Falta de insulina e entrega a “mais” são questionadas

Aos 10 anos de idade, Fabrízio Melhado, hoje com 40 anos, descobriu que tinha diabetes. Com o uso diário de dois tipos de insulina, ele faz todo o dia 4 a retirada do medicamento no Dispensário de Medicamentos “Dr. Clayton De Angelis” na Avenida 2, em frente ao Jardim Público de Rio Claro. Porém, no início deste mês voltou de mãos vazias: “Quando eu cheguei com a receita fui informado de que eles não tinham para me entregar. Questionei, até mesmo porque um tempo atrás ganhei uma ação judicial contra a prefeitura que não era para faltar esse medicamento. A informação que recebi é que, em razão do novo coronavírus, pessoas que tinham a retirada antes que eu receberam o medicamento já para dois meses, para evitar ficarem saindo de casa para buscar. Acho válida a iniciativa, porém, se eles não tinham o suficiente para todos, não poderiam entregar para dois meses para uns e deixar os outros que precisam sem”, disse Fabrízio.

Ele também relata que diante disso e da necessidade do medicamento teve que gastar um dinheiro que não estava no orçamento: “desde o início do mês já foram R$ 90,00 e em um momento como este fica inviável. É um direito meu”.

A reportagem do Jornal Cidade entrou em contato com a Prefeitura Municipal de Rio Claro que enviou a seguinte nota: “As insulinas utilizadas pelo senhor Fabrizio Melhado já foram compradas pela Fundação Municipal de Saúde. O município aguarda para os próximos dias a chegada dos medicamentos e, assim que forem entregues, voltarão a ser fornecidos ao paciente. Não procede a informação de que faltou insulina para alguns pacientes porque foram entregues doses a mais para outros. O que houve foi atraso na entrega dos medicamentos, inclusive por indisponibilidade em laboratórios. Só estão sendo entregues quantidades a mais de remédios nos casos em que há autonomia de estoque para tanto. Com relação ao atendimento da prefeitura para entrega de medicamentos, ele continua sendo feito normalmente, pois trata-se de serviço essencial. Inclusive as duas unidades do programa Farmácia Todo Dia, que abrem nos finais de semana e feriados, estão atendendo normalmente”.

Morre aos 91 anos, o comerciante Filippo Cusmano

Conhecido como Italiano, Filippo Cusmano faleceu aos 91 anos na terça-feira (14). Patriarca da família, o empresário sempre foi considerado um dos comerciantes mais tradicionais na cidade de Rio Claro, proprietário da Loja Nossa Senhora do Rosário.

O velório acontece a partir das 11 horas desta quarta-feira (15), no Memorial Parque das Palmeiras e, às 13h40, o corpo segue para o Cemitério Municipal São João Batista onde será seputaldo.

Filippo Cusmano, o Italiano, como era conhecido por muitos, deixa a viúva Nunziata Cusmano, os filhos Vitorio, Celestino Anna e Ignazio, 13 netos e cinco bisnetos.

Em sua rede social oficial, a Loja Nossa Senhora do Rosário informou com tristeza a morte do patriarca da família através de nota.

Araras registra mais uma morte suspeita por Covid-19; total é de três em investigação

Araras investiga mais uma morte suspeita pelo novo coronavírus (Covid-19). Conforme apurou o Jornal Cidade, o paciente deu entrada no hospital na última segunda-feira (13) e faleceu horas depois de ser internado.

Ele tinha outros problemas de saúde, passou por avaliação médica e foi submetido ao protocolo definido pelo Ministério da Saúde para diagnóstico da doença, por apresentar sintomas suspeitos. Ao todo, três óbitos registrados na cidade entraram no protocolo de investigação.

A Secretaria Municipal da Saúde confirmou ainda nesta terça-feira (14) o 6° caso de coronavírus no município. O paciente está internado na UTI, mas apresenta quadro estável e melhora gradativa na evolução clínica. Este 6º caso confirmado tem histórico de viagem ao exterior, foi internado no hospital após apresentar sintomas como febre e dificuldades para respirar.

Atualmente, há outros 16 ararenses aguardando resultado de exames para diagnóstico do caso. Os dados envolvem pacientes de Araras, internados em hospitais da cidade e também profissionais que trabalham na área da saúde.

