As famílias inscritas no CadÚnico (Cadastro Único) podem ter benefícios sociais suspensos e até cancelados se não atualizarem seus cadastros. A partir de julho de 2023, esse público também corre o risco de ser excluído do cadastro, segundo o Ministério da Cidadania.
O QUE É O CADÚNICO?
O CadÚnico é o principal meio de incluir a população de baixa renda em programas sociais, como o Auxílio Brasil, por exemplo. Com a repercussão do aumento do benefício, de R$ 400 para R$ 600 com a PEC dos Auxílios, muitas famílias passaram a procurar os postos de atendimento. Na semana passada, o UOL visitou um deles em Salvador (BA) e observou filas que davam a volta no quarteirão. Muita gente saía de lá sem conseguir resolver o problema.
Diante das filas, o Ministério da Cidadania prorrogou o prazo para que essas famílias atualizem seus dados e, assim, continuem recebendo seus benefícios.
“A atualização cadastral é fundamental para assegurar a qualidade dos dados e garantir que as informações registradas na base do Cadastro Único estejam sempre de acordo com a realidade das famílias. Programas sociais como o Auxílio Brasil, o BPC [Benefício de Prestação Continuada] e a Tarifa Social de Energia Elétrica exigem que o cadastro esteja atualizado para que as famílias possam receber os benefícios”, explicou a pasta, em nota.
QUANDO AS FAMÍLIAS DEVEM ATUALIZAR OS DADOS?
As famílias inscritas no CadÚnico devem atualizar seus dados a cada dois anos ou sempre que houver alguma alteração. Se um cidadão é convocado para averiguação ou revisão desses dados, ele deve ir a um CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) ou a um posto de atendimento do CadÚnico na sua cidade.
COMO SABER SE PRECISO ATUALIZAR OS DADOS? Há dois processos diferentes para checagem dos dados do CadÚnico, segundo o Ministério da Cidadania: a revisão cadastral e a averiguação cadastral.
Na primeira, o governo pede à família que atualize seu cadastro, caso esteja há mais de dois anos sem nenhuma mudança. Na segunda, as informações do CadÚnico são verificadas a partir de dados de outros registros administrativos federais. Se forem identificadas inconsistências nesse cruzamento, a família deve comprovar que segue tendo direito aos benefícios que recebe.
COMO SABER SE POSSO ME INSCREVER NO CADÚNICO?
Para saber se você faz parte de algum dos dois grupos, os cidadãos podem checar seu cadastro pelo aplicativo Cadastro Único ou pelo site cadunico.dataprev.gov.br. Nesta página, também é possível encontrar o endereço dos postos de atendimento. Para acessá-la, é necessário ter uma conta gov.br.
AVISOS DO GOVERNO
As famílias beneficiárias do Auxílio Brasil ainda receberão avisos no extrato de pagamento do benefício e pelo aplicativo do programa sobre uma eventual necessidade de atualização dos dados do CadÚnico. Já os beneficiários da Tarifa Social de Energia Elétrica podem receber comunicados na própria conta de luz.
Caso não haja correções ou atualizações a serem feitas, os beneficiários podem apenas confirmar seus dados no aplicativo do CadÚnico. Mas se alguma informação estiver errada ou incompleta, é necessário ir a um posto de atendimento para atualizar o cadastro.
Por causa dos impactos da pandemia de Covid-19, o Ministério da Cidadania escalonou o processo de revisão do CadÚnico. Em 2022, apenas as famílias com cadastros que foram alterados pela última vez em 2016 ou 2017 foram convocadas para atualizar os dados. Já as famílias que fizeram essa revisão em 2018 ou 2019 serão convocadas nos próximos anos.
VEJA TODOS OS PRAZOS:
Famílias que atualizaram o CadÚnico pela última vez em 2016 ou 2017 podem fazer a revisão dos dados até 31 de julho;
Quem está com algum problema no cadastro pode corrigi-lo até 31 de dezembro;
Para as famílias que estão há mais de dois anos sem revisar os dados, o prazo para continuar recebendo o Auxílio Brasil termina em outubro; para a Tarifa Social de Energia Elétrica, a data-limite é dezembro.
