Matheus Pezzotti

A Confederação Brasileira de Hipismo divulgou, no último domingo (7), a convocação da equipe brasileira de Concurso Completo de Equitação (CCE) para os Jogos Pan-Americanos de Toronto, no Canadá.

Na lista, dois rio-clarenses: Henrique Pinheiro, que figurará no time principal; e uma das revelações da modalidade, Rafael Losano, de apenas 17 anos, que será um dos reservas.

A lista completa dos conjuntos (cavaleiro e cavalo) que representarão o país, sob o comando do técnico neozelandês Mark Todd, é composta por Carlos Parro com Calcourt Landline; o rio-clarense Henrique Pinheiro com LandQuenote; Márcio Carvalho Jorge com Lissy Mac Mayer ou Coronel MCJ, e Ruy Fonseca com Tom Bombadill.

Os reservas são: Márcio Appel com Cross Rock; Marcelo Tosi com Glenfly; Nilson Moreira da Silva com Muggle; o rio-clarense Rafael Losano com GlockPullman, e Serguei Fofanoff com Estiva TW.

O Concurso Completo de Equitação (CCE) é uma modalidade olímpica também conhecida como o ‘triatlon’ equestre. A competição é dividida em três provas: adestramento, cross-country e salto, que são realizadas em dias consecutivos.

Nos Jogos Pan-Americanos, as provas acontecem entre 17 e 19 de julho, no Centro Equestre de Caledon (adestramento e salto) e o cross-country no centro da modalidade.

“Comecei a praticar o hipismo com cinco anos de idade. Passei pelo rural, salto e depois o CCE. Parei em 2000 e voltei em 2009 e hoje o foco maior é o CCE. A convocação é uma oportunidade. A vaga não veio por acaso. Estou há algum tempo muito focado. Ano passado fui campeão Sul-Americano individual e por equipes, passei seis meses na Inglaterra e agora vamos para esta disputa, com o objetivo de conquistar uma vaga para as Olimpíadas”, afirma Henrique Pinheiro.

Ainda de acordo com o cavaleiro de 36 anos, a seleção brasileira embarca no dia 3 de julho, ficando uns dias em Miami e depois, no dia 11, no Canadá, realizando treinos diários até o dia da competição.

Nas Olimpíadas, o CCE disputado é o quatro estrelas, um dos poucos campeonatos no mundo no nível máximo da modalidade. O cavaleiro passa pelas graduações das estrelas quando tem menos que quatro faltas no salto e não recebe os 20 pontos de punição (refugo do cavalo).

“Ainda não tenho essa qualificação. No Brasil apenas dois cavaleiros têm, mas vou treinar para buscar meus objetivos”, diz Pinheiro.

Depois dos Jogos Pan-Americanos, a equipe brasileira disputará, em agosto, uma prova-teste no Rio de Janeiro, no Complexo Esportivo de Deodoro, local que sediará provas de 11 modalidades, como o hipismo, que será para cavaleiros do mundo todo com a qualificação duas estrelas.

Caso a vaga não seja conquistada no Pan, o rio-clarense ainda terá três chances em competições no Brasil com possibilidade de qualificação, em outubro, novembro e no início do próximo ano.

O Brasil já conquistou seis medalhas em Jogos Pan-Americanos, sendo uma de ouro, uma de prata e quatro de bronze. Em 2011, na disputa em Guadalajara, o Brasil conquistou o bronze por equipe com Jesper Martendal, outro cavaleiro rio-clarense, como integrante da seleção brasileira na época, mas por conta de uma lesão em seu cavalo ficou de fora das Olimpíadas de Londres, no ano seguinte.

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