** com as informações Ramon Rossi

Rio Claro tem 15 casos confirmados de coronavírus; três pacientes farão novos exames

A Secretaria Municipal de Saúde de Rio Claro divulgou boletim às 16h30 desta terça-feira  (14 abril 2020) no qual informa que subiu de 16 para 22 o número de pacientes internados por causa de coronavírus no município, entre casos suspeitos e confirmados. Sete deles estão em UTI.

O número de casos confirmados também aumentou, indo de 10 para 15, sendo três apontados em testes rápidos e que irão passar por novo exame em laboratório. O total de casos suspeitos subiu de 46 para 49.

A cidade já registrou a morte de três pessoas por coronavírus, todas idosas, sendo dois homens e uma mulher. De acordo com o boletim desta terça-feira, Rio Claro tem dois óbitos em investigação.

Lei sobre enfrentamento de partos prematuros é aprovada na Câmara de Araras

Ramon Rossi

Durante o mês de novembro, já a partir de 2020, Araras vai levantar, debater e trabalhar, por meio de diversas atividades, o enfrentamento do parto prematuro. É o que determina o Projeto de Lei 120/2019, proposto pelo vereador Felipe Beloto (PL), e aprovado na semana passada por unanimidade na Câmara Municipal.

O texto, que depende agora apenas de sanção do Executivo para se tornar lei, determina que aconteça sempre em novembro a “Semana da Prematuridade”, abrangendo a data de 17 de novembro, Dia Mundial da Prematuridade, com atividades e mobilizações direcionadas ao enfrentamento do parto prematuro, com foco na prevenção do nascimento antecipado e na conscientização sobre os riscos envolvidos, bem como na assistência, proteção e promoção dos direitos dos bebês prematuros e suas famílias, no contexto do chamado “Novembro Roxo”.

O Projeto de Lei diz que o poder público, “mediante a participação direta e de acordo com os parâmetros dos gestores, serão desenvolvidas ações diversas, com entidades e instituições do movimento social organizado, como forma de contribuir à epidemia de prematuridade incluindo, dentre outras ações: iluminação de prédios públicos com luzes de cor roxa; promoção de palestras e atividades educativas; veiculação de campanhas de mídia; e realização de eventos

Quase 12% dos nascimentos ocorrem antes da hora

De acordo com dados da OMS  (Organização Mundial de Saúde), a prematuridade (nascimento antes de 37 semanas de gestação) é a primeira causa de mortalidade infantil no mundo todo. Segundo dados da UNICEF e do Ministério da Saúde, 11,7% de todos os partos realizados no País são prematuros.

Esse percentual nos coloca em posição preocupante entre os países onde mais nascem crianças prematuras, contabilizando aproximadamente 300 mil nascidos prematuros todos os anos. Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, a prematuridade está ligada a 53% dos óbitos no primeiro ano de vida.

A prematuridade é um grande problema de saúde pública no Brasil. Além do risco de morte para a mãe e bebê, o nascimento prematuro deixa marcas psicológicas permanentes para as famílias e é a principal causadora de sequelas de saúde nos recém-nascidos, muitas vezes acarretando danos incapacitantes.

Vale ressaltar também, que para o Sistema Público de Saúde, a questão da prematuridade é um grande gargalo, tendo em vista em vista os altos custos para assegurar os devidos cuidados que bebês nascidos nessa condição necessitam.

Além disso, há um custo social ainda mais abrangente e preocupante. Muitas mães e pais acabam abandonando seus empregos para dedicarem-se aos filhos, que precisam de cuidados especiais quando têm alta hospitalar.

Com esses argumentos apresentados como justificativa, o vereador Beloto afirmou que “É de se considerar que a divulgação dos fatores de risco como hipertensão, diabetes, obesidade, tabagismo, pré-natal deficitário, gestação na adolescência ou muito tardia e o alto índice de cesáreas eletivas, entre outros, pode diminuir o número de partos prematuros e o de mortes a eles associadas”.

Para parlamentar, de acordo com estudos feitos para elaborar o projeto, “além de campanhas de prevenção, a identificação e o correto encaminhamento para a unidade de saúde especializada podem salvar vidas. Ações já incentivadas pelo Ministério da Saúde como o método mãe canguru, a Rede Cegonha e a política de reanimação neonatal são importantes, e já se mostraram eficientes. Mas é preciso que tenhamos uma política coordenada de atenção à prematuridade, e não apenas ações isoladas”, afirma ele na documentação apresentada no Legislativo.