Apesar da queda do euro, que chegou a valer menos que o dólar pela primeira vez desde 2002, viajar para a Europa continua bem caro para os brasileiros. Isso ocorre porque o real permanece desvalorizado perante as duas moedas.
Segundo especialistas ouvidos pelo UOL, a paridade entre dólar e euro beneficia principalmente o viajante que recebe na moeda americana. Mas é possível tirar proveito da queda do euro? Economistas opinam.
A VIAGEM PARA EUROPA ESTÁ MAIS CARA OU BARATA? O economista Ricardo Macedo explica que a principal vantagem para o viajante neste momento ocorre na troca da moeda na casa de câmbio. Com o euro um pouco mais barato, é possível obter valores levemente maiores em espécie -o que significa comprar mais euros por um montante menor de reais.
O VALOR DO AÉREO REDUZIU? Não. O valor da passagem aérea continua pesando muito no bolso do viajante. De acordo com o economista Gilberto Braga, os bilhetes de passagens de avião acompanham o valor do dólar. Logo, os preços continuam elevados para o bolso do brasileiro.
E NO CASO DE HOSPEDAGENS? Braga avalia que poderia ocorrer uma diminuição do preço em dólar no valor das hospedagens, mas acredita que isso não vai ocorrer devido à demanda reprimida do turismo durante a pandemia. “As pessoas estão começando a voltar a viajar”, afirma.
VALE A PENA COMPRAR EURO AGORA? Sim, se você tem viagem marcada para as próximas semanas. Mas a recomendação dos especialistas é comprar moeda de forma fracionada, ou seja, aos poucos, para reduzir possíveis perdas lá na frente com a possibilidade de nova desvalorização.
A EUROPA FICOU MAIS BARATA PARA TURISMO? Com a queda do euro, é possível gastar menos com a compra da moeda, mas é importante lembrar que a inflação alta na Europa acaba por impactar o poder de compra também dos turistas, que terão que gastar mais para em alimentação e transporte pelo continente. Em junho, a inflação na zona do euro chegou a 8,6% em 12 meses.
O EURO DEVE CAIR MAIS? Para o economista e professor da FGV (Fundação Getúlio Vargas) Rubens Mario, o euro vem enfraquecendo perante o dólar desde o início da pandemia e a tendência é que a moeda americana continue se fortalecendo. “Os títulos americanos acabam pagando mais remuneração monetária, então o dinheiro vai para lá, o que fortalece ainda mais o dólar”.
QUAL DESTINO É MAIS BARATO: EUA OU EUROPA? Depende da data (alta ou baixa temporada), tipo de hospedagem e companhia aérea. Em busca feita em agências de viagem, é possível encontrar valores para a Disney (EUA), com aéreo para duas pessoas e hospedagem para cinco dias, por R$ 4.847. O pacote é para 2024. Para a Disney de Paris, um pacote semelhante sai por R$ 5.278 com o diferencial de contar um ingresso para o parque.
A Câmara Municipal vota na sessão ordinária desta segunda-feira (18) o projeto de lei de autoria do prefeito Gustavo Perissinotto (PSD) que autoriza convênio do município com o Claretiano – Centro Universitário para que os estudantes do curso de Medicina atuem na rede pública de saúde através do SUS acompanhando médicos-docentes. A proposta de lei será apreciada em primeiro turno pelos vereadores.
De acordo com o texto, será criado o Programa de Preceptoria para as atividades de graduação de medicina do Claretiano e institui a bolsa indenizatória de preceptoria, denominada “contribuição preceptoria”. Segundo o projeto, seu pagamento será de responsabilidade da instituição de ensino, não cabendo nenhum ônus à Fundação Municipal de Saúde.
Segundo justifica no documento, o prefeito Gustavo afirma que “outro aspecto relevante do projeto de lei refere-se a garantir que as atividades do estágio não poderão prejudicar a produtividade daqueles servidores que realizarão as atividades de preceptoria, nem tampouco criar embaraços, dificuldades ou perda de qualidade no atendimento aos usuários do SUS. Acreditamos que nesses locais a qualidade do atendimento dos usuários será aperfeiçoada”, declara.
