Carine Corrêa
A relação entre Fundação Municipal de Saúde (FMS) e Santa Casa de Misericórdia de Rio Claro passou por altos e baixos desde o início da nova gestão municipal. O comunicado sobre um chamamento público, que amplia serviços da rede pública para hospitais privados, abalou o relacionamento entre FMS e Santa Casa.
Em recente entrevista promovida pela fanpage do Jornal Cidade e conduzida pelo jornalista Lucas Calore, o secretário Djair Cláudio Francisco ressaltou que o ‘embate’ foi fundamental para traçar alternativas no tocante à Saúde do município. “Foi a partir da discussão que iniciamos com o hospital de referência Santa Casa, que tem nosso profundo respeito, que se permitiu enxergar possibilidades”, avaliou. “Quando nos vimos diante de uma situação que pra frente não ia e pra trás não dava, achamos uma alternativa que foi a melhor que podíamos ter achado: um chamamento público que possibilitou inclusive as unidades móveis e também o interesse desses dois outros dois hospitais, Unimed e Santa Filomena. Os hospitais já acenaram positivamente. Estamos com essa conversa bastante adiantada para que brevemente possamos oferecer, sobretudo aos menos afortunados, uma possibilidade de sobrevida e de dignidade muito maior do que têm hoje”, acrescentou Djair.
Embora tenha se referido ao episódio como embate, reforçou que as discussões propiciaram um melhor relacionamento entre os dois lados. “Nós tivemos uma questão com a Santa Casa […], estávamos vendo que nossa rede não estava satisfatoriamente atendendo à nossa demanda. O hospital Santa Casa é o único de referência, portanto filantrópico. O município tem para com a Santa Casa uma relação obrigatória. Se a capacidade do hospital não se amplia, alguém paga esse preço: ou você agrava sua doença e pode te levar à morte, ou você paga a iniciativa privada para ser tratado”, completa o também advogado, informando ainda que no próximo semestre há novidades no setor.