Em entrevista à rádio Excelsior/Jovem Pan News, o prefeito de Cordeirópolis, Adinan Ortolan, fala sobre aumento do número de casos de Covid-19 e sobre as providências tomadas pela prefeitura para combater a pandemia. Devido ao grande número de denúncias de eventos particulares, o prefeito estuda um decreto para proibir a realização de festas. Cordeirópolis também enfrenta uma alta no número de casos de dengue.
Em entrevista à rádio Excelsior/Jovem Pan News, a tenente Larissa, da Polícia Rodoviária, explica como fica a fiscalização da Carteira Nacional de Habilitação e de documentação de veículos que estão vencidas neste período de quarentena, em que os serviços de renovação estão fechados.
O Governo de São Paulo, por meio das Secretarias de Estado da Saúde e da Comunicação, tem atuado também no combate à desinformação sobre o novo coronavírus. A fim de orientar a população sobre quais ações adotar no dia a dia, Governo tem usado seus canais oficiais de comunicação para divulgar informações corretas e para desmentir notícias falsas a respeito do novo coronavírus e da COVID-19, nome da doença causada por ele.
Abaixo, veja mais três informações verificadas pela equipe técnica da Secretaria da Saúde.
1. É falso que Detran e Polícia Militar vão multar motorista que dirigir sem máscara
Circulou em diversos estados uma mensagem com um alerta enganoso sobre multas a motoristas dirigindo sem máscara de proteção facial. Os órgãos oficiais responsáveis pela fiscalização das regras de trânsito desmentiram o conteúdo dessa mensagem.
Em nota oficial e em suas redes sociais, o Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) desmentiu o conteúdo e afirmou que não existe previsão legal para multa ou perda de pontos nessas circunstâncias. A nota ressalta ainda que não há regulamentação do Denatran nem deliberação do Contran (Conselho Nacional de Trânsito) a esse respeito.
Em diversos cidades e estados, a exemplo de São Paulo, há determinação para uso de máscaras caseiras em espaços públicos (como mercados e farmácias) e dentro de transporte coletivo (o que inclui táxis e motoristas de aplicativo). Mas as regras ou recomendações referem-se ao uso das peças na rua e ambientes coletivos, não dentro de veículos particulares.
No caso específico dessa mensagem, chamam a atenção os erros grosseiros de português e a falta de citação de uma fonte oficial sobre aquele conteúdo. Erros e omissões desse tipo servem de alerta para desconfiar da veracidade da mensagem.
2. É falso que ingerir alimentos alcalinos evita a COVID-19
Mensagem compartilhada em aplicativos de conversa sugere uma relação de alimentos que ajudaria a combater o vírus no organismo humano. Além de errar os valores do pH atribuídos aos alimentos, a mensagem traz informações equivocadas e sem qualquer embasamento médico ou científico.
O pH, ou potencial hidrogeniônico, indica, numa escala de zero a 14, o grau de acidez, neutralidade ou alcalinidade nas substâncias. Quanto mais próxima de zero, mais ácido; quanto mais perto de 14, mais alcalina; e próximo de 7 indica neutralidade. O pH de um alimento não é capaz de mudar as condições necessárias para o vírus se propagar dentro do organismo humano.
Ter uma alimentação saudável é importante em qualquer circunstância. Mas não existe, até o momento, remédio, vacina ou alimento específico que tenha eficácia comprovada para prevenir ou combater a infecção pelo novo coronavírus. A recomendação continua sendo higienizar as mãos com frequência, evitar aglomerações e uso de máscara facial quando sair de casa.
3. É falso que água tônica sirva para tratar a COVID-19
Circulou em redes sociais e por celular um vídeo em que uma mulher diz que ingerir água tônica ajuda a tratar a doença provocada pelo novo coronavírus. O vídeo, no entanto, faz associação equivocada com substância presente na bebida e em um dos remédios usado, em alguns casos, no tratamento da doença.
A mensagem confunde a nomenclatura de substâncias, mas os compostos são diferentes, sem qualquer relação entre si. Até uma fabricante desse tipo de bebida criou uma página especial em seu site para esclarecer a informação e deixar claro que água tônica não contém em sua composição a substância usada no medicamento.
Vale lembrar que ainda não há substâncias nem remédios específicos com eficácia comprovada para tratar a COVID-19, até este momento.
