Curto em aparelho de ar-condicionado provoca incêndio e assusta moradores no Jardim Itapuã

O Corpo de Bombeiros registrou uma ocorrência de incêndio na noite desta segunda-feira (20) no Jardim Itapuã.

De acordo com a corporação, um curto-circuito num equipamento de ar-condicionado teria dado início às chamas em uma residência.

Apesar do susto, as chamas foram apagadas com a ajuda dos proprietários do imóvel e dos vizinhos.

No momento em que os bombeiros chegaram ao local, a situação estava controlada e as autoridades deram apoio no recaldo.

Felizmente ninguém ficou ferido. Nas redes sociais uma imagem publicada mostra a altura que chegaram as chamas, que rapidamente foram apagadas.

O Corpo de Bombeiros pode ser acionado 24 horas pelo telefone 193.

Família de comerciante morto pela Covid-19 faz alerta

Rio Claro registrou no último domingo o quinto óbito causado pelo novo coronavírus (Covid-19). A informação foi divulgada na manhã dessa segunda-feira (20) pela Secretaria Municipal de Saúde.

A vítima é o comerciante Glaucio Manoel de Oliveira Bueno, 48 anos, proprietário de uma tradicional lanchonete, informação confirmada pela família. Essa é a primeira morte de uma pessoa com menos de 60 anos decorrente da doença. Os outros quatro óbitos registrados em Rio Claro eram de pessoas idosas. O município ainda tem dois óbitos suspeitos em investigação.

De acordo com familiares, Glaucio ficou 20 dias internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Regional de Piracicaba lutando contra a doença. “Todos esses dias ele esteve entubado na UTI. Era pré-diabético e durante o tratamento sofreu outras complicações, como uma parada cardiovascular. Uma pessoa nova que não conseguiu vencer a Covid-19”, reforça a família. Vale ressaltar que a vítima não tinha histórico de viagem recente.

Além disso, fica o alerta dos familiares para a gravidade da doença. “O vírus age diferente em cada organismo. Uns conseguem se curar, outros não. Para quem a subestima, trata-se de uma doença real que exige cuidados de cada um, como o uso de máscara de proteção, lavar as mãos adequadamente e fazer o isolamento social”, completa.

De acordo com o prefeito João Teixeira Junior, infelizmente, essa é uma notícia que a administração municipal não gostaria de dar à população. “É importante que todos se cuidem porque o vírus não escolhe idade”, alerta. “Cada um deve fazer a sua parte no combate ao coronavírus”, acrescenta Juninho, orientando a população a manter o isolamento social e seguir as orientações das autoridades de saúde.

Desde o início da pandemia, Rio Claro registrou 104 notificações de casos suspeitos de infecção por coronavírus. Desses, 53 foram descartados e 38 ainda estão em investigação aguardando resultados de exames. O município tem 13 casos positivos de Covid-19 e sete que foram detectados por testes rápidos e precisam de confirmação de laboratório, totalizando 20 casos.

Dos 38 casos suspeitos até o momento, 18 estão internados, sendo dez na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). “Estamos num quadro desfavorável e a colaboração da população é fundamental para que o número de casos permaneça sob controle e não crie um colapso no sistema de saúde”, observa o secretário municipal de Saúde, Maurício Monteiro.

Araras confirma primeira morte por Covid-19

Araras registrou na madrugada desta segunda-feira (20) o primeiro óbito em decorrência da Covid-19. O paciente, que tinha 71 anos e estava internado, também apresentava outros problemas de saúde, segundo nota da Secretaria Municipal de Saúde. A confirmação da doença aconteceu na última sexta (17), após o resultado do exame dar positivo.

A Vigilância Epidemiológica investiga outros dois óbitos suspeitos – ocorridos nos dias 24 de março e 19 de abril – e aguarda o resultado das análises laboratoriais para diagnóstico dos casos. Até a manhã desta segunda-feira, Araras registrava 10 casos confirmados de Covid-19. Desses, apenas dois pacientes já estavam liberados do período de isolamento domiciliar.

Segundo o último boletim epidemiológico, outros 14 ararenses aguardavam resultados de exames para diagnóstico do caso. Os dados envolvem pacientes de Araras, internados em hospitais da cidade e também profissionais que trabalham na área da saúde.