Rio Claro faz nebulização para combate à dengue

Nebulização em residências tem sido uma das estratégias adotadas em Rio Claro para o combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue. Na segunda-feira (13) o trabalho foi iniciado na Vila Paulista, Jardim Progresso e Vila Martins.

“A medida intensifica as ações realizadas nos bairros com registro de caso positivo de dengue”, observa Maurício Monteiro, secretário de Saúde.

Um dia antes da ação os moradores são informados sobre o que deve ser feito antes, durante e após a aplicação do produto. “Como a nebulização é realizada nos quintais, portas e janelas da residência devem ficar abertas, por exemplo, para que a névoa circule pela casa”, pontua Diego Reis, gerente do Centro de Controle de Zoonoses.

A nebulização é eficaz no extermínio ao mosquito adulto, mas é importante que seja mantida eliminação dos criadouros para eliminar as larvas e impedir a proliferação do mosquito.

Paralelamente a este trabalho demais medidas preventivas, como visitação casa a casa e mutirões, continuam sendo feitas. “A colaboração da comunidade com o descarte correto de materiais e eliminação de criadouros são fundamentais no combate ao mosquito, que também transmite zika vírus, chikungunya e febre amarela”, reforça Diego.

Em 2020, Rio Claro soma 371 casos registrados de dengue, conforme boletim divulgado na quarta-feira (8) pela Vigilância Epidemiológica.

Cordeirópolis: com nova compra, número de respiradores sobe de três para seis

Em entrevista à rádio Excelsior/Jovem Pan News, o prefeito de Cordeirópolis, Adinan Ortolan, fala sobre o reforço na estrutura para atendimento na área de saúde diante da previsão de aumento dos casos de coronavírus em todo o estado de São Paulo. No caso dos respiradores, a prefeitura providenciou a compra de mais três equipamentos, totalizando seis à disposição dos pacientes. A cidade também conta com rede de atendimento que envolve Limeira, como cidade de referência, e o Hospital Regional de Piracicaba.

Daae faz reparo emergencial em rede na Estrada dos Costas

O Daae (Departamento Autônomo de Água e Esgoto) de Rio Claro está fazendo, na tarde desta terça-feira (14), reparo emergencial na rede de abastecimento que se rompeu na Estrada dos Costas, entre as Avenidas 11 e 13, no Jardim das Palmeiras.

Para realizar o serviço foi necessário interditar o trânsito sentido centro-bairro. O Daae orienta que os motoristas usem rotas alternativas e evitem transitar naquelas proximidades para diminuir riscos de eventuais acidentes.

Também foi necessário interromper temporariamente o abastecimento de água, o que pode ocasionar baixa pressão ou interrupção momentânea no fornecimento de água nos bairros Jardim Esmeralda, Jardim das Nações e Terra Nova.

A previsão para conclusão dos trabalhos é para ainda na tarde desta terça-feira (14), e o abastecimento nos bairros afetados deve ser normalizado gradativamente até o início da noite.

Nesse período, o Daae orienta que os consumidores redobrem a atenção ao uso racional da água e reforça a importância de os moradores terem caixa d’água em seus imóveis, já que durante os serviços de manutenção os imóveis que possuem caixa d’água não sofrem com eventual falta d’água, o que reduz transtornos em casos de interrupção no fornecimento. As caixas d’água possuem volume suficiente para 24 horas de consumo racional, além de a instalação ser obrigatória, conforme o Código Sanitário Estadual.

Assim que retomado o abastecimento, serão realizadas descargas na rede. Pode haver casos pontuais de cor escura na água, que devem ser relatados à Central de Atendimento do Daae pelo telefone 0800-505-5200, que funciona 24 horas ligações de telefone fixo.

O Daae informa ainda que ao restabelecer o abastecimento há um aumento temporário na pressão em alguns pontos da rede, o que pode deixar a água com um aspecto “esbranquiçado”. Neste caso, a água está apenas cheia de ar, podendo ser consumida normalmente.

Doria suspende 13º salário e bônus de servidor público de SP

LAÍSA DALL’AGNOL – SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou, nesta terça-feira (14), a suspensão da antecipação de pagamento do 13º salário e do terço de férias remuneradas dos servidores públicos do estado, além de corte dos bônus por resultados.