O Governo de São Paulo, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Regional, elaborou um levantamento estatístico que aponta avanço do coronavírus em 38 novas cidades paulistas a cada três dias. A evolução acelerada da contaminação no interior e no litoral ocorre ao mesmo tempo em que caiu a taxa de isolamento social em todas as regiões. Os dados são alerta para que as 645 prefeituras do estado mantenham medidas de conscientização da população sobre a importância do distanciamento social.
O levantamento leva em conta a progressão da pandemia no território paulista nos últimos 50 dias e aponta que, no início de março, eram registrados casos de infecção pela COVID-19 em sete novas cidades a cada três dias. Em abril, a média avançou para 25 novos municípios no mesmo período.
Atualmente, 38 novas cidades registram casos de infecção pelo coronavírus a cada três dias. No total, 371 dos 645 municípios de São Paulo já possuem registros de circulação do vírus. Com o isolamento social em queda, a tendência estatística é de crescimento.
“Nós conseguimos verificar o crescimento da pandemia em mais municípios do estado de São Paulo de forma mais aguda. No início de maio, chegamos a 38 cidades a cada três dias. Se seguir por esse caminho, significa que todos os municípios terão contágio do vírus até o final de maio”, disse o Secretário de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi.
A aceleração dos casos coincide com a queda nos índices de isolamento social nos municípios. O SIMI-SP (Sistema de Monitoramento Inteligente de São Paulo) indica que, nos últimos 15 dias, a taxa de isolamento caiu no interior paulista, passando de 52% para 47% em média. “Conseguimos verificar esse grande impacto de aceleração no interior do Estado ao mesmo tempo em que as taxas de isolamento caíram. É um momento de atenção”, alertou Vinholi.
Comparação
O levantamento mostra ainda que, apesar do número absoluto de infectados ainda se concentrar na Grande São Paulo, nos últimos dias a proporção de contágio é quatro vezes maior no interior e no litoral. Segundo a análise, o vírus estava restrito à Região Metropolitana da capital até meados de março, mas avançou desde então e já atinge todas as regiões do estado.
Entre os dias 1 e 30 de abril, a Grande São Paulo passou de 2,7 mil para 24,3 mil casos, com crescimento de 770%. No mesmo período, no interior, os casos subiram de 129 para 4,3 mil, o que representa aumento de 3.302%. Nesta quinta, São Paulo chega a 39.928 casos em todo o estado, com 3.206 mortes.
O Procon-SP vai notificar a Caixa Econômica Federal para questionar sobre as filas e aglomerações formadas nas portas das agências por pessoas que precisam receber o auxílio emergencial de R$ 600 durante a crise do novo coronavírus. Segundo Fernando Capez, secretário de Defesa do Consumidor de SP, o órgão questiona qual é a estratégia que está sendo adotada pela Caixa para evitar as aglomerações, que elevam o risco de contágio dos beneficiários. “O Procon vai indagar se existe a possibilidade de dividir com o Banco do Brasil a oferta do benefício”, diz Capez. O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, disse nesta quarta (6) que os pagamentos da segunda parcela do auxílio emergencial serão mais eficientes. Ele disse também que as filas diminuíram consideravelmente na maior parte das agências.
