Antonio Archangelo

A Fundação de Saúde, órgão da administração indireta da Prefeitura de Rio Claro, confirmou nessa quinta-feira (16) que solicitou à Santa Casa de Misericórdia o cancelamento de cirurgias eletivas. De acordo com a nota, “a necessidade de se adotar tal medida se deu em razão da falta de leitos na Santa Casa”.

“Vale ressaltar que ninguém ficará sem atendimento. Algumas cirurgias eletivas estão sendo reagendadas. É importante destacar também que as cirurgias eletivas são procedimentos que não precisam ser feitos de maneira imediata, diferentemente da emergência, que é considerada prioritária”, cita a Fundação por intermédio de sua assessoria.

No mesmo dia, a assessoria da Santa Casa já havia dado publicidade à informação referente ao cancelamento das cirurgias. De acordo com a instituição, “Prefeitura Municipal, através da Fundação Municipal de Saúde, suspendeu temporariamente a realização das cirurgias eletivas de pacientes, através do convênio SUS e do programa Pró Santa Casa, que seriam realizadas até o final desta semana”.

A orientação, segundo documento, é devido à capacidade pactuada com o hospital e à demanda de internações de urgência no momento. “Não há falta de leitos no hospital, o que ocorre é que todos os leitos disponíveis para atender à demanda pactuada pelo órgão já estão sendo usados”, esclarece José Carlos Cardoso, provedor da Santa Casa. Para atender à solicitação da entidade, a Santa Casa iniciou a suspensão das cirurgias agendadas para os dias 16 e 17 de junho. Nesse período, seriam realizadas 9 cirurgias, segundo mapa do Centro Cirúrgico. Com a medida preventiva, a Prefeitura espera liberar vagas para os pacientes assistidos nas unidades de Urgência e Emergência do Pronto-Socorro Municipal, UPA e PA Cervezão. “A partir de agora, a Santa Casa de Misericórdia aguarda novas instruções da Fundação Municipal de Saúde sobre as cirurgias agendadas para a próxima semana”, disse a Santa Casa.

Impasses

Os impasses envolvendo a atual gestão e a Santa Casa vão além dos relacionados a convênio, envolveram, ao longo do tempo, atrasos no repasses de subvenções sociais oferecidas, além do recurso repassado para a instituição pelo Sistema Único de Saúde. Este ano, para garantir pagamento de R$ 4 milhões de subvenção, o projeto de lei teve que ser alterado a um pedido da Santa Casa feito ao prefeito.