No caso do bônus, o pagamento será feito apenas a profissionais da saúde e integrantes das forças de segurança.

As medidas anunciadas fazem parte de um pacote de austeridade econômica e corte de despesas do estado no enfrentamento à pandemia de coronavírus.

Com exceção das áreas da saúde e segurança pública, os concursos públicos em andamento e novos processos seletivos estão paralisados, assim como novas nomeações, contratos de obras e publicidade que não estejam relacionados a ações de enfrentamento e prevenção ao Covid-19.

De acordo com Doria, os cortes têm como objetivo garantir o “cumprimento de compromissos financeiros ao longo dos próximos três meses e assegurar recursos e investimentos nas áreas da saúde e segurança pública”, além de preservar salários e empregos.

A previsão do governo é de que a arrecadação do estado tenha queda de R$ 10 bilhões entre abril e junho, período que deverá abranger o pico da pandemia em São Paulo.

O pacote de corte de custos, segundo o executivo paulista, não prevê redução de salários ou de jornadas de trabalho do funcionalismo paulista, mas prorroga despesas e suspende serviços considerados não essenciais enquanto durar o enfrentamento ao coronavírus.

As medidas foram definidas por decretos publicados no Diário Oficial do Estado desta terça-feira (14).

A redução média de custeio, conforme consta no pacote, é prevista em 20%, exceto para as áreas essenciais, como saúde e segurança pública.

Segundo o vice-governador Rodrigo Garcia, haverá redução orçamentária destinada a museus, atendimento ao público, despesas com água, luz e outros contratos como limpeza, manutenção predial e transporte escolar.

À exceção dos servidores da saúde, o governo de São Paulo determinou também a suspensão de auxílio alimentação e transportes aos funcionários públicos em teletrabalho, pagamento de diárias e passagens aéreas e terrestres, compra de carros, equipamentos, computadores e novas locações de imóveis e veículos.

O impacto econômico das medidas prevê que a reserva emergencial de caixa alcance R$ 2,3 bilhões nos próximos três meses.

A suspensão de serviços da dívida com a União foi ratificada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) e já permite economia de R$ 1,2 bilhão por mês entre março e agosto. O Estado também faz negociações para interromper o pagamento de dívidas bancárias e de precatórios durante a crise.

Jeito Moleque altera data de live após Thiaguinho marcar show no mesmo dia

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Grupo Jeito Moleque, que havia marcado uma transmissão ao vivo para o dia 23 de abril, publicou um comunicado nesta segunda-feira (13) dizendo que alteraria a data de sua live “em respeito ao nosso público e ao movimento da música que estamos inseridos há 22 anos”.

Segundo a publicação, feita através do Instagram, a data foi alterada para o dia 28 de abril, às 20h, “em virtude de outro artista do segmento ter escolhido o mesmo horário para realizar a sua live”.

O artista que confirmou sua live para a mesma data foi Thiaguinho, ex-Exaltasamba, que anunciou o show em sua casa neste domingo (12), recebendo comentários de comemoração de Neymar, Iza, Aloisio Chulapa, Rafael Zulu, Mariana Rios e até de sua ex-esposa, Fernanda Souza.

A atitude do Jeito Moleque de alterar a data foi celebrada pelos fãs. Nos comentários da publicação, eles receberam elogios: “Sensatos”, disse um internauta. “Merecem muito o meu respeito”, comentou outro.

Mandetta admite erro em confronto, e Bolsonaro vê respaldo para demiti-lo

RICARDO DELLA COLETTA, CATIA SEABRA E TALITA FERNANDES – BRASÍLIA, DF, E RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS)

O ministro Luiz Henrique Mandetta (Saúde) afirmou a interlocutores que cometeu um erro ao dar a entrevista ao Fantástico no último domingo (12), com uma série de críticas indiretas ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), e reconheceu que, diante disso, seu cargo está novamente ameaçado.

Depois de escapar na semana passada de uma demissão que muitos consideravam certa, o ministro foi avisado que sua saída do governo federal voltou a ser uma possibilidade nos próximos dias.

Segundo interlocutores no Palácio do Planalto, Bolsonaro considerou nesta segunda-feira que, diferentemente da semana passada, quando os militares entraram em campo para garantir a permanência de Mandetta na equipe, houve agora menor movimentação em defesa do ministro.