“Faz parte do treinamento deles de forma supervisionada. Eles podem colocar na prática os conhecimentos, mas sempre supervisionados pelos médicos-docentes. Nas unidades, os alunos estarão observando e aprendendo como fazer o acolhimento aos pacientes e os atendimentos”, explica ao JC a presidente da Fundação Municipal de Saúde, Giulia Puttomatti. O programa será implantado nas unidades do Jardim Novo, Bonsucesso, Mãe Preta, Terra Nova, as duas UPAS e no futuro Hospital-Dia.
Atividades
São atividades cotidianas e rotineiras dos alunos: acompanhar as consultas médicas, prestando atenção na forma como o médico as conduz e na forma como faz seus registros; desenvolver atividades clínicas supervisionadas, com anuência do paciente, mantendo foco na coleta de dados (anamnese), no desenvolvimento de habilidades para a realização de exame físico, nos cuidados com o registro e na conduta diagnóstica e terapêutica; entre outros.
Passar por uma consulta médica, receber o diagnóstico e a receita para obter o medicamento necessário para o tratamento, mas travar uma batalha para consegui-lo, tem sido a dificuldade de muitas famílias.
A empresária Danielle Bilatto passou por esse problema recentemente para conseguir um antibiótico para sua filha, de apenas dois anos e nove meses.
“Ela estava com infecção no ouvido e o otorrino passou amoxicilina e clavulanato. Aí que começou nossa busca. Procurei em farmácias de Rio Claro, Santa Gertrudes, Corumbataí, Limeira e até Piracicaba, mas não obtivemos sucesso”, conta a mãe.
Danielle chegou a postar nas redes sociais que buscava o medicamento e com ajuda de amigos e conhecidos conseguiu o medicamento.
“O médico explicou que esse medicamento era o indicado para tratar o problema, então buscamos de todas as maneiras”, relata a moradora de Santa Gertrudes. A filha da empresária recebeu atendimento na rede particular.
DIFICULDADE
A dificuldade da gertrudense não é única, muitas pessoas estão enfrentando dificuldades para conseguir comprar diversos medicamentos, embora os antibióticos sejam os que apresentam maior ausência nas prateleiras.
Na rede pública municipal, a Fundação de Saúde destacou que a situação do mercado farmacêutico tem trazido reflexos negativos também para os municípios. A Fundação apontou ainda que acompanha de perto a situação e tem empenhado esforços para que não faltem medicamentos na rede pública de saúde.
ENQUETE
O Jornal Cidade realizou uma enquete através do Instagram (@jcrioclaro), perguntou aos internautas se estavam encontrando dificuldades na hora de encontrar medicamentos e o resultado não foi diferente das reclamações que tem recebido. 131 pessoas responderam que sim e 33 que até o momento não encontraram dificuldades.
Farmácias de RC relatam falta de medicamentos
O assunto é recorrente e tem ganhado cada vez mais destaque. E, de acordo com uma pesquisa feita pelo Conselho Regional de Farmácia de São Paulo, os antibióticos estão entre os medicamentos mais difíceis de encontrar no mercado. Mas, além deles, outros medicamentos classificados como simples também estão em falta.
EM RIO CLARO
A reportagem do JC entrou em contato com quatro farmácias do município e o relato dos profissionais que atuam atendendo a população é praticamente o mesmo: sim, falta antibiótico, mas faltam também outros medicamentos que são considerados simples e de uso geral da população.
Os relatos ouvidos dão conta de que os antibióticos líquidos – mais utilizados em tratamentos para bebês e crianças, são dos que mais faltam. Mas os em comprimidos também estão começando a ficar escassos.
“Não tem de jeito nenhum, agora estão começando a faltar analgésicos, antitérmicos, antialérgicos, remédios para gripe, xaropes. E não conseguimos ter mais informações, as distribuidoras não estão tendo os produtos para entrega”, comenta proprietária de farmácia.
