Datafolha: Bolsonaro tem 32% das intenções de voto; Haddad tem 21%

Agência Brasil 

Nova pesquisa do Instituto Datafolha para presidente da República, divulgada nesta terça-feira (2), informa que Jair Bolsonaro (PSL) atingiu 32% das intenções de voto. Fernando Haddad (PT) foi escolhido por 21% dos entrevistados; Ciro Gomes (PDT), 11%; Geraldo Alckmin (PSDB), 9% e Marina Silva (Rede), 4%.

Conforme a pesquisa, João Amoêdo (Novo) é o candidato de 3% do eleitorado. Henrique Meirelles (MDB), Alvaro Dias (Podemos) e Cabo Daciolo (Patriota) estão empatados com 2% cada um. Guilherme Boulos (PSOL), João Goulart Filho (PPL), Eymael (DC) e Vera Lúcia (PSTU) não pontuaram no levantamento.

Oito por cento dos entrevistados indicaram a intenção de anular ou votar em branco; enquanto 5% disseram que não sabem em quem vão votar ou não quiseram responder. Como nos levantamentos anteriores, o nível de confiança da pesquisa é de 95% e a margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

A pesquisa, encomendada ao jornal Folha de S. Paulo, foi feita hoje (2) e entrevistou 3.240 eleitores em 225 municípios. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (BR-03147/2018).

Comparação

Na comparação com a pesquisa anterior do mesmo instituto, de 28 de setembro, Jair Bolsonaro subiu quatro pontos percentuais (de 28% para 32%). Cinco candidatos oscilaram um ponto percentual negativamente: Fernando Haddad (de 22% para 21%), Geraldo Alckmin (de 10% para 9%), Marina Silva (de 5% para 4%), Vera Lúcia e Boulos – ambos de 1% para 0%.

Ciro Gomes manteve os mesmos 11% de intenção de votos. Os candidatos João Amoêdo (3%), Henrique Meirelles (2%) e Alvaro Dias (2%) mantiveram o mesmo percentual de intenção de votos nos dois levantamentos. Já a intenção de votos em Cabo Daciolo passou de 1% para 2%. João Goulart Filho e Eymael mantiveram 0% de intenção de votos nas duas pesquisas.

A proporção de eleitores indecisos manteve-se em 5% e a quantidade de pessoas que declaram voto branco ou nulo, oscilou de 10% para 8%.

Rejeição

O Datafolha também indagou aos entrevistados em que candidato não votariam “de jeito nenhum”. Jair Bolsonaro é rejeitado por 45% e Fernando Haddad por 41%. Pela margem de erro, os dois candidatos estão tecnicamente empatados.

Trinta por cento dos eleitores não votariam “de jeito nenhum” em Marina Silva; 24% não votariam em Geraldo Alckmin e 22%¨não escolheriam Ciro Gomes.

Meirelles e Boulos têm o mesmo percentual de rejeição:15%, cada um. Cabo Daciolo não seria escolhido por 14%. Alvaro Dias e Vera Lúcia têm rejeição de 13% dos entrevistados. Já Eymael e Amoêdo não seriam escolhidos por 12%, e João Goulart Filho por 11%.

Três por cento dos eleitores rejeitam todos os candidatos e não votariam em nenhum. Um por cento votaria em qualquer um e não rejeita nenhum candidato. Quatro por cento não sabe ou não quis declarar que candidato rejeita.

Segundo turno

O instituto Datafolha fez simulações de segundo turno entre os candidatos com as maiores pontuações.

Veja os resultados:

Jair Bolsonaro (44%) x Fernando Haddad (42%)

Brancos e nulos: 12%

Não responderam: 2%

Ciro (46%) x Bolsonaro (42%)

Brancos e nulos: 10%

Não responderam: 2%

Alckmin (43%) x Bolsonaro (41%)

Brancos e nulos: 14%

Não responderam: 2%

Ciro Gomes (46%) x Fernando Haddad (32%)

Brancos e nulos: 20%

Não responderam: 2%

Ciro (42%) x Alckmin (37%)

Brancos e nulos: 19%

Não responderam: 2%

Polícia investiga sumiço de quase uma tonelada de maconha de delegacia

Agência Brasil 

A polícia de São Paulo abriu investigação para apurar o sumiço de quase uma tonelada de maconha apreendida, que estava estocada em uma sala no 1º Distrito Policial (DP), na Rua da Glória, no bairro da Liberdade, região da Sé.