Além da visível perda de sustentação entre os militares, que consideraram o tom da entrevista um ato de insubordinação, Bolsonaro levou em conta que até mesmo alguns líderes do Congresso criticaram o tom adotado na entrevista do ministro.

A falta de fortes mobilizações nas redes sociais em defesa do titular da Saúde também foi lida pelo presidente como uma brecha para efetuar a demissão.

Auxiliares afirmam, no entanto, que ainda não é possível saber se o presidente bancará o desgaste de dispensar Mandetta da Esplanada. Alguns assessores o aconselharam a atravessar a pandemia com o ministro, para evitar o desgaste da demissão caso o sistema de Saúde brasileiro entre em colapso.

Na entrevista à TV Globo, domingo, Mandetta disse que a população não sabe se deve seguir as recomendações do Ministério da Saúde (favorável ao isolamento social) ou de Bolsonaro (crítico de medidas como o fechamento de comércios, por exemplo).

O titular da Saúde também criticou quem rompe as regras de distanciamento para ir à padaria, numa crítica a Bolsonaro -o presidente foi na semana passada a um estabelecimento do tipo em Brasília e consumiu alimentos no balcão.

Justamente essa insistência em bater de frente com Bolsonaro custou a Mandetta o apoio da ala militar no Palácio do Planalto.

A avaliação foi a de que o ministro desprezou o esforço do núcleo militar para que ele fosse mantido no cargo e está preocupado apenas com a sua imagem pública, em uma tentativa de se candidatar a governador de Mato Grosso do Sul em 2022 -Mandetta tem dados seguidos sinais de enfrentamento ao presidente desde a ameaça de sua demissão na semana passada, sendo a entrevista o último deles.

O descontentamento do grupo fardado ficou evidente nesta terça-feira (14) com uma declaração do vice-presidente, general Hamilton Mourão. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Mourão afirmou que o ministro da Saúde cometeu uma falta grave na fala à TV Globo.

“Cruzou a linha da bola, não precisava ter dito determinadas coisas”, afirmou o vice. Mourão, no entanto, avaliou que o melhor seria o presidente não demitir o auxiliar neste momento.

Durante a segunda-feira, Mandetta conversou com aliados. Justificou que decidiu dar a entrevista porque ficou irritado com o comportamento de Bolsonaro no sábado (11), durante uma visita a obras de um hospital de campanha em Águas Lindas de Goiás (GO).

Na ocasião, o mandatário mais uma vez ignorou orientações das autoridades sanitárias e promoveu aglomerações -o titular da Saúde acompanhou a cena de longe.

Os interlocutores que conversaram com o ministro na segunda disseram que ele reafirmou que não pedirá demissão, mas reconheceu que está numa situação de maior debilidade do que na semana passada.

Como a Folha de S.Paulo mostrou em reportagem, a ideia é que a partir desta terça-feira (14) o ministro seja escanteado de reuniões, não participe de decisões do governo e que seja dado mais espaço a quem lhe faz um contraponto público.

A defesa feita por integrantes do núcleo ideológico, por exemplo, é para que o presidente faça questão de sempre citar tanto em entrevistas à imprensa como em postagens nas redes sociais as opiniões do deputado federal Osmar Terra (MDB-RS) e da médica Nise Yamaguchi.

Os dois são cotados para substituir Mandetta e defendem o uso de hidroxicloroquina para casos de coronavírus em estágio inicial, além da adoção do que chamam de quarentena vertical, que preserve apenas os grupos de risco.

A repercussão negativa da entrevista também criou desconforto no Ministério da Saúde. Nesta segunda-feira, Mandetta evitou aparições públicas e não compareceu à entrevista que tem sido realizada diariamente no Planalto para apresentar atualizações no cenário do coronavírus no país. Segundo aliados do ministro, ele submergiu para não ampliar o desgaste.

A ausência de Mandetta, cuja participação era prevista, não foi justificada e gerou estranheza inclusive entre outros integrantes da equipe ministerial, como Sergio Moro (Justiça), que compareceu à coletiva de jornalistas.

Os técnicos do Ministério da Saúde disseram, sem detalhes, que o ministro estava em uma reunião e tentaria chegar a tempo. Aliados de Mandetta reconhecem que a postura adotada por ele foi equivocada e defendem que ele evite novos confrontos.