Ao menos quatro estados brasileiros já têm mais de 90% dos leitos de terapia intensiva destinados a pacientes com Covid-19 ocupados. Pernambuco, Rio de Janeiro, Ceará e Roraima são os que vivem situação mais grave, com taxas de ocupação de vagas de UTI estaduais que variavam entre 100% e 93% na segunda (4) –o número muda diariamente, conforme a liberação de leitos por alta médica e mortes. Um dos primeiros a registrar colapso no sistema de atendimento a pacientes graves, o Amazonas continua em situação crítica, a despeito do recente apoio do governo federal. O governo informou que 87% dos 171 leitos de UTI estão ocupados, mas relatos de profissionais de saúde indicam que as UTIs da rede estadual em Manaus, a única cidade do estado com esse serviço, estão trabalhando na capacidade máxima. O hospital de referência Delphina Aziz está cheio desde 10 de abril. De lá para cá, o governo do estado e a prefeitura da capital abriram um hospital de retaguarda e um de campanha, respectivamente. Nesta semana, o estado recebeu 267 profissionais de saúde contratados pelo Ministério de Saúde. Funcionários do Delphina, porém, dizem que o principal gargalo lá é a falta de respiradores. Entre as capitais, já são oito as com índice acima de 90%. Além de Manaus, Recife, Rio de Janeiro, Fortaleza e Boa Vista, as cidades de São Luís, Belém e São Paulo estão próximas de um colapso para o atendimento de pacientes graves. O cenário de escalada da doença fez as prefeituras de Belém, São Luís e Fortaleza adotarem nesta semana medidas mais rígidas de isolamento social, com o bloqueio total de atividades não essenciais. O RJ, que já registra filas para ocupação dos leitos há duas semanas, tinha 97% dos leitos estaduais de UTI para Covid ocupados nesta segunda. Restavam no estado apenas 12 das 399 vagas disponíveis. Elas estão em dois hospitais: um fica na cidade de Volta Redonda e já recebe pacientes da capital. O outro fica no Leblon, na zona sul carioca, e é o único hospital de campanha estadual inaugurado até agora –com 42 dos 100 leitos de UTI previstos. O governador Wilson Witzel (PSC) prometeu criar dez desses hospitais temporários até o fim de abril, com 990 vagas de UTI, mas eles estão atrasados. Enquanto isso, a fila por leitos de cuidado intensivo se acumula, e pacientes aguardam por dias em unidades inadequadas. Eram 363 pessoas à espera de transferência no estado na segunda (4). Em Pernambuco, com ocupação em 98%, já há filas com mais de cem pacientes aguardando por vaga de UTI. O Pará, que na semana passada teve mais de 90% dos leitos de terapia intensiva ocupados, reduziu a ocupação para 84% com a abertura de novos leitos. Já em Roraima, o hospital geral do estado está com lotação máxima em sua UTI destinada ao tratamento da Covid-19. Até a última semana, eram 10 vagas no local, que foram ampliadas para 14. Nesta segunda-feira, havia 14 pacientes na UTI, segundo a pasta. Enquanto o país vive escalada dos casos graves de Covid-19, parte dos estados reduziu o ritmo de abertura de leitos de terapia intensiva na última semana. A falta de respiradores é o principal entrave. São Paulo, por exemplo, aguarda esses equipamentos para disponibilizar, gradativamente, mais 1.800 leitos. Segundo o secretário estadual da Saúde, José Henrique Germann, respiradores devem chegar a partir desta quinta (7) e serão instalados nos hospitais da região metropolitana. O estado está com ocupação de 69% dos 5.017 leitos de UTI destinados ao tratamento da Covid-19, mas a situação é mais crítica na Grande São Paulo, onde o índice está perto de 90%. Na segunda, os internados em unidades de terapia intensiva devido à doença já chegavam a 3.457. No Ceará, que tinha ocupação de 93% no estado e 97% na capital, o governo espera a chegada de 700 respiradores comprados de fornecedor da China. O governador Camilo Santana (PT) informou que o primeiro lote com 200 equipamentos deve ser recebido ainda nesta semana. A Bahia, que chegou a ter carga de 300 respiradores confiscada nos EUA, aguarda 500 novos para ampliar a rede de atendimento. O hospital de campanha no estádio da Fonte Nova, por exemplo, deve ter as obras concluídas na segunda (11), mas não poderá funcionar sem os equipamentos. Ao todo, os estados abriram pelo menos 980 leitos de UTI na última semana para casos de Covid-19. Na maioria, contudo, foram adotadas estratégias como o remanejamento de vagas dentro da própria rede hospitalar e a incorporação de leitos privados. Outras regiões já começam a preocupar, com ocupação acima de 60%, como Rio Grande do Sul e Espírito Santo. Minas Gerais informou taxa de 64%, mas não faz separação dos leitos comuns e dos leitos destinados a pacientes com o vírus. A Bahia tem 58% dos leitos de UTI ocupados, porém em Salvador a estimativa é que as UTIs fiquem lotadas em dez dias, caso não haja expansão da rede de atendimento. Nos demais estados, a ocupação está abaixo de 50%, mas houve rápido crescimento do número de pacientes graves comparado à semana passada. No Paraná, que nos últimos dias atingiu a marca de 1.500 casos e 99 mortes, a taxa de ocupação passou de 15% para 29% em uma semana. Já Tocantins viu salto de 10% para 31% no mesmo período –o estado tem 10 dos 32 leitos de terapia intensiva ocupados, com a possibilidade de acréscimo de 72 vagas. Estados do Centro-Oeste têm um cenário mais tranquilo. Em Goiás a ocupação dos leitos de UTI praticamente se manteve na última semana: das 45 vagas disponíveis no hospital de campanha em Goiânia e no Hospital de Urgências em Anápolis, 19 estavam preenchidas na segunda, ante 18 na semana anterior. Mato Grosso e Mato Grosso do Sul também permanecem em situação mais confortável. O primeiro avançou de 14 “vagas para 98 em uma semana, e o segundo só tem 2 das 152 UTIs públicas para Covid ocupadas.
