ARTUR RODRIGUES
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Um anúncio publicado em um site de vagas de emprego exige que o candidato esteja vacinado com imunizante da Pfizer. A vaga é para governanta, em Campinas. Embora a vaga seja para governanta, o trabalho inclui a maioria dos serviços domésticos, como fazer as vezes de babá e limpar a casa. No caso desta vaga, a escolha pelo imunizante é listada ao lado de outras exigências, como ser cuidadosa, organizada, disciplinada e ter boa bagagem cultural. O salário previsto é de R$ 1.600, com contração via MEI (Microempreendedor Individual).

Nos postos de saúde paulistanos, há muitas pessoas buscando saber se naquele ponto o imunizante é da Pfizer. Muitos procuram a vacina norte-americana pela alta taxa de eficácia (95%) e por ela ser uma das que seriam incluídas em um possível passaporte Covid em países como os EUA.

Atualmente, as vacinas disponíveis no Brasil são: Coronavac (parceria entre Sinovac e o Instituto Butantan, ligado ao governo paulista), Oxford/AstraZeneca (produzida no Brasil pela Fiocruz e adquirida pelo governo federal) e a vacina Pfizer/BioNTech (também adquirida pelo governo federal).

As vacinas têm taxas de eficácia diferentes: a da Coronavac é de 50,38%, a da AstraZeneca, 70%, da Pfizer/BioNTech, 95%, e a da Janssen é de 66%. Segundo especialistas, as taxas de eficácia, divulgadas pelas desenvolvedoras das vacinas, não podem ser comparadas diretamente porque cada estudo tem sua metodologia própria e, principalmente, um período de desenvolvimento do ensaio clínico distinto.

A sua assinatura é fundamental para continuarmos a oferecer informação de qualidade e credibilidade. Apoie o jornalismo do Jornal Cidade. Clique aqui.