Segundo o boletim de ocorrência, o registro do sumiço ocorreu no dia 17 de agosto, mas só foi divulgado agora. O entorpecente estava armazenado em 83 embalagens lacradas. No entanto, em uma conferência em meados de agosto, um agente detectou que apenas 33 embalagens estavam no local. No lugar dos recipientes furtados, foram colocadas caixas vazias.

O sumiço foi registrado como furto no 1º DP. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, a Corregedoria da Polícia Civil também abriu um inquérito para apurar o sumiço.

Peça sobre Inezita Barroso tem entrada gratuita no Sesi

O Sesi Rio Claro exibe nesta sexta-feira e sábado (5 e 6) o espetáculo Oi Lá, Inezita, da Cia. Cênica. Os eventos acontecem às 20h e têm entrada gratuita.

O espetáculo é inspirado na vida e obra de Inezita Barroso (1925-2015), que colocou em destaque os sotaques regionais, a voz e a viola – nos palcos e na TV Viola, Minha Viola.

Teatro

Na segunda-feira (8), às 14h, acontece a apresentação de Caravela da Ilusão, com entrada gratuita.

A peça discute de maneira atemporal conflitos do dia a dia, com foco em uma família perdida em uma ilha. Vítimas de um naufrágio, eles têm suas vidas transformadas com a chegada de um anjo misterioso.

Ingressos

O Sesi Rio Claro fica na Avenida M-29, 441, Jardim Floridiana. Os ingressos devem ser retirados na secretaria Única ou no dia do evento, com 1 hora de antecedência. Também podem ser reservados pelo sistema Meu Sesi, pela internet. Mais informações pelo telefone (19) 3522-5650.

Aos 57 anos, Guarda Mirim já formou 18 mil jovens

A Guarda Mirim de Rio Claro completa nesta quarta-feira (3) 57 anos de atividades formando jovens, abrindo portas para o primeiro emprego e levando aos adolescentes valores baseados na responsabilidade, competência, disciplina, profissionalismo e respeito ao próximo. O prefeito João Teixeira Junior, o Juninho da Padaria, esteve presente à formatura de mais uma turma de guardas mirins, no sábado (29), e destaca a importância da entidade para o município.

“São inúmeros os exemplos de grandes profissionais de Rio Claro que iniciaram sua jornada ao sucesso como guardas mirins”, comenta Juninho, que participou da solenidade junto do vice-prefeito e secretário de Segurança, Defesa Civil, Mobilidade Urbana e Sistema Viário, Marco Antonio Bellagamba. O vereador Julio Lopes também esteve presente. “Além da oportunidade de formação e trabalho para jovens, a Guarda Mirim representa ainda uma excelente opção para empresas e órgãos públicos na contratação de mão de obra qualificada”, acrescenta o prefeito.

Advogado pós-graduado em Direito Público e em Gestão Pública, com habilitação para lecionar no ensino superior, Djair Cláudio Francisco é um dos exemplos de como a entidade é importante para abrir portas. Atual secretário municipal de Saúde, Djair qualifica como “fundamental” sua passagem pela Guarda Mirim, na qual atuou de 1977 a 1980. “Foi um divisor de águas entre a falta de expectativa da vida que eu levava, e a possibilidade de enxergar acima desse muro”, conta. Durante seu período na Guarda Mirim, Djair trabalhou em uma empresa de instrumentos musicais, uma concessionária de veículos e no fórum, onde nutriu o gosto pelo Direito. “Entrei de um jeito na Guarda Mirim e saí de outro, ciente de que havia um imenso mercado a ser explorado e de que eu tinha capacidade de desbravar o universo profissional do Direito”, explica.

