Uma Vespa Vintage elétrica importada e um carro clássico, o Miura dos anos 80

Elas são o futuro da mobilidade urbana e contribuem para a redução da poluição sonora. Os veículos elétricos são escolhas modernas, sustentáveis e eficientes, e estão cada vez mais comuns, inclusive aqui em Rio Claro, fazendo sucesso com pessoas de todas as idades.

Foi no encontro de carros antigos do Antigo Auto Clube de Rio Claro (AACRC) que vimos a Vespa Vintage elétrica, ano 2020, origem chinesa, do aposentado Athiê José Fuzaro.

“É totalmente elétrica, 100% elétrica, a bateria é de lítio, tem autonomia de 80 quilômetros e corre até 40 km/h”, comenta, entusiasmado.

Athiê José Fuzaro na Vespa Vintage elétrica, ano 2020
Vagner Luiz Letizio com seu Miura Saga 1987

O modelo totalmente retrô foi adquirido para uso no dia a dia pelo aposentado. Devido a seu baixo consumo, Athiê diz que vai para todos os lugares da cidade com ela: “você não gasta nada, é só pôr na tomada pra carregar, tem bastante utilidade”, completa.

Para o uso do veículo não é exigida habilitação ou licenciamento, o documento é só a NF. Capacete também não é obrigatório, mas é importante para a segurança do condutor, então Athiê usa sempre. Uma das opções de que mais gosta nela é o motor silencioso, igual ao de uma bicicleta elétrica. “É gostoso porque o pessoal vê a gente passar e não escuta nenhum barulho, não faz nenhum ruído, é divertido e prazeroso andar com ela”, finaliza.

Outro ‘achado’ no evento foi o Miura na cor branca, modelo Saga de 1987. “Tem mecânica da Volkswagen, igual à do Santana, é um carro bastante confiável nessa parte, e a carroceria de fibra de vidro não enferruja, o que é uma característica boa para um carro antigo, você nunca vai ter problema com ferrugem”, comenta o proprietário do clássico, Vagner Luiz Letizio.

Inspirado em modelos europeus, como Porsche e Lamborghini, o carro esportivo foi sucesso no Brasil nas décadas de 80 e 90. A versão Saga era topo de linha da marca, seu forte eram os itens de série: teto solar, bancos de couro, ar-condicionado e trio elétrico. Veio com motor 1.8 e 92 cv alcançava 175 km/h e, segundo a fábrica, ia de 0 a 100 km/h em 13 segundos.

Seu destaque mecânico eram freios a disco nas quatro rodas, os faróis escamoteáveis (escondidos na carroceria do carro) também foram sinônimo de estilo em décadas passadas, encontrados principalmente em carros esportivos de luxo, um recurso não utilizado há pelo menos duas décadas.

Vagner é engenheiro mecânico aposentado e associado do AACRC, comenta que, apesar do carro não ter placa preta, poderia, pois está bem original. “Já tive diversos carros antigos, eu escolhi esse carro por causa da mecânica dele ser uma mecânica mais fácil, por ser fibra de vidro e ser um carro bastante clássico, era objeto de desejo na época quando ele era novo e eram carros muito caros na época”, explica.

Afirma que o valor do veículo hoje é bem mais acessível, mas é um carro bastante procurado, então isso encarece um pouco. O Miura é uma realização pessoal para Vagner, ele fala sobre estar em um evento com o carro: “Esse é o momento em que a gente consegue ter uma retribuição do esforço que a gente faz para mantê-lo”, comenta, sorrindo.

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