Adriana Maria Cozza conta que foi alfabetizada em braille desde criança e aponta a importância do aprendizado e das novas tecnologias para os deficientes visuais

Laura Tesseti

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, existem 6,5 milhões de brasileiros com baixa visão ou cegueira. E graças ao braille essas pessoas conseguem se alfabetizar. Para celebrar o Dia Nacional do Braille, comemorado neste sábado (8), a reportagem do JC esteve na Associação de Pais e Amigos do Centro de Habilitação Infantil “Princesa Victoria”, conheceu a biblioteca em braille que existe no local e conversou com a professora que cuida do departamento e há nove anos se dedica ao trabalho.

Adriana Maria Cozza é deficiente visual e foi alfabetizada em braille quando criança: “Minha família sempre participou muito e me apoiou, minha mãe aprendeu braille também e me incentivava muito. Fui alfabetizada e depois passei a frequentar a escola regularmente”, conta a funcionária pública que atua como professora de braille e de informática.

A instituição mantém uma biblioteca com cerca de 150 livros em braille de autores nacionais e internacionais que podem ser locados por membros que frequentam as atividades do programa: “Nossos livros são locados como uma biblioteca comum, podem ser levados para casa e também utilizamos textos em aulas de braille, nas quais os alunos aprendem a escrita e a leitura”, explica a professora. Adriana conta que os livros em braille são muito maiores devido ao uso de papel para escrevê-los.

Instituição

O programa, localizado na Rua 8, entre as avenidas 50 e 52, no Alto do Santana, atende pessoas com necessidades especiais por meio de aulas de artesanato, música, informática, braille, pintura e atendimento de fortalecimento das famílias.

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