Para o biênio 2017-2019 a diretoria executiva da Guarda Mirim de Rio Claro é presidida por Juarez Moura de Oliveira e tem como vice-presidente Ellery Sebastião Domingos de Moraes. Nessa trajetória de quase seis décadas, aproximadamente 18 mil adolescentes já passaram pela Guarda Mirim de Rio Claro. Dos 120 Guardas Mirins que se formaram no sábado, 42 já estão trabalhando. Atualmente, a entidade tem em seus quadros 300 guardas mirins que trabalham em uma das 80 entidades parceiras, privadas ou públicas. Outros 240 adolescentes fazem o curso pré-profissionalizante ou são recém formados.

Fundada em três de outubro de 1961, a Guarda Mirim surgiu como iniciativa de um grupo de rio-clarenses liderados pelo então juiz de direito da comarca de Rio Claro, Luiz Gonzaga de Arruda Campos, mobilizados para garantir alternativa a jovens de famílias de menor poder aquisitivo do município. Ainda naquele ano, 60 jovens dos 100 inscritos formaram a primeira turma da GM. “Guardinha” na década de 70, Rinaldo Aparecido Baptista, hoje gerente administrativo da Guarda Mirim de Rio Claro, usa todo o conhecimento e experiência adquiridos para apoiar e incentivar os jovens que estão na mesma posição em que ele esteve décadas atrás. “Mais do que conhecimento profissional, a Guarda Mirim foca seu trabalho na formação de cidadãos”, destaca, lembrando do falecimento de sua mãe, quando ainda era guarda mirim. “O apoio que recebi naquele momento tão difícil foi fundamental na minha vida”, destaca.

A Guarda Mirim de Rio Claro atende adolescentes de ambos os gêneros e, entre as atividades oferecidas, estão o curso pré-profissionalizante ministrado de acordo com a Lei do Menor Aprendiz. Além de módulo básico com disciplinas como Língua Portuguesa, Inglês, Espanhol, Orientação Profissional e Educação Física, os jovens têm cursos específicos nas áreas de serviços administrativos e noções contábeis, informática administrativa e atendimento ao público.

“Não tenho dúvidas de que minha passagem pela Guarda Mirim foi um complemento essencial para a minha formação profissional”, afirma o primeiro sargento da Polícia Militar do Estado de São Paulo, Durval Guimarães. Integrado no ano de 1980 à Guarda Mirim, ele foi encaminhado para trabalhar em uma fábrica de bebida destilada na qual foi efetivado após um ano e meio. “Durante meu período como ‘guardinha’, uma das influências que marcaram minha vida foi a dos dois instrutores, os sargentos Lucas e Marcos, sem dúvida um grande estímulo para que eu seguisse carreira na polícia”, destaca.

Todo o suporte aos Guardas Mirins é feita por profissionais das áreas como a social e pedagógica. Os adolescentes têm assistência médica, acesso a exames laboratoriais e assistência odontológica gratuita. A estrutura da entidade inclui quadra poliesportiva e centro de lazer com piscina e academia.

Inscrições

As inscrições para o processo seletivo da Guarda Mirim para 2019 terminam nesta semana. O atendimento é feito de segunda a sexta-feira das 13h30 às 16h30 e no sábado das 8h30 às 11h30. Podem se inscrever adolescentes nascidos de janeiro de 2003 a junho de 2004, que estejam cursando o 9º ano do Ensino Fundamental ou o Ensino Médio. A sede da Guarda Mirim fica na Avenida 42 entre Rua 3-A e Avenida Brasil, Vila Alemã.

Os documentos necessários são declaração de escolaridade original e cópia de RG ou certidão de nascimento do candidato e de responsável legal, de comprovante de residência (energia ou telefone) e dos holerites de todos os que trabalham na casa do candidato. As informações detalhadas sobre o assunto estão no site da Guarda Mirim de Rio Claro, no endereço eletrônico www.guardamirimrioclaro.com.br

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Saiba qual é a diferença entre votos brancos e nulos

Agência Brasil 

Apesar do comparecimento a um local de votação nas eleições ou justificativa de ausência ser obrigatório no Brasil, o eleitor é livre para escolher ou não um candidato, já que tem opção de votar em branco ou nulo.