Claudia Aparecida Calil – 86 anos. Faleceu dia 15, às 18h01, em Rio Claro. Deixou irmã e sobrinhos. Foi sepultada no Cemitério São João Batista;
Herminia de Oliveira Thomazella – 94 anos. Faleceu dia 15, às 15h06, em Rio Claro. Era viúva de Liviero Thomazella, deixou os filhos Antonio de Jesus c/c Josefa, Marta Rosa, Bento (falecido), Maria Aparecida, Luzia do Carmo c/c Ivan Aparecido, os netos Simone, Marcelo e Julia, e 3 bisnetos. Foi sepultada no Cemitério São João Batista;
Marco Antonio Bonaldo, Marcão – 57 anos. Faleceu dia 15, às 21h45, em Rio Claro. Deixou viúva Cleide Natalina Olivio Bonaldo, a mãe Lourdes Trevilatto Bonaldo, as filhas Mariana c/c Guilherme e Cecilia. Foi sepultado no Crematório Memorial Cidade Jardim;
Na sexta (15) as brasileira já haviam assegurado presença no Mundial
AGÊNCIA BRASIL
Ao longo da última semana, as ginastas brasileiras vinham sobrando no Pan-Americano de Ginástica Artística, que está sendo disputado na Arena Carioca 1, no Rio de Janeiro. Neste domingo (17), o domínio se transformou em história: pela primeira vez, o Brasil superou os Estados Unidos, uma das grandes potências mundiais da modalidade, em uma prova por equipes e saiu com o ouro. Vale destacar que a seleção dos Estados Unidos competiu com parte da equipe principal. O feito inédito coloca uma cereja no bolo da semana da equipe: na sexta-feira (15) as brasileiras já haviam obtido a melhor somatória entre todos os países nas disputas individuais e, consequentemente, garantido vaga no Mundial da modalidade, que será disputado em outubro, em Liverpool (Inglaterra).
As grandes estrelas da equipe brasileira foram as mesmas responsáveis por três ouros e duas pratas para o Brasil na sexta: Flávia Saraiva e Rebeca Andrade. As duas foram acompanhadas por Carolyne Pedro, Júlia Soares, Lorrane Oliveira e Christal Bezerra (reserva). No total, o Brasil acumulou 162.999 pontos, contra 161.000 dos Estados Unidos, que ficaram com a prata, e 155.534 do Canadá, que conquistou o bronze.
Rebeca conseguiu a maior nota entre as ginastas do Brasil com sua performance no salto, que rendeu nota 14.500. Neste aparelho, Flávia Saraiva alcançou 14.300 e Carolyne Pedro, 13.300.
Nas barras assimétricas, Lorrane foi acionada e cravou 13.100. Flavinha alcançou 13.600 e Rebeca 14.433.Já nas traves, o Brasil teve as três melhores notas entre todas as participantes: novamente Rebeca foi a primeira, com 14.133, seguida por Flávia (13.867) e Júlia Soares (13.467).
Por último, no solo, Rebeca ficou de fora. Flavinha conseguiu 13.633. Júlia obteve 12.867 e Carolyne 12.333.
Esta foi a segunda vez consecutiva que a seleção feminina saiu com o ouro por equipes no Pan. Porém, em 2021, quando a competição também foi disputada no Rio, os Estados Unidos não participaram, por já estarem classificados aos Jogos Olímpicos de Tóquio.
É a quarta vez que a seleção nacional é vice-campeã do torneio
AGÊNCIA BRASIL
A Itália não deu chances para o Brasil e conquistou o título inédito da Liga das Nações de Vôlei Feminino ao vencer a final contra a equipe de José Roberto Guimarães por 3 sets a 0 (25-23, 25-22, 25-22), em Ancara, na Turquia. O vice-campeonato encerrou uma campanha acima das expectativas da seleção brasileira, com muitas jovens no elenco.
O roteiro foi parecido nas três parciais disputadas: no meio de cada set, a Itália abriu uma frente e na reta final o Brasil equilibrou as ações, mas não o suficiente para vencer. A distribuição de pontos foi equilibrada entre as duas equipes, com a maior diferença acontecendo na precisão do ataque italiano: converteu 50 pontos, contra 41 do Brasil. Em termos individuais, pesou a performance da oposta Paola Egonu, maior pontuadora da decisão, com 21 pontos, que foi escolhida a jogadora mais valiosa (MVP) da competição. Pelo Brasil, a também oposta Kisy foi quem mais pontuou, com 14.
A derrota na final foi apenas a terceira da seleção brasileira em toda a campanha (curiosamente, uma das outras duas havia acontecido justamente contra a Itália, na primeira fase). O vice-campeonato é o terceiro consecutivo do país na Liga das Nações, competição que a partir de 2018 substituiu o antigo Grand Prix, do qual o Brasil foi o maior vencedor, com doze conquistas.