Enquanto o País bate recordes diários de mortes por coronavírus e Estados temem a superlotação do sistema de saúde, o presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou ter preocupação com o “colapso da economia”. “Economia é vida”, disse.
A declaração foi feita durante reunião que promoveu entre empresários e o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, na sede da Corte.
Representantes da indústria e o ministro da Economia, Paulo Guedes, foram ao Supremo com o presidente para levar a situação do setor industrial diante da crise do novo coronavírus. “Estamos com empresários que representam mais de 30 milhões de empregos no País”, disse Bolsonaro, destacando que não adianta ficar em casa e a economia ser “esmagada”.
Segundo ele, o grupo do empresariado foi ao STF levar as “aflições” do setor. O presidente defendeu que o combate à covid-19 e a manutenção dos empregos são um desafio de todos os Poderes.
Alguns dias após participar de ato antidemocrático contra o STF e o Congresso Nacional, Bolsonaro falou em união para evitar uma crise econômica no País e agradeceu pela acolhida de Toffoli no início da tarde desta quinta-feira, 7.
“A nossa união, a coragem que nós temos para enfrentar esse problema é que pode evitar que o País mergulhe em uma crise econômica. Economia é vida. E um país onde a economia não anda, a expectativa de vida vai lá para baixo”, afirmou Bolsonaro. “Então, a razão da vinda dos empresários é isso, todos nós no mesmo propósito e ideal… Preocupados com a vida, sim, mas a questão do emprego e da economia, isso também é vida”, emendou.
Venezuela
O presidente disse, ainda, que teme que a economia brasileira fique como a da Venezuela. “Quando Guedes fala da Venezuela, é em referência à economia venezuelana, porque chega um ponto que fica muito difícil recuperar”, disse o presidente.
Novas críticas a governadores
Bolsonaro também voltou a criticar as ações de governadores, que em grande parte defendem e mantém o isolamento social como medida de combate da covid-19, ao dizer que foram “um pouco longe demais nas medidas restritivas”. “Alguns Estados foram um pouco longe nas medidas restritivas e as consequências estão batendo na porta de todos.”
Bolsonaro sentou entre o presidente do Supremo Tribunal Federal e Guedes. Também estavam presentes ministros como Walter Braga Netto (Casa Civil) e Fernando Azevedo (Defesa). Um dos filhos do presidente, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), também estava entre os presentes.
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Bares por todo o Brasil fecharam apenas na segunda quinzena de março como medida para conter o avanço do novo coronavírus. Foi o suficiente para derrubar as vendas de cerveja da Ambev em 11,5% no primeiro trimestre, quando comparado com igual período de 2019, e derrubar o lucro da companhia em 56%. A gigante de bebidas teve lucro líquido de R$ 1,2 bilhão, bem abaixo do consenso das estimativas do mercado compiladas pela Refinitiv, de R$ 2,503 bilhões. Os resultados foram divulgados nesta quinta-feira (7). A fabricante das cervejas Budweiser, Corona e Stella Artois apurou receita líquida de R$ 12,6 bilhões, 0,3% menor em relação ao primeiro trimestre de 2019. O lucro não foi impactado apenas pela redução nas vendas. A Ambev apontou aumento de custo de produtos vendidos de 10,5% no primeiro trimestre quando comparado com janeiro a março de 2019. As despesas com vendas gerais e administrativas subiram 10,4% com pressão inflacionária na Argentina e maiores gastos de marketing no Brasil durante o Carnaval. Já o resultado financeiro também foi negativo em R$ 1,54 bilhão, mais que o dobro da despesa um ano antes. Em 2020, o Carnaval foi frio para a época e chuvoso. Patrocinadora da festa de rua em São Paulo, a empresa alugou um avião para tentar desviar as nuvens de chuva. Tudo para levar pessoas às ruas e tentar garantir que as latinhas desfilassem nas mãos dos foliões. Como a companhia apontou em relatório, o verão ameno já deixava as vendas tímidas antes do coronavírus. Mas passou o primeiro trimestre e a Ambev aponta que abril foi ainda pior: os volumes de venda despencaram 27%. Nesse volume estão todas as bebidas produzidas pela companhia, alcoólicas ou não. “O impacto total da pandemia de Covid-19 em nossos resultados futuros permanece bastante incerto, mas esperamos que o impacto nos nossos resultados do segundo trimestre seja materialmente pior do que no primeiro trimestre”, disse a Ambev em balanço divulgado na madrugada desta quinta-feira. A Ambev, maior cervejaria da América Latina e na qual a AB InBev detém uma participação de 61,9%, opera em 16 países, incluindo Argentina e Canadá. As ações da companhia negociadas na Bolsa paulista já recuaram quase 37% até agora em 2020.