VÍDEO: Juninho se pronuncia sobre prorrogação da quarentena

O município de Rio Claro vai seguir decisão do governo estadual e prorrogar a quarentena preventiva ao novo coronavírus (Covid-19) até 10 de maio. “Não temos condições legais para flexibilizar as medidas restritivas determinadas pelo governo estadual. Além disto, estamos preocupados em salvar vidas. Infelizmente, no momento, nossa cidade não tem um quadro favorável nesta pandemia. Já são cinco mortes, 20 casos confirmados e quase 40 casos suspeitos. Conforme alertam os especialistas em saúde, o distanciamento social e a redução drástica de circulação de pessoas são primordiais para evitar a propagação do coronavírus e um colapso no sistema de saúde”, afirmou o prefeito João Teixeira Junior ao anunciar a prorrogação da quarentena, nesta segunda-feira (20).

Nos últimos dias, prefeitos de vários municípios brasileiros assinaram decreto para abertura do comércio, mas imediatamente a Justiça anulou a medida. Isto se deu, por exemplo, em Parnaíba (PI), Porto Velho (RO), Várzea Grande (MT), Xaxim (SC), São Jerônimo (RS), Pirassununga (SP) e Limeira (SP), entre outros. Em Ribeirão Preto (SP), a Justiça proibiu a realização de carreata contra as medidas de isolamento social.

“A lei federal que trata do tema determina que os municípios poderão apenas suplementar os atos impostos pelo Estado e União, porém, exclusivamente para restringir ainda mais o conteúdo do decreto estadual”, explica o secretário municipal de Negócios Jurídicos de Rio Claro, Rodrigo Ragghiante. “Se o prefeito flexibilizar as regras do decreto estadual, o ato será anulável e pode caracterizar ato de improbidade administrativa”, observa Ragghiante.

Juninho agradeceu o apoio das famílias rio-clarenses e disse que reconhece o esforço dos empresários em colaborar com a população neste momento difícil. “Não está sendo fácil para ninguém. As empresas passam por sérias dificuldades e a angústia de empregados e empregadores cresce a cada dia. Esta situação nos preocupa. Temos que agradecer também aos moradores que estão respeitando a determinação do governador nesta quarentena e ficando em casa”, observou.

O secretário municipal de Saúde, Maurício Monteiro, afirma que se mais pessoas estivessem nas ruas, mais pessoas estariam contaminadas pelo novo coronavírus. “É o que estamos recomendando desde o início, o isolamento  social como forma de achatar a curva da pandemia e, desta forma, ter condições de atender aqueles que ficam doentes, ao mesmo tempo em que aguardamos que novas alternativas surjam para o tratamento de doentes da Covid-19”, ressalta o secretário Maurício.

O prefeito Juninho também anunciou que fará reunião com representantes dos setores do comércio e da indústria para discutir alternativas nesta pandemia e para o momento de retomada das atividades.

Buschinelli “enxergou” potencial da zona sul de Rio Claro

Até os anos 90, quem percorria o trajeto entre a rotatória da Rua 9 com a Avenida 29, no Cidade Jardim, até o Matadouro, encontrava somente mato e chácaras, sem conseguir imaginar que esta passaria a ser a área mais valorizada de Rio Claro alguns anos depois. A mudança radical veio através da implantação do centro comercial Boulevard dos Jardins e dos vários condomínios de alto padrão que hoje abrigam um grande número de famílias.

A ideia dos empreendimentos, visionária, veio através do trabalho conjunto do investidor Gino Bolognesi e da empresa Dinâmica, com a dupla formada pelo ex-vereador, empresário e corretor Manoel Silva e pelo engenheiro civil e corretor José Luiz Buschinelli Carneiro. “Meu pai sempre gostou muito de construir, engenheiro de formação, e tinha a capacidade de enxergar antecipadamente um determinado potencial. Além disso, estudava muito”, relembra o filho de José Luiz, Fábio Buschinelli, numa homenagem ao pai que faleceu nessa terça-feira (14) um dia antes de completar 71 anos.