No último fim de semana, aglomeração, infrações de trânsito e outros problemas foram flagrados em área no bairro
No último domingo (10), um encontro em uma área na Estrada do Sobrado gerou preocupação entre as autoridades políticas e de segurança na cidade de Rio Claro.
A situação foi filmada por câmeras de segurança que registraram uma aglomeração de pessoas de várias idades no espaço.
Ao mesmo tempo em que crianças, adolescentes e adultos empinam pipas, motociclistas, muitos sem capacete, realizam manobras arriscadas e ‘empinam’ as motos em meio ao público que caminha ou assiste às infrações bem de perto.
O espaço, que em breve será um condomínio residencial, está fechado com alguns blocos de concreto, mas os motociclistas não encontram dificuldades para passar em meio aos vãos e entram e saem tranquilamente, assim como os participantes do ‘encontro’ que chegam a pé. Já os inúmeros automóveis têm acesso por um outro trecho.
Os flagrantes foram feitos no período da tarde mas, de acordo com o apurado pelo Jornal Cidade, com relatos de moradores das proximidades (bairros Regina Picelli e São Caetano), a situação de aglomeração que também envolve som alto e uso de drogas é recorrente.
Outros Casos
Encontros semelhantes foram registrados em outros bairros, como no Jd. das Nações.
Fato foi comentado por vereador e também por secretário de Segurança
Na sessão camarária da última segunda (11), o vereador Rafael Andreeta (sem partido) comentou sobre o assunto: “Esclareço que não sou contra os motociclistas, mas é preciso ter uma ordem nestes encontros que não afetem o todo. O que não é admissível são os transtornos, infrações e outras situações vistas. Existem riscos que ficaram claros pelas imagens gravadas e por isso a preocupação. Se acontece um atropelamento, uma fatalidade no local, a culpa irá recair em cima de quem sabia e não fez nada”, disse o parlamentar.
Já o secretário de Segurança e vice-prefeito Rogério Guedes também se manifestou: “Estou ciente da situação e oficiei à Polícia Militar e à GCM para rondas na área. Também estou em tratativas com a SSP para o convênio que prevê que a PM possa autuar pela ‘Lei do Pancadão’ seja o quanto antes executado”.
Nenhum apostador acertou as seis dezenas do concurso 2.501 da Mega-Sena sorteadas ontem (16), no Espaço Loterias Caixa, em São Paulo.
O prêmio acumulado para o próximo sorteio (concurso 2.502), que ocorrerá na quarta-feira (20), está estimado em R$ 9 milhões.
Os números sorteados foram 11 – 27 – 32 – 40 – 58 – 59.
A quina teve 30 ganhadores, com prêmio individual de R$ 70.561,85. Acertaram quatro números 2.331 apostadores, que receberão cada um, R$ 1.297,33.
As apostas na Mega-Sena podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio em lotéricas ou pela internet. Um jogo simples, de seis números, custa R$ 4,50.
De acordo com a Caixa, a probabilidade de um apostador ganhar a Mega-Sena com um jogo simples é de 1 em 50 milhões (mais precisamente 50.063.860). Já uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), as chances de acertar o prêmio é de 1 em 10 mil (precisamente 10.003).
Projeto Seresta, Nostalgia e Chorinho se apresenta a partir das 18 horas neste domingo (17), na retomada da tradicional programação
Tradicional ponto de apresentações musicais em Rio claro, a Praça Dalva de Oliveira volta a contar com programação a partir deste domingo (17). O projeto Seresta, Nostalgia e Chorinho realiza apresentação a partir das 18 horas com a participação de vários cantores e músicos da cidade.
Segundo Agostinho Parente, organizador da festa, até o final do mês de julho estão previstas as apresentações musicais na praça, sempre aos domingos. “Neste primeiro encontro, faremos também uma homenagem aos 22 anos da praça e também à Dalva de Oliveira, rio-clarense que levou o nome de Rio Claro para todo o Brasil e até ao exterior”, destaca Parente.