Com o objetivo de conter a propagação do novo coronavírus, diversos países decretaram a quarentena e estão estimulando a população para que quem puder fique em casa e saia apenas para atividades essenciais como idas ao supermercado, padarias e farmácias. Acontece que com o isolamento social, os casos de violência contra a mulher aumentaram em diversos países do mundo. Segundolevantamento do Ministério Público de São Paulo (MPSP) – que analisou dados da violência doméstica no Estado durante o isolamento -, entre fevereiro de 2019 e fevereiro de 2020, houve queda de 10% no número de prisões em flagrante em casos de violência de gênero no país, mas após o início da quarentena, esse número cresceu em 51,4% – um total de 268 em março, contra 177 em fevereiro.
A fim de orientar garotas a entenderem se estão em um relacionamento abusivo, o MPSP lançou com o apoio da Microsoft a assistente virtual MAIA (Minha Amiga Inteligência Artificial). A chatbot já está disponível na página dedicada ao projeto (http://namorolegal.mpsp.mp.br/) e pode ser acessada pelo público em geral. A MAIA pode ser uma ferramenta para auxiliar mulheres que estejam vivendo abuso físico ou psicológico dentro de casa, pois além de trazer informações e exemplos do que caracteriza uma relação de abuso, oferece dicas para que a mulher procure uma pessoa de confiança para se abrir, busque ajuda psicológica de um profissional e direciona as usuárias para ouvidorias e Delegacias de Defesa da Mulher em casos de violência física.
A iniciativa é apadrinhada pelaPlan International– uma organização humanitária e de desenvolvimento não governamental e sem fins lucrativos, que promove os direitos das crianças e a igualdade para as meninas; pelo Girl Up– movimento global da Fundação ONU que treina, inspira e conecta meninas para que sejam líderes pela igualdade de gênero; e pelo InstitutoAzMina – uma organização sem fins lucrativos focada em jornalismo, tecnologia e informação contra o machismo.
“Fatores como o consumo de álcool ou drogas ilícitas, desemprego e comportamento controlador dentro de casa são considerados aspectos de risco para as mulheres e que podem se agravar durante esse período de confinamento. Por esse motivo reforçamos o trabalho que criamos com a campanha Namoro Legal que conta com a MAIA como uma aliada para ajudar mulheres a saírem de relacionamentos abusivos”, explica Valéria Scarance, promotora de Justiça e coordenadora do Núcleo de Gênero do MPSP.
Entendendo a tecnologia
A Inteligência Artificial entra no projeto como uma aliada para ajudar a esclarecer dúvidas sobre relacionamentos abusivos, fazendo a interação das perguntas feitas pelas usuárias com o conteúdo da cartilha do MPSP sobre relacionamentos abusivos – base que alimenta os diálogos da assistente virtual.
O desenvolvimento da MAIA foi feito em parceria com a Elo Group, consultoria especializada em tecnologia, e com a Ilhasoft, empresa focada no desenvolvimento de chatbots e soluções de comunicação – ambas colaboradoras pro bono do projeto.
Todo o processo de criação da Maia e a criação de seus diálogos foi verificado pelo AETHER (Comitê de IA e Ética em Engenharia e Pesquisa da Microsoft). Esse é um grupo responsável por avaliar iniciativas de chatbot em todo o mundo e garantir que elas estejam alinhadas às normas de segurança e ética da empresa. Além disso, em suas interações, a MAIA não solicitará nenhum tipo de identificação ou dados pessoais para quem interagir com ela. A anonimização das usuárias é uma premissa do projeto, e o conteúdo das conversas não será armazenado. A assistente virtual está hospedada na plataforma de nuvem Microsoft Azure e segue as políticas de privacidade da empresa.
