Lucas Calore

O setor do comércio rio-clarense enfrenta dificuldade. Além das baixas vendas registradas mesmo em datas fortes do calendário de comemorações, as equipes dos estabelecimentos estão sendo reduzidas. Isso porque, de acordo com o Sindicato dos Empregados do Comércio de Rio Claro, de janeiro a junho de 2016 foram 1.146 rescisões. No mesmo período do ano passado, 1.116.

Segundo o presidente do sindicato, Dorival Bueno da Costa, muitos são postos de trabalho que são fechados e não serão repostos. “É provável que tenham novas demissões até o fim do ano, que não será festivo. Não vejo que isso vai estabilizar em curto prazo. Deve-se decidir o momento político do país. É preocupante”, afirma.

Metalúrgicos

Já, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de Limeira, Rio Claro e Região, entre janeiro de 2016 e maio de 2016, foram realizadas 576 homologações em Rio Claro para trabalhadores com registro em carteira acima de 12 meses.

Químicos

No setor químico, foram em torno de 1.400 demissões entre janeiro de 2015 e maio de 2016. O presidente atual do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Material Plástico, Químicas e Farmacêuticas de Rio Claro e Região, Francisco Quintino, vê que o cenário está bastante desfavorável.

“O momento da crise econômica vem ao encontro da crise política, que interfere no investimento e gera insegurança nas empresas. Fica tudo parado esperando a política tomar novo rumo. Não temos perspectiva de quando as coisas voltarão ao normal”, revela.

País

De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, o Brasil reduziu nos últimos 12 meses um acumulado de 1.825.609 vagas formais. Esse levantamento leva em conta a diferença entre demissões e contratações.

Somente no mês de abril de 2016, o país fechou 62.844 vagas com carteira assinada. No topo dessa lista aparece o comércio, com 30.507 demissões, seguido pelo setor da construção civil, que acumula 16.036 vagas reduzidas.