Na última sexta-feira (15), o espaço localizado na Avenida Tancredo Neves com a Rua 14 completou 22 anos desde a inauguração. Além dos encontros musicais, a praça também oferece um playground para as crianças, possibilitando momentos de diversão para toda a família.
Vicentina de Paula Oliveira, que mais tarde se tornaria Dalva de Oliveira, nasceu em Rio Claro em maio de 1917, numa família de músicos e cantores. Ao longo de sua carreira, na época de ouro do rádio, se tornou destaque nacional e até hoje é considerada uma das maiores vozes entre as cantoras brasileiras.
Domingo será de homenagens em São Paulo e Porto Alegre
AGÊNCIA BRASIL
Eram aproximadamente 18h48 do dia 17 de julho de 2007 quando o Airbus A320 da TAM [hoje Latam], que vinha do aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, tentou pousar no aeroporto de Congonhas, em São Paulo. A pista estava molhada e, por causa de uma reforma recente, ainda estava sem grooving, que são as ranhuras que facilitam a frenagem do avião. A manobra para o pouso não foi bem sucedida: o Airbus acabou atravessando a pista e batendo em um prédio de cargas da própria companhia, que ficava em frente ao aeroporto paulistano. Com o choque, o avião acabou explodindo e pegando fogo. Aquele acidente, que hoje (17) completa 15 anos, provocou a morte de 199 pessoas, 12 delas em solo.
Passados 15 anos, ninguém foi responsabilizado ou cumpriu pena pelo acidente. Em 2015, a Justiça Federal acabou absolvendo a ex-diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) Denise Abreu, o então vice-presidente de operações da TAM, Alberto Fajerman, e o diretor de Segurança de Voo da empresa na época, Marco Aurélio dos Santos de Miranda e Castro, que haviam sido denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF) por “atentado contra a segurança de transporte aéreo”, na modalidade culposa. Para a Justiça, os réus não agiram com dolo (intenção).
Há anos, a falta de punições pelo acidente se tornou uma marca profunda para as famílias das vítimas. Isso é o que contou o jornalista Roberto Corrêa Gomes, 66 anos, que perdeu o irmão Mário Corrêa Gomes no acidente. “Os punidos maiores foram as vítimas que morreram e os condenados foram seus familiares, que ficaram sem seus entes queridos e não viram justiça”, falou ele.
Mário Gomes- Arquivo pessoal
Seu irmão Mário tinha 49 anos na época e era um empresário gaúcho do ramo publicitário, divorciado e sem filhos. “Ele era um jovem empresário gaúcho, muito bem-sucedido, muito premiado no Rio Grande do Sul e em São Paulo. Ele só tinha cursado o ginásio [atualmente o fundamental]. Mas ele era brilhante, muito inteligente. Ele tinha ideias revolucionárias”, contou Roberto. “Éramos uma família de sete irmãos. Nossa mãe tinha falecido um ano antes, em 2006”.
No dia do acidente, Gomes estava em sua residência, em Porto Alegre, trabalhando. E a primeira informação que recebeu sobre a queda do avião chegou pela TV, em casa. “Naquele dia estavam acontecendo os Jogos Pan-americanos no Rio de Janeiro. E eu estava no meu escritório e ouvi uma chamada, na TV Bandeirantes, de que iriam entregar medalhas para alguns atletas brasileiros. E eu pensei ‘vou ver nossa gurizada ganhar medalhas’. Parei a matéria que estava escrevendo e fui para o quarto ao lado, que é a minha sala de televisão. Só que quando eu entrei no quarto, trocou a imagem. Saiu a imagem dos jogos e entrou a imagem daquele avião, contra o prédio. E entrou a voz do apresentador dizendo que um avião de carga, proveniente de Porto Alegre, havia se chocado contra o prédio da TAM Express. E um minuto depois ele corrigiu: ‘Não, não. A informação que está chegando é que é um avião de passageiros e não sabemos o número de vítimas’”.
“Era de tardezinha e eu sabia que o Mário naquele dia ia para São Paulo. Aí eu liguei para o meu irmão caçula e perguntei: ‘O Mário foi para São Paulo?’. E ele respondeu: ‘Foi, Beto. Estou indo para o aeroporto’. E eu disse: ‘Passa aqui e me pega’. A gente gelou. Deu um frio na espinha, uma sensação terrível. No trajeto para o aeroporto [de Porto Alegre], eu fui tentando ligar [para o Mário], mas só dava caixa postal. E aquilo era uma aflição. E quando chegamos no aeroporto, começou o pesadelo”, narrou.