De acordo com o professor especialista em direito eleitoral Daniel Falcão, votos nulos, assim como os brancos, não são computados como válidos e não são contabilizados em um resultado eleitoral. Portanto, não causam o cancelamento de um pleito.

Para defensores da campanha do voto nulo, o Artigo 224 do Código Eleitoral prevê a necessidade de marcação de nova eleição se a nulidade atingir mais de metade dos votos do país. Segundo Falcão, o grande equívoco dessa teoria está no que se identifica como “nulidade”.

“A nulidade a que se refere o Código Eleitoral decorre de outra situação. A constatação de fraude nas eleições, como, por exemplo, eventual cassação de candidato eleito condenado por compra de votos. Nesse caso, se o candidato cassado obteve mais da metade dos votos, será necessária a realização de novas eleições.” Outro caso é a opção pelo voto em branco ou nulo. “ Se em uma localidade com 2 mil votos, 1.999 fossem brancos ou nulos, o único voto válido elegeria quem o recebeu”, exemplificou.

O eleitor vota nulo quando digita na urna eletrônica um número que não pertence a nenhum candidato e aperta o botão “confirma”. O voto em branco é registrado quando o eleitor pressiona o botão “branco” e em seguida a tecla verde para confirmar.

O professor Daniel Falcão também alerta que, uma vez confirmado, o voto é contabilizado. “Há casos em que o eleitor vota no primeiro cargo, no caso, deputado federal, confirma e não vota para os demais cargos, abandona a votação. Nessas situações o voto confirmado, mesmo que apenas em um cargo, é contado”, lembra, ao desmentir notícias falsas de que, nesses casos, todos os votos são anulados.

Antes de decidir como vai votar, o eleitor também precisa saber que, ao contrário do que têm sido propagado em redes sociais, votos brancos não são direcionados para o candidato que está à frente na votação. Este mito surgiu com o antigo Código Eleitoral de 1965, que determinava que os brancos contassem para o quociente eleitoral. Isso fazia com que o quociente fosse mais alto, dificultando que legendas partidárias de menor expressão alcançassem o índice. A regra caiu com o código aprovado em 1997.

Abstenções

Segundo o professor Daniel Falcão, a abstenção na votação, mesmo em números elevados, não provoca a realização de uma nova eleição. Nesses casos, os eleitores que não compareceram para votar apenas perdem a oportunidade de escolher seus representantes e manifestam o seu descontentamento.

No próximo domingo (7), os eleitores brasileiros votarão em seis candidatos. A primeira opção na urna será para deputado federal, seguida de deputado estadual ou distrital, senador 1, senador 2, governador e, por último, presidente da República.

Rio Claro inaugura serviço de orientação ao idoso

No Dia Internacional do Idoso, 1º de outubro (segunda-feira), a prefeitura de Rio Claro inaugurou serviço pioneiro no município: o Núcleo de Orientação ao Idoso. Agora com o cuidado e acolhimento que merece, o idoso encontra as informações e orientações que precisa num único lugar. Gerenciado pelo Fundo Social de Solidariedade e Assessoria do Idoso, o Núcleo começa a atender na próxima segunda-feira (8).

“Esta é mais uma demonstração do respeito que temos com a população idosa”, destacou o prefeito João Teixeira Junior, o Juninho da Padaria. “Todas as secretarias municipais estão integradas ao serviço, dando condições para que o idoso tenha seus direitos assegurados”, acrescentou o prefeito.

“Estamos dando início a um serviço que irá aproximar e orientar os idosos, e contamos com a colaboração de todos, inclusive com sugestões, para que este trabalho tenha sucesso”, observou Paula Silveira Costa, presidente do Fundo Social, destacando que o núcleo será um local onde o idoso encontrará acolhimento e informação para que possa usar os serviços que já são realizados no município e muitas vezes são desconhecidos.

