Tucana Carol Gomes lamentou permanência do partido na base aliada de Temer. Guedes também se posiciona contra a decisão

Carine Corrêa

Em reunião da executiva nacional do PSDB, tucanos decidiram pela permanência do partido na base aliada do governo Temer. A cúpula do PMDB defendeu a permanência do senador afastado Aécio Neves (PSDB) no cargo um dia após os tucanos decidirem pelo apoio ao governo de Michel Temer.

Mas o que pensam tucanos e peemedebista de Rio Claro sobre a permanência da sigla no governo? E o PT?

“Achei lamentável a atitude do partido de permanecer em um governo que perdeu as condições de se estabelecer. Nosso inimigo não é só o PT, mas a corrupção que tira crianças das escolas e vidas no hospital. Se queremos mudar a forma de fazer política, é preciso abrir mão de acordos por conveniência e lutar por um jeito limpo e ético de se governar. Espero que o PSDB reveja essa posição” – Carol Gomes (PSDB).

“O que foi deliberado na nacional foi um acordo coletivo entre as principais lideranças do PSDB. Respeito, mas não concordo. Esse é o meu posicionamento” – Paulo Guedes (PSDB).

“É extremamente importante a base do Governo permanecer unida, para que as reformas, tão importantes para tirar o país da crise, passem pelo Congresso Nacional. Se fosse condenado no julgamento, era favorável à saída de Temer. Mas foi absolvido” – Hernani Leonhardt (PMDB).

“Acima de qualquer poder, temos que pensar no país. Crescimento, desenvolvimento financeiro, e no retorno da estabilidade. Do PSDB ter permanecido no governo é esse o intuito. Todos os partidos da base estão imbuídos nisso, no crescimento, estabilidade, no retorno das empresas colocarem dinheiro de volta para o crescimento. É o principal efeito que temos que pensar, e depois pensaremos na parte política” – Maria do Carmo (PMDB).

“Eles fizeram o golpe juntos. Aliados inclusive na destruição dos direitos arduamente conquistados pelo povo brasileiro. Não me surpreendo. São faces da mesma moeda” – Olga Salomão (PT).

José Serra

Decisão de permanecer no governo foi anunciada pelo ex-ministro das Relações Exteriores de Temer, o senador José Serra. “O PSDB não fará nenhum movimento agora no sentido de sair do governo. Se os fatos mudarem, terão outras análises. É um governo que tocou adiante compromissos que assumiu conosco. Isso é visto como algo positivo”, afirmou José Serra em entrevista à imprensa.

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