A relação entre Bolsonaro e Mandetta nunca foi próxima, sempre foi protocolar. O ministro foi indicado ao cargo pelo governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), aliado de primeira hora do presidente, mas hoje rompido com ele por divergências na conduta de combate ao coronavírus.

Pela falta de afinidade com Mandetta, Bolsonaro chegou a cogitar a sua substituição em setembro do ano passado, mas desistiu ao constatar que ele tinha amplo apoio junto ao setor da saúde.

No início da pandemia do coronavírus, o presidente se queixou ao ministro de que ele deveria defender mais o governo e o repreendeu por ter participado de uma entrevista ao lado do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), adversário político de Bolsonaro.

Mandetta modulou sua retórica e passou a pregar a importância de a atividade econômica não parar. Ele, no entanto, não se dobrou à pressão do presidente contra a medida de isolamento social, o que iniciou o embate entre ambos.

A crise com Mandetta abalou Bolsonaro. Segundo assessores presidenciais, pela primeira vez desde que assumiu o cargo, o presidente receou estar perdendo capital político ao constatar que parte da base bolsonarista nas redes sociais apoia o ministro.

De acordo com um aliado do presidente, preocupada com o marido, a primeira-dama Michelle Bolsonaro chegou a recomendar ao presidente que diminuísse o ritmo da agenda política para evitar um quadro de estresse.

Mandetta confronta presidente após o ‘fico’

Enquadramento

No dia 6 de abril, um dia depois de ameaçar “usar a caneta” contra ministros que “viraram estrelas”, Bolsonaro foi questionado por Mandetta sobre o motivo pelo qual não o demitia. A pergunta surgiu em reunião de ministros; o presidente, segundo relatos, não respondeu. Ministros militares, em parte responsáveis por demover Bolsonaro da ideia de exonerar o titular da pasta da Saúde, tentaram contornar a situação. Mandetta também perguntou por que fora nomeado, já que o presidente não o ouvia

Recados em discurso

Após um dia inteiro de indefinição, na mesma segunda-feira (6), Mandetta anunciou que ficaria na pasta e mandou recados ao presidente. Defendeu insistentemente o respeito à ciência e citou o mito da caverna de Platão, uma alegoria sobre o conflito entre a ignorância e o conhecimento. Também apoiou as medidas dos governadores que se tornaram antagonistas do presidente na crise de saúde

Críticas ao presidente em Goiás

No sábado (11), depois de Bolsonaro participar de aglomeração de apoiadores em Águas Lindas de Goiás, Mandetta, que também estava na cidade e observou a multidão à distância, criticou o presidente.

“Posso recomendar, não posso viver a vida das pessoas. Pessoas que fazem uma atitude dessas hoje daqui a pouco vão ser as mesmas que vão estar lamentando”

Entrevista ao Fantástico

Em entrevista no domingo (12) ao Fantástico, da TV Globo, Mandetta disse que o brasileiro “não sabe se escuta o ministro da saúde, se escuta o presidente, quem é que ele escuta”. Ele defendeu que o governo federal tenha uma “fala única” sobre a pandemia para orientar a população

BBB 20: Multishow antecipa que Gizelly será a eliminada do Paredão desta terça

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Embora a votação para definir o eliminado da noite desta terça-feira (14) no Big Brother Brasil 20 ainda esteja em aberto, o Multishow, canal a cabo do Grupo Globo, já dá como certa a saída de Gizelly. A advogada disputa a berlinda contra Babu e Mari.

A grade de programação oficial do canal, disponível no site do Multishow até às 14h desta terça, anunciava que o programa A Eliminação de quinta-feira (16) seria com Flayslane, que deixou o reality no domingo (12), e Gizelly, antecipando a possível eliminação da capixaba.

No programa, Titi Müller, Bruno de Luca e Vivian Amorim conversam com os brothers que deixaram o BBB na semana.

Procurada pela reportagem, a assessoria do Multishow afirmou que houve um erro no cadastramento das informações do programa no sistema de programação. “O canal não tem acesso à votação do reality, que segue aberta e só termina durante o programa de hoje, ao vivo. O Multishow pede desculpas pela falha”, diz a nota oficial.

Jornal Cidade RC
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