O funcionamento do serviço e algumas das orientações a que os idosos terão acesso no núcleo foram explicados por Néia Magalhães, da Assessoria de Políticas Públicas para o Idoso, vinculada à Secretaria da Cultura. “Esse é um passo muito importante que está sendo dado”, resumiu Néia, explicando que a necessidade de um espaço único de orientação é uma demanda que foi identificada no dia a dia, com os participantes de grupos de terceira idade.

Elisa Terra, presidente do Conselho do Idoso, disse que essa é uma iniciativa que se soma ao trabalho já realizado no município. “É um avanço no atendimento aos idosos”, disse Maria José Lucke, também do Conselho do Idoso.

“É uma conquista muito importante para os idosos, que agora contam com local de fácil acesso para buscar orientações que precisam”, observou o vereador Geraldo Voluntário, que representou a Câmara Municipal.

Antes do descerramento da placa de inauguração o pastor Vagner Tscherne abençoou o novo serviço, que representa “trabalho que agrega e contribui para melhor qualidade de vida do idoso”.

O Núcleo de Orientação ao Idoso reúne todas as informações sobre os serviços e políticas públicas disponíveis para as pessoas com mais de 60 anos de idade. No local, os idosos poderão obter orientações sobre direitos e deveres, funcionamento dos serviços públicos e sobre a legislação que protege os direitos da pessoa idosa. Também poderão fazer cadastro em grupos de terceira idade e para carteira de transporte interestadual. O núcleo fará ainda encaminhamentos das denúncias de casos de violência e situações de risco e, se necessário, para as áreas psicológica, social e jurídica.

“É um serviço que se funcionar de acordo com o proposto irá ajudar muito a população idosa, que muitas vezes não sabe onde procurar a informação necessária para ter acesso a um serviço e hoje encontra muita dificuldade para conseguir a orientação necessária”, disse Sandra Veloso, do grupo Luluzinhas. “É um grande ganho para o município e para a população idosa, que saberá a quem recorrer para tirar dúvidas e receber orientações sobre o que precisa”, frisou Thais Inforzato, coordenadora do Centro Dia do Idoso Padre Augusto Casagrande.

O novo serviço irá funcionar de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 11 horas e das 13h30 às 16 horas, no paço municipal próximo à entrada da Avenida 3. O telefone é 3526-7144.

Também participaram da inauguração os secretários municipais Érica Belomi e Gilmar Dietrich, o assessor dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Paulo Meyer, e os vereadores Irander Augusto e Júlio Lopes.

Campanha de Bolsonaro mira vitória no 1º turno com voto útil antipetista

O candidato do PSL à Presidência nas eleições 2018, Jair Bolsonaro, vai reforçar a campanha para impulsionar o voto útil de eleitores antipetistas em sua candidatura na última semana das eleições, apostando em uma possível vitória no 1º turno. A pesquisa Ibope/Estadão/TV Globo divulgada na segunda-feira, 1º, em que ele aparece com 31% das intenções de votos contra 21% de Fernando Haddad (PT), impulsionou uma nova onda de manifestações nas redes a favor dele.

As campanhas adversárias já estudam o cenário, mas analistas afirmam que a rejeição de Bolsonaro é a principal barreira para que o quadro se confirme. Nas redes sociais, militantes pedem para que eleitores de João Amoêdo (Novo), Alvaro Dias (Podemos), Geraldo Alckmin (PSDB) e Henrique Meirelles (MDB) “não votem por ideologia, mas para evitar a volta do PT”.

A possibilidade de crescimento ainda maior de Bolsonaro na reta final já assombra concorrentes. A menos de uma semana das eleições, o militar da reserva chegou a 38% dos votos validos. É a maior alta desde o início da campanha.

Dentro da campanha do candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, já há o temor de que Bolsonaro vença no primeiro turno, segundo apurou o jornal O Estado de S. Paulo. O mesmo pode ser ouvido de marqueteiros e pessoas próximas às outras campanhas – que apostam na rejeição para, segundo eles, evitar o fim precoce da eleição.

