Greve de estudantes iniciada no dia 9 de junho, na Unesp de Rio Claro, foi aprovada em assembleia por aproximadamente 500 alunos

Antonio Archangelo

A greve de estudantes iniciada no dia 9 de junho, na Unesp de Rio Claro, não é unanimidade. O movimento “Unesp Livre Já” critica a greve por identificar “reais prejuízos aos estudantes”, citando o “congelamento (suspensão) do calendário escolar que acarreta que avaliações realizadas pelos docentes em formato de provas, trabalhos escritos ou em seminários sejam impossibilitadas de serem postas em prática”, comenta Felipe Lintz, líder do movimento.

“Além da suspensão do calendário, há ainda o autoritarismo dos estudantes grevistas, os quais, a partir do momento em que sabem da existência de alguma aula em andamento, partem para o uso de tambores e palavras de ordem, exigindo que as atividades sejam imediatamente interrompidas a qualquer custo”, lembra.

Greve de estudantes iniciada no dia 9 de junho, na Unesp de Rio Claro, foi aprovada em assembleia por aproximadamente 500 alunos
Greve de estudantes iniciada no dia 9 de junho, na Unesp de Rio Claro, foi aprovada em assembleia por aproximadamente 500 alunos

O OUTRO LADO

Do outro lado, o Comando de Greve Estudantil Unesp Rio Claro alega que “são 17 campi com algum dos segmentos em greve a nível estadual. Em Rio Claro foi deliberada greve estudantil dia 9 de junho, em Assembleia Geral com aproximadamente 500 estudantes, comprovado por lista de presença. Segundo o último levantamento feito junto com os Centros Acadêmicos e Representantes Estudantis, atualmente temos em torno de 850 estudantes que aderiram à greve e paralisaram as atividades, sendo que cursos que nunca antes aderiram às mobilizações este ano estão compondo. Devido à ameaça de reintegração de posse e multa de até R$ 15.000,00, optamos por permanecer apenas nos espaços das entidades estudantis, que são as salas dos Centros Acadêmicos”, comentam em nota.

O comando cita que, da greve de 2013, conseguiram, entre outras coisas, “aprovação das Cotas para Estudantes advindos de escola pública, das quais o líder do movimento Unesp Livre, Felipe Lintz, que se posiciona contra a greve, se beneficiou para ingressar na universidade”.

CONTINGENCIAMENTO

Do Decreto 61.061 de 16/01/2015, publicado no Diário Oficial de 17/01/2015, que fixa normas para execução orçamentária e financeira do Exercício de 2015 e que contingencia em R$ 36 mi o orçamento da Unesp (…), 90% do valor referente ao contingenciamento (R$ 32 mi) ocorrerá na dotação orçamentária do grupo ‘Pessoal e Reflexos’, o que não significa corte salarial, mas cautela em seu crescimento.

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