O município de Rio Claro não registra óbitos pela Covid-19 desde o dia 28 de março. É o maior período deste ano sem mortes pela doença, conforme levantamento do Jornal Cidade. O total desde o início da pandemia é de 640 mortes, das quais 165 foram em 2020, 417 em 2021. Até o momento, a Fundação Municipal de Saúde notificou 58 vidas perdidas na pandemia em 2022, sendo a maioria delas de pessoas acima dos 50 anos de idade.

Giulia Puttomatti, secretária de Saúde do município, lembra que é preciso reforçar que, ainda que não ocorram mais restrições, os casos positivos da doença seguem sendo registrados. Somente de 1º de maio ao último dia 6, primeira semana do mês, foram 34 novos casos notificados. Os novos casos são de três pessoas com idade entre 10 e 20 anos; 12 que têm de 21 a 40 anos; 14 na faixa etária de 41 a 60 anos; e cinco idosos de 61 a 80 anos. O total de casos nesta pandemia é de 27.325. No mês de abril foram 211 casos positivos, número maior que no mesmo mês do ano passado, quando foram registrados 134.

O alerta é de que a população precisa estar com o esquema vacinal completo. “No mês de abril dois pacientes internados não vieram a óbito, mas tiveram a internação em função da vacinação incompleta, ou seja, a ausência da terceira dose que tem eficácia relacionada à variante Ômicron. Terceira dose é a garantia de uma imunização eficaz do ponto de vista de evitar agravos e internações ou manifestações de sintomas”, comenta a presidente da Fundação de Saúde.

A profissional destaca que Rio Claro vive, ainda, um patamar muito elevado de faltosos da vacinação. “São mais de 50 mil pessoas sem a terceira dose. Se a gente quiser manter as taxas baixas de internação, como apenas dois pacientes no ‘covidário’ do Cervezão em abril, e 45 dias sem óbitos em Rio Claro, é importante que a gente mantenha a vacinação em dia, porque à medida que o tempo passa novas cepas se desenvolvem e a nossa imunidade vai caindo, por isso temos as doses de reforço”, afirma.