O advogado rio-clarense Irineu Carlos de Oliveira Prado em entrevista no estúdio da Rádio Excelsior Jovem Pan

Ednéia Silva

O advogado rio-clarense Irineu Carlos de Oliveira Prado em entrevista no estúdio da Rádio Excelsior Jovem Pan
O advogado rio-clarense Irineu Carlos de Oliveira Prado em entrevista no estúdio da Rádio Excelsior Jovem Pan

O Governo do Estado pretende publicar no ano que vem o edital para viabilizar a reativação do trem de passageiros. O projeto é uma alternativa para desafogar o trânsito. O sistema de trens regionais ligaria a cidade de São Paulo ao interior paulista com estações em Água Branca, Jundiaí, Louveira, Vinhedo, Valinhos, Campinas, Sumaré, Nova Odessa e Americana.

O projeto prevê o aproveitamento da malha ferroviária existente, por isso precisaria apenas de adaptações e melhorias, o que reduziria custos estimados em cerca de R$ 5 bilhões. Batizada de Trem Inter-Cidades (TIC), a linha é um projeto antigo do governo. Agora, o assunto voltou à tona depois que a Secretaria Estadual de Logística e Transportes apresentou dados que mostram que as rodovias Bandeirantes e Anhanguera ficarão saturadas e poderão entrar em colapso a partir de 2020.

O projeto do governo estadual renovou as esperanças do advogado rio-clarense Irineu Carlos de Oliveira Prado de revitalizar o trem de passageiros em Rio Claro. Filho de ferroviário, Prado enviou ofícios a várias autoridades, inclusive o prefeito Du Altimari e o deputado Aldo Demarchi, e entidades pedindo apoio para o projeto.

Para ele, não há empecilhos para que a linha ligando a capital a Americana não tenha o percurso estendido até Rio Claro, que tem grande tradição ferroviária, Além disso, as duas cidades estão separadas por apenas 50 quilômetros.

Segundo ele, o trajeto de Rio Claro até a Estação da Luz em São Paulo levaria cerca de três horas. Ele lembra que antes havia 12 horários saindo da estação na Rua 1. Os trens passavam por Limeira, Americana, Campinas e Jundiaí até chegar a São Paulo. A viagem era tranquila e jamais foram registrados acidentes com trens de passageiros.

Prado está esperançoso de que o projeto da CPTM faça o projeto local deslanchar e sair do papel. “Se nós pedirmos e nos mobilizarmos, vamos conseguir”, disse à Rádio Excelsior Jovem Pan nessa quinta, conclamando a população a pressionar o poder público para viabilizar o projeto.

Ele acredita que a malha ferroviária existente, usada apenas para transporte de carga, poderia ser adequada ao transporte de passageiros sem a necessidade de um grande aporte financeiro. Prado comenta que o transporte de passageiros funciona bem em outros países.

Para aqueles que acham que a circulação de trens na cidade atrapalha, Prado declara que, com planejamento e organização, não haverá problemas. “Campos do Jordão tem bonde que passa dentro da cidade”, lembra. Além disso, ele comenta que o trem de passageiros não inviabiliza a construção da via rápida às margens da linha férrea planejada pela prefeitura.

“Meu desejo é que essa iniciativa mereça atenção daqueles que amam Rio Claro e que queiram reviver o transporte ferroviário de Rio Claro. Se todos cobrarem, pode acontecer”, conclui Irineu Prado.

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