O prédio está em situação de abandono há cerca de 10 anos, segundo moradores e comerciantes da região; salas que antes abrigavam laboratórios de diversas disciplinas hoje sofrem com a depredação

Laura Tesseti

Novamente o prédio que abrigava o antigo Colégio Vocacional de Rio Claro, localizado na Rua 2, no bairro Vila Operária, é motivo de reclamação por parte dos moradores e comerciantes da região.

Com mato alto e diferentes tipos de materiais descartados irregularmente no local, o espaço ao lado da Escola Estadual Chanceler Raul Fernandes é criadouro de mosquitos e animais peçonhentos. E ainda abriga usuários de drogas e moradores de rua.

“Já gastei todo o arame que tinha para poder deixar o portão fechado”, conta Ariovaldo Correa, que mora próximo da área. “É preciso dar uma destinação correta e adequada para esse prédio, é grande, espaçoso e serve para muitas coisas”, aponta. O comerciante Clayton Roth também partilha da mesma ideia de Ariovaldo: “Precisamos de providências, pois a insegurança é grande e a quantidade de insetos é assustadora. Esse prédio precisa de melhorias e uma destinação correta”, opina.

NOVO PRÉDIO

Pertencente ao Governo do Estado, após reformas, o prédio passaria a abrigar a Etec Professor Armando Bayeux da Silva. E nessa espera já se passaram cerca de seis anos.

Questionado, o Centro Paula Souza, responsável pela Etec de Rio Claro, localizada na região central, informou por meio de assessoria de comunicação que foi realizada uma vistoria na área que pertencia à E.E. Chanceler Raul Fernandes para se levantarem as intervenções necessárias. Os dados estão sendo analisados para que sejam tomadas as providências cabíveis.

O deputado estadual Aldo Demarchi atribui a demora das obras no espaço à crise financeira do país: “A transferência da Etec ‘Bayeux’ para o Chanceler está em discussão há pelo menos seis anos, mas avançou a partir do segundo semestre de 2014, quando os técnicos do Centro Paula Souza apresentaram o projeto arquitetônico das reformas à Prefeitura. Foram sugeridas algumas alterações e o projeto executivo saiu por volta de março de 2015 e custou R$ 1,1 milhão. Logo na sequência, porém, ocorreu a crise na economia do País e a consequente queda na arrecadação de tributos, o que prejudicou a realização da obra”, explica. O deputado prossegue: “no âmbito da Assembleia Legislativa, tenho apoiado a iniciativa por meio de emendas orçamentárias e contatos com o Centro Paula Souza e a Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico”, diz Demarchi, aluno do Bayeux na década de 1960. “Vamos trabalhar para que eventuais entraves sejam superados e a reforma seja concluída”, promete.

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