Nascido em Rio Claro e graduado pela Faculdade de Engenharia de Mauá, o engenheiro Buschinelli inciou sua carreira na empresa Condor Engenharia, que tinha como diretor o ex-prefeito e também engenheiro Lincoln Magalhães. “Realizamos várias obras juntos. Era um excelente engenheiro, tanto que após o projeto da fábrica da empresa Coors, os diretores decidiram contratá-lo para integrar a equipe. Além disso, desenvolvemos uma convivência com laços de amizade porque ele também era meu cunhado, casado com minha irmã Silvia”, destaca Lincoln sobre Buschinelli. Na multinacional, acabou desenvolvendo um outro talento, conquistando vaga como diretor de Marketing. Na pós-graduação da área na Fundação Getulio Vargas, ampliou sua visão sobre a importância do estudo de mercado.

Foi essa visão do potencial para cada negócio que acabou aproximando Buschinelli dos projetos de expansão imobiliária na zona sual de Rio Claro. Trouxe seu conhecimento para a empresa Dinâmica, e o resultado pode ser medido pelo sucesso das vendas em vários empreendimentos na região. A ideia era desenvolver uma região residencial inovadora para os padrões de Rio Claro, com segurança aliada à qualidade de vida. Os depoimentos de moradores comprovam que atingiu os objetivos. Ao ser informado sobre a morte de Buschinelli, vítima de um infarto, André Gobbato escreveu: “Gostaria de aproveitar o espaço para uma breve homenagem ao querido José Luiz, que tinha um grande carinho pelo nosso condomínio, foi criador desta belíssima área que hoje compartilhamos, víamos nele sempre a preocupação de fazer nosso lugar em um lugar melhor, digno de admiração. Parabéns, Zé, você conseguiu. Descanse em paz!”

Combustível em Rio Claro atinge menor preço das últimas quatro semanas

O consumidor rio-clarense já sente no bolso a economia ao abastecer o veículo nos postos de combustíveis do município. Isto porque o índice de preços está em queda e os valores médios praticados em Rio Claro são os menores das últimas quatro semanas, de acordo com os dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP) através do Sistema de Levantamento de Preços.

O preço do litro da gasolina no município na semana entre os dias 22 e 28 de março estava sendo praticado com valor mínimo de R$ 4,07 e preço máximo até R$ 4,49 em 13 estabelecimentos que prestaram as informações através de notas fiscais, ficando na média de R$ 4,28. Já na última semana entre os dias 12 e 18 de abril (sábado), o preço mínimo foi de R$ 3,67 e máximo de R$ 4,39 nos mesmos postos de combustíveis, sendo a média de R$ 3,92.

Já o etanol apresenta ainda maior economia para os consumidores que optam por este tipo de combustível. O litro foi vendido na semana entre os dias 22 e 28 de março com preço máximo de R$ 3,19 e mínimo de R$ 2,87. Nesta última semana, entre 12 e 18 de abril, os preços praticados registrados oficialmente nos estabelecimentos pesquisados pela ANP começaram no mínimo de R$ 2,57 e máximo de R$ 3,19. A reportagem do Jornal Cidade constatou, porém, que alguns estabelecimentos de Rio Claro já registravam preços ainda menores, chegando a R$ 2,42 o litro do etanol.

De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP, em Piracicaba, no que se refere ao etanol, as cotações do combustível estavam em baixa por cinco semanas consecutivas até o início de abril. Entre os dias 6 e 9 de abril a cotação elevou-se 7,21%. Pesquisadores do Cepea afirmam que esse cenário é explicado pelo reaquecimento da demanda. “Apesar das orientações de isolamento social por parte do governo, o feriado de Páscoa parece ter dado sustentação aos preços”, comunica.

Os dados da Agência Nacional do Petróleo também apresentam os valores praticados em postos de combustíveis da região; Araras: R$ 2,61 (Etanol) – R$ 3,89 (Gasolina); Limeira: R$ 2,559 (Etanol) – R$ 3,91 (Gasolina); Piracicaba: R$ 2,60 (Etanol) – R$ 4,07 (Gasolina); São Carlos: R$ 2,42 (Etanol) – R$ 3,97 (Gasolina).

“Italiano”: da mala na bicicleta à grande loja

Nas décadas de 60 e 70, moradores de Rio Claro que precisavam comprar roupas e enxovais não precisavam ir até o comércio. Bastava esperar a passagem de Filippo Cusmano, o Italiano, que percorria as ruas da cidade com sua mala de variados produtos. O comércio foi a saída encontrada para sustentar a família assim que chegou ao Brasil, em 1959, juntamente com a esposa Nunziata e os filhos Celestino, Anna e Ignazio, ainda pequenos. Já instalado em Rio Claro, o casal teve mais um filho, Vitorio.

