No início da década 60 ela era apenas mais uma picape nas ruas do Brasil, hoje causa um frisson em qualquer pessoa. A picape 3.100 ficou conhecida pelo nome de Chevrolet Brasil por ter sido o primeiro veículo feito pela marca no País. A produção teve início em 1958, em São Caetano do Sul. Foi substituída em 1964 pela linha C10. A versão brasileira possui estilo especial e a sua cabine só foi produzida no Brasil, era uma mistura de modelos norte americanos já consagrados por lá.
O mecânico de autos Vanderlei Camargo da Costa “Mel” de 46 anos, adquiriu a Chevrolet Brasil 1963 cinco anos atrás. A picape tem detalhes exclusivos como linhas arredondas, dois vidros na traseira e a “gravatinha” da GM com o mapa do Brasil que a torna única.
A carroceria é original com tamanho padrão de uma caminhonete nova. Tem motor 4.1 6 cilindros e 145 cavalos de potência. No interior a cabine comporta 3 pessoas, tem câmbio manual e o painel com velocímetro que marca até 160 km/h. No porta luvas Mel guarda a foto da caminhonete na cor original: azul e branco.
“Originalidade é só a lata mesmo porque a parte mecânica é tudo Silverado (nome da maior picape da marca). Essa cor é amarelo, ela original era branca e azul” explica o mecânico. E continua: “ela tem uma Silverado inteira em baixo, 6 cilindros turbinado a diesel” ele comenta que é uma outra caminhonete, mecânica toda moderna, diferente da original.


“É difícil achar uma camioneta dessa, mas tem outras na cidade, porém as pessoas não andam com ela… a minha não, a minha eu ando com ela todo dia”. Mel deixa a Chevrolet Brasil estacionada na borracharia de sua propriedade, no bairro Consolação, mas durante o expediente a picape fica parada na rua chamando a atenção de quem passa. “As pessoas que tem é mais para exposição a gente não, a gente pega viaja, usa no dia a dia”.
E Mel viajou para o Guarujá, diz que gostou “é muito confortável e corre bem, dá pra chegar a quase 200 km/h” conta que também é econômica “faz 12 km por litro na cidade, na pista faz 16… dá pra viajar tranquilo”.
Mas apesar de todo esse luxo diz que vai vender a raridade “eu enjoei, já faz 5 anos que eu estou com ela e agora terminou a reforma, não tem mais o que fazer, então estou vendendo”. O mecânico explica que uma boa parte da reforma ele quem fez, a funilaria pintou novamente e mexeu mais um pouco no motor.
Está pedindo 200 mil reais, mas diz que vale mais. Comenta que uma do mesmo tipo, dependendo do estado, pode chegar a 350 mil. Quer uma mais antiga, agora da marca da Ford, fala que já está até pesquisando, parece que virou hobby e comenta sorrindo: “agora é pegar outra pra fazer tudo de novo”.

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