Medo, tristeza e prejuízo. Assim tem sido a vida de muitas pessoas que vivem no campo. O Jornal Cidade já relatou em suas páginas, por inúmeras vezes, casos de violência em que bandidos ameaçam famílias e até mesmo praticam agressões em crimes de roubo. No fim do ano passado, moradores do Distrito de Ferraz pediam um olhar mais apurado das autoridades de segurança e políticos para a onda de violência nas propriedades e chegaram até mesmo a protocolar um documento na Câmara Municipal no qual falavam dos problemas enfrentados aos vereadores.

Mas, além dos moradores, outro alvo tem sido os animais, principalmente bovinos e cavalos. Para o presidente do Sindicato Rural de Rio Claro, Ricardo Schmidt, já houve épocas piores, mas isso é relativo, pois é um crime migratório cujos autores fazem um rodízio pela região: “O furto de animais sempre aconteceu. Estamos em uma região problemática, extensa em áreas rurais, por isso os ladrões vão variando as cidades em que agem. Uma hora estão em Rio Claro, depois se concentram em propriedades em Corumbataí, Araras, Brotas, depois voltam para Rio Claro, tudo no intuito de despistar as autoridades de segurança”, diz.

Outro ponto que o presidente do sindicato destaca é a questão da descrença e principalmente burocracia que as vítimas têm que enfrentar na hora de registrar um boletim de ocorrência: “Sempre orientamos a fazer o boletim de ocorrência, pois isso aumenta as estatísticas, porém essa questão do registro eletrônico fica complicado. Muitos não têm experiência com computadores e, quando acessam, não conseguem concluir, pois é necessário colocar um endereço, um número, rua, avenida, e isso na área rural não existe. O sistema pensa e serve para moradores da área urbana e não da rural. Temos bons policiais e guardas que atuam realizando o patrulhamento rural. Profissionais que têm conhecimento, mas são poucos para toda uma região. Nesta parte estamos defasados”, conclui Ricardo.

Um dos casos mais recentes envolvendo furto de animais aconteceu no km 1 da Vicinal Nicolau Marotti em uma propriedade do prefeito de Corumbataí – Leandro Martinez. Dois garrotes e uma égua foram levados no último fim de semana. Nas redes sociais, o chefe do Executivo fez um apelo, já que um dos animais é de estimação: “Eu gostaria da ajuda de todos. O gado só por Deus, acho difícil, mas a égua tem um valor sentimental. Eu nunca iria vender ou trocar, é da minha filha desde que ela nasceu. Isso entristece muito a gente que luta e trabalha pelo melhor da população. Quem souber de algo pode entrar em contato com a delegacia de Corumbataí no 3577-1222. Estamos oferecendo uma recompensa”, diz o prefeito.

Entre os animais furtados está a égua que atende pelo nome de Pampinha ou Floresta. O animal pertence à família do prefeito de Corumbataí, Leandro Martinez, que fez apelo pela devolução
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