Nascido em Regalbuto, na Sicília, Filippo seguiu a trajetória de muitos outros imigrantes italianos que fugiram da Itália devastada pela Segunda Guerra Mundial. De trem, ia até São Paulo comprar as roupas para revender em Rio Claro. De início, percorria as ruas a pé. Conforme o tempo foi passando e a situação financeira da família foi melhorando, comprou a primeira bicicleta, na sequência um jipe. “Meu pai ia até Ajapi, na época chamada Morro Grande, e também às cidades vizinhas, como Corumbataí, Araras e Leme. De início, teve medo de não conseguir se comunicar, pois não falava português. Foi então que aprendeu a dizer “roupa bonita e barata” e achou a solução”, relembra o filho Celestino num misto de tristeza pela perda do patriarca, mas com a alegria da lembrança dos bons momentos vividos.

O talento para o comércio foi transmitido aos filhos, que desde muito cedo, ainda adolescentes, também se lançaram na aventura das vendas. “Enquanto eu acompanhava meu pai, Ignazio conquistou sua própria clientela, vendendo produtos como esmaltes e pentes, de bicicleta, por toda a região da Vila Nova”, relembra Celestino, que logo também passou a empreender, no mesmo estilo do irmão, porém na região que ia da Vila Paulista ao Bairro do Estádio, chegando até a Assistência.

A primeira casa da família, na Rua 3-A, na Vila Alemã, também era ponto de vendas comandado por dona Nunziata. Na segunda casa que construiu, na Rua 9-A, Filippo já providenciou um salão comercial. O grande salto aconteceu em 1981, com a construção da atual sede da Loja Nossa Senhora do Rosário, na Rua 9-A, hoje administrada pelos filhos Ignazio, Celestino e Vitorio. Anna ficou com o setor de presentes, na loja em frente, a Belli Ricordi. “Meu pai sempre foi uma pessoa de muito trabalho, exemplo de honestidade, que ensinava através das próprias atitudes”, define Celestino.

A morte de Filippo, devido às complicações de um AVC, foi lamentada pela grande quantidade de clientes e amigos conquistados ao longo de décadas de trabalho. Moradora do Bairro do Estádio, Lourdes Raiz comprava roupas com o Italiano desde 1967. “No início, comprava para meus sete filhos, que ainda eram crianças. Depois virei cliente da loja e até amiga da família. Fiquei muito triste com a morte do Filippo. Nos momentos mais tristes, como quando meu filho faleceu, a família Cusmano esteve ao meu lado”.

Eu sou a Constituição, diz Bolsonaro ao defender democracia um dia após ato pró-golpe militar

