Na imagem de arquivo, Nevoeiro Junior (DEM) no último ato como prefeito municipal no ano de 2008

Antonio Archangelo/Coluna PolítiKa

O ex-prefeito Nevoeiro Junior (DEM) disse na terça-feira (17) que a lei proposta durante seu governo – restringindo a nomeação de pessoas estranhas à administração pública em funções comissionadas – foi aprovada “dois anos antes do término do mandato”, que se findou em 2008.

“A lei foi feita dois anos antes de finalizar o mandato, quando tudo levaria a crer que seria reeleito. A ideia era demitir todos os funcionários que não fossem de carreira, deixando somente a possibilidade do secretariado ser de fora do quadro municipal. Todos os demais seriam do quadro da prefeitura. Não é possível que num universo de 3 mil funcionários não se encontrem 80 capacitados para ocupar as funções de confiança”, disse Nevoeiro à Coluna.

Na imagem de arquivo, Nevoeiro Junior (DEM) no último ato como prefeito municipal no ano de 2008
Na imagem de arquivo, Nevoeiro Junior (DEM) no último ato como prefeito municipal no ano de 2008

“Queríamos acabar com a possibilidade de trazer gente de fora, o que é um desrespeito ao funcionalismo. Além de um incentivo aos servidores que poderiam objetivar uma carreira, diminuindo as despesas com pagamentos, criando a moralidade. Tínhamos na época 86 comissionados, sendo 24 secretários, hoje há mais de 700”, citou.

“Eles inverteram a legislação para trazer a turma da boquinha que toda a população conhece”, criticou.

O ex-prefeito entende ainda que foi “uma inquestionável demonstração de imoralidade com a coisa pública como vem sendo tocada” a decisão judicial para que a prefeitura voltasse a limitar o percentual mínimo de servidores de carreira aptos a assumir funções de confiança na administração pública direta e indireta em Rio Claro.

O Projeto de Lei 146/2015, que volta a estabelecer percentual mínimo de efetivos no quadro comissionado, ainda depende de nova votação na Câmara Municipal.

De acordo com o presidente da Câmara, vereador João Zaine (PMDB), “a informação que me foi repassada era que o Ministério Público pediu pelo menos 30% dos cargos em comissão para os servidores de carreira”.

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