Segundo estudo do Instituto de Oceanografia da Universidade de São Paulo (USP), 33% do plástico consumido no Brasil pode chegar aos oceanos. Foto ONU/Martine Perret.

Data comemora seu 50º aniversário e reforça a importância da preservação do meio ambiente e do uso responsável dos recursos naturais 

Nesta segunda-feira, dia 05, é comemorado o Dia Mundial do Meio Ambiente que chega ao seu 50º aniversário este ano. Criada pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 1972, a data tem o objetivo de relembrar as pessoas da necessidade de preservação do meio ambiente e do uso responsável dos recursos naturais. 

Neste ano, o tema lançado pela ONU para o dia é “soluções para a poluição plástica”, com o foco em promover a reflexão da população, empresas e órgãos públicos sobre a questão e pensar em soluções que possibilitem a redução do consumo de plástico e o descarte incorreto do material.

Segundo a organização, mais de 400 milhões de toneladas de plástico são produzidas a cada ano em todo o mundo e menos de 10% são reciclados. Um dos grandes problemas disso é que parte de todo esse plástico vai parar nos oceanos prejudicando e contaminando a vida marinha.

Se engana quem pensa que ao jogar plástico em cidades que não são litorâneas não contribui para a poluição. Um estudo do Instituto de Oceanografia da Universidade de São Paulo (USP), divulgado em 2022, demonstrou que um terço de todo plástico consumido no país tem grande chance de parar no oceano e 67% chegam ao mar pelos rios. Ou seja, aquele papel de bala, aquela garrafa de água, entre outros que são jogados em Rio Claro e Santa Gertrudes também podem contribuir para a poluição dos oceanos.

Prejuízos também ao sistema de esgoto

Os prejuízos causados ao meio ambiente pelo descarte incorreto de plásticos (e outros resíduos) não param por aí. A BRK, concessionária responsável pelos serviços de esgoto de Rio Claro e de água e esgoto de Santa Gertrudes, reforça que o descarte incorreto dos plásticos também prejudica as redes coletoras de esgoto.

Ao jogar em pias, privadas e ralos itens como cotonetes, tampas de pastas de dentes, entre outros materiais plásticos, a coleta pode ser comprometida pelo entupimento da tubulação o que pode ocasionar o extravasamento do efluente e causar prejuízos à saúde da população e ao meio ambiente.

Em Rio Claro, só no primeiro bimestre de 2023, 68 quilômetros de tubulações foram limpos.

A concessionária atua de forma preventiva para evitar essa situação com ações como a lavagem preventiva das redes de esgoto. Em Santa Gertrudes, em 2022, a limpeza abrangeu 28,8 quilômetros de tubulação. A quantidade é 20,6% maior do que a registrada em 2021 – quando 23,8 quilômetros das tubulações passaram pela limpeza.

Em Rio Claro, só no primeiro bimestre de 2023, 68 quilômetros de tubulações foram limpas. A extensão representa um aumento de 5% no comparativo com o mesmo período de 2022, quando 65 quilômetros de redes receberam a limpeza preventiva. 

“Buscando promover o acesso ao saneamento para muito além do básico, a BRK tem o compromisso de contribuir com ações que promovam a preservação da biodiversidade das cidades onde atua”, destaca Daniel Makino, gerente de apoio operacional da BRK.

Descarte correto de resíduos

Segundos dados do Instituto de Oceanografia da USP, cada brasileiro produz, em média, 16 quilos de lixo plástico por ano. Quando esse material não é destinado corretamente, a seleta coletiva não acontece ou ainda quando o plástico não é reciclável os impactos ao meio ambiente são enormes.

Cada um na sua casa pode ajudar a reduzir esses impactos seguindo alguns passos como: separar o lixo por tipo de material, lavá-los e embalá-los corretamente, pesquisar qual a destinação de cada material, entre outras ações que estão disponíveis clicando aqui.

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