Após ser alvo de fortes críticas por sua participação em um ato que defendia uma nova intervenção militar no país, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse nesta segunda-feira (20) que é contra o fim da democracia. “No que depender do presidente Jair Bolsonaro, democracia e liberdade acima de tudo”, afirmou a jornalistas ao deixar o Palácio da Alvorada pela manhã.
“O pessoal geralmente conspira para chegar ao poder. Eu já estou no poder. Eu já sou o presidente da República”, disse Bolsonaro, que, em outro momento, afirmou: “Eu sou, realmente, a Constituição”.
Bolsonaro se mostrou bastante incomodado com as críticas que recebeu por participar de ato de apoiadores pró-intervenção militar, com faixas e gritos com pedidos de intervenção militar, gritos contra o Congresso e o Supremo Tribunal Federal e pressão pelo fim do isolamento social recomendado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) contra a pandemia.
Neste domingo, em cima da caçamba de uma caminhonete, diante do quartel-general do Exército e se dirigindo a uma aglomeração de apoiadores pró-intervenção militar no Brasil, Bolsonaro afirmou neste domingo que “acabou a época da patifaria” e gritou palavras de ordem como “agora é o povo no poder” e “não queremos negociar nada”.
“Nós não queremos negociar nada. Nós queremos ação pelo Brasil”, declarou o presidente, que participou pelo segundo dia seguido de manifestação em Brasília, provocando aglomerações em meio à pandemia do coronavírus. “Chega da velha política. Agora é Brasil acima de tudo e Deus acima de todos.”
Já nesta segunda-feira, o presidente procurou mudar o tom. “Peguem o meu discurso. Não falei nada contra qualquer outro Poder. Muito pelo contrário. Queremos voltar ao trabalho, o povo quer isso. Estavam lá saudando o Exército brasileiro. É isso, mais nada. Fora isso é invencionice, tentativa de incendiar a nação que ainda está dentro da normalidade”, disse Bolsonaro nesta manhã.
Além de defender o governo e clamar por intervenção militar e um novo AI-5 -o mais radical ato institucional da ditadura militar (1964-1985), que abriu caminho para o recrudescimento da repressão- os manifestantes aglomerados em frente ao quartel-general do Exército defenderam o fechamento do STF e miraram em Maia.
Segundo o presidente, a pauta do ato que teve sua participação era apenas “povo na rua, dia do Exército e volta ao trabalho”. Confrontado com o fato de que os manifestantes também pediam a volta do AI-5, afirmou que “pedem desde 1968”.
“Todo e qualquer movimento tem infiltrados, tem gente que tem a sua liberdade de expressão. Respeitem a liberdade de expressão”, afirmou.
O presidente chegou a dar um pito em um apoiador que pediu que ele fechasse o Supremo. “Esquece esta conversa de fechar. Aqui não tem fechar nada, dá licença aí. Aqui é democracia. Aqui é respeito à Constituição brasileira. E aqui é a minha casa e a tua casa, então peço que, por favor, não se fale isso aqui”, afirmou. “Supremo aberto, transparente. Congresso aberto, transparente”, completou.
Apesar do discurso pró-democracia, o presidente voltou a atacar a imprensa e governadores que tomaram medidas de restrição de circulação das pessoas para evitar a disseminação do coronavírus.
Logo após falar com apoiadores, Bolsonaro dirigiu-se aos jornalistas dizendo que não responderia perguntas. “Quem vai falar sou eu. Quem não quiser me ouvir está dispensado.” Depois, por mais de uma vez, criticou os jornais Folha de S.Paulo e Estado de S. Paulo que, ao reportarem o mesmo ato de domingo, tiveram manchetes semelhantes.
“Estado de S. Paulo e Folha de S.Paulo, a mesma manchete. Combinados. ‘Não queremos negociar’, vírgula, e depois não fala nada do que eu falei? Tentando levar a opinião pública para o lado de que eu quero o retrocesso? O pessoal geralmente conspira para chegar ao poder. Eu já estou no poder. Eu já sou o presidente da República”, disse Bolsonaro, que, em outro momento, afirmou: “Eu sou, realmente, a Constituição”.
“Estou conspirando contra quem, meu Deus do céu? Falta um pouco de inteligência para aqueles que me acusam de ser ditatorial. O que tomei de providência contra a imprensa? Contra a liberdade de expressão? Eu inclusive sou contra as prisões administrativas que estão ocorrendo pelo Brasil”, disse o presidente.
Bolsonaro também reagiu rispidamente quando questionado por um repórter do jornal O Globo sobre qual era o propósito do evento.
“Você é da Folha, não quero responder para a Folha”, respondeu Bolsonaro. Ao ser informado que o jornalista era de outro veículo, quis saber qual era a empresa de comunicação e, mais uma vez, se recusou a responder. “Qual o teu jornal? Não quero papo com O Globo também. A Globo nem devia estar aqui”, disse.
O presidente também criticou “alguns governadores” por causa das medidas de distanciamento social. “Espero que esta seja a última semana desta quarentena, desta maneira de combater o vírus com todo mundo em casa”, afirmou.
Bolsonaro também afirmou, sem dar nomes, que foi abordado por um de seus ministros para que editasse norma a favor do isolamento, mas recusou. “Há algum tempo atrás, algum ministro meu queria que eu colaborasse num decreto ou numa portaria para multar quem está na rua. Falei não. Não. Quem vai na rua está atrás de emprego, um ganha pão”, disse.
Declarando que não estava ameaçando ninguém, afirmou que demitiria qualquer ministro que fosse contrário às suas promessas durante a eleição.
“O meu time não trabalha de madrugada, trabalha à luz do dia. Todas pessoas escolhidas com critérios. Alguns que, por ventura, desviam dos critérios, a caneta vai funcionar. Para isso que sou presidente, para decidir. Se tiver que demitir qualquer ministro, demito. Não estou ameaçando. Longe de ameaça. Não tem ameaça da minha parte. Agora, se desviar daquilo que prometi durante a pré-campanha, lamentavelmente está no governo errado, vá para o outro barco, vá tentar em 2022.”
A fala de Bolsonaro e sua participação no ato de domingo em Brasília, no Dia do Exército, provocou outras fortes reações no mundo jurídico e político.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), repudiou neste domingo (19) a manifestação em apoio a uma intervenção militar no Brasil com a participação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Por meio de uma rede social, o deputado disse ser uma “crueldade imperdoável” pregar uma ruptura democrática em meio às mortes da pandemia da covid-19.
“O mundo inteiro está unido contra o coronavírus. No Brasil, temos de lutar contra o corona e o vírus do autoritarismo. É mais trabalhoso, mas venceremos”, escreveu Maia. “Em nome da Câmara dos Deputados, repudio todo e qualquer ato que defenda a ditadura, atentando contra a Constituição.”
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse ser “lamentável” que o presidente “apoie um ato antidemocrático, que afronta a democracia e exalta o AI-5”. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) também chamou de “lamentável” a participação de Bolsonaro. “É hora de união ao redor da Constituição contra toda ameaça à democracia.”
O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), afirmou que “democracia não é o que presidente Bolsonaro pratica”.
O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo, disse à Folha de S.Paulo que “só pode desejar intervenção militar quem perdeu a fé no futuro e sonha com um passado que nunca houve”. Gilmar Mendes, também do STF, disse que “invocar o AI-5 e a volta da ditadura é rasgar o compromisso com a Constituição e com a ordem democrática”.
O presidente Nacional da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Felipe Santa Cruz, disse que “a sorte da democracia brasileira está lançada” e que está é a “hora dos democratas se unirem, superando dificuldades e divergências, em nome do bem maior chamado liberdade”.