Bombeiros trabalham nas ruínas do prédio da TAM atingido pelo vôo 3054 à procura vítimas – 19/07/2007/Valter Campanato/Agência Brasil
A confirmação pela TAM de que o irmão estava naquele voo só chegou a eles de madrugada. “Só às 2h da manhã do dia 18 que foi divulgada a lista. Até então, nossa esperança era que ele tivesse embarcado em outra aeronave, descido em Guarulhos, ficado sem bateria ou que tivesse descido em Viracopos, estivesse ainda sobrevoando… A gente se apega a tudo. Mas infelizmente ele estava no voo”.
Mário tinha embarcado de Porto Alegre para São Paulo para assinar o contrato de locação de uma casa e também para assinar um contrato com um cliente. A intenção do empresário, naquele momento, era se mudar para São Paulo, onde estavam a maioria de seus clientes. Talvez, por isso, alguns dias antes da viagem, ele reuniu os irmãos em sua casa, sem aparentemente um motivo especial. “No domingo anterior ao acidente, ele fez um churrasco e reuniu os irmãos. Eu até tinha achado estranho ele fazer esse churrasco. Ele reuniu os irmãos na casa dele, fez um churrasco e, sei lá, parece que ele estava se despedindo”, disse.
Associação
Logo após o acidente, as famílias das vítimas decidiram criar uma associação. Ela ajudaria não só as famílias a enfrentar e dividir as dores daquele período de luto como também a pressionar as autoridades sobre as investigações daquela tragédia.
A Associação dos Familiares e Amigos das Vítimas do Voo TAM JJ3054 (Afavitam) foi criada em outubro daquele mesmo ano. O jornalista se tornou uma espécie de assessor de imprensa voluntário, ajudando a aproximar os jornalistas dos parentes das vítimas. “Eu pensei: vamos precisar da imprensa porque essa história aí vai longe. O maior acidente da aviação brasileira não termina em um mês. Nós precisamos da imprensa, senão seremos sofridos e também invisíveis”, refletiu na época. Foi assim que ele passou a exercer essa função de forma voluntária para a associação, que se tornou para ele uma nova família.
Homenagem da Afavitam – Divulgação
“Viramos uma grande família. Sou de uma família de sete homens e, agora, somos seis. Essa família está incompleta, mas eu acabei ganhando irmãs, sobrinhas e outros irmãos. Viramos uma grande família. Quem participou da associação, se fortaleceu. Mas aquele familiar que se recolheu em casa e não participou de nada, ficou com aquela dor só vendo as coisas pela televisão – aquele sofreu muito mais”, disse ele.
Nestes anos todos, os membros da associação continuaram tendo que lidar com novas perdas. No final do ano passado, por exemplo, um dos seus membros mais ativos faleceu: o vice-presidente da Afavitam, Archelau de Arruda Xavier, que havia perdido a filha Paula Masseran de Arruda Xavier no acidente aéreo. Archelau deu entrevista à reportagem da Agência Brasil em 2017, reclamando já naquele ano da falta de punições. “A gente vai morrer com essa tristeza. Onde mais dói é ver a minha mulher sentindo falta, os irmãos sentindo falta dela. A segunda coisa que dói muito é ver que a justiça não aconteceu”, lamentou à época.
“Tem famílias que superaram, conseguem hoje pensar melhor. Eu ainda me emociono quando vejo matérias [sobre o acidente]. Mas tem gente que está doente. Tem gente que nunca se recuperou. Há uma mãe, inclusive, que já deu entrevista no passado e agora está proibida por médicos de fazer isso, tal o dano que ela tem até agora com a perda da filha”, contou Gomes.
Homenagens às vítimas do acidente – Divulgação
Causas do acidente
O acidente foi investigado por três órgãos. Um deles, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Aeronáutica, concluiu que uma série de fatores contribuíram para a tragédia. O relatório do Cenipa constatou, entre vários pontos, que os pilotos movimentaram, sem perceber, um dos manetes [que determinam a aceleração ou reduzem a potência do motor] para a posição idle (ponto morto) e deixaram o outro em posição climb (subir). O sistema de computadores da aeronave entendeu, equivocadamente, que os pilotos queriam arremeter (subir).
