Cooperviva (Cooperativa de Trabalho dos Catadores de Material Reaproveitável de Rio Claro)

Adriel Arvolea

Cooperviva (Cooperativa de Trabalho dos Catadores de Material Reaproveitável de Rio Claro)
Cooperviva (Cooperativa de Trabalho dos Catadores de Material Reaproveitável de Rio Claro)

Com a proibição da entrada de catadores no antigo lixão de Rio Claro, por questões sanitárias e de segurança, 199 pessoas que encontravam em meio ao lixo condições para prover o próprio sustento, recolhendo e vendendo materiais recicláveis e outros objetos, tiveram que buscar outra alternativa. Um empresário, então, alugou um galpão no Jardim Guanabara e o pessoal passou a trabalhar nesse local, com a mesma tarefa.

Por questões administrativas, o projeto foi encerrado e os 199 catadores passaram a trabalhar numa central de triagem. Insatisfeitos com a remuneração, um a um saiu, ficando somente Inair Francisca da Rocha Marcelino. Perseverando no trabalho, aprendeu as técnicas da reciclagem e encontrou disposição e motivação para ampliar suas metas.

Em meio a lutas e desafios, dona Inair é exemplo de sucesso. Há 12 anos, preside a Cooperviva (Cooperativa de Trabalho dos Catadores de Material Reaproveitável de Rio Claro). São 42 trabalhadores com salário e garantia de direitos. Além disso, a iniciativa levou o município a atingir 100% de bairros atendidos com a coleta seletiva.

“São 12 anos de história; 12 anos de luta. Não foi fácil, mas com empenho e apoio das administrações municipais, chegamos até aqui. Quero ver a Cooperviva crescer cada vez mais. Para isso, contamos com o apoio da comunidade para que separe o material reciclável e nos doe”, comenta a presidenta da cooperativa. Além disso, a Cooperviva está ganhando destaque internacional. O serviço dos cooperados foi tema de trabalhos apresentados recentemente na Espanha, México e Portugal, enquanto municípios paulistas têm a procurado como referência para o setor.

Por mês, são comercializadas 120 toneladas de material reciclável. São compradores de Rio Claro e região. E se para uns é lixo, uma garrafa Pet, por exemplo, é sustento para os trabalhadores. “Não importa o material ou quantidade. Tiramos o sustento de mais de 40 famílias por meio da reciclagem”, comenta a vice-presidenta, Maria Aparecida de Oliveira. Para mais informações: (19) 3536-5024 – Rua Meridian, s/nº, Distrito Industrial.

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