DANIEL CARVALHO – BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) –

Rio Claro registra o quinto óbito por coronavírus

O município de Rio Claro registrou no domingo (19) o quinto óbito causado pelo novo coronavírus (Covid-19). A informação foi divulgada na manhã desta segunda-feira (20) pela Secretaria Municipal de Saúde. A vítima é um homem adulto. Essa é a primeira morte de pessoa com menos de 60 anos decorrente da doença. Os outros quatro óbitos registrados em Rio Claro eram de pessoas idosas. O município ainda tem dois óbitos suspeitos em investigação.

“Infelizmente essa é uma notícia que não gostaríamos de dar. É importante que todos se cuidem porque o vírus não escolhe idade”, alerta o prefeito João Teixeira Junior. “Cada um deve fazer a sua parte no combate ao coronavírus”, acrescenta Juninho orientando a população a manter o isolamento social e seguir as orientações das autoridades de saúde.

Desde o início da pandemia, Rio Claro registrou 104 notificações de casos suspeitos de infecção por coronavírus. Desses, 53 foram descartados e 38 ainda estão em investigação aguardando resultados de exames. O município tem 13 casos positivos de Covid-19 e sete que foram detectados por testes rápidos e precisam de confirmação de laboratório, totalizando 20 casos.

Dos 38 casos suspeitos, 18 estão internados sendo dez na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). “Estamos num quadro desfavorável e a colaboração da população é fundamental para que o número de casos permaneça sob controle e não crie um colapso no sistema de saúde”, observa o secretário municipal de Saúde, Maurício Monteiro.

Mortes por coronavírus em SP crescem seis vezes em abril

Os óbitos pelo novo coronavírus já cresceram seis vezes no Estado de São Paulo neste mês. Nessa segunda-feira (20) havia um total de 1.037 mortes relacionadas à COVID-19, contra 164 em 1º de abril. No início do mês, apenas dezesseis municípios tinham pelo menos uma vítima fatal da doença, saltando para 95 cidades em vinte dias.

Houve ainda aumento de, aproximadamente, cinco vezes no número de infectados. São 14.580 casos confirmados da doença, até o momento. No primeiro dia de abril, eram 2.981 casos. Também segundo Balanço da Secretaria de Estado da Saúde havia nessa segunda-feira 6.032 pacientes, suspeitos e confirmados, internados em UTI e enfermarias de hospitais do Estado.

