Praças XV de Novembro e Sargento Otoniel Marques Teixeira, construídas há 129 anos, foram tombadas pelo Condephaat

Favari Filho

Praças XV de Novembro e Sargento Otoniel Marques Teixeira, construídas há 129 anos, foram tombadas pelo Condephaat
Praças XV de Novembro e Sargento Otoniel Marques Teixeira, construídas há 129 anos, foram tombadas pelo Condephaat

Um lugar social. As praças XV de Novembro e Sargento Otoniel Marques Teixeira, no Centro da Cidade Azul, abrigam monumentos históricos, homenagens a figuras ilustres e pessoas, muitas pessoas que transitam pelo local e que já fazem parte daquela moldura.

A rapidez cotidiana, às vezes, faz com que passem despercebidas as pequenas transformações que influenciam na paisagem e modificam a estética de uma parte importante do município que guarda e ao mesmo tempo segue construindo a história de Rio Claro.

O Jardim Público, como é popularmente conhecido, é a principal referência do Centro Histórico de Rio Claro. A sua construção teve início há 129 anos e, recentemente, foi tombado como patrimônio histórico pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat). Ainda que muitos frequentadores divirjam nas opiniões sobre o local, a Praça ainda é um lugar de socialização de buscas, desejos e realizações.

CONSERVAÇÃO
Milhares de pessoas passam pelo Jardim todos os dias e, para que transitem com tranquilidade, são necessários alguns cuidados essenciais. De acordo com a assessoria da prefeitura, devido à localização e quantidade de transeuntes diários que circulam pelo local, a Praça conta com uma equipe fixa de limpeza, que cuida da higienização dos sanitários, limpeza dos bancos e demais ações que facilitam a vida do cidadão, que muitas vezes reclama da falta de manutenção. As plantas, que dão um toque verde-esperança à paisagem que contrasta ao céu azul da cidade, também são cuidadas e constantemente regadas.

Os monumentos históricos, que contam um pouco do que foram os antigos rio-clarenses, têm manutenção periódica e, recentemente, informou a prefeitura, foram realizadas melhorias no Coreto e reativação da fonte do Índio, que durante longos anos esteve desativada e que deve receber nova iluminação. A administração também readequou o lago da deusa Diana, que conta agora com nova estrutura e sistema de bombeamento, além do acabamento original, em bronze.

ILUMINAÇÃO
Outra ação recente da prefeitura no Jardim Público, segundo a assessoria, diz respeito à renovação das luminárias. No trabalho, que aconteceu no fim do ano passado, foram trocadas cinquenta das cento e quarenta e cinco lâmpadas, além de dez reatores. Além disso, o serviço de manutenção – que desde o mês de maio está a cargo da empresa Selt em todo o município – é realizado periodicamente em todas as praças, contudo de acordo com a demanda do sistema.

EVENTOS
Um marco na Praça são as Manhãs de Seresta. A atividade que já é tradição e que atrai um público significativo chega a reunir centenas de pessoas. O sucesso do evento, talvez, esteja ligado à paixão e/ou a vocação do povo rio-clarense pela música; ou porque as manhãs de domingo carregam algo de encanto e beleza que, somados ao público animado e fiel e ao Grêmio Seresteiros Rio-clarenses – que existe há 21 anos –, trazem as manhãs de domingo um alento musical.

Além da Seresta, as praças XV de Novembro e Sargento Otoniel Marques Teixeira são palco do Baile Dourado – que oferece ao munícipe o clima dos antigos bailes durante os eventos de carnaval –, do Natal Luz, e de shows musicais diversificados, como as apresentações de orquestras, bandas sinfônicas, encenações de teatro, exibições de filmes etc.

“AMBULANTES”  DO CENTRO
Outro ponto marcante do Jardim Público é o comércio e, os “ambulantes” do Centro, com certeza, são os maiores representantes, ainda que haja uma lei tramitando na Câmara que visa a retirar os trabalhadores do local. A lei veta a fixação de pontos de comércio ou prestação de serviços exercidos por ambulantes em qualquer via, bem como a exposição ou depósito de qualquer tipo de mercadoria ou utensílio nos passeios públicos [leia-se, Praça]; ou seja, os “ambulantes” do Centro não estão incluídos na “Lei dos Ambulantes”.

No fim do mês de julho, entretanto, uma reunião com os vereadores aconteceu a pedido da comerciante Mércia Aparecida Bonatti e os legisladores se dispuseram a colaborar, dentro do possível e da lei, com o acréscimo de emendas no Projeto de Lei 106/2011.

O projeto segue parado na Casa de Leis, contudo um novo encontro aconteceu na última quinta-feira (3) e, mais uma vez, os representantes legislativos se comprometeram em analisar a melhor maneira para garantir o bem-estar dos comerciantes com a inclusão de emendas e, talvez, a elaboração de projeto de lei específico para a classe.

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