Os casos de violência sexual em Rio Claro estão com dados alarmantes. Estatísticas da Secretaria da Segurança Pública (SSP), do Governo do Estado de São Paulo, registram que ocorrências envolvendo estupro de vulnerável, ou seja, estupro contra menores de 14 anos cresceram 250% neste ano quando comparados com 2016.

Somente entre os meses de janeiro e outubro de 2017 foram registrados 28 casos em Rio Claro, sendo 21 deles de vulnerável. No mesmo período do ano passado, apenas seis ocorrências. Os dados públicos podem ser consultados no portal da SSP na internet: www.ssp.sp.gov.br.

Justiça

Um caso recente envolve uma menina de apenas cinco anos de idade. A mãe, que terá a identidade preservada por questão de segurança, denunciou ao setor policial que um parente, um homem de 38 anos, teria estuprado a filha quando ela esteve em sua residência. A mãe tinha um compromisso e deixou a criança junto aos tios. Depois que retornou e pegou a filha de volta, a garota relatou à mãe que o tio tinha tirado sua roupa e colocado os dedos no seu órgão genital.

Em decorrência disso, a criança foi levada à Unidade de Pronto-Atendimento do Cervezão para exames. A médica responsável constatou o fato em documento oficial. Um boletim de ocorrência foi registrado no plantão policial. O acusado prestou depoimento e foi liberado. No dia seguinte, não foi mais encontrado e atualmente encontra-se foragido.

“Enquanto minha filha sofre, ele está solto por aí. Eu levei ela para a psicóloga, que confirmou o que minha filha disse. Têm dias em que ela não come, só chora pedindo pelo pai dela, não fica perto de nenhum homem. Tudo que falamos para ela a faz chorar, não quer ir para a escola. Minha filha mudou”, desabafa.

Inquérito

A reportagem do Jornal Cidade entrou em contato com a Polícia Civil de Rio Claro para obter mais informações sobre as investigações desse caso. De acordo com a delegada Drª Patrícia Rosa, da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), um inquérito está instaurado para averiguar a denúncia. “É preciso muita cautela. Estamos aguardando o exame do médico legista, do Instituto Médico-Legal (IML). No entanto, providências já estão sendo tomadas”, afirma.

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