Perfil da mortalidade

Entre as vítimas fatais, estão 614 homens e 423 mulheres. Os óbitos continuam concentrados em pacientes com 60 anos ou mais, totalizando 78,2% das mortes.

Observando faixas etárias subdividas a cada dez anos, nota-se que a mortalidade é maior entre 70 e 79 anos (272 do total), seguida por 60-69 anos (231) e 80-99 (221). Também faleceram 87 pessoas com mais de 90 anos. Fora desse grupo de idosos, há também alta mortalidade entre pessoas de 50 a 59 anos (120 do total), seguida pelas faixas de 40 a 49 (60), 30 a 39 (35), 20 a 29 (8) e 10 a 19 (3).

Os principais fatores de risco associados à mortalidade são cardiopatia (61,8% dos óbitos), diabetes mellitus (42,9%), pneumopatia (14,5%), doença neurológica (11,9%) e doença renal (10,7%). Outros fatores identificados são imunodepressão, obesidade, asma e doenças hematológica e doença hepática.

Esses fatores de risco foram identificados em 876 pessoas que faleceram por COVID-19 (84,4% do total), sendo que 712 delas eram idosas. Nas outras 161 vítimas, os serviços notificantes não informaram fatores de risco. Entre elas, 99 tinham mais de 60 anos; 45 estavam na faixa de 40 a 59 anos e outras 17 tinham entre 20 e 39 anos.

A relação de casos e óbitos confirmados por cidade pode ser consultada em: https://www.saopaulo.sp.gov.br/coronavirus/.

Ação contra Covid-19 na Unesp de RC vai de realização de exames a ajuda para carentes

Em entrevista à rádio Excelsior/Jovem Pan News, o professor José Roberto Gnecco, coordenador do Grupo Executivo Anti-Covid-19 explica as quatro frentes de trabalho da Universidade Estadual Paulista-Unesp. Além de emprestar equipamentos para que o Instituto Adolfo Lutz comece a fazer os exames de coronavírus aqui no município, a universidade também vai produzir álcool em gel e equipamentos de segurança, propor parcerias para manter a renda de autônomos e recolher doações para as famílias carentes.

Golpes na internet cresceram nas últimas semanas

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) divulgou dicas para que as pessoas se protejam e evitem golpes pela internet que podem gerar prejuízos materiais. Com o crescimento das transações digitais em razão da pandemia do novo coronavírus (covid-19), vêm aumentando também as tentativas de invasão e acesso indevido aos dispositivos de cidadãos visando obter alguma vantagem indevida.  

Há golpes novos que vêm ocorrendo mais fortemente. Em um deles, bandidos entram em contato com clientes, se passando por funcionários do banco, afirmando que houve transações suspeitas. Isso pode ocorrer para obter dados pessoais do correntista. Um outro tipo de golpe envolve o envio de um “motoboy” à casa do cliente para recolher o cartão e, supostamente, verificar problemas.

Uma das estratégias usadas por golpistas, durante a pandemia, é a criação de aplicativos para simular apps de governos e autoridades, como o da Caixa para pagamento do auxílio emergencial. Utilizando esses programas falsos, o bandidos conseguem informações que permitem realizar compras ou transações.

Segundo a Febraban, bandidos também estão intensificando táticas já utilizadas, como esquemas para obter dados das pessoas que viabilizem realizar transações ou clonagem de contas para requisitar valores se passando pela pessoa.

A Febraban explica que os bancos não enviam links com pedidos de atualização de dados por mensagem (SMS), Whatsapp ou e-mail. As instituições financeiras também não entram em contato por telefone para pedir cadastro, realizar transferência, fazer testes ou atualizar e sincronizar tokens.

O acesso a sites de bancos ou de benefícios como o auxílio emergencial deve ser feito com digitação dos endereços dos sites oficiais, não entrando por meio de links. Os aplicativos devem ser baixados nas lojas oficiais (como Play Store para Android ou App Store para os smartphones da Apple).

A Febraban reitera cuidados importantes para evitar problemas:

– Manter antivírus atualizado;
– Não instalar pen drives desconhecidos, pois podem ter vírus;
– Configurar senhas fortes no wi-fi pessoal;
– Alterar senhas se identificar algum comportamento suspeito;
– Criar usuários caso utilize um computador compartilhado.

Jornal Cidade RC
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