O Ministério Público é uma instituição pública autônoma, a quem a Constituição Federal atribuiu a incumbência de defender a ordem jurídica, o regime democrático e os interesses sociais e individuais indisponíveis. Isto é, o Ministério Público é o grande defensor dos interesses do conjunto da sociedade brasileira. O Ministério Público do Estado de São Paulo é o maior do País, com cerca de 2.000 membros que atuam em diversas áreas. O Núcleo de Gênero do MPSP foi criado em 2015 e atua como órgão estratégico no enfrentamento e prevenção à violência contra a mulher.
Sobre a Microsoft
A Microsoft habilita a transformação digital na era da nuvem inteligente e da fronteira inteligente. Sua missão é empoderar cada pessoa e cada organização no planeta a conquistar mais. A empresa está no Brasil há 30 anos e é uma das 110 subsidiárias da Microsoft Corporation, fundada em 1975. Desde 2003, a empresa investiu mais de R$ 600 milhões levando tecnologia gratuitamente para 3.191 ONGs no Brasil, beneficiando vários projetos sociais.
Morreu na tarde da última quarta-feira (6) uma das figuras públicas mais conhecidas em Araras: Dorival Marcel Finardi, o popular Duro Finardi. Conforme apurou o Jornal Cidade com amigos próximos da família, ele estava doente desde dezembro passado, mas oficialmente, os familiares não divulgaram a causa da morte.
Livros de história e publicações em jornais locais apontam que Finardi foi um dos responsáveis pela instalação da Guarda Mirim em Araras. O projeto insere, até hoje, jovens no mercado de trabalho. Na carreira profissional foi despachante policial por mais de 60 anos. E, em 1976, chegou a disputar a Prefeitura. Após seis anos, em 1982, se tornou vereador pelo PMDB, exercendo a presidência da Câmara Municipal no biênio 1983-1984.
Segundo informações da família, o velório será realizado nesta quinta-feira (7) no Cemitério Municipal, das 13h às 15h. Porém, em razão da pandemia do coronavírus (Covid-19), apenas 10 pessoas poderão entrar no velório em sistema de revezamento. Seguindo orientações das autoridades de saúde, os familiares pedem que os que comparecerem usem máscaras protetoras.
A Santa Casa de Misericórdia de Rio Claro receberá em breve um equipamento para realização de cirurgias em pacientes atendidos pelo sistema SUS, através do sistema de videocirurgia (laparoscopia), que será doado pelo Rotary Club de Rio Claro e Rotary Club de Longhood, localizado nos Estados Unidos.
De acordo com Nilson Nicoletti, presidente da Comissão de Projetos Humanitários do Rotary Club de Rio Claro, a iniciativa do projeto surgiu de uma procura da Rede de Combate ao Câncer de Rio Claro. “A Rede nos procurou sobre a deficiência desse equipamento e explicou que as cirurgias oncológicas eram todas invasivas, e decidimos, depois de uma conversa com todos os responsáveis, fazer o projeto e direcioná-lo à Fundação Rotariana, que é quem dá seguimento em todos os nossos projetos e nos permite fazer o trabalho que fazemos. Vimos a necessidade desse equipamento aqui no município, por ser razoavelmente simples e seu custo não ser tão absurdo assim. Ele servirá para atender não apenas pacientes oncológicos, mas todos que precisarem do SUS de alguma maneira, e será de grande benefício para a cidade de Rio Claro como um todo”, comenta o presidente da comissão.
O equipamento deve chegar em duas semanas ao município. A verba está sendo tramitada e, segundo Nicoletti, diversas instituições contribuem, inclusive o Rotary dos Estados Unidos. “Nosso objetivo é auxiliar sempre nosso município e aproximar ainda mais nossos associados de Rotary, aumentar nossas redes. O papel do Rotary Club Rio Claro também será no treinamento dos profissionais que cuidarão do equipamento, tudo isso está no projeto que foi contemplado pelo valor que recebemos para a compra”, explica.
O associado salienta a importância do projeto e agradece o trabalho do governador Sebastião dos Anjos Queiroz, governador do Paraná Édio Martello, presidente do Rotary Club de RC Maria Ester Magalhães Scimini Lepispico, representante e interlocutores do Club dos EUA Bonnie Korengel e Dr. Vasanth Prabhu.