Bombeiros trabalham nas ruínas do prédio da TAM atingido pelo vôo 3054 à procura de vítimas, por 19/07/2007/Valter Campanato/Agência Brasil
O documento também relata que não havia um aviso sonoro para advertir os pilotos sobre a falha no posicionamento dos manetes e que o treinamento da tripulação era falho: a formação teórica dos pilotos, pelo que se apurou na época, usava apenas cursos interativos em computador. Outro problema apontado é que o copiloto, embora tivesse grande experiência, tinha poucas horas de voo em aviões do modelo A320, e que não foi normatizada, na época, a proibição em Congonhas de pousos com o reverso (freio aerodinâmico) inoperante [ponto morto], o que impediria o pouso do avião nessas condições em situação de pista molhada.
O Cenipa, no entanto, não é um órgão de punição, mas de prevenção. Ele não aponta culpados, mas as causas do acidente. O relatório sobre o acidente, portanto, dá informações e 83 recomendações para que tragédias como essa não se repitam.
Esse relatório feito pela Aeronáutica contribuiu para outras duas investigações, feitas pela Polícia Civil e pela Polícia Federal, que levaram, no entanto, a conclusões bem diferentes sobre os culpados.
Indiciamentos
A Polícia Civil decidiu indiciar dez pessoas pelo acidente, entre elas funcionários da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e da companhia aérea TAM. Após o indiciamento policial, o processo foi levado ao Ministério Público Estadual, que incluiu mais um nome e denunciou 11 pessoas pela tragédia.
No entanto, essa denúncia da promotoria não foi levada à Justiça estadual. O processo acabou sendo remetido ao Ministério Público Federal (MPF) porque, no entendimento do promotor, o caso se tratava de crime de atentado contra a segurança do transporte aéreo, de competência federal. Com isso, a Polícia Federal começou a investigar o caso e, ao final desse processo, decidiu indiciar apenas os dois pilotos, Kleyber Lima e Henrique Stefanini Di Sacco, pela tragédia. “Foi uma conclusão covarde, conveniente: os mortos são os culpados. Os familiares nunca aceitaram essa versão de que os pilotos eram os culpados. No máximo, que eles foram induzidos ao erro”, defende Gomes.
O inquérito da Polícia Federal se transformou em denúncia e, nesse documento, que foi aceito pela Justiça, o procurador Rodrigo de Grandis decidiu, ao contrário do indiciamento feito pela Polícia Federal, denunciar três pessoas pelo acidente: Denise Abreu, Alberto Fajerman e Marco Aurélio dos Santos de Miranda e Castro, que acabaram sendo absolvidos pela Justiça. “E aí a Justiça, na primeira instância, absolveu eles. Houve recurso para a instância superior, que manteve a decisão do juiz de primeira instância, absolvendo os réus. Ou seja, os condenados acabaram sendo as vítimas e seus familiares”, falou o jornalista.
Em 2017, o Ministério Público Federal informou que não iria recorrer da decisão que absolvia os réus.
Homenagens
Avião da LATAM Airlines, anteriormente TAM Linhas Aéreas, decola do Aeroporto de Congonhas e sobrevoa o Memorial 17 de Julho. – Rovena Rosa/Agência Brasil
Neste domingo, diversas famílias voltarão para os aeroportos de Porto Alegre e de São Paulo para prestar mais uma homenagem aos mortos. Em Porto Alegre, às 14h, familiares, amigos, representantes religiosos e autoridades se reúnem no Largo da Vida, uma rotatória próxima ao Aeroporto Internacional Salgado Filho. Nesse mesmo dia, às 18h, uma missa será celebrada em memória das vítimas na Catedral Metropolitana de Porto Alegre.
Já em São Paulo, as famílias se reuniram de manhã, a partir das 9h, no Memorial 17 de Julho, local onde o acidente ocorreu. O Memorial será decorado com pássaros confeccionados e que serão colocados embaixo do nome de cada vítima. Ao longo do dia, familiares irão ao local para levar flores e dedicar suas orações e pensamentos aos seus entes queridos.