Ônibus utilizado pelo grupo de rio-clarenses foi apreendido por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF).

A servidora comissionada lotada na Secretaria Municipal de Economia e Finanças, na Prefeitura de Rio Claro, que esteve detida pela Polícia Federal no início da semana após participar dos atos em Brasília, no domingo (8), – como a Farol JC revelou em primeira mão – pediu exoneração do cargo nesta sexta-feira (13), segundo fontes oficiais do Governo Gustavo Perissinotto. A carta com o pedido para deixar o poder público foi entregue à administração municipal. No documento, alega “motivos particulares que me impedem de executar com dedicação a minha função”.

A exoneração da então servidora já estava em análise na gestão municipal pelo fato de ela ter faltado ao trabalho na segunda e terça-feira desta semana, uma vez que esteve detida pela PF em Uberaba (MG). O cargo comissionado requer dedicação exclusiva e faltas precisam ser justificadas. A rio-clarense terá seus bens bloqueados a pedido da lista da Advocacia-Geral da União (AGU) que pediu e foi atendida pela Justiça Federal do Distrito Federal com uma medida cautelar para bloquear R$ 6,5 milhões em bens de 52 pessoas e sete empresas. A lista com o nome da então servidora está aqui.

Todos os suspeitos, incluindo a agora ex-servidora, são apontados pela AGU como financiadores do fretamento dos ônibus que levaram os manifestantes à capital do País. A quantia dos bens deverá ser utilizada para reparar danos causados pela depredação de patrimônio público em caso de posterior condenação. Além disso, a AGU poderá pedir a ampliação do valor a ser bloqueado à medida que a contabilização dos prejuízos, que ainda não foi concluída, avance.

Já circulava a informação de que a rio-clarense era a responsável pelo frete do ônibus que levou no total 27 munícipes a Brasília, fato que, segundo a AGU, se confirmou. A Advocacia-Geral também argumentou que a medida cautelar era necessária, considerando “a gravidade dos fatos praticados e nos quais os réus se envolveram”, uma vez que, além de “lesar o patrimônio público federal”, os atos “implicaram ameaça real ao regime democrático brasileiro”. Todos os rio-clarenses negaram os atos de vandalismo, segundo a Polícia Federal informou ao JC.