Marcos Guilherme Veloso – Oficina Geek

No longa, vemos o herói reconhecido por poucos, aproveitando o anonimato da maneira mais calma possível. O filme tenta nos mostrar, muito previamente, como os traumas seguem na cabeça de John Rambo, mas de maneira gratuita e falha.

No momento em que os conflitos começam a se formar vemos novamente o estereótipo do mal absoluto que deve ser derrotado por Rambo, personagens sem camadas positivas e sem chance alguma de gerar empatia do público. O filme também falha ao tentar fazer críticas sociais – o que só conseguiu em Rambo: Programado para Matar.

Chegada a parte da ação, aí sim vemos a essência de toda a franquia Rambo e o exército de um homem só. O longa nos entrega cenas brutais das quais é difícil não desviar o olhar. Mas até na pancadaria o filme tem um problema, a falta de dificuldade. Não temos equilíbrio em momento algum.

No primeiro embate, Rambo é rapidamente derrotado e largado na vala para morrer, sem ter tido chance alguma na briga. Na “revanche” ele é quem consegue a vitória sem dar chance alguma para os vilões do filme. O final deixa em aberto a possibilidade de futuros filmes, que provavelmente não irão acontecer.

Stallone mostra que conhece o personagem e, assim como Rocky Balboa, entrega uma atuação honesta, que somente ele poderia entregar. Com personagens muito caricatos e algumas homenagens Rambo é um bom passatempo e uma pedida para quem gostou dos primeiros e gosta de nostalgia, mas não esperem mais do que cenas de ação e muitos tiros.

Rambo: Até o Fim é a grande estreia da semana.

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