Um marqueteiro de outra campanha ouvido reservadamente pelo jornal comparou o desempenho de Bolsonaro ao do ex-prefeito João Doria nas eleições de 2016, quando o tucano surpreendeu na reta final e ganhou de Haddad já no primeiro turno do pleito municipal. Para ele, o que aconteceu naquele ano pode ser repetir. Na ocasião, o crescimento de Haddad nos últimos dias fez com que a parcela antipetista reagisse de forma expressiva – o que garantiu a vitória de Doria no primeiro turno.

O discurso pela vitória no primeiro turno já esteve presente na manifestação favorável a Bolsonaro, no último domingo, 30, na Avenida Paulista. O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL) e o candidato ao Senado Major Olímpio reforçaram a possibilidade de vitória.

“Estamos um ‘Alckminzinho’ de vencer no primeiro turno, coisa de 5% e 6% (pontos porcentuais, na verdade)”, disse Olímpio. Ainda durante a manifestação, militantes bolsonaristas pediram para que os eleitores “explicassem para parentes e amigos por que era importante votar em Bolsonaro e votar contra o PT ainda no primeiro turno”.

Para o cientista político Rodrigo Prando, da Universidade Mackenzie, a hipótese de vitória no primeiro turno tem a alta rejeição de Bolsonaro como principal barreira. “Ainda assim, se ele estivesse nas ruas, no corpo a corpo e participando dos debates, poderia criar uma onda grande e forte o suficiente para encerrar a eleição no próximo dia 7. Sem Bolsonaro nas ruas, considero esse fenômeno mais complicado”, avaliou.

Praça Dalva de Oliveira está ganhando nova iluminação

Um dos cartões postais de Rio Claro, a praça Dalva de Oliveira está recebendo uma série de melhorias. Uma delas é a ampliação da iluminação pública, que está sendo renovada e vai realçar ainda mais a beleza do local no período noturno. “Além disso, esse trabalho faz parte de uma série de ações que realizamos em vários pontos do município no sentido de ampliar a sensação de segurança da comunidade deixando os espaços públicos mais iluminados”, explica o prefeito João Teixeira Junior, o Juninho da Padaria.

Para que o serviço seja realizado, a iluminação da praça na praça Dalva de Oliveira ficará desligada durante está semana, período em que, a princípio, deve durar o trabalho. A prefeitura pede a compreensão da comunidade. “Será um breve incômodo para que, ao final do serviço, as famílias que frequentam um local ganhem um espaço renovado, mais acolhedor e bonito”, diz o secretário de Obras, Paulo Roberto do Lima.

A prefeitura também toma outras providências pela revitalização da praça Dalva de Oliveira, que estão sendo desenvolvidas por meio de parceria entre o município e a empresa Caprem Construtora. Troca de paisagismo, poda de árvores, limpeza, bancos e instalação de um playground com 10 metros de comprimento fazem parte das melhorias. O equipamento para recreação das crianças será instalado a partir de sugestão de Paula Silveira Costa, presidente do Fundo Social de Solidariedade. O local também ganhará um banco de areia e um gradil de proteção para segurança das crianças. “É uma das praças mais movimentadas da cidade e um dos espaços de lazer e convivências mais queridos da comunidade que, após esse trabalho, terá mais motivos para visitar a praça Dalva de Oliveira”, comenta o secretário municipal de Agricultura, Emílio Cerri.

Alckmin diz que delação de Palocci deve ter efeito já no 1º turno

O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, minimizou nesta terça-feira, 2, o resultado última pesquisa Ibope, divulgada na véspera, na qual aparece estagnado com 8% das intenções de voto a menos de uma semana do 1º turno.

Questionado sobre a relação do ex-ministro do PT, Antonio Palocci, Alckmin avaliou que a divulgação de parte da colaboração, autorizada nesta segunda-feira, dia 1º, pelo juiz Federal Sergio Moro, deve ter efeito já neste 1º turno. “Vamos aguardar a Justiça. O que o brasileiro quer é uma Justiça e um policia independentes”, disse o ex-governador.

