Campanha de vacinação de animais não é realizada no município desde 2019

A última vez em que Rio Claro realizou uma campanha de vacinação antirrábica foi no ano de 2019. Postos volantes foram montados em vários bairros da cidade para facilitar o acesso da população na hora de levar o animal de estimação. Na oportunidade foram imunizados gratuitamente 20.655 animais, sendo 15.700 cães e 4.955 felinos.

De acordo com a assessoria de imprensa da prefeitura de Rio Claro, o governo estadual, que levou em conta orientação do Instituto Pasteur, suspendeu as campanhas de vacinação antirrábica. Portanto, neste também ano não haverá vacinação. É o governo estadual que envia ao município as doses para a vacinação e a quantidade enviada não é suficiente para a realização de campanha. As doses que o município recebe são para o uso de rotina, que inclui a vacinação de animais contactantes (cães e gatos que tiveram contato com morcego).

O Centro de Controle de Zoonoses realiza, como medida preventiva, o monitoramento da raiva. Ao encontrar morcego caído a população deve acionar o CCZ. Esses morcegos são recolhidos e enviados ao Pasteur para análise para monitorar eventuais casos de raiva. Além de serem vacinados, os cães e gatos que tiveram contato com morcego também são observados pelo CCZ.

No estado de São Paulo, o último caso humano de raiva pela variante canina ocorreu em 1997 e o último caso animal em 1998 e, desde então, todos os casos humanos registrados no estado foram causados por variantes de morcego.

No Brasil, muito por conta do Programa Nacional de Profilaxia da Raiva (PNPR), instituído em 1973, o Brasil alcançou resultados relevantes no controle da raiva urbana. Desde 2004, houve significativa redução dos casos em cães e gatos, tornando a enfermidade praticamente eliminada dos centros urbanos. Consequentemente, caiu também no país a ocorrência de casos humanos por transmissão dessas espécies.

O resultado das ações de vacinação antirrábica canina e felina trouxe um grande ganho para a saúde pública, permitindo que o país saísse de um cenário de mais de 1.200 cães positivos para raiva e uma taxa de mortalidade de raiva humana por cães de 0,014/100 mil habitantes, em 1999, para nove casos de raiva canina e nenhum registro de raiva humana por cães, em 2018.

Por mais um ano, campanha está suspensa. Doses que RC recebe são para o uso de rotina, que inclui a vacinação de animais contactantes

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