Passar por uma consulta médica, receber o diagnóstico e a receita para obter o medicamento necessário para o tratamento, mas travar uma batalha para consegui-lo, tem sido a dificuldade de muitas famílias.

A empresária Danielle Bilatto passou por esse problema recentemente para conseguir um antibiótico para sua filha, de apenas dois anos e nove meses.

“Ela estava com infecção no ouvido e o otorrino passou amoxicilina e clavulanato. Aí que começou nossa busca. Procurei em farmácias de Rio Claro, Santa Gertrudes, Corumbataí, Limeira e até Piracicaba, mas não obtivemos sucesso”, conta a mãe.

Danielle chegou a postar nas redes sociais que buscava o medicamento e com ajuda de amigos e conhecidos conseguiu o medicamento.

“O médico explicou que esse medicamento era o indicado para tratar o problema, então buscamos de todas as maneiras”, relata a moradora de Santa Gertrudes. A filha da empresária recebeu atendimento na rede particular.

DIFICULDADE

A dificuldade da gertrudense não é única, muitas pessoas estão enfrentando dificuldades para conseguir comprar diversos medicamentos, embora os antibióticos sejam os que apresentam maior ausência nas prateleiras.

Na rede pública municipal, a Fundação de Saúde destacou que a situação do mercado farmacêutico tem trazido reflexos negativos também para os municípios. A Fundação apontou ainda que acompanha de perto a situação e tem empenhado esforços para que não faltem medicamentos na rede pública de saúde.

ENQUETE

O Jornal Cidade realizou uma enquete através do Instagram (@jcrioclaro), perguntou aos internautas se estavam encontrando dificuldades na hora de encontrar medicamentos e o resultado não foi diferente das reclamações que tem recebido. 131 pessoas responderam que sim e 33 que até o momento não encontraram dificuldades.

Farmácias de RC relatam falta de medicamentos

O assunto é recorrente e tem ganhado cada vez mais destaque. E, de acordo com uma pesquisa feita pelo Conselho Regional de Farmácia de São Paulo, os antibióticos estão entre os medicamentos mais difíceis de encontrar no mercado. Mas, além deles, outros medicamentos classificados como simples também estão em falta.

EM RIO CLARO

A reportagem do JC entrou em contato com quatro farmácias do município e o relato dos profissionais que atuam atendendo a população é praticamente o mesmo: sim, falta antibiótico, mas faltam também outros medicamentos que são considerados simples e de uso geral da população.

Os relatos ouvidos dão conta de que os antibióticos líquidos – mais utilizados em tratamentos para bebês e crianças, são dos que mais faltam. Mas os em comprimidos também estão começando a ficar escassos.

“Não tem de jeito nenhum, agora estão começando a faltar analgésicos, antitérmicos, antialérgicos, remédios para gripe, xaropes. E não conseguimos ter mais informações, as distribuidoras não estão tendo os produtos para entrega”, comenta proprietária de farmácia.

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