O tucano repetiu ainda que o candidato do PSL tem forte rejeição e que isso só deve beneficiar o PT. “O Brasil não pode errar mais. Nem o PT, que nos colocou na crise, nem o candidato da bala, que quer tirar direitos do trabalhador como o 13º salário”, pregou.

“Nós crescemos no ultimo Datafolha, crescemos em todos os ‘trackings’ que fizemos e temos rejeição baixa. No segundo turno, continuamos a ganhar do Bolsonaro”, disse o tucano, que participou de uma caminhada em Perus zona norte da capital paulista. “Essa semana é a mudança. Vamos trabalhar forte até domingo”, disse.

Segundo o Ibope, Alckmin permaneceu em quarto lugar, atrás de Jair Bolsonaro (PSL), que cresceu quatro pontos e foi a 31%, de Fernando Haddad (PT), que manteve 21%, e Ciro Gomes (PDT), que passou de 12% para 11%. No último Datafolha, publicado na sexta-feira, 29, o tucano variou na margem, de 9% para 10%.

Reservadamente, um integrante da campanha admitiu que o Ibope surpreendeu negativamente, já que a expectativa, ancorada em pesquisas internas e levantamentos de outra institutos, era de que Alckmin mantivesse tendência crescente na entrada da última semana antes do 1º turno.

Os tucanos aguardam, agora, o resultado do Datafolha desta terça-feira, para confirmar se a “última onda” pode ainda se esboçar.

Um terço dos médicos deixa Venezuela e doenças erradicadas reaparecem

A crise econômica na Venezuela causou o colapso do sistema de saúde. A constatação é da Organização Pan-americana de Saúde (Opas) que, em documentos internos, alerta para a fuga de um a cada três médicos venezuelanos e para a explosão de novos casos de aids, malária, tuberculose, sarampo e difteria.

“Uma progressiva perda de capacidade operacional no sistema de saúde, nos últimos cinco anos, foi intensificada em 2017 e 2018, afetando o acesso ao tratamento gratuito e livre acesso a remédios”, afirmou um documento da Opas, o escritório regional da Organização Mundial de Saúde (OMS).

A informação foi utilizada como base de um encontro fechado realizado na semana passada em Washington para mapear a crise. Os dados batem de frente com a versão oficial, dada na ONU pelo chanceler venezuelano, Jorge Arreaza, que garantiu que a saúde gratuita estava garantida no país.

“Muitos hospitais estão operando em condições desafiadoras e a Federação Médica da Venezuela estima que 22 mil médicos deixaram o país”, diz o levantamento. Como havia 66 mil profissionais registrados, em 2014, significa que 1 a cada 3 foi embora, prejudicando tratamento intensivo, emergências e anestesia.

Estima-se que 6 mil técnicos de laboratórios e bioanalistas fizeram parte do êxodo de profissionais, além da fuga de 5 mil enfermeiras. Não por acaso, a Opas considera que o sistema de saúde da Venezuela está “sob estresse”. Além da mão de obra, falta também remédios e equipamentos. “Isso afetou a rede de saúde e sua capacidade de dar uma resposta a emergências e a epidemias.”

O colapso está registrado nas estatísticas. Enquanto o mundo reduziu o número de novos casos de contaminação da aids, entre 2010 e 2016, a Venezuela seguiu o caminho oposto e registrou 24% a mais de infecções no mesmo período. Ao mesmo tempo, o acesso aos remédios foi afetado: 69 mil dos 79,4 mil pacientes registrados para receber o coquetel de combate ao HIV na Venezuela não tiveram acesso ao medicamento em 2018.

“Não temos 15 dos 25 antirretrovirais. Os estoques acabaram há mais de nove meses”, indica o informe, que também constata a falta de remédios para tratar infecções causadas pelo HIV.

A tuberculose também ganhou novas proporções na Venezuela. Em 2014, foram registrados 6 mil casos. Para 2017, os dados preliminares já indicam 10,1 mil casos e uma tendência de alta para 2018. Outro problema é que foi constatado que o número de casos resistentes ao tratamento passou de 39 para 79 casos, entre 2014 e 2016.

