ricardo Rubini, o samuqueiro é uma referência na escola. “Dentro ou fora da nossa comunidade, não tem ninguém que não pergunte dele. É um ícone que nos representa da melhor maneira”, explica Rubini.

Mas, por que ‘Rosa Branca’? “Certa vez, estava numa discoteca e uma moça me elogiou dizendo que eu estava bem vestido. Um dos patrões, então, disse que eu estava parecendo uma rosa branca. Graças a essa moça, a conhecida Udy Magalhães, recebi esse apelido”, conclui.

Recentemente, Edilson foi homenageado pela Samuca, que batizou a sua sala de instrumentos como ‘Mestre Rosa Branca’.

Lembranças

“Um dos momentos mais marcantes foi ter sido chamado de Mestre Rosa Branca pelo saudoso carnavalesco Joãozinho Trinta, da Beija-Flor de Nilópolis.