Carine Corrêa

Documentos internos da Fundação Municipal de Saúde (FMS) foram depositados irregularmente em uma estrada de terra na Rua 1, bairro Jardim Novo II, sentido ao município de Santa Gertrudes. A denúncia foi encaminhada na fanpage oficial do Jornal Cidade. De acordo com o denunciante, os papéis foram despejados em um “lugar mais conhecido como ponte do esqueleto”, detalhou o internauta.

A FMS informou, via assessoria de imprensa, que “ao ser informada do ocorrido, a Fundação Municipal de Saúde enviou equipe ao local mencionado com o propósito de recolher o material. A Fundação de Saúde irá apurar as circunstâncias que levaram ao fato e, se for o caso, punir os responsáveis. A Fundação ressalta ainda que orienta seus funcionários a picotarem todos os papéis que são descartados”. A assessoria ainda disse que, no fim da tarde dessa sexta-feira (10), a equipe retirou os papéis que foram depositados na estrada de terra.

Suposições

Segundo apurou o JC, há suspeitas de que os documentos teriam vindo do antigo prédio do Serviço Especializado em Prevenção e Assistência para DST/Aids/Hepatites Virais (Sepa) – que funcionava na estrutura da antiga Unesp do bairro Santana. Ainda apurou-se que os papéis seriam vendidos a uma reciclagem privada situada próximo ao lugar do depósito, no entanto, quando se deparou com a origem do documento, o proprietário teria se recusado a comprar o material, que então foi despejado irregularmente em via pública.

Exposição

Um dos documentos que foram encaminhados ao JC detalha nome de pacientes, matrícula, idade e procedência. Ele ainda detalha o nome do médico responsável e a data da ‘agenda médica’: 10 de outubro de 2015 e refere-se a pacientes do Sepa. Em uma das imagens acima, consta um envelope da Fundação Municipal de Saúde com ‘Relatório 2015’. Observando ao fundo dos envelopes, é possível notar formulários preenchidos por pacientes.

Suspeita

A reportagem do JC apurou que os documentos podem ter vindo do prédio que abrigava a antiga Unesp no bairro Santana. A primeira suspeita é que teriam sido levados para uma reciclagem particular no bairro Jardim Novo II. O proprietário teria se recusado a comprar o material depois de saber sua origem. Com a recusa, suspeita-se que o ‘vendedor’ despejou os papéis na via pública.