“A falta de equipamentos para laboratórios tem afetado os diagnósticos de tuberculose”, constatou a Opas. Ela estima que dificilmente a Venezuela atinja as metas para acabar com a doença até 2030.

No caso da malária, os infectados mais que triplicaram em apenas três anos. Em 2015, 136 mil casos foram registrados no país. Um ano depois, a malária atingia 240,6 mil pessoas e, em 2017, já eram mais de 406 mil.

De acordo com a análise, essa explosão foi causada por uma migração de pessoas afetadas pela doença – que estavam no Estado de Bolívar – para outras regiões do país, além da falta de remédios e do abandono em parte dos programas de controle do vetor.

A ameaça, porém, é de uma continuidade do surto. “Um importante risco inclui o aumento dos casos de malária em áreas de países vizinhos, a emergência de linhagens resistentes ao remédio, a volta da transmissão local em áreas anteriormente livres da malária e o tratamento inadequado”, indicou a Opas.

A crise também já levou o sarampo para todos os 23 Estados do país e para a capital. Entre julho de 2017 e julho de 2018, 4,2 mil casos foram confirmados – 3,5 mil deles em 2018. Sessenta e duas mortes também foram registradas e casos foram exportados para Argentina, Brasil, Colômbia, Equador e Peru.

“A proliferação do vírus é explicada por vários favores, entre eles a cobertura de vacinação insuficiente, que deixa regiões com uma população vulnerável, sistemas de monitoramento inadequado, atrasos na implementação de medidas de controle, baixa capacidade de isolamento e movimento populacional nas fronteiras durante o período de incubação do vírus”, disse a Opas.

A difteria também voltou. O primeiro caso foi registrado em 2016 e, desde então, foram 1,9 mil casos e 168 mortes. No mês passado, o jornal O Estado de S. Paulo revelou dados mostrando que o índice de mortalidade infantil regrediu 40 anos. Depois de avanços, o índice de 2017 foi equivalente ao que se registrava na Venezuela em 1977.

Higiene

A dificuldade para encontrar produtos básicos fez com que mães dessem mamadeiras com água onde foi fervido macarrão e batata na esperança de nutrir seus bebês de alguma forma, já que não há mais leite na Venezuela. Isso foi em 2014, mas a médica Elaine Kummerow, de 27 anos, sabe que a situação atual é pior.

Ainda na faculdade, Elaine conviveu com a precariedade do sistema de saúde. Em Valencia, onde vivia, atendeu crianças que tiveram os pais assassinados e tinham de ser mantidas internadas, mesmo saudáveis, para não serem abandonadas.

Ela conta que atendeu pacientes no chão do hospital e usou garrafas de água de contrapeso para corrigir a fratura no ângulo certo. “Era comum faltar luz e, em uma das vezes, precisamos pedir para residentes fazerem ventilação manualmente nos pacientes, pois a mecânica não funcionava.”, explica Elaine, que mora no Brasil há três anos.

Com a falta de água, a higiene ficava precária e muitas cirurgias tinham de ser canceladas. “Certas emergências eram aceitas de maneira equivocada só para não deixarmos o paciente morrer na porta do hospital.”

A ONU e a OEA demonstram preocupação com a crise e pedem que o governo aceite a ajuda internacional. Em declaração conjunta, cinco especialistas destacaram em relatório que um dos sinais da crise é o fato de que 16 crianças morreram desde o começo do ano em um só hospital, em Lara, por conta das condições de higiene.

“Chegamos ao ápice da crise no sistema sanitário da Venezuela”, indicam os relatores Dainius Pras, Michel Forst, Philip Alston, Rosa Kornfeld-Matte e Soledad García Muñoz. “Isso é responsabilidade do Estado e o acesso à saúde está em deterioração. Os hospitais se transformaram em locais onde a vida das pessoas é colocada em risco.”

“É preocupante que crianças estejam morrendo de causas que poderiam ser prevenidas relacionadas ao estado das instalações de saúde, escassez de insumos, remédios e falta de limpeza”, afirmaram. Segundo ONU e OEA, quem denuncia o descaso é alvo de assédio e intimidação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Jornal Cidade RC
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