Entrada da exposição, Sandra Baldessin com catálogo da Mostra. (Foto: Angela Amaral)

Sandra R. S. Baldessin

Mais uma vez, a Arteris proporciona à população de São Paulo uma oportunidade cultural das mais gratificantes: a exposição que traz, em sua narrativa, o processo criativo de um dos mais importantes artistas do Século XX: o arquiteto catalão Antoni Gaudí.

A exposição, intitulada “Gaudí: Barcelona, 1900”, conta com o patrocínio da Arteris e outros parceiros, com o apoio da Lei Rouanet. Reúne trabalhos do arquiteto oriundos do Museu Nacional  de Arte da Catalunha, do Museu do Templo Expiatório da Sagrada Família e da Fundação Catalunya-La Pedrera.

No domo, maquete da Catedral da Sagrada Família, Priscyla Gomes explanando sobre o processo de criação da Catedral. (Foto: Angela Amaral)
No domo, maquete da Catedral da Sagrada Família, Priscyla Gomes explanando sobre o processo de criação da Catedral. (Foto: Angela Amaral)

São 146 peças, entre elas 46 maquetes, sendo que quatro delas realizadas em escalas gigantescas; obras esplêndidas que expressam, em beleza e grandiosidade, o talento único do arquiteto cujo estilo “se caracteriza pela liberdade de forma, cor e texturas intensas, e pela marcante unidade orgânica”, como explica Priscyla  Gomes, curadora associada ao Instituto Tomie Ohtake, que abriga a exposição. Além disso, a Mostra também traz 25 peças de mobiliário e objetos variados, criados pelo mestre catalão, bem como cerca de obras de quarenta artistas e artesãos que integraram a cena cultural de Barcelona nos anos 1900.

No café da manhã aberto à imprensa paulista, ao qual estivemos presentes, a convite do Jornal Cidade, David Diaz, presidente da concessionária brasileira Arteris, destacou que a exposição revela “os fundamentos culturais, os processos industriais e a estética de uma época que inaugurou novos caminhos para a arquitetura e a arte, de modo geral”.

Entrada da exposição, Sandra Baldessin com catálogo da Mostra. (Foto: Angela Amaral)
Entrada da exposição, Sandra Baldessin com catálogo da Mostra. (Foto: Angela Amaral)

David Diaz enfatizou, ainda, a relevância de patrocinar projetos como a exposição de Gaudí, a quarta desse nível que a Arteris traz ao Brasil. Em sua concepção, trata-se de uma oportunidade de inclusão sociocultural, visto que os ingressos são vendidos a preços populares, o que facilita que milhares de pessoas que, de outra forma jamais conheceriam a obra de Gaudí, possam apreciar, interagir e aprender com os processos criativos desse artista único. Destaca, ainda, que há todo um trabalho de educação transversal voltado às escolas que agendam visitas, favorecendo a formação e a aprendizagem de alunos da rede pública de ensino.

Ricardo Ohtake, arquiteto e diretor do Instituto Tomie Ohtake, também reiterou a importância da Mostra, que permite que o público experimente a “imaginação transbordante de Gaudí” através das obras expostas. Para Priscyla Gomes, curadora, a exposição faculta penetrar o íntimo do artista, já que é impossível dissociar sua vida pessoal da profissional, sua religiosidade do seu senso estético-criativo – o homem é a obra.

Priscyla Gomes, curadora associada do Instituto Tomie Ohtake. (Foto: Angela Amaral)
Priscyla Gomes, curadora associada do Instituto Tomie Ohtake. (Foto: Angela Amaral)

A Mostra, além do imenso valor artístico, desvela fatos históricos que caracterizaram a Europa do início do Século XX, apontando para o movimento de integração entre a arte, o design, a indústria e a arquitetura e fortalecendo os processos de inovação ao desencadear outros movimentos criativos.

A exposição fica em cartaz até 5 de fevereiro de 2017, permanecendo aberta ao público de terça a domingo, entre 11h e 19h. Às terças-feiras, a entrada é gratuita para todos os públicos; nos demais dias, os ingressos têm preço popular – R$12,00, sendo que crianças até 10 anos, idosos acima de 60 anos e pessoas com necessidades especiais têm entrada franqueada.

Mais uma vez, a Arteris surpreende e brinda os brasileiros com essa instigante Mostra de Gaudí. Vale destacar a presença da maquete da Catedral da Sagrada Família, belíssima, e a obra, em escala gigante, que revela o processo criativo do artista para a elaboração das torres da Catedral.

Maquete em escala monumental. (Foto: Angela Amaral)
Maquete em escala monumental. (Foto: Angela Amaral)

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