Favari Filho
Caminhando pelas ruas do Centro é possível notar uma constante mudança de endereços dos comércios de pequeno e médio porte. Os comerciantes trocam de localização devido a uma infinidade de fatores, que vão desde redução de custo fixo a reposicionamento estratégico. Pensando nisso, o Jornal Cidade procurou buscar os motivos dessa constante alternância.
Procurada, a Associação Comercial e Industrial de Rio Claro (Acirc) informou que não mantém um monitoramento sobre as constantes mudanças de endereço, porque acredita que a decisão é particular, ou seja, do empresário, mas que acompanha de maneira informal, pois muitas lojas estão no mesmo endereço há anos e a troca chama a atenção.
Segundo a Acirc, as mudanças não ultrapassam um raio de trezentos metros, “pois existe a preocupação dos empresários em manter seu estabelecimento próximo ao local original, não interferindo na rotina de seus clientes”. A oferta acentuada de imóveis no Centro da cidade faz com que haja uma tendência na redução dos aluguéis e, segundo a Acirc, esse fenômeno acontece no momento.
Um motivador da troca de endereço pode ser o excesso de impostos. Contudo, a entidade rio-clarense aponta: “O excesso de impostos é um fator que limita o lucro de um negócio, porém a falta de conhecimento e de gestão pode levar um estabelecimento a fechar prematuramente”. A falta de planejamento financeiro é outro fator que contribui para os maus resultados alcançados por alguns empreendedores.
“A falta de capital de giro coloca a empresa à mercê dos resultados de vendas diárias para saldar os compromissos, minando o crédito e desanimando o empreendedor”, assinala. O importante para os comerciantes que não querem mudar de endereço para não afetar o lucro é calcular os riscos antes de empreender.
A associação revela algumas dicas para os empresários manterem os seus negócios intactos. “O treinamento da equipe é essencial para que não haja oscilações na receita. Incentivar os colaboradores em destaque também é um fator relevante. Rever os fornecedores e negociar melhores compras. Focar em produtos de alto giro, evitando acúmulo no estoque. Fazer cortes inteligentes e decidir investimentos de forma criteriosa, que visem alavancar as vendas e não somente a estética.”