Ponto de referência da cidade é formado pelas praças XV de Novembro e Sargento Otoniel Marques Teixeira

Muitos ainda desconhecem, mas o trecho do Jardim Público localizado entre as avenidas 1 e 2 tem como denominação Praça XV de Novembro, em homenagem à Proclamação da República. O Jardim foi formado a partir da junção de duas praças, a outra é a Sargento Otoniel Marques Teixeira (trecho entre as avenidas 1 e 3). “Moro em Rio Claro há 30 anos e sempre conheci esse lugar como Jardim Público”, declarou o aposentado José Aparecido Lopes enquanto passava pelo local na tarde dessa terça-feira (14).

Segundo a publicação Rio Claro das Praças e Jardins, no início da década de 1880, o que hoje se conhece por Jardim Público eram o Largo do Teatro, entre as avenidas 1 e 2, e o Largo da Matriz Nova, entre as avenidas 1 e 3. Após a Proclamação da República, em 1889, a Câmara Municipal determinou que o Largo do Teatro passaria a se chamar Largo XV de Novembro. Na Avenida 1, que na época era aberta, havia dois portões, sendo que um deles, após a retirada em 1922, foi instalado na entrada da Santa Casa de Misericórdia.

Na Praça XV de Novembro estão instalados o Coreto, o Lago da Diana e o Recanto da Saudade, que durante anos foi palco para as apresentações dos seresteiros. No trecho da Rua 3, o calçamento foi refeito em 2021 após ser danificado pela queda de um grande eucalipto.

TOMBAMENTO

Na publicação Rio Claro das Praças e Jardins, disponível no Arquivo do Município e lançada em 2016, consta que o “Jardim Público foi tombado e é oficialmente patrimônio histórico do estado de São Paulo”. Em 2019, porém, o JC publicou reportagem sobre o debate em torno da proposta de reabertura da Avenida 1. Ao consultar o Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo), foi informado que a homologação do Jardim Público como Patrimônio Histórico ainda não havia acontecido.

“O processo de tombamento do Jardim Público encontra-se em fase de análise, com decisão de tombamento aprovada pelo Condephaat. Em seguida, será encaminhado para homologação”, informou o Condephaat à reportagem do JC na época, sem citar prazos. Em fevereiro deste ano, uma nova informação veio do Condephaat ao JC durante uma consulta sobre o patrimônio histórico de Rio Claro.

Em despacho no Diário do Estado, a Secretaria de Cultura e Economia Criativa informa que não acatou contestação contra o tombamento de imóvel à Avenida 2, traçado urbano do núcleo original, edificações, Jardim Público e monumento à República, no Município de Rio Claro. “Com isso, o processo segue para sua última fase da tramitação que, por decisão do Conselho, foi considerado um patrimônio estadual”. Nessa terça-feira (14), ao ser questionada, a Secretaria de Comunicação da prefeitura de Rio Claro informou que a Secretaria de Cultura “não tem novas informações sobre o assunto”. A reportagem também procurou o Condephaat, que não respondeu até o fechamento desta edição.

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